capítulo 03

- Ei! – Não fala assim com ela! O Apolo gritou-me defendendo, e eu até parei no meio do caminho surpresa. – Só eu posso mexer com o meu pequeno pônei! – Todos começaram a rir de mim.

- Aff!! Cala a boca Apolo! – Falei revirando os olhos e ele riu piscando um olho para mim, realmente seria impossível o Apolo me defender! Não seria ele! Logo ele voltou a conversar com a chata da Brenda que depois da resposta dele não tirou um sorriso do canto da boca. Apolo além de ser chato era bem sociável, acho que pra crianças extrovertidas como ele isso é bem comum.

Rodeei a sala, comprimente um ou outro, essas crianças estudam comigo e com o Apolo, mas enquanto ele é sociável e extrovertido eu sou completamente o contrário, então fui para a cozinha ajudar a tia Cássia com os lanches. O restante da festa ocorreu bem, logo após os parabéns me juntei com as outras crianças para brincar de pique esconde, e logico oque com a minha sorte eu fiquei no pique!

Eu acabei achando todas as crianças bem rápido! Todas exceto o Apolo e a Brenda, então continuei a procura por todo o quintal, eu já estava cansada e quase desistindo quando ouvi sussurros vindo da casa de piscina, me aproximei devagar e olhei pela fresta da porta, lá dentro estavam a Brenda e o Apolo, ele estava encostado na parede com as mãos no bolso e ela estava parada frente a ele, em um piscar de olhos a Brenda jogou os braços se pendurando no pescoço do Apolo e o beijou.

Fui atingida por sensação estranha e ruim, uma dor no estomago que eu não sabia explicar, não sabia o que era ou por que, só sabia que me incomodava bastante. Me virei para sair dali mas esbarrei em alguma coisa ao me virar.

- Quem está aí? – O Apolo gritou lá de dentro assustado, eu não respondi, apenas me virei e corri de volta para casa sem olhar para trás.

No dia seguinte, minha mãe me acordou bem cedo, era meu aniversário, e por isso ela conseguiu não ir trabalhar no período da manhã.

- Bom dia boneca! – Ela estava parada ao lado da minha cama segurando uma bandeja com alguns sanduiches e dois copos grandes de suco de laranja.

- Bom-dia mamãe – falei me espreguiçando.

- Vamos tomar café da manhã juntas na cama hoje? Pode ser?

- Claro mamãe! – Minha mãe era uma mãe incrível, mesmo ela estando sempre tão cansada e sobrecarregada, nunca deixava de me dá toda atenção e carinho sempre quando estava em casa.

- Me conta como é ter 11 anos agora? – Ela perguntou enquanto mordia um sanduiche.

- Normal! – Respondi. Eu ainda estava sentindo aquela dor ruim no estomago depois do ocorrido de ontem, então resolvi contar para ela. – Mamãe ... – a campainha tocou antes que eu pudesse contar ela, ela me olhou com seus olhos doces e um sorriso carinhoso, deu uma mordida no sanduiche e foi atender a porta. Poucos estantes depois ouvi passos correndo em direção ao meu quarto, antes que eu pudesse pensar lá estava ele com aqueles olhos de gelo na porta.

- Feliz aniversário pequeno pônei – ele gritou ainda da porta.

- Vai embora! – Eu gritei brava sem ainda saber o porquê eu estava brava.

- Calminha ai!! Eu vim te dar feliz aniversario estressada.

- Já mandei ir embora! – Ele me fitou por um tempo e depois caminhou lentamente até minha cama, sem desviar o olhar ele enfiou a mão no bolso e tirou uma caixinha preta.

- Toma! Ele falou me entregando a pequena caixa – eu trouxe para você

Sem dizer nada abri a caixa e dentro dela tinha um colar lindo, era um cristal com um dente de leão dentro, atrás as iniciais L E A gravadas.

- Eu escolhi para você! É para te dar sorte e para você lembrar para sempre de mim e de que vou estar sempre ao seu lado para te proteger pequeno pônei. – Pode parecer estranho, mas toda aquela raiva e dor simplesmente desapareceram.

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