— Tão tarde assim, o que você e o Vicente estavam fazendo? — Ada se aproximou de Zelda, lançando-lhe um olhar furioso.“Acusando antes que eu pudesse falar qualquer coisa?” Zelda sorriu sem se abalar, acomodando-se de volta no sofá, cruzando as pernas com elegância.— Isso não te diz respeito — respondeu Zelfa calmamente.Ada apertou os dentes de raiva.— Não pense que pode seduzir o Vicente novamente. Ele vai se divorciar de você, é só uma questão de tempo.— Seduzir? — Zelda arqueou as sobrancelhas, os lábios curvando-se em um sorriso irônico. — Qual dos seus olhos viu eu tentando seduzir alguém? Esse é o meu quarto, ele veio até aqui por vontade própria… — Ela deu um sorriso de leve provocação. — E o que ele fez comigo, você não já sabe?Era uma provocação óbvia, e ao ver o fogo da raiva acender nos olhos de Ada, Zelda teve sua resposta. Era claro que Ada estava por trás de tudo, com Ester como cúmplice. E a pressa de Ada para chegar ali só confirmava suas suspeitas: ela provavelm
No entanto, a empolgação de Ester não durou muito. No segundo seguinte, Zelda simplesmente ignorou o copo e saiu do quarto.— Droga! — Ester murmurou frustrada. Se ela tomasse aquela água, ela teria Zelda sob meus pés para sempre! Por que ela ainda não bebeu?Exausta e frustrada, Ester desabou no sofá e, antes que percebesse, acabou adormecendo....Enquanto isso, Zelda foi diretamente para o restaurante e logo avistou Dália sentada num canto. Dália, que estava inquieta, ficou aliviada ao vê-la entrar e rapidamente a puxou para sentar.— E então? Descobriu alguma coisa? Eles... não fizeram nada contra você, né? — Dália perguntou, aflita.Zelda lançou um olhar ao redor, certificando-se de que Ada e Ester não estavam por perto, antes de responder:— Sim, eles tinham um plano, mas a aparição de Vicente acabou estragando tudo.— O quê? — Dália arregalou os olhos, incrédula. — Qual é o objetivo deles, afinal?Um leve sorriso curvou os lábios de Zelda, que compartilhou suas suspeitas com
— Estou falando sério. Não tenho intenção de brincar com o Sr. Bento. — Zelda manteve o tom firme.Ao ver a expressão decidida no rosto dela, Bento deixou de lado o tom de brincadeira e se aproximou, sentando-se ao lado dela.— Então, conte-me. O que precisa? — perguntou ele.Zelda respirou aliviada. Bento tinha uma seriedade natural, mas, por algum motivo, preferia esconder isso sob a máscara de conquistador. Por que será?A voz de Bento a tirou de seus pensamentos:— Está difícil falar sobre isso?Zelda sorriu, explicando:— Preciso que me ajude a montar uma grande cena. E tenho certeza de que vai adorar. — Seus olhos brilhavam com uma frieza afiada, já pensando no efeito que tudo teria.— Uma cena? — Bento a olhou intrigado, sem ainda dar uma resposta definitiva. — E por que eu?— Porque o Sr. Bento é o protagonista perfeito para esta peça. Alguém está esperando ver algo acontecer, então vamos dar a ela o que quer — respondeu Zelda, um sorriso misterioso dançando em seus lábios.E
Dália manteve o sorriso e uma postura humilde diante de Ester, que, com isso, voltou a sentir aquela sensação de superioridade e importância de antes. O sorriso de satisfação em seu rosto tornou-se ainda mais evidente.— Da próxima vez, contenha-se. Só porque é assistente da Zelda, não significa que pode me tratar de qualquer jeito, entendeu? — Ester pegou a xícara de água quente, dando-lhe uma bronca arrogante.Dália permaneceu calma, recebendo as críticas com serenidade. Após um longo momento, quando finalmente se sentiu satisfeita e com o ego inflado, Ester fez um gesto para que Dália saísse.— Pode ir agora.Dália assentiu, mantendo o sorriso.— Claro, não quero atrapalhar seu descanso. Se precisar de algo, é só me chamar. Farei tudo o que puder para ajudar.Ester assentiu com ar de desdém e fechou a porta. Voltando ao quarto, colocou a xícara de água ao lado e focou novamente no computador. Zelda continuava a folhear a revista, e Ester sentiu-se entediada. Pegou a xícara e, a
