Carolina Alcântara
— Se fosse perigoso não estaria na segurança da Vanessa, o que tenho que saber sobre você Hassan? — Pergunto por que um alerta se acendeu.
— Não sou perigoso Sayidati, mas tenho meus motivos para estar aqui e não no Sudão ao lado da minha família. — Ele me responde com a sua mão passeando por meu ombro, enquanto a outra estimula que me mexa em cima da sua ereção que já conseguia sentir, infelizmente meu telefone começa a toca e pelo visor vejo o nome do meu ex-marido. — Melhor que você o atenda.
— Não atenderei, não é a primeira vez que ele me trai Hassan, no momento apenas quero distância. — Digo frustrada. — Ainda não sei o que fazer sobre nada disso…
— Tenho certeza que descobrirá algo, só quero pedir que me mantenha vivo nesse processo. — Caio na gargalhada, mas concordo com ele que deixa um suspiro aliviado sair. — Me diga o que vai manter essa gestação, cuidarei de você o tempo todo Sayidati. — Vejo uma preocupação em seu olhar.
Será que ele pensou que eu teria coragem de tirar a vida de um bebê inocente em meio ao caos que estou vivendo agora?
— Claro que sim, não é porque estou planejando o divórcio que tirarei a vida do meu bebê, posso muito bem cuidar desse serzinho sozinha. — Toco em minha barriga e vejo o homem na minha frente, sorri.
— Posso participar da sua consulta? — Ele me pergunta meio inseguro, eu que não vou me negar a ter companhia.
— Claro que pode, mas primeiro preciso agendar uma consulta. — Ele confirma e sua mão pesada vem até o meu pescoço e me puxa para um beijo tranquilo, suspiro com o desejo que estou sentindo na minha intimidade.
— Precisarei conversar com o Frank sobre o que está acontecendo entre nós, porque não conseguirei manter as mãos longe de você. — Começo a rir do que o árabe me diz.
— Espero que não se importe quando meus hormônios atacarem e invadir o seu quarto de madrugada precisando que me satisfaça…
Mais uma vez somos interrompidos pelo telefone que insiste em tocar ao nosso lado.
— Atenda, esperarei lá fora. — Nego com a cabeça e o mantenho na minha frente com a minha mão tocando o seu rosto e atendo a ligação.
— O que você quer Bruno? — Pergunto irritada.
— Carol, por favor precisamos conversar. — Fecho os olhos e tento manter a minha postura fria com ele.
— Não existe mais conversas, Bruno, você foi avisado quando me traiu… — Minha voz falha, Hassan passa a mão em meu rosto e puxa a minha mão onde ele deixa um beijo silencioso. — Bruno agora não é o melhor momento, estou ocupada e preciso pensar em como resolver a merda que você fez.
Não dou nem tempo para que ele fale alguma coisa, desligo o telefone na cara dele, mas tarde ligarei para a Laís e poderei saber como ela estava, Hassan abraça a minha cintura e me vira com ele no sofá me deixando deitada em baixo dele.
Observo enquanto ele põe o dedo no comunicador que estava em sua orelha.
— Frank, vou ajudar a senhora Carolina aqui no escritório, qualquer coisa me chame… — O ouço falando em seu comunicador e colocando no mudo novamente. — Não quero lhe ver triste, mas não pode gemer alto como essa madrugada.
Oh, céus, como não vou gemer? O homem tem um jeito diferente de me chupar, aquilo foi demais para mim, ele confere as horas e sorri para mim.
— Hassan… — Fico insegura, ainda mais com o outro segurança lá fora ele pode falar do que acontece aqui, isso é o suficiente que o meu segurança seja morto. — Melhor conversar com o outro soldado primeiro.
— Xiii, fique tranquila e aproveite o seu orgasmo. — Olho para aquele homem descendo pelo meu corpo deixando vários beijos e mordidas deliciosas, que me arranca pequenos suspiros, ele levanta a minha perna me deixando aberta para ele e como há muito tempo não acontecia eu senti vergonha.
Essa é a primeira vez que realmente tinha outro homem na minha cama, mesmo que o Bruno tenha me traído, conseguimos enganar até mesmo a nossa família, por isso decidi sair do apartamento, sair de perto dos olhos de águia do meu irmão, que se souber o que aconteceu ele ficará bem decepcionado com o Bruno.
