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02 - Carolina Alcântara

Carolina Alcântara

Suas mãos são macias me tocando, ele começa a olhar para o meu corpo, apenas fecho os olhos e sinto seu toque, deixo escapar alguns suspiros enquanto ele me tortura tirando a minha camisola, escuto-o falando algo em árabe que não faço ideia do que seja.

— Abra os olhos, precisa entender o que vai acontecer aqui, Sayidati, quero que saiba que sou eu e não seu marido. — Ele tem razão, hoje sou dele, amanhã lido com a confusão que a minha cabeça estará.

Ele reivindica meus lábios para os dele, e beijá-lo foi calmo, era como se tivesse sido transportada para algum lugar onde não existem problemas, onde não estou completamente destruída, pensando que finalmente encontraram uma forma de destruir o que a Madame Suíça representa, ele me vira e nos deitamos na cama nosso beijo se torna urgente e desesperado.

Hassan chega até os meus seios e os morde com seus lábios, o que me deixou a beira de gritar de prazer, mas me lembro que não posso fazer barulhos, ele começa a rir.

— Frank não está por perto, não se preocupe. — Ele me olhou e se aproximou para beijar novamente meus lábios.

Segurei em seu rosto para o mantê-lo ali, mas ele tinha alguns outros planos, a sua mão passeou pela lateral do meu corpo e o senti se livrando da calcinha que estava, ele sorriu me vendo parcialmente nua.

Não nego que não senti um pouco de vergonha, não conhecia outro homem, apenas o meu marido, mesmo que a minha mente estivesse fazendo comparações, não queria parar o que estava acontecendo, estava decida com o divórcio, estava decidida em seguir a vida sozinha, apenas usando um homem ou outro para me satisfazer as necessidades.

Ergo o meu quadril para que ele pudesse retirar a única peça que ainda estava ali, quando me lembro de algo que preciso, não é porque decidi ser uma devassa que não vou me cuidar, o bebê que está dentro de mim precisa que seja cuidadosa.

— Hassan? — Levanto a minha cabeça e olho para o homem que estava se preparando para usar a sua língua na minha boceta, ele me olha levantando a sobrancelha e um sorriso safado de canto.

— Diga Sayidati? — Seus dedos encostam na minha abertura me fazendo gemer e quase esquecer o que iria perguntar para ele, que intensifica a massagem no meu clitóris, por uns instantes inclino a cabeça e me deixo vagar nas sensações que ele estava me dando. — Sayidati o que iria me dizer? — Cretino, ainda me pergunta após me deixar próximo a um orgasmo.

— Preservativo… ahh… — Consigo dizer, ele apenas põe alguns pacotinhos na minha barriga, relaxo novamente quando sua língua começa a me lamber e sugar de uma forma completamente nova e diferente. — Céus, que porra é essa… que está fazendo… — Meu orgasmo explode me deixando quase sem folego.

— Algo que apenas os árabes sabem fazer, Jamil, quer mais ou prefere que te foda de uma vez? — Ele continuava deitado entre as minhas pernas, com seus dedos apertando os nervos do meu ponto G, o desgraçado conhecia o corpo feminino.

— Quero mais… — Digo recuperando o folego.

Dessa vez os seus dedos entram e saem de dentro de mim, nunca imaginei que poderia sentir tudo isso, estou tão acostumada apenas ao arroz e feijão que agora que estou experimentando um escabeche, chego a engasgar com a experiência.

— O que houve, Jamil, é demais para você? — Antes que pudesse responder, ele volta a me sugar, deixando minha respiração entrecortada.

Minhas mãos estavam em seu cabelo, sentia como se tudo o que ele estava fazendo não fosse o suficiente, queria senti-lo dentro de mim, queria sentir prazer enquanto ele me fode, porque ele com toda certeza não é nada gentil.

— Tajdid, é o que você é para mim hoje. — O que digo é suficiente para que ele saia de cima da cama e retire a camisa que estava com as mangas enroladas até o cotovelo e a calça de flanela.

Realmente ele é grande, o medo surge assim que o vejo rasgando o pacote do preservativo para colocar na sua ereção, o cheiro de morango faz com que sinta vontade de comer uma caixinha com leite condessado.

