Carolina Alcântara
Retiro a minha roupa e vou para o box, esfriar o meu corpo e quem sabe esperar pela companhia de uma árabe safado que em dois dias me fez lembrar como é bom fazer sexo por prazer, e não apenas por vingança.
Preciso descobrir o que ele quis dizer sobre quem ele é, talvez seja a hora de pedir um pequeno favor para Joyce sem que ela atice a curiosidade do Carlinhos e dê com a língua nos dentes para o Bruno.
— Kayf takhunin amra’atan mithluk Sayidati. “Como pôde trair uma mulher como você madame” — Sorrio feliz em saber que ele se juntou a mim, olho apenas para ver se vai tomar banho comigo.
— O que você disse? — Pergunto apenas para ter certeza.
— Que não acredito que ele teve a coragem de te trair. — Olho em seu rosto e observo a sinceridade.
— Seremos rápidos, Frank disse que receberá visitas mais tarde e ainda temos a sua consulta. — Me viro para ele preocupada.
— Visitas? — Ele concorda com a cabeça.
— Sim, parece que a senhora Lira e senhorita Carrillo estão vindo no final da tarde. — Fecho os olhos, aliviada por ser apenas as duas. — Se acalme, agora vira e põe o pé na borda da banheira.
Faço exatamente como ele me pedi, me seguro no registro do banheiro e empino a minha bunda para receber o árabe que vem me fazendo pensar em várias coisas desde que acordei.
— Olhe para trás, Carolina e veja quem vai te foder, quero que você tenha em mente que sou eu que estou aqui, e não outra pessoa. — Me viro e olho para o rosto com olhos escuros, cheio de desejo como eu estava. — Dentro desse quarto, Sayidati a quem você pertence?
Adoro esse jeito possessivo e dominador que o árabe tem, as sensações do meu baixo ventre me fazem gemer na expectativa do prazer que ele vai me dar.
— Não quero te foder aqui… — Ele pega na minha mão e me ajuda a sair da banheira, pega uma toalha e começa a secar todo o meu corpo, se ajoelha e seca minhas pernas e deixa um beijo na minha boceta.
Ele deixa a toalha ali mesmo e me faz dar um passo para secar meus pés.
— Na tradição de minha casa, o homem tem que venerar o chão onde a mulher que ele escolheu para ser sua pisa, porque nossas mulheres são uma extensão de quem somos, por isso que às vezes se ouve que homens se casam com várias mulheres. — Percebo que ele está tendo cuidado comigo.
— O que é isso está me pedindo em casamento? — Pergunto rindo, enquanto o vejo se levantar, segura minha mão e me puxa para a cama.
— Se esse momento chegar Sayidati, pode ter certeza que será conforme a minha tradição e não desse jeito sem honra que se faz aqui. — Hassan estava sem roupa, sua ereção pulsava na minha direção, ele me ajudou a subir na cama que ainda estava bagunçada, subiu se colocando de joelho na minha frente. — Ontem, foi uma exceção do que eu realmente gosto de fazer, Carolina, agora quero te dar prazer de outra forma, não se preocupe que tenho certeza que gostará.
Ele me puxa ao encontro do seu peito, fecho os olhos na expectativa de um beijo, mas sou surpreendida por um tapa estalado na minha bunda, mas foi tão sensual, tão erótico que precisei fechar as pernas e roçar uma na outra para que controlasse o desejo de receber outras palmadas.
Olhar para ele daquele jeito que estava me deixou bem mais excitada, pelo visto, ele ficou tão mexido como eu estava, que nem consegui entender como uma simples palmada me deixou mais molhada ainda.
— Gostou? — Minha respiração estava ofegante, olho para aquelas duas esferas escuras que me sondavam e não conseguiria mentir para ele, então apenas confirmo. — Ótimo, quer mais?
Mordo o lábio inferior e confirmo com a cabeça, ele rir alto e me puxa para um beijo, nossas línguas travam uma guerra de desejo, as mãos dele seguram nas minhas e as prende atrás das minhas costas.
— Hassan, preciso de mais… — Falo aos gemidos.
Em uma virada rápida na cama acabo caindo entre os travesseiros, avisto quando ele estica o braço e pega um preservativo e se cobre com ele.
Sem muito cuidado, percebo ser mais pelo desejo que era palpável entre nós dois, ele me invade de uma vez fechando os olhos, murmurando alguma coisa que não faço ideia do que seja.
