Luke Ford, 48 anos, branco, corpo atlético, estatura mediana, cabelos loiros com entradas nas têmporas, aguçados olhos azuis, nariz reto, lábios finos e queixo protuberante.
Frio, calculista e Delegado do 13º Distrito Policial de Beverly Hills, Califórnia. Escoltado por seis policiais, Luke adentrou na mansão. Conhece de longa data Michael e cada um dos integrantes da sua quadrilha.
Entre os policiais da cidade, Luke acredita ser um dos poucos a não integrar a folha de pagamento de Michael Smith.
Protegido pela Corregedoria, Secretária de Segurança Pública e até mesmo pelo Governador, o traficante continua em liberdade, mandando e desmandando em todo o Estado.
Tráfico de drogas, armas e política envolvidos, Luke foi até a mansão apenas para não parecer incompetente. A sua frente, a cavalaria estava alinhada.
Romeo, Milan, Dominic, Arthur, Thomas e Michael ao centro. Ele sorriu e fez uma leve reverência com a cabeça.
- Delegado.Luke suspirou profundamente.
- Vamos deixar as formalidades de lado, Michael. Onde esteve ontem a tarde e a noite?- Em casa. - Michael nem piscou. - Eu comi uma rosquinha que não me caiu muito bem. - De forma dramática, Michael levou a mão até o estômago e fez uma careta. - Nem queira saber delegado. Vocês comedores de rosquinhas, deveriam ter muito cuidado com o que comem na rua.Luke colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça negativamente.
- Eu não sei porque eu ainda perco o meu tempo. Vamos tentar de outro jeito, Michael.- Está bem. - Michael concordou com um sorriso casto. Ele era a imagem da inocência e pureza.- John Reyes, Capitão do Porto de Long Beach e Chloe Sullivan, uma garota de programa, estão desaparecidos...
- Quem? - Michael franziu a testa.O delegado riu e olhou para o lustre que pendia do teto. Era inútil. Ele mudou a tática de abordagem.
- Eu posso prender você por assassinato...Os cinco seguranças deram um passo a frente. Os policiais também. Michael ergueu as mãos e zombou:
- Sem briga. A cristaleira ainda não está paga. - Ele colocou uma mão no ombro de Luke. Sua voz saiu baixa, porém fria e cortante. - Você vem aqui na minha casa delegado, sem provas, sem um mandado de prisão, me acusando de coisas que eu não fiz. Porque todos aqui sabem ... - Michael colocou a mão no próprio peito. - ... que eu sou um homem correto.Alguns risos disfarçados foram ouvidos por parte dos seguranças e policiais. Luke encarava Michael. Um arrepio de frio percorreu a sua espinha. Ainda assim, o delegado fez uma última tentativa.
- Você esteve no Porto e Chloe Sullivan esteve aqui. Testemunhas serão ouvidas e provas serão encontradas.Michael deu de ombros.
- Eu te desejo sorte, delegado.Luke e seus homens deixaram a mansão. Michael piscou para Oliver, um dos policiais da sua folha de pagamento.Michael olhou para seus seguranças com evidente desgosto.
- E vocês com medo disso. O homem me aparece aqui sem um mandado de busca e apreensão trazendo escolta. Ele tem medo de nós e não o contrário. Entenderam?A equipe cabisbaixa não respondeu. Se desfazendo do personagem, Michael gritou:
- Entenderam, porra?!- Sim. - A resposta veio em uníssono.Michael passou a mão pelos cabelos negros.- Agora chega dessa merda. Até a poeira baixar nós não vamos chamar a atenção. Entradas e saídas, pagamentos e recebimentos, é só isso que vamos fazer daqui pra frente.- E Gael? - Milan perguntou.
- Com a polícia fazendo perguntas por ai ele vai ficar bem quietinho no canto dele. Uns quilos de cocaína a menos para ele não fará diferença.A equipe de segurança respirou aliviada. Michael está de volta.
Michael sentiu fome e pegou o corredor para a cozinha. O cheiro de comida fresca fez seu estômago vazio roncar. Bela preparava uma salada. Ao vê-lo em pé na porta, ela deixou o tomate cair e ficou pálida.
Michael se aproximou, abaixou para pegar o tomate e subiu olhando para o corpo de Bela. Estavam tão próximos que ele "sem querer" encostou a mão no quadril dela. Michael sorriu.
- Você deixou cair.Trêmula, Bela pegou o tomate, lavou bem lavado, colocou na tábua de cortar e pegou a faca. Suas mãos tremiam e o ar lhe faltava.
- Deixa eu te ajudar.Michael ficou atrás de Bela e colocou as suas mãos grandes e fortes em cima das mãos dela. Michael gemeu ao sentir o calor e a maciez do corpo pequeno contra o dele. Mais uma vez, aspirou o cheiro de jasmim de Bela e enquanto guiava suas mãos ele a encoxou.
Bela estava chocada. Ela não sabia o que fazer. Michael, seu patrão, se esfregava nela e suas mãos quentes estavam sobre as dela. Trêmula, assustada e sentindo coisas que nunca antes tinha sentido em toda a sua vida, Bela fechou os olhos e apoiou as costas no peito de Michael. Seu corpo é grande, forte e quente.
