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05 - Carolina Alcântara

Carolina Alcântara

Retiro a minha roupa e vou para o box, esfriar o meu corpo e quem sabe esperar pela companhia de uma árabe safado que em dois dias me fez lembrar como é bom fazer sexo por prazer, e não apenas por vingança.

Preciso descobrir o que ele quis dizer sobre quem ele é, talvez seja a hora de pedir um pequeno favor para Joyce sem que ela atice a curiosidade do Carlinhos e dê com a língua nos dentes para o Bruno.

— Kayf takhunin amra’atan mithluk Sayidati. “Como pôde trair uma mulher como você madame” — Sorrio feliz em saber que ele se juntou a mim, olho apenas para ver se vai tomar banho comigo.

— O que você disse? — Pergunto apenas para ter certeza.

— Que não acredito que ele teve a coragem de te trair. — Olho em seu rosto e observo a sinceridade.

— Seremos rápidos, Frank disse que receberá visitas mais tarde e ainda temos a sua consulta. — Me viro para ele preocupada.

— Visitas? — Ele concorda com a cabeça.

— Sim, parece que a senhora Lira e senhorita Carrillo estão vindo no final da tarde. — Fecho os olhos, aliviada por ser apenas as duas. — Se acalme, agora vira e põe o pé na borda da banheira.

Faço exatamente como ele me pedi, me seguro no registro do banheiro e empino a minha bunda para receber o árabe que vem me fazendo pensar em várias coisas desde que acordei.

— Olhe para trás, Carolina e veja quem vai te foder, quero que você tenha em mente que sou eu que estou aqui, e não outra pessoa. — Me viro e olho para o rosto com olhos escuros, cheio de desejo como eu estava. — Dentro desse quarto, Sayidati a quem você pertence?

Adoro esse jeito possessivo e dominador que o árabe tem, as sensações do meu baixo ventre me fazem gemer na expectativa do prazer que ele vai me dar.

— Não quero te foder aqui… — Ele pega na minha mão e me ajuda a sair da banheira, pega uma toalha e começa a secar todo o meu corpo, se ajoelha e seca minhas pernas e deixa um beijo na minha boceta.

Ele deixa a toalha ali mesmo e me faz dar um passo para secar meus pés.

— Na tradição de minha casa, o homem tem que venerar o chão onde a mulher que ele escolheu para ser sua pisa, porque nossas mulheres são uma extensão de quem somos, por isso que às vezes se ouve que homens se casam com várias mulheres. — Percebo que ele está tendo cuidado comigo.

— O que é isso está me pedindo em casamento? — Pergunto rindo, enquanto o vejo se levantar, segura minha mão e me puxa para a cama.

— Se esse momento chegar Sayidati, pode ter certeza que será conforme a minha tradição e não desse jeito sem honra que se faz aqui. — Hassan estava sem roupa, sua ereção pulsava na minha direção, ele me ajudou a subir na cama que ainda estava bagunçada, subiu se colocando de joelho na minha frente. — Ontem, foi uma exceção do que eu realmente gosto de fazer, Carolina, agora quero te dar prazer de outra forma, não se preocupe que tenho certeza que gostará.

Ele me puxa ao encontro do seu peito, fecho os olhos na expectativa de um beijo, mas sou surpreendida por um tapa estalado na minha bunda, mas foi tão sensual, tão erótico que precisei fechar as pernas e roçar uma na outra para que controlasse o desejo de receber outras palmadas.

Olhar para ele daquele jeito que estava me deixou bem mais excitada, pelo visto, ele ficou tão mexido como eu estava, que nem consegui entender como uma simples palmada me deixou mais molhada ainda.

— Gostou? — Minha respiração estava ofegante, olho para aquelas duas esferas escuras que me sondavam e não conseguiria mentir para ele, então apenas confirmo. — Ótimo, quer mais?

Mordo o lábio inferior e confirmo com a cabeça, ele rir alto e me puxa para um beijo, nossas línguas travam uma guerra de desejo, as mãos dele seguram nas minhas e as prende atrás das minhas costas.

— Hassan, preciso de mais… — Falo aos gemidos.

Em uma virada rápida na cama acabo caindo entre os travesseiros, avisto quando ele estica o braço e pega um preservativo e se cobre com ele.

Sem muito cuidado, percebo ser mais pelo desejo que era palpável entre nós dois, ele me invade de uma vez fechando os olhos, murmurando alguma coisa que não faço ideia do que seja.