Ele inicia se movimentando, entra e sai com maestria de mim, passo as mãos por seus ombros enquanto minhas pernas se prendem na sua cintura, para que o mantenha ali dentro de mim, seus dedos hábeis apertam meus mamilos me deixando a beira de uma nova onda de orgasmo.
— Fala o que preciso Sayidati, preciso ouvir… — Sei o que ele deseja, mas não tenho coragem de magoar outra pessoa como fui magoada, seguro em seu rosto e o faço me olhar.
— Hassan, ainda não… apenas me fode e me faça sua outra vez… — Ele escapa de minhas mãos, passa os braços por baixo dos meus ombros e me olha com um fogo que me rendo ao homem gostoso que me tinha presa a ele.
— Vou para o inferno… ahh… por desejar a fruta proibida… a mulher de outro homem… — Ele estava se segurando para não alcançar o seu ápice antes de mim.
Joguei a cabeça para trás e deixei meu pescoço livre para que ele pudesse fazer o que desejasse de mim, sua língua quente passeou pela minha pele, o que serviu de combustível para que meu orgasmo explodisse em torno dele.
— Hassan… — Gozo chamando o seu nome, olhando fixamente para ele, quero que ele tenha certeza que é nele que meu pensamento está, quando ele me invade, percebo que a sua respiração falha.
— Hal satakun Sayidati “Você será minha Madame” — Preciso urgentemente aprender árabe, penso rindo.
— Vai me dizer o que falou? — Ele rir e nega com a cabeça.
— Apenas uma promessa ao cosmo, está satisfeita ou quer mais? — Não consigo resistir e começo a rir.
— Adoraria mais, porém tenho muita coisa para resolver ainda e uma delas é te contratar… — Ele beija meus lábios e minha testa com carinho.
— Já sou seu Sayidati… — Ele fala enquanto se esfrega na minha boceta inchada.
— Se continuarmos assim, não sairemos dessa cama. — Ele se deita na cama ao meu lado e vejo quando ele retira o preservativo, mas para minha surpresa ele passa o cobertor por cima de nossos corpos.
— Apenas 10 minutos, já não sou tão novo assim… — Ele murmura de olhos fechados, me puxando para ficarmos de coxinha, acendendo a minha curiosidade.
— Qual a sua idade? — Pergunto. — Estou como 36 anos, me sentindo uma velha com tantas responsabilidades.
— Completo 40 daqui a algumas semanas, precisarei ir para o Sudão nesse período. — Ele fala e meu coração se desmancha um pouco, com o fato de que ele tenha que se afastar de mim.
— Não é tão mais velho que eu. — Limpo o incomodo da garganta e tento falar sem demonstrar que estava triste. — Então, adoraria conhecer o Sudão, quem sabe não faço alguma aliança por lá… — Começo a rir, porque não faço ideia como as coisas funcionam por lá.
— Avisarei meus pais então que terei companhia, mas já te deixo avisada que eles são festivos e para que meu aniversário vire um casamento é uma coisa muita rápida. — Ele passa a mão nervoso pelos cabelos.
— Vamos me diga o que não sei sobre o Hassan Al-Makki. — Ele estreita os olhos na minha direção e começa a rir.
— Estou impressionado que saiba meu nome, enfim, sou o filho de Salim Al-Makki e Najla Al-Makki, são um casal de muita influência e desejavam para o primogênito que ele seguisse os passos do pai, sendo o sheik da maior refinaria no mundo árabe. — Sinto o carinho que ele faz na minha bunda, acho que para amenizar o ardor que estou sentindo agora.
— No momento não era o que queria, então minha irmã Raja está sendo treinada para assumir os negócios, agora sendo bem sincero com você, nesse momento não tenho mais nenhuma intenção de voltar para aquele lugar, se isso significar ter que deixar a sua proteção. — Toco em seu rosto e me aconchego em seus braços.
— Prometo que farei de tudo para não ser morto, agora me diga o que você disse para o Frank? — Ele faz uma careta torcendo o nariz.
— Confiei nele e disse a verdade, ele me prometeu lealdade. — Ele me diz com tranquilidade e aceito que ele nesse momento será prudente já que é o seu pescoço que está na berlinda. — Agora quer descansar, ou prefere o banho para irmos para a consulta?
