Bruno Alcântara
Ver a minha Deusa sair do avião me deixando para trás era sinal que sofrerei as consequências de meus erros. Não por trepar com outra imaginando que fosse ela, mas por prometer que não beberia nunca mais a ponto de fazer idiotices.
Assim que o voo se inicia, me levando para casa sem a minha esposa, me trouxe as dolorosas lembranças de um pouco mais de dois anos.
Estava em Nova York para o lançamento da filial “SMOKE”, minha empresa vinha crescendo e foi necessário abrir novas filiais por muitos lugares. Essa semana abriria a de Nova York.
Todos os funcionários já haviam sido contratados, mas estava irritado porque a noite mais importante da nossa empresa, minha Deusa, não estava aqui ao meu lado.
Ela estava lá, ajudando com as coisas que o filho do meu padrasto deveria estar fazendo. Respiro fundo e esfrego a mão em minha testa tentando controlar a irritação, já havia tentado ligar para Carolina uma dezena de vezes somente hoje e sempre as minhas ligações iam para a caixa postal.
— Senhor Alcântara, a reunião lhe aguarda! — A secretária contratada entra na minha sala.
— Obrigado, já estou indo. — Levanto detrás da mesa e visto o meu terno.
Sinto a irritação me consumindo, até a porra da minha roupa estava me sufocando, quero a minha esposa aqui ao meu lado, e não na porra de uma missão onde a Madame Suíça é necessária.
Passo pela secretária e saio para a reunião com os diretores e alguns funcionários, quero deixar essa filial tão bem estruturada como a nossa sede no Rio de Janeiro.
A reunião é tranquila e damos o pontapé inicial para abertura da empresa aqui. Agradeço a todos quando os vejo saírem da sala em direção à festa que acontecia no saguão do prédio, meu olhar vai em direção ao Gustavo se aproxima com um sorriso na cara.
— Quem diria que você iria conseguir levar a empresa tão longe. — Diz e sinto orgulho de ouvir dele.
— Tudo devido a um idiota que entrou em uma viela errada. — Começo a rir vendo todos saindo do escritório deixando-nos sozinhos.
Ele sorri com a lembrança de como nos conhecemos quando ainda era o chefe do morro, ele e seu irmão Eduardo entraram em uma das ruas que dão acesso ao morro que comandava.
— Ainda bem que errei, mas deixe esse assunto para o passado, onde está Carolina que não a vi. — Volto a ficar irritado.
O vejo olhar para fora do escritório, provavelmente a procurando. Respiro fundo para controlar a raiva ele não perceba.
— Sendo quem ela é…
Acho que ele percebe a minha irritação e não toca mais no assunto, indico o caminho para meu escritório e observo quando ele passa direto em direção ao bar, serve dois copos e me entre um.
Sei que não posso beber, ainda mais uísque. Mas com a raiva que estou nem me importo muito, tomamos algumas doses e descemos para a festa. Estava tudo muito bem organizado, via os convidados rindo e elogiando tudo o que foi preparado, várias pessoas se aglomeravam ao meu redor para conseguir apenas uma fotografia, tentava sorrir, mas sei que não estou com uma cara das melhores.
Andar ao lado de Gustavo é rejuvenescedor, ele parece que nasceu para esse mundo corporativo. Fala com as pessoas certas e mesmo que estejamos um pouco mais alcoolizados que deveríamos, não deixamos ninguém perceber.
A festa foi um sucesso, pelo menos era isso que a minha assistente passou a noite toda dizendo, depois da festa subi para o meu escritório, retirei o terno jogando no sofá de qualquer forma. Olhar para o porta-retrato estava me deixando ainda mais puto, já havia desistido de ligar para ela hoje.
Como vim direto do aeroporto para a empresa, a minha bolsa de viagem estava no sofá, retiro a gravata que estava me deixando sufocado e vou em direção à mesa com as bebidas. Pego um copo e a garrafa de Scott que o Gustavo me presenteou mais cedo.
