— Eu só fui para o exterior me aprimorar, mas nunca imaginei que espalhariam boatos de que eu estava morta... O que me entristece mais é que, ao voltar, não consigo ver meu pai. Minha irmã, ela... — Zelda suspirou, sua voz suave ecoando pelos microfones à sua frente, chegando claramente aos ouvidos de todos os jornalistas.Ela abaixou o olhar, vestida com seu delicado vestido branco, com os olhos ligeiramente marejados, criando uma imagem de fragilidade que despertava compaixão em quem a observava.Após uma breve pausa, Zelda olhou diretamente para as câmeras e, com uma voz suave, perguntou:— Ada, por que você me impede de ver nosso pai? Eu nunca me importei com o fato de você ser uma filha ilegítima, mas você... Me impedir de vê-lo é demais!Vanessa e Dália, que estavam ao fundo, prenderam a respiração.Vanessa pensou: “Zelda, que atuação, incrível!”Dália: “Isso é o que chamo de jogada de mestre!”...No Grupo Montenegro, Ada estava tentando bolar um plano para convencer Vicente a f
A resposta de Zelda soou clara nos ouvidos de Vicente e Pedro.— Parece que sua "ex-esposa" realmente não se importa mais com você. — Pedro provocou, lançando um olhar desafiador para Vicente.A tensão no ar aumentava enquanto Vicente permanecia imóvel, uma aura fria e sufocante emanava dele. Pedro, sem nenhum pudor, continuou com suas provocações, percebendo que a frieza nos olhos de Vicente apenas se intensificava.— Nós não nos divorciamos. — Vicente murmurou, seus olhos escurecendo, a voz tão gélida quanto sua expressão.Zelda, você realmente acha que tudo terminou entre nós?Ele manteve os olhos fixos na tela, os lábios finamente cerrados, observando cada movimento de Zelda durante a coletiva de imprensa. Mesmo após o término, quando Zelda já havia desaparecido da tela, Vicente ainda não desviou o olhar....No local da coletiva, Zelda saiu do hotel sob a proteção de Dália.— O carro já está a caminho. Os jornalistas estão ocupados compilando as informações para publicar o quant
— Sr. Vicente, vamos voltar ou…? — Não muito longe, dentro de um Porsche Cayenne preto, Higor perguntou, nervoso, lançando um olhar preocupado para o banco de trás.Vicente estava com o rosto completamente fechado, a expressão endurecida, como se o ar ao seu redor tivesse ficado gélido.— Siga o carro — respondeu ele, com uma frieza que fez o sangue de Higor gelar. Sem pensar duas vezes, ele deu partida, acelerando para não perder Bento e Zelda de vista....— Não quero me envolver em acidentes, Sr. Bento, então por favor, mantenha os olhos na estrada — disse Zelda com calma, sem qualquer emoção visível no olhar.Bento deu uma risadinha, enquanto alternava olhares entre a estrada e Zelda. Seu perfil delicado era quase hipnotizante. Ele comentou, com a voz baixa e grave:— Quem diria... A Sra. Barros agora é Srta. Zelda. E, devo dizer, está ainda mais linda.Zelda, impassível, apenas curvou levemente os lábios num sorriso quase imperceptível:— Agradeço o elogio, Sr. Bento, mas é só u
Bento percebeu o carro de trás acelerando e levantou uma sobrancelha, surpreso. O que Vicente estava planejando?Pelo retrovisor, ele viu o veículo se aproximar rapidamente, com uma clara intenção de colidir. Sua expressão endureceu por um momento. “Vicente ficou louco?”Ele olhou para Zelda e avisou: — Segure-se.— O quê? — A aceleração repentina fez Zelda se assustar. Ela segurou o apoio e, em seguida, sentiu uma forte pancada, acompanhada de uma vibração que sacudiu o carro.Vicente! Ele realmente...Zelda ficou pálida. Bento, após sentir mais alguns impactos, soltou um suspiro e encostou o carro na lateral da estrada. — Ele é completamente insano. — Bento massageou as têmporas antes de se virar para Zelda, seus lábios curvando-se em um sorriso enigmático.Antes que Zelda pudesse se recompor, a porta do carro foi aberta. Vicente estava parado ali, com o rosto enegrecido de raiva. Zelda sentiu a ira crescer em seu peito. — Vicente, você está maluco? Sabe que essa batida