— Consulta. — Digo com firmeza. — Tenho que resolver essa situação de uma vez. — Me levanto e espero que ele venha comigo.
Tomamos um banho rápido e em pouco tempo estava no andar de baixo arrumando tudo o que precisava para poder sairmos, aproveito e já mando uma mensagem para a Vanessa.
Bruno Alcântara Ver a minha Deusa sair do avião me deixando para trás era sinal que sofrerei as consequências de meus erros. Não por trepar com outra imaginando que fosse ela, mas por prometer que não beberia nunca mais a ponto de fazer idiotices. Assim que o voo se inicia, me levando para casa sem a minha esposa, me trouxe as dolorosas lembranças de um pouco mais de dois anos. Estava em Nova York para o lançamento da filial “SMOKE”, minha empresa vinha crescendo e foi necessário abrir novas filiais por muitos lugares. Essa semana abriria a de Nova York. Todos os funcionários já haviam sido contratados, mas estava irritado porque a noite mais importante da nossa empresa, minha Deusa, não estava aqui ao meu lado. Ela estava lá, ajudando com as coisas que o filho do meu padrasto deveria estar fazendo. Respiro fundo e esfrego a mão em minha testa tentando controlar a irritação, já havia tentado ligar para Carolina uma dezena de vezes somente hoje e sempre as minhas ligações iam para
Bruno AlcântaraMeu voo pousa, nossos seguranças estranham quando saio do pequeno avião sozinho, entrego a minha mala para um deles e entro no banco de trás de cara fechada.Respiro fundo olhando para os meus homens, sei que eles estão se consumindo de perguntas, mas por enquanto tudo está bem. Ninguém vai saber nada do que está acontecendo.Puxo o meu celular e envio uma nova mensagem para a minha Deusa que parecer desejar ver o demônio do que o próprio marido.Bruno: Minha Deusa me perdoe, pedirei até que possamos conversar, acabei de pousar, vou para a boate ver como está as coisas com seu irmão e estou indo ficar com nossos filhos. Te amo.Mais uma vez sou ignorado, como sei que será pelos próximos dias ou meses, sei que ela não iria me responder agora, mesmo a vendo online. Ergo a cabeça e vejo os meus homens esperando a minha ordem.— Para a Boate.Chegar na casa noturna que um dia já foi minha e hoje é a fonte de renda do meu cunhado e da minha irmã. Sei que assim que chegar, e
Bruno AlcântaraO corpo dela escorrega pelo meu, sentando-se em meu colo, nossos olhos se cruzam e posso ver toda a dor que existe ali, as acusações que ainda pairam em sua mente e com certeza a minha também.— Me perdoe, minha Deusa. — Imploro novamente.Segurando ainda a sua mão em minha bochecha, uma lágrima escorre por seu rosto e antes que pudesse secar, sou surpreendido por um beijo.Um beijo diferente, havia muito mais que saudade ali, senti naquele momento que ela estava me dando uma segunda chance, uma oportunidade de me redimir.Beijo o seu rosto, descendo por seu pescoço e a sinto se encaixar em mim…— Porra de buceta quente…Grito e me nego que ela se esforce, me viro com ela e a deito por sobre as diversas almofadas, a vejo se surpreender ao ficar em baixo de mim.Entro nela de uma vez, tirando um grito de prazer, movimento o meu quadril entrando e saindo, esfregando a base do meu pau em seu clitóris, a excitando ainda mais. Aproximo o meu corpo do dela com as minhas mãos
Hassan Al-MakkiSer filho do sheik me trouxe muito mais problemas que alegrias. Em uma noite em que a residência onde morávamos foi invadida por extremistas tive a infelicidade de perder minha amada esposa, ela estava esperando o nosso primeiro filho.Homens que achavam que não eramos dignos de ser quem eramos, do meu pai ter a posição de governante. Passei meses em depressão e antes que a situação piorasse resolvi fugir daquilo tudo, deixando Raja, minha irmã, como a herdeira.Fugi para a América, usei meus conhecimentos militares para conseguir emprego como segurança. Consegui uma vaga para ser segurança de um cantor pop, mas assim como eu, ele sofria de depressão e acabou com a sua dor, tirando a sua vida em uma banheira e após tomar muitos comprimidos para dormir.Mesmo que tenha fugido das minhas obrigações no Sudão como o futuro sheik, nunca deixei de mandar notícias para os meus pais e de manter a minha fé em Allah, meu masbaha sempre comigo, até mesmo em alguns momentos no tra
