Capítulo 04

Cinco anos depois!

Eu estava como sempre na casa do Apolo e da tia Cássia, eu e ele estávamos jogando vídeo game sentados no sofá, as implicâncias entre nós dois nunca acabou, mas com o passar do tempo nos dois acabamos nos tornando cada vez mais próximos e mais companheiros.

Eu continuo sendo a excluída da turma, sem amigos além do Apolo, sem colegas, sem festas sem nada, minha vida basicamente se resume em ir para a escola, ajudar minha mãe e a tia Cássia com as funções de casa, estudar e claro ler também, uma das minhas poucas paixões é a leitura, meu hobby favorito. E também tenho momentos como esse, onde o mundo lá fora não existisse, onde eu não era estranha, feia ou rejeitada! Onde eu era apenas eu, somente eu!

E momentos assim só existiam com ele!

- Ei! Você está roubando – falei dando nele uma cotovelada. – Para de roubar na cara dura Apolo!

- Eu não estou roubando! – Ele falou com aquele sorrisinho no rosto que ele só faz quando está mentindo. – Você que é uma péssima perdedora. – Mostrei a língua para ele e me levantei. – Ei já vai correr? Não sabe mesmo perder né?!

- Vou pegar agua! – Respondi.

- Então traz um sanduiche para mim – ele gritou enquanto eu entrava na cozinha.

- Deixa de ser folgado Apolo – gritei de volta.

Entrei na cozinha e fui direto para a geladeira, a tia Cássia tinha ido ao mercado, agora ela não é mais a minha babá é claro, mas como a minha mãe ainda passa a maior parte do tempo trabalhando, eu venho para cá todos os dias assim que acabo minhas funções em casa, além de já ter me acostumado assim eu também não fico tanto tempo sozinha.

Ultimamente tenho sentido um clima estranho entre a minha mãe e minha tia Cássia, elas andam tensas, como se tivesse alguma coisa muito errada acontecendo, coisa essa que por algum motivo elas não querem nós contar, ontem enquanto eu e o Apolo jogávamos cartas com a tia percebi que o Apolo está com a mesma sensação que eu, por várias vezes eu o peguei observando ela desconfiado. A tia anda com o rosto abatido, minha mãe anda com o rosto triste e com muito pouco apetite, ela não anda tão focada no trabalho como antes, e muito menos tem conversado muito, as poucas vezes que vi minha mãe falar essa semana foi em uma dessas conversas com a tia longe de nós.

Algo dentro de mim dizia que algo muito ruim estava prestes acontecer, a tia me pareceu não conseguir olhar diretamente para mim durante toda a semana, era como se ela estivesse com medo de me olhar diretamente nos olhos.

- Isso tudo está muito estranho! Tem alguma coisa acontecendo com certeza! Uma coisa muito errada! – Eu estava pensando em voz alta enquanto tirava uma jarra de agua da geladeira e fechava a porta.

- Falando sozinha pequeno pônei? – Apolo estava parado atrás da porta da geladeira e me encarava de um jeito muito estranho.

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