Sento no sofá sirvo um copo e viro de uma única vez, a bebida desce queimando a minha garganta, sinto tudo girar e com a esperança de dormir ali mesmo recosto a cabeça no encosto do sofá. Deixo a mente vagar com a raiva e saudade de minha esposa que não a vejo há uma semana.
Imagino minha esposa sentando em meu colo passando os braços por meu pescoço enquanto a incentivo rebolar no meu colo. Minha ereção começa a me incomodar no momento que sinto um leve roçar em meu lábios.
Puxo o corpo quente para sentar em cima de mim, seguro em sua nuca e aprofundo o beijo que estava sentindo saudades, desço a mão para a sua bunda então percebo a diferença.
Afasto o corpo da mulher de cima de mim e vejo que era a porra da secretária em cima de mim com um olhar de desejo e luxúria.
Porra, estou morto…
— Não pare… — Ele geme e começa a passar as mãos por meu peito.
Seguro em suas mãos, estava naquele momento embriagado, mas sabia que se Carol descobrir o que estava acontecendo seria morto, se duvidar seria por suas próprias mãos.
— Sou casado… — Digo, sentindo a porra da mulher rebolando em cima de mim.
Meu corpo traído continua gostando das sensações que essa oportunista estava fazendo. Suspiro com o incômodo do meu pau sendo restringido pelo tecido.
— Se ela fosse importante, acho que estaria aqui. — Ela diz olhando em meus olhos.
É um erro…
Não posso, amo a minha esposa…
Nesse momento, meus desejos, meu tesão e minha raiva falam mais altos.
— Apenas essa vez… — Digo apertando o pescoço dessa mulher.
A subjugo, observando gemer enquanto aperto a minha mão em seu pescoço, deixo que ela retire a minha camisa, deixando amostra meus músculos e todas as minhas tatuagens.
Solto o seu pescoço para deixá-la livre e retirar o vestido vermelho de gala que estava usando. Se ela quer ser comida, então que se vire para retirar a sua roupa e a minha.
A porra da minha consciência já estará pesada demais amanhã quando estiver sóbrio. Quando ela finalmente consegue sair de dentro do vestido vejo o corpo escultural que possue, ela tem uma tatuagem enorme que inicia na altura dos seios terminando próximo à curva da sua bunda.
Olho para o seu corpo apenas com uma calcinha de renda preta, o que não a deixava mais bonita, olho para a garrafa de uísque e bebo mais um gole na boca da garrafa.
— Não tocarei em você, se quer, então venha e espero que tenha um preservativo. — Estou puto, bêbado, mas não sou irresponsável.
Ela pode me matar por traí-la, mas não por ter cuidado em fazer um filho na rua ou pegar alguma doença. O sorriso da mulher em minha frente murcha. A vejo abrir a bolsa que estava ao lado da minha de viagem e retirar um pacotinho.
Deixo que ela abra o pacotinho e antes que ela me cubra, seguro na base do meu pau.
— Aproveite, porque será a única vez e depois sumirá da minha frente, ouviu bem? — Digo.
Nesse momento não sou o senhor Alcântara CEO, ou o marido da minha Deusa. Me torno o Bruno, o ex-traficante que trepava com quem sentisse tesão.
Estava quieto, bebendo, então ela terá que dar conta. Esse será um segredo que levarei para o túmulo.
Ela concorda e me cobre com o preservativo.
Relaxo as costas no sofá e deixo que ela faça o que deseja, não toco nela em nenhum momento, minha respiração começa a se acelerar aproveitando o prazer que aquela buceta me dava, aperto a porra da almofada para não ter que tocá-la. Estou errado, sei disso, mas não consegui resistir.
Deixo os jatos do meu gozo preencher a porra do preservativo, controlo a minha respiração, ergo a cabeça e fito o rosto da vadia que está no meu colo, ela estava com um sorriso satisfeita. Fico neutro olhando para a mulher que se esfregava no meu pau que já não sentia mais nenhum tesão, na verdade, está me sentindo enjoado.
— Sai! — Exclamo.
— Pensei que tinha gostado! — O seu olhar fica indignado.