E como todos sabemos, meu irmão que não consegue guardar um segredo, mesmo que dependesse a sua vida, por isso decidi não contar nada para ele.
Ouço o som do tecido sendo rasgado me chama atenção, e o vejo com um sorriso enorme, esse cretino agachado entre as minhas pernas, que não tinha como não me cativar com aquela energia que ele passava, tento me acomodar melhor no sofá para que ele tenha mais acesso na minha buceta que já estava me deixando incomodada com o tesão.
— O que houve Sayidati, algo lhe incomoda? — Ele pergunta como se não soubesse o que estava fazendo com o meu corpo cheio de hormônios. — Vou te dar o seu orgasmo e sairemos para a sua consulta.
Concordo com a cabeça porque voz nesse momento não tinha mais nenhuma, respiro fundo quando sinto a língua dele passeando pela minha abertura, enquanto um de seus dedos aperta meu clitóris, ele me fode com a língua me deixando em uma linha tênue do prazer e o desejo a escuridão de um orgasmo, sinto que minha musculatura se prepara para mais um orgasmo, seguro com força nas almofadas que tinha no sofá, arqueio a minha costa e inclino a cabeça para trás.
Um orgasmo tão intenso, sem que ele ao menos tivesse realmente entrado em mim, apenas brincou com a sua língua pelo meu clitóris e no meu períneo, foi o suficiente para me deixar sem fôlego e desejando mais dele em mim.
Olho para ele que descansa a cabeça na minha coxa com um sorriso lindo, sua mão pousada em cima da minha boceta como se ele fosse o dono daquela parte.
— Quero muito marcar você como minha, minha cabeça está tão confusa, Sayidati, não nego que no primeiro instante que vi você, fiquei interessado, mas o que aconteceu naquele quarto de hotel, pensei ser você que havia retornado, imagina a minha surpresa quando te vi surgindo no corredor? Depois que percebi o que estava acontecendo, já que havia ouvido o seu marido gemendo no quarto, me preocupei e fiquei irritado por ele estar fazendo isso como você… — Ele continua a massagear meu clitóris. — Não vi quando veio as bebidas, e tão pouco quando aquela mulher entrou no quarto, peço perdão a você Carolina por falhar com a segurança…
Ergo a minha mão em direção ao homem que estava tão concentrado me estimulando, precisava que ele me olhasse e visse o quanto estava sendo sincera com ele.
— O Bruno já havia me traído, aconteceu quando o meu filho fez dois anos, na época ele conheceu uma Madame Suíça que nunca mais quis ver novamente, por muito pouco não o matei, mas não podia revelar o que havia acontecido, ou teríamos problemas com o conselho. — Paro e suspiro quando ele entra com dois dedos em mim e relaxo novamente. — Céus, Hassan assim não te conto… — Começo a rir quando as ideias e memórias antigas desaparecem me deixando próximo a um novo orgasmo.
— Que tal, te ajudar a tomar um banho para sair refrescada? — Ele me pergunta enquanto volta a me chupar. — Apenas concordo com a cabeça.
O vejo se levantando, estende a mão para mim e como há muito tempo não acontecia confio no homem em minha frente e entrego a minha mão, percebo que ele faz uma careta quando olha para as minhas pernas a mostra, arrumo o meu vestido rindo por deixar um homem desconfortável, conseguia ver que ele estava duro e espero que ele me foda no banho.
Passo por ele, que se mantêm no mesmo lugar e se curva pegando algo, forço a vista para ver o que era, começo a rir quando vejo um pedaço do tecido da minha calcinha.
— Não posso deixar para trás uma prova de que estou reconstruindo a sua confiança. — Reviro os olhos e saio do escritório com ele atrás de mim.
Quando chego na sala vemos o Frank parado na porta da cozinha com uma xícara de café, ele me olha, mas não digo nada, apenas subo para o meu quarto enquanto o Hassan se afasta para conversar algo com ele.
Entro no meu quarto e vou direto para o meu closet a procura de uma nova lingerie, escolho um vestido mais confortável para usar, sem contar que devo fazer um ultrassom, e que não há necessidade de que seduza o médico para tal.
