Cap. 33 A adaga adormeceu?Cael estava ali, sentado na ponta de um dos sofás, observando tudo com aquele mesmo sorriso tranquilo, quase orgulhoso da cena. Quando ela cruzou o olhar com ele, ele deu de ombros dizendo que estava tudo bem então ela se aproximou sentando ao seu lado, ela não conseguiu explicar como conseguia se manter próxima de humanos sem que a adaga reagisse, talvez, so talvez aquilo reagisse a criaturas místicas e magia.— Você precisava de roupas. Eles gostam de ajudar. E você tem um estilo interessante — disse, apontando para a saia longa e o casaco grosso que ela ainda usava. — Meio élfico, meio fugitiva de reino perdido.Ela sorriu pela primeira vez, sem culpa.Era um sorriso pequeno, mas sincero.Naquela noite, Maya recebeu um novo quarto no andar de cima, ao lado de Bia. As janelas davam para os telhados da cidade, onde luzes tremiam como estrelas artificiais. Era um quarto simples, com uma cama estreita, uma escrivaninha e um armário. Mas era o melhor lugar ond
Cap. 34: Dois humanos cheio de mistério.O silêncio se instalou na sala por alguns segundos, antes de Cael finalmente soltar o ar com força, como se estivesse segurando dentro de si desde o momento em que ela se encostou em seu ombro.— Quando será que ela vai contar que está grávida? — ele perguntou, a voz baixa, quase um sussurro de preocupação.Bia levantou os olhos do tablet, girando levemente os ombros como se espantasse uma tensão antiga.— Vai demorar, ainda mais que ainda não esta evidente. Mas… a gente vai ter que cuidar dela do mesmo jeito.Cael assentiu devagar, encostando-se no encosto do sofá, olhando para o teto alto com uma expressão inquieta.— Fiquei surpreso que ela não desconfiou quando eu falei dos enjoos… Achei que ia me fuzilar com os olhos e perguntar de que enjoos eu estava falando e mentir que não estava enjoada.— É porque ainda dá pra disfarçar — Bia comentou, voltando ao tablet. — A barriga ainda não tá tão visível. Mas o que ela vai fazer quando crescer de
Cap. 35: Lana encontra filhos para Kan.— Bruxos e fadas também podem fazer isso, mas fora dessas barreiras não há... ou há poucas criaturas mágicas com esse tipo de poder. Apenas alguns seres celestiais — que não se misturam com os lobos.— Mas se forem esses celestiais, seria ainda mais difícil encontrar Maya. E mesmo assim, não haveria motivo para... Além disso, não temos seres celestiais no nosso mundo. Pelo menos, não os do nosso mundo. Os que existem aqui não interferem em nada. — Kan parou de falar, pensativo.— O que foi?— Você lembra quando Nova nasceu e foi destinada a mim? — Kan perguntou ao pai, que arregalou os olhos.— Quem a trouxe até nossa planície foram os celestiais de apoio. Mas eles desapareceram assim que Nova foi morta.— Mas você também tem que se lembrar de que, quando fez a separação das criaturas, baniu algumas que estavam fora da nossa categoria aceitável. Tem certeza de que não havia nenhum deles?— Não sei... Naquela época, eu não tinha uma boa detecção,
Cap1: A menina da adaga no coração.Maya volpynEu tinha doze anos quando acordei de um coma no qual estava submersa desde o meu nascimento incomum. Pode parecer surreal, mas eu nasci com uma adaga cravada dentro do meu peito. Sim, ela atravessava completamente meu coração protegida pela minha caixa torácica ninguém tem ideia de como remover sem me matar.Não me lembro de nada e nem tive uma infância propriamente dita, nada de que eu possa realmente me recordar.Antes de eu despertar, meus pais lutaram incansavelmente para encontrar alguém com uma magia poderosa o suficiente para remover a adaga e me manter viva. No entanto, aparentemente, não há como tirá-la sem por fim a minha existência.Ninguém entende como acordei, mas, quando abri os olhos, parecia que alguém me chamava.A voz de um rapaz parecia algo que já tinha ouvido a algum tempo. Senti uma estranha luz azul emanando do meu peito e, de repente, meus olhos se abriram.Me levantei da cama e tentei andar. Cambaleei e senti um
