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04 - Carolina Alcântara

Carolina Alcântara

— Se fosse perigoso não estaria na segurança da Vanessa, o que tenho que saber sobre você Hassan? — Pergunto por que um alerta se acendeu.

— Não sou perigoso Sayidati, mas tenho meus motivos para estar aqui e não no Sudão ao lado da minha família. — Ele me responde com a sua mão passeando por meu ombro, enquanto a outra estimula que me mexa em cima da sua ereção que já conseguia sentir, infelizmente meu telefone começa a toca e pelo visor vejo o nome do meu ex-marido. — Melhor que você o atenda.

— Não atenderei, não é a primeira vez que ele me trai Hassan, no momento apenas quero distância. — Digo frustrada. — Ainda não sei o que fazer sobre nada disso…

— Tenho certeza que descobrirá algo, só quero pedir que me mantenha vivo nesse processo. — Caio na gargalhada, mas concordo com ele que deixa um suspiro aliviado sair. — Me diga o que vai manter essa gestação, cuidarei de você o tempo todo Sayidati. — Vejo uma preocupação em seu olhar.

Será que ele pensou que eu teria coragem de tirar a vida de um bebê inocente em meio ao caos que estou vivendo agora?

— Claro que sim, não é porque estou planejando o divórcio que tirarei a vida do meu bebê, posso muito bem cuidar desse serzinho sozinha. — Toco em minha barriga e vejo o homem na minha frente, sorri.

— Posso participar da sua consulta? — Ele me pergunta meio inseguro, eu que não vou me negar a ter companhia.

— Claro que pode, mas primeiro preciso agendar uma consulta. — Ele confirma e sua mão pesada vem até o meu pescoço e me puxa para um beijo tranquilo, suspiro com o desejo que estou sentindo na minha intimidade.

— Precisarei conversar com o Frank sobre o que está acontecendo entre nós, porque não conseguirei manter as mãos longe de você. — Começo a rir do que o árabe me diz.

— Espero que não se importe quando meus hormônios atacarem e invadir o seu quarto de madrugada precisando que me satisfaça…

Mais uma vez somos interrompidos pelo telefone que insiste em tocar ao nosso lado.

— Atenda, esperarei lá fora. — Nego com a cabeça e o mantenho na minha frente com a minha mão tocando o seu rosto e atendo a ligação.

— O que você quer Bruno? — Pergunto irritada.

— Carol, por favor precisamos conversar. — Fecho os olhos e tento manter a minha postura fria com ele.

— Não existe mais conversas, Bruno, você foi avisado quando me traiu… — Minha voz falha, Hassan passa a mão em meu rosto e puxa a minha mão onde ele deixa um beijo silencioso. — Bruno agora não é o melhor momento, estou ocupada e preciso pensar em como resolver a merda que você fez.

Não dou nem tempo para que ele fale alguma coisa, desligo o telefone na cara dele, mas tarde ligarei para a Laís e poderei saber como ela estava, Hassan abraça a minha cintura e me vira com ele no sofá me deixando deitada em baixo dele.

Observo enquanto ele põe o dedo no comunicador que estava em sua orelha.

— Frank, vou ajudar a senhora Carolina aqui no escritório, qualquer coisa me chame… — O ouço falando em seu comunicador e colocando no mudo novamente. — Não quero lhe ver triste, mas não pode gemer alto como essa madrugada.

Oh, céus, como não vou gemer? O homem tem um jeito diferente de me chupar, aquilo foi demais para mim, ele confere as horas e sorri para mim.

— Hassan… — Fico insegura, ainda mais com o outro segurança lá fora ele pode falar do que acontece aqui, isso é o suficiente que o meu segurança seja morto. — Melhor conversar com o outro soldado primeiro.

— Xiii, fique tranquila e aproveite o seu orgasmo. — Olho para aquele homem descendo pelo meu corpo deixando vários beijos e mordidas deliciosas, que me arranca pequenos suspiros, ele levanta a minha perna me deixando aberta para ele e como há muito tempo não acontecia eu senti vergonha.

Essa é a primeira vez que realmente tinha outro homem na minha cama, mesmo que o Bruno tenha me traído, conseguimos enganar até mesmo a nossa família, por isso decidi sair do apartamento, sair de perto dos olhos de águia do meu irmão, que se souber o que aconteceu ele ficará bem decepcionado com o Bruno.

