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- Capítulo 3 -

MARCO

Ser o herdeiro de um conglomerado de empresas poderia parecer ser algo fácil, mas nem sempre é, principalmente por viver rodeado a vida toda por abutres bajuladores; durante anos trabalhei duro enquanto Frederico viajava pelo mundo, quando havia finalmente descansado a vida me pregou a pior das peças levando de mim a mulher que mais amei.

Conhecer Alissa me deu a oportunidade de poder finalmente trazer minhas filhas para perto de mim; assim que elas chegaram, subimos até o quarto onde Alissa estava, bato na porta e ouço sua voz doce pedindo que entrasse. Ela se levanta envergonhada, mas logo sorri ao ver minhas filhas.

— Você é a amiga do papai?

— Sim! Eu não sabia que vocês eram gêmeas, são lindas! — Ela sorriu graciosa.

— Eu sou Helena, a mais esperta e engraçada!

— Eu sou clara, Helena gosta de implicar comigo! — Ela revira os olhos.

— As duas são muito lindas e sei que são inteligentes!

— A gente pode te abraçar?

— Claro que sim! — Alissa se abaixa dando um abraço apertado nas duas.

— Bom, meninas, vamos deixar ela descansar!

— Tudo bem, papai! Boa noite, tia Alissa!

— Boa noite anjinhos!

— Durma bem Alissa, se precisar de algo é só chamar!

— Você também!

Após colocar as gêmeas para dormir, tomo um banho e desço até o escritório, pego um pouco de uísque me sentando enquanto revisava algumas pendências do trabalho, já era tarde quando ouço um barulho vindo da cozinha; confesso que vê-la naquela roupa estava fazendo estragos em mim, me encosto na porta a observando.

Assim que ela nota minha presença se vira me olhando envergonhada, me aproximo pegando o copo de suas mãos e a coloco em cima da bancada. Ela me olha nervosa com medo que fôssemos pegos, avanço em seus lábios de maneira gulosa saciando o desejo de senti-la perto de mim, minhas mãos descem até sua intimidade enquanto ela abafa os gemidos que saiam de sua boca.

— Você é louco… alguém pode chegar aqui!

— Se você ficar quietinha, ninguém vai ver! — Mordo o pescoço dela ouvindo seu leve gemido.

Subo lentamente o tecido fino da lingerie que ela usava, afastando sua calcinha enquanto minha língua toca seu clítoris, ela puxa meus cabelos gemendo enquanto rebolava em minha boca; continuo chupando sentindo ela arranhar meu braço enquanto continha a vontade de gemer alto.

Sinto o gosto dela em meus lábios e beijo sua boca, ela crava suas unhas em minha pele quando penetro em sua boceta sentindo ela me apertar, gemo rouco em seu ouvido quando aperto seus seios; intensifico mais os movimentos enquanto ela j**a a cabeça para trás me dando a visão perfeita dos seios avantajados e rosados. Ela trava suas pernas em minha cintura sentindo o quão sedento por ela eu estava, seguro seu pescoço com firmeza e gozo beijando sua boca enquanto ela geme manhosa.

— Como sabia que ninguém ia aparecer?

— Dei folga a Vivian, e as meninas estão em um sono profundo! — Sorri beijando o pescoço dela.

— Você é totalmente diferente de tudo que ouço!

— Sou bem pior, Alissa!

— Nunca tive medo do perigo!

— Não quero que sinta envergonhada aqui, essa é sua casa!

— Obrigada! — Ela sorri graciosa.

Subo até o quarto dando um beijo casto em seus lábios, vou até meu quarto e me deito na cama, adormeço sentindo o cheiro de morango que vinha dos seus cabelos e havia ficado em meu corpo; na manhã seguinte levanto cedo, me arrumo e desço até a cozinha.

Assim que entro vejo clara e Elisa já sentadas tomando café, dou um beijo nas duas me sentando na ponta da mesa, antes que perguntasse por Alissa vejo ela entrar e sinto o cheiro de panquecas. Observo a maneira em que ela tratava minhas filhas e como elas haviam gostado tão rápido dela.

— Alissa, hoje a tarde Vivian ficará com as meninas!

