MEU MAFIOSO PROTETOR
MEU MAFIOSO PROTETOR
Por: Melissa Bella
PRÓLOGO

         ALÍCIA

10 anos atrás

Vejo meu pai conversando com alguns homens, que creio eu que sejam da pesada. Me aproximo mais para tentar entender o que estão dizendo, mas consigo ouvir bem pouco. 

-Você terá que me entregar sua filha mais velha futuramente né velho, quando ela completar a maioridade, sabe disso né?

Ouço um homem dizer e vejo ele esmurrando o estômago do meu pai.

Ponho a mão na boca para ninguém me ouvir ali.

-Por favor tenha piedade.

Meu pai diz e tosse sangue ao mesmo tempo.

-Nunca velho.

Outro soco e vários mais.

Saiu dali de fininho e entro de volta ao meu quarto,

-Meu amorzinho.

Pego minha irmãzinha que ainda é só um bebê.

-Nossa mãe pode ter nos abandonado, mas eu nunca vou abandonar você.

Beijo o topo da sua cabeça.

-Alíciaaaaaaaaaaaa!

Escuto meu pai esbravejar e corro colocar Marina no berço.

-Fica quietinha aqui. Digo para ela e saio correndo até meu pai.

-Diga pai

Ele nesse momento estava sozinho, todo machucado e ensanguentado, os homens com quem ele estava creio que já tinham ido embora.

-Vamos para o quarto.

-O que? Digo assustada, já sabendo o que viria depois.

-Para o quarto! Ele repete berrando e me pegando pelo braço.

Quando chega lá me j**a na cama.

-Pai, por favor não! Suplico, pensando que ele poderia ter compaixão e não fazer o tal ato.

-Tire a calça.

-Não, por favor.

-Tire a calça!

Obedeço porque se não ele iria fazer com a minha irmãzinha.

                                   CAPITULO 1

Dias atuais

ALICIA

Onze anos, onze anos fazia do inferno em que eu vivia. Hoje em dia eu tenho vinte e um anos, meu pai era um monstro, abusava de mim desde aos onze, trabalhava para mafiosos, criminosos, traficantes, homens de baixa índole. Recentemente ele roubou a carga enorme do seu chefe. Eu não sabia quem ele era, mas por conta disso, ele estava marcado para morrer, o que geraria um grande alívio.

Não sabia se era pecado eu pensar daquele jeito, mas com certeza eu já estava de saco cheio. Não sabia o que era estudar, trabalhar, tinha apenas Beatriz, uma vizinha minha que também era minha melhor amiga. Não sei se ela desconfiava do que meu pai fazia, ela só sabia do abandono de minha mãe, nunca tive coragem de contar para ninguém o que meu pai fazia comigo.

Fiquei sabendo que o chefe da máfia russa acabou matando a esposa, foi tudo por isso que minha mãe nos abandonou. Mas não entendo porque ela não levou eu e minha irmãzinha junto, nos deixou aqui com esse monstro traidor e com um monte de bandidos atrás dele, tenho medo ainda do que possa acontecer, pois não são quaisquer bandidos.

NÃO MUITO LONGE DALI

SÃO PAULO CAPITAL

NICKLAUS CASTELANO

Sou Nicklaus Castelano, tenho quarente e dois anos de idade, dono da máfia italiana.

Para encobrir isso, também sou proprietário de hotéis, boates e até uma empresa de segurança que por sinal faz muito sucesso e é o que mais amo fazer. Além de várias outras empresas também. 

Sou obcecado por uma mulher cujo o pai frequentava bares, boates, cassinos e jogava jogos de azar, todos pertencentes a máfia rival.

Desde o primeiro dia em que a vi, não a tirei mais da minha cabeça e mandei alguns homens ficarem infiltrados na máfia rival só para a observarem e acabei descobrindo que seu pai traiu o chefão da máfia russa, eu sabia muito bem o que acontecia com pessoas que traíssem a máfia russa, e eu teria que fazer de tudo para protegê-la, não poderia deixar acontecer nada a vida daquela moça.

UM POUCO LONGE DALI

MIKHAIL VASSILIEV

Sou Mikhail Vassiliev, dono de uma máfia russa, tenho quarenta anos, ao contrário de muitos não escondo quem realmente sou, não iria poupar aquele velho, ele me causou muito prejuízo com o roubo de uma carga e descobri que era amante de minha ex mulher, óbvio acabei a matando, estava pronto também para acabar com a raça daquele maldito, quando ele ofereceu sua filha como moeda de troca, hoje mesmo farei de sua filha a minha propriedade, não terei dó e nem piedade de ninguém. 

ALICIA

Coloco um vestido vermelho apertado que eu tinha, faço uma maquiagem que chama atenção.

-Preciso observar esse homem de perto.

Quando vou sair do quarto para pegar minha irmãzinha sou surpreendida pela porta do meu quarto sendo escancarada e eu arremessada. Olho meio zonza sentindo gosto de sangue na boca. Odiava meu pai, odiava por tudo o que ele tinha feito comigo, por maltratar eu e minha irmã, pela sua traição m*****a, por ser culpa dele da minha mãe ter ido embora, sei que isso não explica o fato dela ter abandonado as filhas, mas meu pai vivia batendo nela, eu nunca o vou perdoar por isso, no entanto ainda tinha eu: a que mais foi prejudicada nisso tudo, era de mim que abusava, era eu que era estuprada, eu que estava machucada, dilacerada, acabada, as vezes me perguntava se ainda valia a pena viver.

Ainda com a visão turva vejo três homens entrarem no meu quarto seguidos por meu pai.

-Mas o que significa isso?

Balbucio.

-Podem levá-la.

 Escuto meu pai dizer.

-O que? 

Dois deles se aproximam de mim e agarram cada um o meu braço.

-Não, não....

-Me soltem

Tento me desvencilhar do aperto forte em meu braço, mas eles ainda apertam bem mais e um dele da um soco em meu rosto.

-Ah 

Sinto o sangue jorrar de meu nariz,

Eles colocam um saco em meu rosto e sinto uma seringa com uma agulha em meu braço.

Depois tudo fica preto. 

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