Ele inicia se movimentando, entra e sai com maestria de mim, passo as mãos por seus ombros enquanto minhas pernas se prendem na sua cintura, para que o mantenha ali dentro de mim, seus dedos hábeis apertam meus mamilos me deixando a beira de uma nova onda de orgasmo.

— Fala o que preciso Sayidati, preciso ouvir… — Sei o que ele deseja, mas não tenho coragem de magoar outra pessoa como fui magoada, seguro em seu rosto e o faço me olhar.

— Hassan, ainda não… apenas me fode e me faça sua outra vez… — Ele escapa de minhas mãos, passa os braços por baixo dos meus ombros e me olha com um fogo que me rendo ao homem gostoso que me tinha presa a ele.

— Vou para o inferno… ahh… por desejar a fruta proibida… a mulher de outro homem… — Ele estava se segurando para não alcançar o seu ápice antes de mim.

Joguei a cabeça para trás e deixei meu pescoço livre para que ele pudesse fazer o que desejasse de mim, sua língua quente passeou pela minha pele, o que serviu de combustível para que meu orgasmo explodisse em torno dele.

— Hassan… — Gozo chamando o seu nome, olhando fixamente para ele, quero que ele tenha certeza que é nele que meu pensamento está, quando ele me invade, percebo que a sua respiração falha.

— Hal satakun Sayidati “Você será minha Madame” — Preciso urgentemente aprender árabe, penso rindo.

— Vai me dizer o que falou? — Ele rir e nega com a cabeça.

— Apenas uma promessa ao cosmo, está satisfeita ou quer mais? — Não consigo resistir e começo a rir.

— Adoraria mais, porém tenho muita coisa para resolver ainda e uma delas é te contratar… — Ele beija meus lábios e minha testa com carinho.

— Já sou seu Sayidati… — Ele fala enquanto se esfrega na minha boceta inchada.

— Se continuarmos assim, não sairemos dessa cama. — Ele se deita na cama ao meu lado e vejo quando ele retira o preservativo, mas para minha surpresa ele passa o cobertor por cima de nossos corpos.

— Apenas 10 minutos, já não sou tão novo assim… — Ele murmura de olhos fechados, me puxando para ficarmos de coxinha, acendendo a minha curiosidade.

— Qual a sua idade? — Pergunto. — Estou como 36 anos, me sentindo uma velha com tantas responsabilidades.

— Completo 40 daqui a algumas semanas, precisarei ir para o Sudão nesse período. — Ele fala e meu coração se desmancha um pouco, com o fato de que ele tenha que se afastar de mim.

— Não é tão mais velho que eu. — Limpo o incomodo da garganta e tento falar sem demonstrar que estava triste. — Então, adoraria conhecer o Sudão, quem sabe não faço alguma aliança por lá… — Começo a rir, porque não faço ideia como as coisas funcionam por lá.

— Avisarei meus pais então que terei companhia, mas já te deixo avisada que eles são festivos e para que meu aniversário vire um casamento é uma coisa muita rápida. — Ele passa a mão nervoso pelos cabelos.

— Vamos me diga o que não sei sobre o Hassan Al-Makki. — Ele estreita os olhos na minha direção e começa a rir.

— Estou impressionado que saiba meu nome, enfim, sou o filho de Salim Al-Makki e Najla Al-Makki, são um casal de muita influência e desejavam para o primogênito que ele seguisse os passos do pai, sendo o sheik da maior refinaria no mundo árabe. — Sinto o carinho que ele faz na minha bunda, acho que para amenizar o ardor que estou sentindo agora.

— No momento não era o que queria, então minha irmã Raja está sendo treinada para assumir os negócios, agora sendo bem sincero com você, nesse momento não tenho mais nenhuma intenção de voltar para aquele lugar, se isso significar ter que deixar a sua proteção. — Toco em seu rosto e me aconchego em seus braços.

— Prometo que farei de tudo para não ser morto, agora me diga o que você disse para o Frank? — Ele faz uma careta torcendo o nariz.

— Confiei nele e disse a verdade, ele me prometeu lealdade. — Ele me diz com tranquilidade e aceito que ele nesse momento será prudente já que é o seu pescoço que está na berlinda. — Agora quer descansar, ou prefere o banho para irmos para a consulta?

— Consulta. — Digo com firmeza. — Tenho que resolver essa situação de uma vez. — Me levanto e espero que ele venha comigo.

Tomamos um banho rápido e em pouco tempo estava no andar de baixo arrumando tudo o que precisava para poder sairmos, aproveito e já mando uma mensagem para a Vanessa. 

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