— Algum motivo especial?

— Levarei você para comprar algumas roupas, digamos que mais adequadas para o seu trabalho!

— Não precisa gastar seu dinheiro comigo…

— Deixe de ser orgulhosa, não estou lhe oferecendo, estou ordenando!

— Papai, você é muito mandão! — Elisa sorri baixinho.

— Sou?

— Um pouquinho papai! — Clara responde sorrindo.

— Então não trarei presentes!

— Ah, papai, tia Alissa fala para ele trazer!

— Falarei princesas! — Alissa sorri graciosa.

Após tomarmos café, espero ela se arrumar e seguimos até a loja de Yohana, desço abrindo a porta do carro observando ela ficar encantada com tudo que via; apresento as duas e abraço Yohana, peço que ela ajude Alissa a escolher tudo que fosse do seu gosto.

Me despeço das duas avisando que precisaria resolver umas pendências, Alissa me olha apreensiva quando entrego meu cartão a ela, reviro os olhos vendo ela negar e a vejo sorrir animada quando Yohana lhe mostra a primeira roupa; sigo até o escritório me encontrando com Jorge um dos sócios majoritários.

— Então você contratou uma assistente pra elas?

— Não é assistente Jorge, você sabe que não posso deixar clara e Elisa irem para a escola!

— Glória ainda acha que tem poder sobre elas? Faz quanto tempo que liz morreu?

— Três anos, mas glória ainda acha que preciso bancar seus luxos fúteis!

— Por que não se livra dela?

— Ela ameaça contar tudo as gêmeas! Não quero falar disso.

— Como quiser, mas sabe que pode contar comigo! — Ele vira um gole de café. — E quando vou conhecer essa moça?

— Logo mais, te conhecendo bem, deixarei ela longe de você! — Sorrio irônico.

— Seu puto! Estou muito bem ao lado de Lilian. — Ele sorriu debochando.

A tarde passo para buscar Alissa, assim que a vejo engulo ao seco vendo o quão linda ela estava, elegante como uma verdadeira dama do meio em que convivo; agradeço a Yohana e nos despedimos dela.

Sigo até minha casa, percebo certo nervosismo vindo de Alissa, ela me entrega o cartão e observo ela suspirando fundo; assim que chegamos em casa pego as sacolas, subimos para o seu quarto e ela se aproxima nervosa.

— Aconteceu algo? Você está diferente.

— Meu pai! — Ouço o soluço sair dos seus lábios.

— O que houve com ele?

— Teve piora no quadro em que está, sinto que vou perdê-lo e ele é tudo que eu tenho! — Me aproximo sentindo os braços dela envolverem minha cintura.

— Olhe para mim! — Ela faz o que peço. — O que ele tem?

— Ele sofreu um acidente, não fala, não anda e vive em cima de uma cama, ainda luto na esperança de que ele se recupere! — Ela limpa os olhos.

— Por isso você foi trabalhar na boate?

— Em partes sim, enfim, glória me ligou e disse que ele piorou! Eu preciso vê-lo.

— Não precisa nem pedir Alissa, vamos até ele!

Ela limpa o rosto pegando sua bolsa, seguimos até o local onde ela havia me dito que ele estava; assim que chegamos Alissa corre até a mulher de cabelos grisalhos, ela segura Alissa forte lhe dando um abraço.

Vejo quando ela grita por receber a notícia de que seu pai havia falecido, lembro de toda dor que senti quando perdi liz, ela me abraça forte e afago suas costas; Carmen se aproxima trazendo um pouco de água e seguro o copo enquanto ela tenta respirar.

— Acabou! Eu não tenho mais ninguém nesse mundo.

— Eu sinto muito Alissa! — Carmen segura suas mãos. — Você não está sozinha, sabe que pode contar comigo!

— Não só com ela, mas com todos nós! Você faz parte da família Alissa!

— Obrigada!

Após acertar tudo com glória sobre o enterro do pai de Alissa, peço que ela não se preocupe e faça da melhor maneira possível; no caminho até em casa ela segurava minha mão e tudo em mim lembrava daquele maldito dia. Embora quisesse me afastar, simplesmente não conseguia deixá-la sozinha nesse momento.

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