No quarto de Zelda, a porta já estava fechada. Bento franziu o cenho ao se aproximar dela, tocando sua testa com expressão de preocupação.— Ouvi dizer que você não estava se sentindo bem. Vim ver como você está.A mão de Bento parecia um pouco fria, e Zelda sentiu um leve arrepio. Em seguida, seus olhos brilharam com um toque de provocação. Ela deu um passo à frente, passando os braços ao redor do pescoço dele e esboçando um sorriso cheio de charme.— Ah… eu estou tão mal…Pelo monitor, Ester acompanhava cada movimento, praticamente prendendo a respiração. Quando viu Bento ajudar Zelda a deitar-se no sofá, ela engoliu em seco, o coração disparando. Aos olhos de Ester, a cena parecia incrivelmente íntima, embora Bento e Zelda soubessem que mantinham uma distância calculada, criando apenas uma ilusão.Com um sussurro, Bento murmurou no ouvido de Zelda:— É isso que você chamou de “bom espetáculo”?Zelda lançou um sorriso discreto e deu uma olhada no relógio na parede.— Acredito qu
Ester olhou para ele, seu olhar carregado de sedução, sem se importar nem um pouco com a fúria dele.— Sr. Vicente, eu... estou tão mal... — disse ela, com a voz suave e provocante, ignorando completamente que a porta estava escancarada.— Sai daqui! — A voz dele soou sombria, como vinda das profundezas do inferno, carregada de ódio. Empurrou-a com força, fazendo-a rolar pelo chão.Mas Ester, dominada pelo efeito das drogas, parecia não ouvir. Ela Levantou-se e, como uma obsessão, atirou-se novamente sobre ele. Droga.Vicente sentia-se tomado por uma vontade de matar.Os lábios vermelhos de Ester chegaram bem perto do ouvido de Vicente:— Sr. Vicente, eu fico tão entediada sozinha no quarto. Não vá embora, por favor... — A mulher, sensual e cheia de curvas, contorcia o corpo, com um único objetivo: fazer Vicente... perder o controle.Afinal, homem é tudo igual, nunca resiste. Ela não podia acreditar que, com seu corpo de modelo, não conseguiria domar Vicente.— O que vocês estão faz
No instante seguinte, todos os olhares se voltaram para Ada. O coração dela deu um salto. Ao ver o sorriso no rosto de Zelda, teve a nítida sensação de que cada passo seu estava sob o controle de Zelda. Agora, sentia-se como uma palhaça, exposta. Maldita Ester, idiota, praguejou Ada em silêncio, enquanto tentava manter no rosto uma expressão de indignação.Com um ar choroso e manhoso, ela se aproximou de Vicente.— Vicente, eu juro, eu não sei o que está acontecendo. Eu... eu trouxe Ester aqui porque... bem, ela disse que nunca tinha visto uma ilha e implorou tanto para vir... só por isso eu a trouxe.Os olhos de Ada se encheram de lágrimas, brilhando com uma falsa tristeza. No entanto, Vicente permaneceu imperturbável, seu olhar profundo e frio como sempre, exalando uma frieza que cortava o ambiente.Ester, por sua vez, estava desconfortável, amedrontada demais para tentar se defender. Aproveitando-se disso, Ada estendeu o dedo acusador em sua direção.— Ester, por que você estav
— Eu… — Ester hesitou, como se fosse falar algo, mas logo abaixou a cabeça, ficando em silêncio.Zelda esperou um momento, mas ao perceber que nenhuma resposta viria, desistiu. Até agora, ainda protegendo Ada. Era difícil dizer se aquilo era lealdade ou apenas pura tolice.— Não quero continuar num quarto onde sou espionada a cada instante. Vou mudar de quarto. Sr. Vicente, estou cansada, estou indo. — disse Zelda, antes de se virar e deixar o ambiente.Os seguranças aproveitaram o momento para retirar Ester do quarto. Ester lançou vários olhares desesperados para Ada, mas Ada permaneceu inabalável.Um cão precisa ser obediente, pensou Ada, com desdém. Mesmo que ela tente me trair, sempre há uma maneira de me livrar. Bem-feito. Quem mandou tentar seduzir meu homem?— Parece que o único quarto disponível agora é o ao lado do meu. — Bento comentou de forma casual, mas seu tom carregava uma clara provocação.O olhar de Vicente se encheu de uma tempestade contida. Bento, no entanto, o e