Bela nunca esteve tão próxima de um homem e não sabia que isso poderia despertar as mais variadas sensações. Michael colocou uma mão no seu ventre e sussurrou em seu ouvido:
- Gosta disso?Bela tentou abrir os olhos e não conseguiu. Suas pálpebras estavam pesadas e seu corpo parecia flutuar. Michael pressionou o seu membro contra ela, subiu as duas mãos até os seus seios pequenos e os apertou.
Bela gemeu baixinho. Não sabe se de medo, desespero ou outra coisa. Michael riu baixinho e por cima da blusa brincou com os seus mamilos. O toque firme desencadeou em Bela sensações indescritíveis. Ela não queria que aquilo parasse nunca mais.
Michael estava enlouquecido de tesão. Nunca tinha tocado em alguém como Bela. Seus seios pequenos e redondos, cabem na palma da sua mão. Com um braço ele contorna a cintura dela e seu bumbum redondo e empinado se encaixa perfeitamente entre as suas pernas. Intocada. Imaculada.
Michael fechou os olhos e por cima da calça jeans colocou a mão entre as coxas de Bela. Quente como o inferno. Ela prendeu a respiração. Ele provocou.
- Vai fazer tudo o que eu quiser?
De repente, como um choque de realidade, Bela abriu os olhos. Ela se afastou bruscamente e olhou para Michael. Ele não se deu ao trabalho de disfarçar a ereção.O nome era esse mesmo? Ereção? Envergonhada, Bela cruzou os braços sobre os seios e desviou o olhar.
- O senhor me interpretou mal. Eu disse que faria qualquer coisa em relação a casa.- Mas eu sou parte da casa. - Michael tentou pegar Bela pelo braço e ela deu a volta na mesa. Ele não gostou da rejeição dela. - Você precisa desse emprego, não é?Antes que Michael pudesse pensar em reagir, ele foi atingido em cheio no rosto por uma maçã verde que estava na fruteira sobre a mesa. Ele gritou de dor e levando as duas mãos ao rosto, fuzilou Bela.
- Você enlouqueceu?!- Eu não sou dessas que o senhor está pensando! Eu me demito!Imediatamente, Michael apelou. Ele puxou uma cadeira, sentou e apoiando os dois cotovelos na mesa, levou as mãos ao rosto.- Eu estou cego.Bela mordeu o lábio inferior. Será que tinha exagerado? Agiu por reflexo e indignação. Com cuidado, ela se aproximou, pegou Michael pelos pulsos e abaixou as mãos dele. Apenas uma leve vermelhidão abaixo do olho esquerdo e um pequeno inchaço.Ela olhou para ele brava.- O senhor vai sobreviver.- Tem certeza? - Michael gemeu. - Está doendo muito. Não é melhor colocar uma compressa de gelo?Por alguns segundos, Bela se perdeu na imensidão dos olhos verdes e nos lábios rosados e carnudos. Ela abriu a geladeira duplex de inox e pegou um saco de ervilha congelada.Michael não perdeu tempo. Ele abriu as pernas para que Bela pudesse chegar bem perto. Porém, alertou:- Devagar com isso.Bela colocou o saco congelado sobre o machucado. Entre as pernas de Michael e inclinada sobre ele, Bela foi assola
Ao anoitecer, Milan assumiu o seu plantão na guarita atrás dos enormes portões automáticos da mansão. Ele olhou para as câmeras de segurança e uma movimentação suspeita na rua chamou a sua atenção. Milan pegou o Walk Talk.- Arthur, dá uma olhada do outro lado da rua.O segurança negro que estava no terraço pegou o binóculo de visão noturna. Ao ver duas Mercedes Benz se aproximando da entrada da casa em alta velocidade, Arthur praguejou.- Gael.Pelo Walk Talk Milan avisou o resto da equipe.- Gael está aqui. Levem Michael para o esconderijo.O segurança pegou o fuzil AK-47 e saiu da guarita.A passos largos, Michael foi escoltado por Thomas e Romeo até o esconderijo subterrâneo construído especialmente para sua proteção em casos de invasão. O abrigo seria usado pela primeira vez. Michael tinha Bela firmemente presa em seus braços.Dominic se juntou a Milan e Arthur na linha de frente. Mesmo contra
Preocupado com Bela, Michael foi até o quarto dela. Ele bateu na porta.- Bela?Ela não respondeu. Michael olhou no relógio. Quase três horas da manhã. Ele teve que esperar a remoção dos corpos e o reboque dos carros.Michael abriu a porta. A luz do quarto estava acesa. Bela adormeceu com a roupa que estava. Deitada de lado, ela estava descoberta. Michael entrou sem fazer barulho, pegou uma coberta no armário e a cobriu. Ele sorriu. Bela parecia um anjo.Cansado e com sono, Michael apagou a luz, tirou o sapato e se enfiou na cama de solteiro. Ele entrou debaixo da coberta e abraçando Bela por trás, a puxou para si.Ela estava exausta demais para acordar. Foram muitas emoções para um só dia. Michael suspirou profundamente e pela primeira vez em muito tempo ele não precisou usar drogas para dormir. O cheiro suave de jasmim o levou ao mundo dos sonhos em questão de minutos.Bela acordou assustada e teria ca