Passo a língua por meus lábios com vontade de o por minha boca e testar até onde consigo engolir, ele sorrir e nega com a cabeça, tenho certeza que ele está tão impaciente como estou nesse momento.

Hassan segura nos meus tornozelos e os aproxima do meu joelho e deixa um beijo ali, ele pega um dos travesseiros e fico sem entender o que ele quer fazer.

— Apenas para te deixar confortável, levanta essa bunda gostosa. — Faço o que ele me pede.

Hassan começa a se acomodar entre as minhas pernas, mas não entra em mim, pelo contrário ele se deita sobre meu corpo e me beija com carinho, sinto seu respeito.

Ele volta a levantar meu queixo e sorri para mim.

— Sabe que depois dessa noite a nossa convivência será algo complicado, não é? Não saberei trabalhar ao seu lado sem pensar que essa noite você é apenas minha, estamos em uma bifurcação Sayidati, estamos em um lugar que você pode seguir por três caminhos diferentes e cabe somente a você qual seguir. — Entendo o que ele diz e sei que o que estou fazendo aqui possa ser errado.

— Você é meu Tajdid e, vou aproveitar a oportunidade de que talvez não surja nenhum problema mais grave do que apenas olhares e outras pegações por aí. — Ele sorri e não entendo o motivo.

— Acredito que seja poliglota. — Nego com a cabeça.

— Aprendi apenas o meu nome em vários idiomas. — Digo para ele e seguro em seu rosto, sei que ele está incomodado com o seu tesão, já que o seu pau está pulsando entre nos dois. — Me fode, tira de mim a dor que estou sentindo, por favor.

— Essa dor não vai sumir Carol, ela só vai piorar… — Ele se afasta um pouco e sinto a sua invasão, que vai até a base do seu pênis, prendo a respiração na sua primeira estocada. — Desculpa, espero que não esteja doendo. — Nego com a cabeça.

Meu corpo começa a se adaptar ao tamanho que estava ali dentro de mim, não que eles fossem tão diferentes assim, mas o Hassan ela mais grosso, suas estocadas são brutas o que estava me deixando muito mais excitada, minhas unhas passeiam por sua costa deixando uma trilha que pelo jeito ele estava satisfeito.

O orgasmo estava se formando no meu ventre, passei as pernas por sua cintura o mantendo ali preso, a mão dele foi para minha bunda, olhei em seus olhos e me rendo ao orgasmo quando ele sussurra um rayie, fecho os olhos para me render ao meu clímax, até que sinto um tapa na minha bunda.

— Abra os olhos, quero que veja… quem está lhe dando prazer… essa noite. — Assim como eu, meu Tajdid estava ofegante e gostando do que estávamos fazendo, mas obedeço ao seu comando. — Agora goze eazizi.

Ele se mexe mais algumas vezes e gozamos juntos, com nossos olhares fixos um no outro, ele estava completamente ofegante e imagino que exausto também, chegamos de viagem e ninguém descansou ainda.

— Isso foi diferente. — Digo tentando encontrar minha respiração.

Ele encostou a sua testa na minha e fechou os olhos tentando encontrar o som de voz, fecho os olhos e me concentro na movimentação dos seus ombros, procuro seus lábios para um beijo muito mais calmo, ouço-o falar algo.

— ‘Ana mudajaea… — Não espero que ele traduza, mas imagino que seja algum palavrão. — Acho melhor ir embora, ou não deixarei que durma.

Não quero ficar aqui sozinha, quero companhia.

— Por favor, fique comigo, não me deixe. — Ele me olha indeciso e olha para o móvel do lado da minha cama. — Precisa ir?

— Não preciso, é a hora do Frank fazer a sua segurança, mas preciso rendê-lo antes das 6 h. — Concordo com a cabeça. — Vou ficar com você até que durma, tudo bem?

Solto as minhas pernas da sua cintura, o que me faz ganhar um sorriso lindo, que faz o bobo do meu coração bater um pouco mais acelerado.

Tajdid, se levanta e vai até o banheiro e despreza o preservativo e volta para a cama comigo, entra em baixo da coberta onde seria o lado do Bruno, ele abre os braços e me acomodo ali, nesses últimos minutos percebi que o segurança emprestado é muito mais que um árabe protetor, ele se mostrou ter cuidado com os meus sentimentos e minha reputação, antes mesmo de realmente pensar em sua própria vida.

