— Não responderá não, porra? — Não sou obrigada a responder a essa baixaria. — Respondi sem olhar em sua direção. — A safadinha, nem precisa dizer nada. — Ela rir e eu sinto minha cara esquentar de constrangimento. — Você tem um talento para o drama. — Chega dessa conversa, Lourdes, chega! — Estraga prazer! Sabe que eu já gosto de confissões safadas. — Encarei a tela do celular desejando estar perto dela agora e encher a cara de Lourdes de tapa por me fazer ficar envergonhada. Essa safada. — Você está com a cara que quer voar em meu pescoço. — Ela gargalhou ao dizer. — Vontade é o que não falta. — Respondo ainda com a cara fechada. — Deixe de besteira, você me conhece, sabe que com você eu não sou capaz de filtrar nada. — Eu sei! — Então pare de ser chata, por quê não toma um banho, veste uma roupa "sexy", arruma esse cabelo que parece que não viu um creme hoje. — Engano seu! — Retruquei. Meu cabelo não está ruim, eu os lavei e finalizei hoje, só os deixo pre
— Sou assim, Lourdes! Não sou obrigada a assistir o que não presta, não me ajuda, não me diverte, ou pior, não me satisfaz. — Enumerei para ela, rindo de sua cara inconformada. — Ainda assim não entendi, Bea. — Quantos caras que você saiu te fizeram gozar, Lourdes? — Bea? — Indagou surpresa, mas provavelmente não tão surpresa quanto eu. Ela rir. — Sei que nunca conversamos sobre isso, tenho certeza que vou me sentir envergonhada daqui a pouco, mas dá para me responder pelo amor de Deus. — Completei com o tom alterado. — Tá, tá bom, sua chata... Hum, penso que nenhum... Acho não, tenho certeza! — Fico surpresa com suas palavras. — Você nunca teve um orgasmo, amiga? Nem mesmo o Marcus te proporcionou isso? — Claro que já tive, Bea, o Marcus mete gostoso, mas não soube chegar ao meu ponto G. — Mas... Mas, você acabou de falar que... — Nada disso, a sua pergunta não foi se eu já tive um e sim se algum homem já me fez gozar. — Sim, verdade! Então como você... — Deixo mi
EDWARD Em certas ocasiões, como agora, me sinto o rei dos babacas. Os olhares acusatórios de Felipe me diziam isso também, eu fingia não me importar, mas por dentro a sensação tem me incomodado e muito. Algo que não devia acontecer. Ontem tive que reunir toda a minha força para corregar Ana Beatriz e levar ela ao seu quarto. Eu poderia ter acordado a mesma, mas eu não quis arriscar e ceder aos meus desejos insanos de arrancar as suas roupas, beijar e lamber cada pedacinho de seu belíssimo corpo. Mas eu tenho que resistir. Eu queria convidar a Ana Beatriz para vim conosco, como queria. Pude constatar a tristeza em seu olhar, talvez até decepção, mas ainda assim eu não conseguir convidá-la, não podia. Não devia, não podia, pensando agora, me parece desculpas… Mas se for desculpas, elas são necessárias. Afirmei em pensamento, mas nem em pensamento fui capaz de demonstrar firmeza. O meu objetivo é afastar essa vontade de querer agarrar ela a todo o tempo e ela perto de mim não a
Assistimos ao filme Godzilla Vs Kong. O garoto amou tanto que ficou rindo do início ao fim do filme. Mesmo sendo a sua primeira vez no cinema, ainda assim a mochila está em primeiro lugar da melhor coisa que ele ganhou hoje. Palavras dele. Assim que o filme acabou, fomos para a praça de alimentação. O Balneário “shopping” é bem amplo, os restaurantes são ótimos, mas como toda criança que já gosta de besteiras, Levi escolheu lanchar no McDonald's. Mas, não mentirei dizendo que eu e Felipe não gostamos, somos adeptos de comer besteira também, principalmente hambúrgueres. Levi e Felipe preferiram pedi o combo, sanduíche de frango e Mcfritas “cheddar” e bacon. Para beber, Levi escolheu suco de abacaxi e Felipe um copo de refrigerante de 500ml da Coca-Cola. Agora, eu escolhi comer um hambúrguer de picanha cheese mais salada Crispy, como bebida, preferir tomar “milkshake” de chocolate. Contudo, nada que eu pedi foi tocado ainda além do “milkshake” que, parecia não está bom para o meu p