Hassan Al-Makki Minhas vontades foram para o espaço quando seus olhos demonstraram sinceridade em tudo o que disse. “Talvez você me convidando para a cama outra vez.” Nesse momento percebi que estaria ali ao seu lado, que meus desejos e vontade seriam todos em torno da mulher que estava gemendo enquanto estava ajoelhando entre as suas pernas no sofá. Estava com um pensamento rondando a minha cabeça desde o momento que ela me disse que pode estar grávida e com o poder que ela tem, pode simplesmente interromper. Tira a vida de um inocente. Ouvir que ela manterá a gestação me tranquiliza, de alguma forma pode ser uma forma de aproveitar o que não tive com a minha falecida esposa e nosso bebê ainda em seu ventre. Aproveito que Sayidati foi para o banho e puxo Frank para a cozinha novamente, não terá como esconder as coisas dele circulando pela casa com Sayidati. Resolvo ser sincero e conto praticamente tudo. — Ela é uma boa patroa, sempre nos tratou bem e saber o que aconteceu me en
Hassan Al-Makki Senti meu coração se amolecer com o seu pedido, mas seus olhos estavam tão suplicantes, não iria conseguir dizer qualquer coisa que a fizesse ficar mais triste do que já estava. Quero Sayidati tranquila, ainda mais agora que pode estar esperando uma pequena bidhara. Era assim que chamava o meu bebê, quando minha esposa ainda estava viva ao meu lado. Com a Carolina ainda em meus braços, encosto o meu corpo no carro e a olho com ternura. Como pode acontecer que sentimentos possam surgir assim tão rápido, não é apenas atração, não é apenas tesão e muito menos por status por ela ser quem é. Porque a mesma importância que ela tem, no meu país tenho também. Mas sinto a responsabilidade de cuidar, proteger e resguardar a mulher que está agora em meus braços. É errado deixar que nossos sentimentos se tornem ainda mais ardentes do que está acontecendo, podemos nos magoar e sofrer meses a fio por um amor proibido. — Não podemos nos apaixonar, você ainda é casada! — Digo com
Carolina Alcântara Saímos do consultório, em silêncio, de mãos dadas, já que Hassan parecia disposto a cuidar de tudo o que estava acontecendo comigo. Naquele momento estava… Impactada… Surpreendida… Em choque… Porém, estava… Maravilhada… E encantada em poder gerar a vida de mais duas pessoas dentro de mim, mesmo que não me importassem quem fosse o pai. Mesmo sendo quem sou na máfia, e ter escolhido entrar para manter a minha filha Laís e a família protegida, tenho a escolha de pôr a vida do pai dos meus filhos em risco, Bruno pode ser morto por sua traição. Isso é um pensamento que vem me torturando nos últimos dias, por isso que estou evitando falar com o Bruno, preciso pensar com calma e decidir o que fazer. Não deixo de me surpreender com as surpresas que a vida me entrega. Não somente essa gravidez, mas agora tenho esse árabe ao meu lado e Hassan tem razão, é preciso ter cuidado com os nossos sentimentos, não que fosse me arrepender por estar me divertindo com ele. Mas p
Carolina AlcântaraBocejo sentindo um doce sono se aproximando, me viro para poder pegar o travesseiro com que Hassan havia dormir e me assusto quando o árabe em questão estava ali em pé, na entrada do meu quarto.Não conseguia identificar o seu humor naquele momento, mas estou com a cabeça tão cheia de inseguranças, raiva e medo que deixo o choro sair. Ele respira fundo com os olhos fixos em mim.Retira o terno, arranca o comunicador da orelha, chuta os sapatos longe e retira a gravata, antes de se aproximar da cama e se deitar ao meu lado. Me rendo ao desejo de sentir o seu perfume e vou de bom grado para o seu peito, chorar por outro homem enquanto ele me dá atenção e carinho. Suas mãos passeiam por minhas costas na tentativa de me acalentar.— Põe tudo para fora Sayidati. — Ele diz.Isso é o suficiente para chorar ainda mais, para realmente deixar sair as minhas últimas lágrimas por aquele traidor. Hassan não merece ter que cuidar de uma mulher que ainda não sabe o que fazer com o