Mas jamais deixarei que alguém faça algo com ele, o tomarei para mim, começo a rir tentando encontrar um jeito de tomá-lo definitivamente da Vanessa.

— Quer conversar? — Ele pergunta depois de alguns momentos em silêncio, começo a rir.

— Estou aqui pensando em como te tomar da Vanessa. — Ele começa a rir

— Sayidati, acha mesmo que pode manter isso seguro? — Ele gesticula entre nos dois, apenas dou de ombros.

— Não tenho resposta para essa pergunta, mas por hora a única coisa que posso fazer é me manter longe do meu ex e afastada da organização, enquanto isso quero aproveitar. — Minha mão toca o seu peito, e desenho com os dedos a tatuagem que ele tem nas costelas.

— Diz, “nunca é tarde para recomeçar”, já experimentei o amor, mas alguém achou que não era merecedor de ter alguém para me esperar em casa toda noite, e acabei perdendo a minha esposa. — Seu olhar fica triste e decido não seguir por esse caminho.

Me aninho mais ainda em seus braços e aproveito que finalmente o sono estava chegando, sinto seus braços fazendo carinho em meu corpo, ele pega seu comunicador e desliga, se vira de frente para mim e me rendo ao momento, sei que ele pode me trair em algum momento no futuro, ou pode ser meu protetor até o fim.

Quando acordo estava abraçada com um travesseiro que tinha o cheiro do Hassan, olho para a mesinha e tinha um bilhete aberto, na frente estava escrito Sayidati

Desculpe se não te acordei antes de sair da sua cama Sayidati, mas acho que seria pouco respeitoso te acordar para uma nova rodada de prazer, o que me faz lembrar que adorei os momentos que me deu, desça para o café.

Seu Tajdid

O bilhete me tirou um sorriso que me fez levantar com vontade de ir tomar esse café, sei das consequências, mas nesse momento não quero pensar nas dores e em mais nada, quero apenas me permitir viver e aproveitar as oportunidades que não tive antes.

Escolho um vestido abaixo do joelho, nada luxuoso, apenas confortável já que preciso marcar um médico para tirar as dúvidas que me atingiram ontem a noite, calço minhas pantufas e vou para o andar de baixo para tomar o tal café que me aguarda.

Olho para a mesa e vejo meu segurança com um sorriso enorme no rosto assim que me vê, ele deixa o celular na mesa e vira de cabeça para baixo, olho ao redor e percebo que estamos sozinhos.

— Estamos sozinhos. — Ele diz e olha para a cadeira a sua frente.

— Obrigada por me ajudar a dormir ontem. — Digo e sinto que as minhas bochechas ficam quentes.

— Ficando envergonhada Sayidati? — Dou de ombros e me sirvo de café e lembro que tenho que sair.

— Hassan. — Mudo o tom de voz, já que o assunto é sério. — Preciso ir em uma ginecologista, ontem antes de descer tive ânsia e comecei a suspeitar que possa estar grávida, quero tirar a dúvida de dentro de mim.

Olhar para ele, vi que ele parecia decepcionado, seguro em sua mão e peço a sua atenção.

— Não quero ser desonesta com você, por enquanto tenho apenas duas certezas, proteger você e pedir meu divórcio. — Ele começa a rir.

— Carolina, vocês não vão se divorciar, você é completamente apaixonada por seu marido, assim como ele é por você. — Ele desvira o celular e me mostra as dezenas de mensagens, leio algumas.

Bruno: Como ela está?

Bruno: Proteja-a por mim Hassan…

Bruno: Obrigado por me deixar por dentro do que está acontecendo.

Bruno: Esperarei um pouco e envio as crianças…

Não continuei olhando as mensagens, ou iria começar a chorar, entreguei o celular e me servi com o café sob os olhares atentos do homem na minha frente.

— O que devo dizer a ele sobre lhe levar na ginecologista? — Olho para ele, pego a minha xícara e não sei o que pensar sobre isso.

Me levanto e não respondo à pergunta do Hassan, vou para o escritório e tento falar com a minha mãe, ela saberá o que me dizer nesse momento, enquanto ligo para ela pesquiso o número de uma ginecologista.

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