Levi brincando nos vários carrinhos elétricos foi o ponto alto de nossa tarde. Estilosos, os diversos carrinhos de brinquedos traziam um visual de carros de verdade, em formatos diferentes, entre eles carros caros como a Ferrari e Land Rovers. Haviam carros simples também, como as picapes, crossovers, jipes, tratores, Suvs e muitos outros. Não só Levi se divertiu tendo a sua primeira experiência atrás do volante de um automóvel, mas também, eu e Felipe que guiava os carros com o controle remoto. Me sentir com sete anos quando ganhei meu primeiro carro de brinquedo de meu pai. Bons tempos. Ficamos uma hora nos carrinhos, era por volta das 15h00 da tarde, quando Levi nos pediu para ir embora. Perguntei o porque ir tão cedo, ele respondeu que não queria deixar a sua irmã muito tempo, sozinha. Admito que me toca de uma forma que não sei explicar esse amor e carinho que ele sente pela irmã e a mesma sente por ele. Estávamos no carro quando Levi pareceu lembrar de algo e voltou a n
— Tudo a ver! O que tem de errado com assistir porno? Admito que alguns filmes são horríveis, mas nem todos. — Ouço a voz desconhecida falar e constato que realmente, a voz é “sexy”, contudo, a de Ana Beatriz é muito mais, principalmente quando ela está envergonhada e o seu tom fica baixo. — Eu já assisti algumas vezes, mas não gostei. — Ouço Beatriz dizer e fico surpreso. Não sei se a surpresa é de ela ter assistido ou de ela não ter gostado. — Por que? Eu não consigo entender. O que há de errado com os pornos? — O problema do porno, Lourdes é que deixa os homens com a visão distorcida, eles pensam que o prazer da mulher não é prioridade. O nosso prazer vem em segundo caso, ou não vem! Os caras nunca sabem o que estão fazendo. As mulheres fingem sentir prazer. Eu, Ana Beatriz, nunca sinto prazer vendo isso. Nunca havia pensado dessa forma. — Cara, você às vezes me preocupa. — A mulher respondeu. — Por que? — Quem assiste porno avaliando criticamente? Assistimos para gozar, nã
— Só porque sou tímida às vezes… OK, fico envergonhada na maior parte do tempo. Só porquê disso, você pensa que sou puritana? — Ana Beatriz tornou a rir. — Você tem um pênis de borracha, Bea? — Não, mas tenho um vibrador, aqueles com dois plugs, um deles até parece um mini ovo. Saber isso, faz a minha mente imaginar besteiras, muitas besteiras. — Sei como é, tenho um. Você gostou? Eu simplesmente amei o meu, coloco o maior dentro e o menor uso para massagear meu clitóris. Rapaz, chego nas nuvens com eles. — Fuck, essa conversa está me excitando. — Felipe confessou. Eu preferia ficar calado, pois, eu também estava ficando. — Ai, credo mulher, me poupe dos detalhes. — Ouço a amiga dela rir. — Mas voltando a falar sobre orgasmos, Lourdes, eu acredito que você deveria pensar mais em você, gata. Assistiu a tantos filmes adultos e nunca reparou que esses atores só pensam no prazer próprio? — Eu nunca parei para pensar sobre isso, mas olhando por esse ângulo é verdade, os caras se a
— Lourdes! — Ana Beatriz tornou a exclamar. — Ele é o meu chefe. — Ela diz olhando a tela do celular. — E você está trabalhando agora, Bea? — Você sabe que não. — Ana Beatriz respondeu e eu cruzei meus braços achando graça da situação, porque vergonha eu não tenho. — Então, pronto, você não deveria se sentir culpada por isso. — A amiga dela respondeu. — E DAÍ QUE ELA NÃO ESTÁ TRABALHANDO NO MOMENTO? — Felipe perguntou irritado me fazendo o fitar com as sobrancelhas erguidas. O que há com ele? Nunca o vi tão zangado. — A senhorita pode não ligar, mas a Beatriz está ciente que ainda que não esteja em seu horário de trabalho, o local ainda continua. — Quem é esse cara que está falando nesse tom comigo, Bea? — Felipe Schramm, ao seu dispor. — Bea, eu quero observar a cara da criatura. — Lourdes diz. — Não, você está praticamente nua. — Ana Beatriz sussurrou. Como se não a estivéssemos escutando. — Anda Beatriz! — A mulher por nome Lourdes diz zangada. — É calcinha