A paciência de Vicente estava no fim. Ele encarou Bento com um olhar frio:— Saia da frente!— Vocês já estão divorciados — respondeu Bento com calma, sem se deixar abalar.— Se a Zelda não quer ir com você, como amigo, tenho o direito de ajudá-la a se afastar de você. Não se esqueça, Sr. Vicente, foi você mesmo quem a empurrou para fora da sua vida.Bento sorria com desdém, enquanto seus olhos refletiam algo mais sombrio e complicado. O olhar afiado de Vicente parecia querer atravessá-lo, como se cada palavra de Bento fosse um lembrete doloroso."Empurrei-a para fora da minha vida?Ela ainda é minha esposa!"A voz de Vicente saiu fria:— Está disposto a me enfrentar por ela, Sr. Bento?Bento, no entanto, permaneceu inabalável, com aquele sorriso despreocupado que parecia aumentar a irritação de Vicente.— Ultimamente tenho muito tempo livre. Não me importo em arranjar algo para preencher minha vida — disse Bento, a voz leve, como se realmente estivesse apenas brincando.Vicente aperto
O breve toque dos lábios de Vicente, embora suave, trouxe uma onda de desejo inesperado.Ele a segurou pela cintura, apertando-a mais perto de si. Zelda, atônita, não esperava tal atitude de Vicente. Um tapa forte, cheio de raiva, explodiu no rosto dele, deixando um som claro no ar. A mão de Zelda havia dado tudo de si naquele golpe.Aquele tapa despertou Vicente como se jogassem água fria sobre ele. Toda a sua paixão evaporou, dando lugar a uma frieza intensa que se espalhou por seu rosto. Ele piscou, incrédulo.Zelda... havia ousado bater nele? Isso era algo que a antiga Zelda jamais teria feito.Seu olhar perigoso se estreitou, fixando-se nela. Mas Zelda só sentia uma coisa: raiva.Sem hesitar, ela pegou um lenço da bolsa e começou a limpar os lábios com rapidez, como se estivesse removendo algo imundo. O gesto deliberado só fez o rosto de Vicente escurecer ainda mais. Ela estava o desprezando?Uma aura gelada emanava de Vicente, tornando o ar ao redor pesado. Zelda só parou
— A parceria de vocês não vai dar certo. — Vicente ameaçou.Zelda fechou o semblante, o olhar frio como gelo.— Vicente, lembra da sua decisão anos atrás? Eu quase morri por causa de uma palavra sua. Fiquei meses em uma cama, sem consciência, dependendo de remédios para sobreviver. Vai tentar me matar de novo, como fez daquela vez?Suas palavras eram afiadamente gélidas, carregadas de toda a dor reprimida ao longo dos anos. Tudo que ela tinha sofrido, foi ele quem causou.Vicente ficou paralisado. As palavras de Zelda pareciam lâminas cortando seu peito. Ele se lembrou de vê-la imóvel em uma cama de hospital e de como seu sangue congelou quando ouviu de Jonas que ela estava morta.Ele ficou em silêncio, o olhar perdido em uma sombra de culpa e arrependimento. Zelda percebeu as emoções em seus olhos, mas não acreditou.— Não faça essa cara de quem está sofrendo. Você sabe, meu pai está muito doente. Eu só quero cuidar dele, impedir que Ada o machuque mais. Então... Sr. Vicente, será
Meia hora depois, Ada chegou à mansão Barros. Os seguranças não a impediram, e ela facilmente alcançou o escritório dele. Após cerca de uma hora de espera, Vicente finalmente abriu a porta e entrou.Com um sorriso no rosto, Ada rapidamente se aproximou, prendendo-se ao braço de Vicente de maneira carinhosa.— Hoje foi um dia cheio no trabalho? Demorou tanto... Fiquei te esperando — sua voz suave e sedutora ressoou aos ouvidos de Vicente.Mas, ao invés de ver Ada, o que surgia na mente de Vicente era o rosto de Zelda, marcado por ódio.Ada percebeu o silêncio de Vicente e, ao olhar para ele, notou a expressão distante, como se ele estivesse pensando em outra pessoa. O coração dela apertou. Ele estava pensando em Zelda? Ada sentiu raiva, mas manteve o sorriso doce.— Vicente, você viu a entrevista de hoje? A minha irmã... Ela continua me acusando. Como eu impediria ela de ver o nosso pai? Ela nem voltou pra casa de Montenegro! — Ada falou em tom de lamento, seus olhos grandes mostran