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Ele me ouve. E eu vejo o impacto do meu sussurro em cada parte do seu corpo. "Oh meu Deus", ele diz, e as palavras saem em um tom quebrado, uma mistura de alívio e descrença. Então seus ombros cedem, afundam como se toda a tensão que ele carregou por anos estivesse derretendo diante dos meus olhos.

Ele suspira profundamente, um som rouco que parece vir de algum lugar bem lá no fundo, como se ele estivesse prendendo a respiração esse tempo todo. E agora, aqui estou eu, parada na frente dele, devolvendo o ar que ele nem sabia que precisava. Seus olhos vagam por mim como se buscassem segurança, tentando absorver cada detalhe, cada característica, como se ele precisasse ter certeza de que estou realmente aqui, de pé, viva.

Sua boca se abre, as palavras que ele poderia querer dizer perdidas no ar entre nós. Então ele faz algo que me pega de surpresa. Ele aperta minha mão. Não é um gesto casual, nem uma conexão simples. É quase um grito silencioso, uma âncora, como se ele precisasse desse t
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