Cap. 2 Lançada para a morte;Confusa, observei-a se aproximar. Senti suas mãos firmes contra meu tórax e, em um movimento rápido e brutal, meu corpo foi jogado contra a água gelada.Meus pulmões queimavam, implorando por ar que não vinha. O lago me envolvia me puxando para as profundezas. A imagem de Lana, com seu sorriso cruel, pairava em minha, Eu a implorei em silêncio, implorando por ajuda, mas ela apenas me observava, indiferente em seguida indo embora como se fugisse de alguém.Em meio ao desespero, fechei eu nunca tinha aprendido a nadar. Mas, de repente... eu parecia não estar mais ali mas em um campo de guerra, um som metálico ecoou pelo ar. Espadas se chocavam em uma batalha feroz, um espetáculo de violência que mesclava com a quietude do lago. Lobos corriam em todas as direções, seus uivos se misturando aos gritos dos magos e feiticeiros que os enfrentavam.Em minhas mãos, uma espada reluzia com uma luz estranha. Eu a empunhava com força, bloqueando os ataques mágicos que m
Cap. 3: Rumores de armação.Meus pais pareciam hesitantes naquele dia, o que era compreensível. Como poderiam contar para sua filha que dormiu toda a vida que, agora com apenas três anos, precisaria se preparar para um casamento iminente? Disseram que eu tinha um parceiro, mas não revelavam muitos detalhes. Imaginei que se tratava de algo complexo, que eu precisaria reconhecer meu parceiro e ele a mim. Como podiam escolher algo assim para mim?— Não se preocupe, Samuel Kan é um homem inteligente e bonito — disse minha mãe, demonstrando insegurança e desviando o olhar. Isso me deixou ainda mais intrigada.— Mamãe... vocês me ofereceram a ele?— Nunca faríamos isso! — protestou ela.— Mas... de repente Samuel Kan se interessou por uma de vocês.— Tem certeza que não foi por minha irmã Lana? — perguntei esperançosa.— Não é sua irmã, ele foi bem claro. Além disso, foi naquele... — ele ia dizer algo, mas minha mãe o interrompeu. Que segredos eles estavam escondendo agora? Quem era Samuel
Cap.4: Trama dos trigêmeos.Samuel kanA aurora despontou, anunciando o dia do meu casamento. No entanto, meu coração não pulsava com a alegria habitual de um noivo. Em vez disso, era tomado por uma mistura de ansiedade e melancolia.Horas antes da cerimônia, eu me encontrava em meu escritório, cercado por uma comitiva de líderes das empresas da nossa família. Eles discutiam animadamente sobre os detalhes do casamento, enquanto eu me perdia em pensamentos sobre Maya. Será que ela já havia chegado?Com dificuldade, tentava me concentrar nas palavras dos anciões, mas meus pensamentos se voltavam para ela, a mulher que amava e que havia sacrificado sua vida para me salvar. O casamento arranjado com outra mulher era apenas um meio para um fim, uma exigência da deusa do destino que eu precisava cumprir para poder encontrá-la novamente.Quando ela tinha morrido em meus braços, a deusa do destino me garantiu que ela renasceria e eu aceitei a derrota naquele dia, mas fui salvo por um triz, um
Cap.5: aprisionada em meus braços.Samuel KanCom um urro gutural, me libertei das mulheres que me prendiam e saltei pela janela. Em minha forma de lobo, a poção que meus irmãos me deram teria menos efeito, mas ainda assim, meu tempo era curto.Os estilhaços do vidro da janela quebrada cortaram minhas patas enquanto eu aterrissava dois andares abaixo. Por um instante, pensei ter visto um vulto em cima de uma árvore, ou talvez... uma mulher? Mas isso não importava agora. A poção me confundia, e minhas visões podiam ser enganosas.Continuei correndo entre as árvores, cambaleando a cada passo. Minha visão turva dificultava a fuga, e eu sabia que meus irmãos logo enviariam alguém em meu encalço. