Capítulo 19

Dorotéia

Pela janela da cozinha do meu apartamento, encaro a imensidão cinza e azul-escuro acima da cidade de São Paulo, indicando que a chuva está por vir.

Acordei cedo — como sempre —, embora os acontecimentos da noite passada tenham me incomodado, consegui não por muito tempo, me entregar aos braços do sono e acordar sem cansaço.

Parece que há um elefante branco embaixo do meu teto. Ter João tão próximo e, ao mesmo tempo, distante se tornou um grande exercício de autocontrole. Cada vez que minhas pálpebras pesavam, eu despertava com o som da sua voz me chamando de bonita.

Em certo momento da noite, não me contive e fui vê-lo, eu queria ter só mais um pouquinho dele. Saí de fininho pelo corredor à meia-luz até chegar ao quarto de hóspedes. Girei a maçaneta, devagar, para minha insatisfação a porta do quarto estava trancada e voltei frustrada para o meu quarto por não poder vê-lo em seu sono.

— Você se

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