Seguro em seu cabelo e a puxei em minha direção, os seus olhos se assustam com a minha postura.
— Creio que não seja surda, disse que seria apenas uma vez e que deveria…
— Sumir! — Me olhou irritada.
Soltei o seu cabelo com violência e a vi cair aos meus pés com um olhar bem irritado.
— Não sou uma prostituta para ser tratada assim… — Sorrio de canto.
— Realmente não é, você é muito pior, é uma oportunista, agora saia da minha sala, está demitida. — Levanto do sofá.
Pego a minha bolsa e deixo a mulher ali se arrumando irritada. Entro no banheiro que havia ali no escritório, retiro o preservativo e jogo no vaso dando descarga.
Já sem roupa, entro no chuveiro gelado irritado, fiz a pior merda da minha vida.
Traia a mulher que amo…
Choro irritado comigo mesmo, com a escolha que tomei, apenas por estar com raiva por estar aqui sem ter a minha esposa.
A culpa não é dela, sou exclusivamente o culpado.
Lembrar das consequências daquela noite há mais de dois anos, faz perceber que provavelmente, assim que chegar em casa, serei morto.
Tenho certeza que minha Deusa vai contar para o conselho o que houve, dessa vez teve testemunhas, nossos soldados, Vanessa, Gustavo e provavelmente o idiota do Carrillo que aproveitará da situação para tocar na minha mulher.
Mas enquanto a minha mulher não fizer qualquer coisa do tipo, serei o seu marido, não importa o que ela resolva fazer, aceitarei as consequências do que Carolina decidir. Ela me perdoou daquela primeira vez, mas tenho certeza que se ficar perto dela pelos próximos dias ela provavelmente me matará bem pior do que ela fez quando me manteve no Suíça.
Fecho os olhos novamente e lembro dos dias que passei naquele quarto preparado embaixo do Suíça, ela estava na minha frente apenas de lingerie, estava com os braços para cima amarrados e enfraquecido.
Carolina estava sentada no puff de frente para mim, já havia implorado o seu perdão. Não suportei manter a mentira, esconder o que havia acontecido com a secretária.
Estávamos no restaurante a via andando de um lado para o outro tentando resolver as coisas, ela estava tão feliz e a culpa me consumia. Quando estávamos sozinhos criei coragem e disse.
“Eu te traí.”
Estávamos ali há quase uma semana, já tinha tantos cortes no meu corpo que perdi a conta de quantas vezes ela teve que me suturar para não morrer de tanto sangrar.
Então desde esse dia ela me mantém aqui, recebendo cortes, choques, açoitadas, fome, sede e o pior é vê-la, sentir prazer e gozar com um vibrador.
Na última noite ela jurou que nunca mais confiaria a mim, que nosso casamento se tornaria de fachada. Por meses ela ficou sem me dirigir uma palavra, somente nos falávamos o necessário e, o suficiente para que ninguém percebesse haver algo de errado.
Mesmo me odiando, ela não me denunciou para o conselho, não nego que sentia um pouco de medo em cada uma das visitas que éramos obrigados a ir juntos, ela sempre conversava com nossas mães em particular, com Fritz e Alex, parecia que ela sentia prazer em me deixar subentendido o que havia feito.
Minha mãe parou de falar comigo naquela época inteira, todas elas me puniram, e aceitei tudo aquilo calado.
Ouço o sinal de aperte os cintos, as lembranças se afastam.
Preciso pensar no que fazer, dessa vez não tive culpa, mesmo sabendo que havia prometido que nunca mais iria beber com raiva.
O pouso foi o que me trouxe para a realidade, a merda estava feita, agora é esperar que a minha Deusa me deixe pelo menos conversar com ela.
