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Capítulo 5

Luke Ford, 48 anos, branco, corpo atlético, estatura mediana, cabelos loiros com entradas nas têmporas, aguçados olhos azuis, nariz reto, lábios finos e queixo protuberante. 

Frio, calculista e Delegado do 13º Distrito Policial de Beverly Hills, Califórnia. Escoltado por seis policiais, Luke adentrou na mansão. Conhece de longa data Michael e cada um dos integrantes da sua quadrilha.

Entre os policiais da cidade, Luke acredita ser um dos poucos a não integrar a folha de pagamento de Michael Smith. 

Protegido pela Corregedoria, Secretária de Segurança Pública e até mesmo pelo Governador, o traficante continua em liberdade, mandando e desmandando em todo o Estado. 

Tráfico de drogas, armas e política envolvidos, Luke foi até a mansão apenas para não parecer incompetente. A sua frente, a cavalaria estava alinhada. 

Romeo, Milan, Dominic, Arthur, Thomas e Michael ao centro. Ele sorriu e fez uma leve reverência com a cabeça.

- Delegado.

Luke suspirou profundamente.

- Vamos deixar as formalidades de lado, Michael. Onde esteve ontem a tarde e a noite?

- Em casa. - Michael nem piscou. - Eu comi uma rosquinha que não me caiu muito bem. - De forma dramática, Michael levou a mão até o estômago e fez uma careta. - Nem queira saber delegado. Vocês comedores de rosquinhas, deveriam ter muito cuidado com o que comem na rua.

Luke colocou as mãos na cintura e balançou a cabeça negativamente.

- Eu não sei porque eu ainda perco o meu tempo. Vamos tentar de outro jeito, Michael.

- Está bem. - Michael concordou com um sorriso casto. Ele era a imagem da inocência e pureza.

- John Reyes, Capitão do Porto de Long Beach e Chloe Sullivan, uma garota de programa, estão desaparecidos...

- Quem? - Michael franziu a testa.

O delegado riu e olhou para o lustre que pendia do teto. Era inútil. Ele mudou a tática de abordagem.

- Eu posso prender você por assassinato...

Os cinco seguranças deram um passo a frente. Os policiais também. Michael ergueu as mãos e zombou:

- Sem briga. A cristaleira ainda não está paga. - Ele colocou uma mão no ombro de Luke. Sua voz saiu baixa, porém fria e cortante. - Você vem aqui na minha casa delegado, sem provas, sem um mandado de prisão, me acusando de coisas que eu não fiz. Porque todos aqui sabem ... - Michael colocou a mão no próprio peito. - ... que eu sou um homem correto.

Alguns risos disfarçados foram ouvidos por parte dos seguranças e policiais. Luke encarava Michael. Um arrepio de frio percorreu a sua espinha. Ainda assim, o delegado fez uma última tentativa.

- Você esteve no Porto e Chloe Sullivan esteve aqui. Testemunhas serão ouvidas e provas serão encontradas.

Michael deu de ombros.

- Eu te desejo sorte, delegado.

Luke e seus homens deixaram a mansão. Michael piscou para Oliver, um dos policiais da sua folha de pagamento.

Michael olhou para seus seguranças com evidente desgosto.

- E vocês com medo disso. O homem me aparece aqui sem um mandado de busca e apreensão trazendo escolta. Ele tem medo de nós e não o contrário. Entenderam?

A equipe cabisbaixa não respondeu. Se desfazendo do personagem, Michael gritou:

- Entenderam, porra?!

- Sim. - A resposta veio em uníssono.

Michael passou a mão pelos cabelos negros.

- Agora chega dessa merda. Até a poeira baixar nós não vamos chamar a atenção. Entradas e saídas, pagamentos e recebimentos, é só isso que vamos fazer daqui pra frente.

- E Gael? - Milan perguntou.

- Com a polícia fazendo perguntas por ai ele vai ficar bem quietinho no canto dele. Uns quilos de cocaína a menos para ele não fará diferença.

A equipe de segurança respirou aliviada. Michael está de volta.

Michael sentiu fome e pegou o corredor para a cozinha. O cheiro de comida fresca fez seu estômago vazio roncar. Bela preparava uma salada. Ao vê-lo em pé na porta, ela deixou o tomate cair e ficou pálida.

Michael se aproximou, abaixou para pegar o tomate e subiu olhando para o corpo de Bela. Estavam tão próximos que ele "sem querer" encostou a mão no quadril dela. Michael sorriu.

- Você deixou cair.

Trêmula, Bela pegou o tomate, lavou bem lavado, colocou na tábua de cortar e pegou a faca. Suas mãos tremiam e o ar lhe faltava.

- Deixa eu te ajudar.

Michael ficou atrás de Bela e colocou as suas mãos grandes e fortes em cima das mãos dela. Michael gemeu ao sentir o calor e a maciez do corpo pequeno contra o dele. Mais uma vez, aspirou o cheiro de jasmim de Bela e enquanto guiava suas mãos ele a encoxou.

Bela estava chocada. Ela não sabia o que fazer. Michael, seu patrão, se esfregava nela e suas mãos quentes estavam sobre as dela. Trêmula, assustada e sentindo coisas que nunca antes tinha sentido em toda a sua vida, Bela fechou os olhos e apoiou as costas no peito de Michael. Seu corpo é grande, forte e quente. 

Bela nunca esteve tão próxima de um homem e não sabia que isso poderia despertar as mais variadas sensações. Michael colocou uma mão no seu ventre e sussurrou em seu ouvido:

- Gosta disso?

Bela tentou abrir os olhos e não conseguiu. Suas pálpebras estavam pesadas e seu corpo parecia flutuar. Michael pressionou o seu membro contra ela, subiu as duas mãos até os seus seios pequenos e os apertou. 

Bela gemeu baixinho. Não sabe se de medo, desespero ou outra coisa. Michael riu baixinho e por cima da blusa brincou com os seus mamilos. O toque firme desencadeou em Bela sensações indescritíveis. Ela não queria que aquilo parasse nunca mais. 

Michael estava enlouquecido de tesão. Nunca tinha tocado em alguém como Bela. Seus seios pequenos e redondos, cabem na palma da sua mão. Com um braço ele contorna a cintura dela e seu bumbum redondo e empinado se encaixa perfeitamente entre as suas pernas. Intocada. Imaculada. 

Michael fechou os olhos e por cima da calça jeans colocou a mão entre as coxas de Bela. Quente como o inferno. Ela prendeu a respiração. Ele provocou.

- Vai fazer tudo o que eu quiser? 

De repente, como um choque de realidade, Bela abriu os olhos. Ela se afastou bruscamente e olhou para Michael. Ele não se deu ao trabalho de disfarçar a ereção.

O nome era esse mesmo? Ereção? Envergonhada, Bela cruzou os braços sobre os seios e desviou o olhar.

- O senhor me interpretou mal. Eu disse que faria qualquer coisa em relação a casa.

- Mas eu sou parte da casa. - Michael tentou pegar Bela pelo braço e ela deu a volta na mesa. Ele não gostou da rejeição dela. - Você precisa desse emprego, não é?

Antes que Michael pudesse pensar em reagir, ele foi atingido em cheio no rosto por uma maçã verde que estava na fruteira sobre a mesa. Ele gritou de dor e levando as duas mãos ao rosto, fuzilou Bela.

- Você enlouqueceu?!

- Eu não sou dessas que o senhor está pensando! Eu me demito!


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