E como todos sabemos, meu irmão que não consegue guardar um segredo, mesmo que dependesse a sua vida, por isso decidi não contar nada para ele.

Ouço o som do tecido sendo rasgado me chama atenção, e o vejo com um sorriso enorme, esse cretino agachado entre as minhas pernas, que não tinha como não me cativar com aquela energia que ele passava, tento me acomodar melhor no sofá para que ele tenha mais acesso na minha buceta que já estava me deixando incomodada com o tesão.

— O que houve Sayidati, algo lhe incomoda? — Ele pergunta como se não soubesse o que estava fazendo com o meu corpo cheio de hormônios. — Vou te dar o seu orgasmo e sairemos para a sua consulta.

Concordo com a cabeça porque voz nesse momento não tinha mais nenhuma, respiro fundo quando sinto a língua dele passeando pela minha abertura, enquanto um de seus dedos aperta meu clitóris, ele me fode com a língua me deixando em uma linha tênue do prazer e o desejo a escuridão de um orgasmo, sinto que minha musculatura se prepara para mais um orgasmo, seguro com força nas almofadas que tinha no sofá, arqueio a minha costa e inclino a cabeça para trás.

Um orgasmo tão intenso, sem que ele ao menos tivesse realmente entrado em mim, apenas brincou com a sua língua pelo meu clitóris e no meu períneo, foi o suficiente para me deixar sem fôlego e desejando mais dele em mim.

Olho para ele que descansa a cabeça na minha coxa com um sorriso lindo, sua mão pousada em cima da minha boceta como se ele fosse o dono daquela parte.

— Quero muito marcar você como minha, minha cabeça está tão confusa, Sayidati, não nego que no primeiro instante que vi você, fiquei interessado, mas o que aconteceu naquele quarto de hotel, pensei ser você que havia retornado, imagina a minha surpresa quando te vi surgindo no corredor? Depois que percebi o que estava acontecendo, já que havia ouvido o seu marido gemendo no quarto, me preocupei e fiquei irritado por ele estar fazendo isso como você… — Ele continua a massagear meu clitóris. — Não vi quando veio as bebidas, e tão pouco quando aquela mulher entrou no quarto, peço perdão a você Carolina por falhar com a segurança…

Ergo a minha mão em direção ao homem que estava tão concentrado me estimulando, precisava que ele me olhasse e visse o quanto estava sendo sincera com ele.

— O Bruno já havia me traído, aconteceu quando o meu filho fez dois anos, na época ele conheceu uma Madame Suíça que nunca mais quis ver novamente, por muito pouco não o matei, mas não podia revelar o que havia acontecido, ou teríamos problemas com o conselho. — Paro e suspiro quando ele entra com dois dedos em mim e relaxo novamente. — Céus, Hassan assim não te conto… — Começo a rir quando as ideias e memórias antigas desaparecem me deixando próximo a um novo orgasmo.

— Que tal, te ajudar a tomar um banho para sair refrescada? — Ele me pergunta enquanto volta a me chupar. — Apenas concordo com a cabeça.

O vejo se levantando, estende a mão para mim e como há muito tempo não acontecia confio no homem em minha frente e entrego a minha mão, percebo que ele faz uma careta quando olha para as minhas pernas a mostra, arrumo o meu vestido rindo por deixar um homem desconfortável, conseguia ver que ele estava duro e espero que ele me foda no banho.

Passo por ele, que se mantêm no mesmo lugar e se curva pegando algo, forço a vista para ver o que era, começo a rir quando vejo um pedaço do tecido da minha calcinha.

— Não posso deixar para trás uma prova de que estou reconstruindo a sua confiança. — Reviro os olhos e saio do escritório com ele atrás de mim.

Quando chego na sala vemos o Frank parado na porta da cozinha com uma xícara de café, ele me olha, mas não digo nada, apenas subo para o meu quarto enquanto o Hassan se afasta para conversar algo com ele.

Entro no meu quarto e vou direto para o meu closet a procura de uma nova lingerie, escolho um vestido mais confortável para usar, sem contar que devo fazer um ultrassom, e que não há necessidade de que seduza o médico para tal.

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