Vamos começar as atualizações diárias. Com amor anne vaz .esc
Bruno AlcântaraMeu voo pousa, nossos seguranças estranham quando saio do pequeno avião sozinho, entrego a minha mala para um deles e entro no banco de trás de cara fechada.Respiro fundo olhando para os meus homens, sei que eles estão se consumindo de perguntas, mas por enquanto tudo está bem. Ninguém vai saber nada do que está acontecendo.Puxo o meu celular e envio uma nova mensagem para a minha Deusa que parecer desejar ver o demônio do que o próprio marido.Bruno: Minha Deusa me perdoe, pedirei até que possamos conversar, acabei de pousar, vou para a boate ver como está as coisas com seu irmão e estou indo ficar com nossos filhos. Te amo.Mais uma vez sou ignorado, como sei que será pelos próximos dias ou meses, sei que ela não iria me responder agora, mesmo a vendo online. Ergo a cabeça e vejo os meus homens esperando a minha ordem.— Para a Boate.Chegar na casa noturna que um dia já foi minha e hoje é a fonte de renda do meu cunhado e da minha irmã. Sei que assim que chegar, e
Bruno AlcântaraO corpo dela escorrega pelo meu, sentando-se em meu colo, nossos olhos se cruzam e posso ver toda a dor que existe ali, as acusações que ainda pairam em sua mente e com certeza a minha também.— Me perdoe, minha Deusa. — Imploro novamente.Segurando ainda a sua mão em minha bochecha, uma lágrima escorre por seu rosto e antes que pudesse secar, sou surpreendido por um beijo.Um beijo diferente, havia muito mais que saudade ali, senti naquele momento que ela estava me dando uma segunda chance, uma oportunidade de me redimir.Beijo o seu rosto, descendo por seu pescoço e a sinto se encaixar em mim…— Porra de buceta quente…Grito e me nego que ela se esforce, me viro com ela e a deito por sobre as diversas almofadas, a vejo se surpreender ao ficar em baixo de mim.Entro nela de uma vez, tirando um grito de prazer, movimento o meu quadril entrando e saindo, esfregando a base do meu pau em seu clitóris, a excitando ainda mais. Aproximo o meu corpo do dela com as minhas mãos
Hassan Al-MakkiSer filho do sheik me trouxe muito mais problemas que alegrias. Em uma noite em que a residência onde morávamos foi invadida por extremistas tive a infelicidade de perder minha amada esposa, ela estava esperando o nosso primeiro filho.Homens que achavam que não eramos dignos de ser quem eramos, do meu pai ter a posição de governante. Passei meses em depressão e antes que a situação piorasse resolvi fugir daquilo tudo, deixando Raja, minha irmã, como a herdeira.Fugi para a América, usei meus conhecimentos militares para conseguir emprego como segurança. Consegui uma vaga para ser segurança de um cantor pop, mas assim como eu, ele sofria de depressão e acabou com a sua dor, tirando a sua vida em uma banheira e após tomar muitos comprimidos para dormir.Mesmo que tenha fugido das minhas obrigações no Sudão como o futuro sheik, nunca deixei de mandar notícias para os meus pais e de manter a minha fé em Allah, meu masbaha sempre comigo, até mesmo em alguns momentos no tra
Hassan Al-Makki Minhas vontades foram para o espaço quando seus olhos demonstraram sinceridade em tudo o que disse. “Talvez você me convidando para a cama outra vez.” Nesse momento percebi que estaria ali ao seu lado, que meus desejos e vontade seriam todos em torno da mulher que estava gemendo enquanto estava ajoelhando entre as suas pernas no sofá. Estava com um pensamento rondando a minha cabeça desde o momento que ela me disse que pode estar grávida e com o poder que ela tem, pode simplesmente interromper. Tira a vida de um inocente. Ouvir que ela manterá a gestação me tranquiliza, de alguma forma pode ser uma forma de aproveitar o que não tive com a minha falecida esposa e nosso bebê ainda em seu ventre. Aproveito que Sayidati foi para o banho e puxo Frank para a cozinha novamente, não terá como esconder as coisas dele circulando pela casa com Sayidati. Resolvo ser sincero e conto praticamente tudo. — Ela é uma boa patroa, sempre nos tratou bem e saber o que aconteceu me en