Carolina AlcântaraRetiro a minha roupa e vou para o box, esfriar o meu corpo e quem sabe esperar pela companhia de uma árabe safado que em dois dias me fez lembrar como é bom fazer sexo por prazer, e não apenas por vingança.Preciso descobrir o que ele quis dizer sobre quem ele é, talvez seja a hora de pedir um pequeno favor para Joyce sem que ela atice a curiosidade do Carlinhos e dê com a língua nos dentes para o Bruno.— Kayf takhunin amra’atan mithluk Sayidati. “Como pôde trair uma mulher como você madame” — Sorrio feliz em saber que ele se juntou a mim, olho apenas para ver se vai tomar banho comigo.— O que você disse? — Pergunto apenas para ter certeza.— Que não acredito que ele teve a coragem de te trair. — Olho em seu rosto e observo a sinceridade.— Seremos rápidos, Frank disse que receberá visitas mais tarde e ainda temos a sua consulta. — Me viro para ele preocupada.— Visitas? — Ele concorda com a cabeça.— Sim, parece que a senhora Lira e senhorita Carrillo estão vindo
Bruno Alcântara Ver a minha Deusa sair do avião me deixando para trás era sinal que sofrerei as consequências de meus erros. Não por trepar com outra imaginando que fosse ela, mas por prometer que não beberia nunca mais a ponto de fazer idiotices. Assim que o voo se inicia, me levando para casa sem a minha esposa, me trouxe as dolorosas lembranças de um pouco mais de dois anos. Estava em Nova York para o lançamento da filial “SMOKE”, minha empresa vinha crescendo e foi necessário abrir novas filiais por muitos lugares. Essa semana abriria a de Nova York. Todos os funcionários já haviam sido contratados, mas estava irritado porque a noite mais importante da nossa empresa, minha Deusa, não estava aqui ao meu lado. Ela estava lá, ajudando com as coisas que o filho do meu padrasto deveria estar fazendo. Respiro fundo e esfrego a mão em minha testa tentando controlar a irritação, já havia tentado ligar para Carolina uma dezena de vezes somente hoje e sempre as minhas ligações iam para
Bruno AlcântaraMeu voo pousa, nossos seguranças estranham quando saio do pequeno avião sozinho, entrego a minha mala para um deles e entro no banco de trás de cara fechada.Respiro fundo olhando para os meus homens, sei que eles estão se consumindo de perguntas, mas por enquanto tudo está bem. Ninguém vai saber nada do que está acontecendo.Puxo o meu celular e envio uma nova mensagem para a minha Deusa que parecer desejar ver o demônio do que o próprio marido.Bruno: Minha Deusa me perdoe, pedirei até que possamos conversar, acabei de pousar, vou para a boate ver como está as coisas com seu irmão e estou indo ficar com nossos filhos. Te amo.Mais uma vez sou ignorado, como sei que será pelos próximos dias ou meses, sei que ela não iria me responder agora, mesmo a vendo online. Ergo a cabeça e vejo os meus homens esperando a minha ordem.— Para a Boate.Chegar na casa noturna que um dia já foi minha e hoje é a fonte de renda do meu cunhado e da minha irmã. Sei que assim que chegar, e
Bruno AlcântaraO corpo dela escorrega pelo meu, sentando-se em meu colo, nossos olhos se cruzam e posso ver toda a dor que existe ali, as acusações que ainda pairam em sua mente e com certeza a minha também.— Me perdoe, minha Deusa. — Imploro novamente.Segurando ainda a sua mão em minha bochecha, uma lágrima escorre por seu rosto e antes que pudesse secar, sou surpreendido por um beijo.Um beijo diferente, havia muito mais que saudade ali, senti naquele momento que ela estava me dando uma segunda chance, uma oportunidade de me redimir.Beijo o seu rosto, descendo por seu pescoço e a sinto se encaixar em mim…— Porra de buceta quente…Grito e me nego que ela se esforce, me viro com ela e a deito por sobre as diversas almofadas, a vejo se surpreender ao ficar em baixo de mim.Entro nela de uma vez, tirando um grito de prazer, movimento o meu quadril entrando e saindo, esfregando a base do meu pau em seu clitóris, a excitando ainda mais. Aproximo o meu corpo do dela com as minhas mãos