Bela permaneceu na cozinha cumprindo com as suas obrigações. Com seis homens para alimentar, ela tinha muito o que fazer. Michael foi o único a não aparecer para o café da manhã.Por um lado, Bela ficou triste por não vê-lo. Por outro, ela ficou aliviada por não precisar encara-lo depois de acordar nos braços dele.Ao tomar café com os seguranças, Bela percebeu que eles possuem um código de irmandade. Um por todos, todos por um. Sozinhos são fortes, juntos são imbatíveis.Por alguma razão desconhecida, Bela não ficou com medo por estar entre criminosos e assassinos. Não aqueles a sua frente.Bela ouviu os gritos e foi informada por Romeo que Michael tinha sofrido um pequeno acidente doméstico. Ela ficou angustiada até Milan e Dominic voltarem com ele do hospital e praticamente carrega-lo escada acima.E novamente foi informada por Romeo que o chefe estava com muita dor e não iria almoçar. Na ve
Bela viu Michael fechar os olhos e se inclinar sobre ela. Nada do que tinha vivido, visto ou ouvido dentro dos muros do Orfanato poderia tê-la preparado para aquele momento.Ao sentir os lábios quentes e molhados de Michael sobre os dela e sua barba arranhar o seu rosto, Bela se perdeu de si mesma. Seus lábios se abriram sozinhos para receber a língua molhada de Michael.Uma chegada e uma partida. Um fim e um começo. Bela fraquejou. Michael a sustentou em seus braços fortes. O beijo começou como uma carícia suave, com Michael dando selinhos úmidos nos lábios de Bela.Seus lábios se encaixaram perfeitamente. Suas línguas se tocaram, brincando, experimentando, se conhecendo. Michael foi um bom professor. Bela foi uma excelente aluna.Ela se deixou guiar e seguia todos os movimentos de Michael. Seus lábios se uniram ainda mais, suas línguas se enroscaram, salivas foram trocadas e o beijo ficou mais molhado e arde
Michael precisou da ajuda de Dominic para tomar banho. Nos braços de Bela, ele tinha até se esquecido do maldito tornozelo que estava doendo consideravelmente. Quando Dominic o ajudou a deitar na cama e apoiou o tornozelo em um travesseiro, Michael estava exausto.Ele dobrou o braço sobre a testa e fechou os olhos.- Eu preciso beber alguma coisa.- Vai beber analgésico.- Eu pensei em alguma coisa mais forte.- Vai sonhando. Toma.Michael abriu os olhos e pegou o copo com água e o comprimido. De má vontade tomou o remédio e devolveu o copo a Dominic.Ele perguntou com desdém:- Não vai dormir aqui, vai?- Sim. Milan e eu achamos alguns papelotes. Mas eu sei que você tem mais escondido.Michael deu um suspiro profundo.- Olha, eu agradeço muito o que vocês estão tentando fazer. Mas eu sou um viciado, Dominic. E por hora, eu pretendo continuar sendo.Dominic sentou na poltro
Michael acordou com a pá virada. Com dor, preso a cama e sofrendo de todos os sintomas da abstinência, ele não estava para brincadeira.A discussão pra lá de acalorada com Milan e Dominic também não ajudou. E para completar o seu martírio, Jason queria um reembolso de um milhão de dólares pelos quinhentos quilos de maconha que comprou e recebeu quatrocentos e cinquenta quilos de mesclado.Deitado olhando para o teto e contando o número de lâmpadas do lustre, Michael era a imagem do sofrimento. Arthur estava de "guarda" e puto da vida.- Jason pegou um navio para cá. Ele deve ancorar no Porto de Long Beach a tarde. Ele está trazendo os quatrocentos e cinquenta quilos de mesclado e quer o dinheiro de volta.Michael olhou para o segurança e não disse nada. Ele pensou por alguns segundos. A mente inquieta tentando desesperadamente encontrar uma saída. E encontrou.Michael sorriu.- Descubra quan
Michael sabia que estava sendo um canalha aproveitador. Mas o tesão que sentia por Bela era maior que tudo. Maior até que tirar a inocência dela de forma covarde e egoísta.Tudo era novo para Bela e a forma como ela estava sendo iniciada no mundo do sexo influenciaria muito nas suas decisões futuras. Ela poderia acreditar que sexo é algo nojento e asqueroso.E de repente, Michael não queria ser o cara malvado que estava a humilhando e constrangendo para o seu prazer e diversão. Ele não iria tirar a sua pureza sujando as mãos dela de esperma.Bela é uma garota doce e meiga. Ela merece ser amada, respeitada e protegida. Ela merece saber que sexo deve ser consentido e prazeroso para ambas as partes. Antes de entrar dentro dela precisa acabar com seus medos, dúvidas e inseguranças.Michael fechou os olhos e respirou fundo.- Para.Automaticamente Bela puxou a mão dolorida e viu Michael colocar o