Hassan Al-Makki Senti meu coração se amolecer com o seu pedido, mas seus olhos estavam tão suplicantes, não iria conseguir dizer qualquer coisa que a fizesse ficar mais triste do que já estava. Quero Sayidati tranquila, ainda mais agora que pode estar esperando uma pequena bidhara. Era assim que chamava o meu bebê, quando minha esposa ainda estava viva ao meu lado. Com a Carolina ainda em meus braços, encosto o meu corpo no carro e a olho com ternura. Como pode acontecer que sentimentos possam surgir assim tão rápido, não é apenas atração, não é apenas tesão e muito menos por status por ela ser quem é. Porque a mesma importância que ela tem, no meu país tenho também. Mas sinto a responsabilidade de cuidar, proteger e resguardar a mulher que está agora em meus braços. É errado deixar que nossos sentimentos se tornem ainda mais ardentes do que está acontecendo, podemos nos magoar e sofrer meses a fio por um amor proibido. — Não podemos nos apaixonar, você ainda é casada! — Digo com
Carolina Alcântara Saímos do consultório, em silêncio, de mãos dadas, já que Hassan parecia disposto a cuidar de tudo o que estava acontecendo comigo. Naquele momento estava… Impactada… Surpreendida… Em choque… Porém, estava… Maravilhada… E encantada em poder gerar a vida de mais duas pessoas dentro de mim, mesmo que não me importassem quem fosse o pai. Mesmo sendo quem sou na máfia, e ter escolhido entrar para manter a minha filha Laís e a família protegida, tenho a escolha de pôr a vida do pai dos meus filhos em risco, Bruno pode ser morto por sua traição. Isso é um pensamento que vem me torturando nos últimos dias, por isso que estou evitando falar com o Bruno, preciso pensar com calma e decidir o que fazer. Não deixo de me surpreender com as surpresas que a vida me entrega. Não somente essa gravidez, mas agora tenho esse árabe ao meu lado e Hassan tem razão, é preciso ter cuidado com os nossos sentimentos, não que fosse me arrepender por estar me divertindo com ele. Mas p
Carolina AlcântaraBocejo sentindo um doce sono se aproximando, me viro para poder pegar o travesseiro com que Hassan havia dormir e me assusto quando o árabe em questão estava ali em pé, na entrada do meu quarto.Não conseguia identificar o seu humor naquele momento, mas estou com a cabeça tão cheia de inseguranças, raiva e medo que deixo o choro sair. Ele respira fundo com os olhos fixos em mim.Retira o terno, arranca o comunicador da orelha, chuta os sapatos longe e retira a gravata, antes de se aproximar da cama e se deitar ao meu lado. Me rendo ao desejo de sentir o seu perfume e vou de bom grado para o seu peito, chorar por outro homem enquanto ele me dá atenção e carinho. Suas mãos passeiam por minhas costas na tentativa de me acalentar.— Põe tudo para fora Sayidati. — Ele diz.Isso é o suficiente para chorar ainda mais, para realmente deixar sair as minhas últimas lágrimas por aquele traidor. Hassan não merece ter que cuidar de uma mulher que ainda não sabe o que fazer com o
Carolina AlcântaraSento no meio da cama e espero pacientemente que Hassan venha ao meu encontro, não quero magoar o homem que está ali tão disposto me estendendo a mão e não me deixando afundar na tristeza que estou.Abraço um dos travesseiros e sinto o perfume almiscarado, me surpreendo que ele não me enjoa. Sorrio ao olhar para a tapeçaria ao lado da cama e notar que posso, sim, me apaixonar por tudo isso.Posso passar um período longe dessa loucura, curtir a minha gestação ao lado desse homem que parece estar começando a se envolver comigo. Com uma mulher traída, nesse momento insegura e praticamente o usando como escape da minha realidade.— Está pronta? — Olho para o homem apenas de toalha na cintura.— Acho que sim. — Sinto minhas bochechas queimarem.— Há quanto tempo não se sente assim envergonhada Carol? — Um sorriso brota em meus lábios.Enquanto penso no que ele pergunta, pondero sobre isso. Estou a mais de dez anos com o Bruno, já passamos por várias situações juntos que