Hassan Al-MakkiSer filho do sheik me trouxe muito mais problemas que alegrias. Em uma noite em que a residência onde morávamos foi invadida por extremistas tive a infelicidade de perder minha amada esposa, ela estava esperando o nosso primeiro filho.Homens que achavam que não eramos dignos de ser quem eramos, do meu pai ter a posição de governante. Passei meses em depressão e antes que a situação piorasse resolvi fugir daquilo tudo, deixando Raja, minha irmã, como a herdeira.Fugi para a América, usei meus conhecimentos militares para conseguir emprego como segurança. Consegui uma vaga para ser segurança de um cantor pop, mas assim como eu, ele sofria de depressão e acabou com a sua dor, tirando a sua vida em uma banheira e após tomar muitos comprimidos para dormir.Mesmo que tenha fugido das minhas obrigações no Sudão como o futuro sheik, nunca deixei de mandar notícias para os meus pais e de manter a minha fé em Allah, meu masbaha sempre comigo, até mesmo em alguns momentos no tra
Hassan Al-Makki Minhas vontades foram para o espaço quando seus olhos demonstraram sinceridade em tudo o que disse. “Talvez você me convidando para a cama outra vez.” Nesse momento percebi que estaria ali ao seu lado, que meus desejos e vontade seriam todos em torno da mulher que estava gemendo enquanto estava ajoelhando entre as suas pernas no sofá. Estava com um pensamento rondando a minha cabeça desde o momento que ela me disse que pode estar grávida e com o poder que ela tem, pode simplesmente interromper. Tira a vida de um inocente. Ouvir que ela manterá a gestação me tranquiliza, de alguma forma pode ser uma forma de aproveitar o que não tive com a minha falecida esposa e nosso bebê ainda em seu ventre. Aproveito que Sayidati foi para o banho e puxo Frank para a cozinha novamente, não terá como esconder as coisas dele circulando pela casa com Sayidati. Resolvo ser sincero e conto praticamente tudo. — Ela é uma boa patroa, sempre nos tratou bem e saber o que aconteceu me en
Hassan Al-Makki Senti meu coração se amolecer com o seu pedido, mas seus olhos estavam tão suplicantes, não iria conseguir dizer qualquer coisa que a fizesse ficar mais triste do que já estava. Quero Sayidati tranquila, ainda mais agora que pode estar esperando uma pequena bidhara. Era assim que chamava o meu bebê, quando minha esposa ainda estava viva ao meu lado. Com a Carolina ainda em meus braços, encosto o meu corpo no carro e a olho com ternura. Como pode acontecer que sentimentos possam surgir assim tão rápido, não é apenas atração, não é apenas tesão e muito menos por status por ela ser quem é. Porque a mesma importância que ela tem, no meu país tenho também. Mas sinto a responsabilidade de cuidar, proteger e resguardar a mulher que está agora em meus braços. É errado deixar que nossos sentimentos se tornem ainda mais ardentes do que está acontecendo, podemos nos magoar e sofrer meses a fio por um amor proibido. — Não podemos nos apaixonar, você ainda é casada! — Digo com
Carolina Alcântara Saímos do consultório, em silêncio, de mãos dadas, já que Hassan parecia disposto a cuidar de tudo o que estava acontecendo comigo. Naquele momento estava… Impactada… Surpreendida… Em choque… Porém, estava… Maravilhada… E encantada em poder gerar a vida de mais duas pessoas dentro de mim, mesmo que não me importassem quem fosse o pai. Mesmo sendo quem sou na máfia, e ter escolhido entrar para manter a minha filha Laís e a família protegida, tenho a escolha de pôr a vida do pai dos meus filhos em risco, Bruno pode ser morto por sua traição. Isso é um pensamento que vem me torturando nos últimos dias, por isso que estou evitando falar com o Bruno, preciso pensar com calma e decidir o que fazer. Não deixo de me surpreender com as surpresas que a vida me entrega. Não somente essa gravidez, mas agora tenho esse árabe ao meu lado e Hassan tem razão, é preciso ter cuidado com os nossos sentimentos, não que fosse me arrepender por estar me divertindo com ele. Mas p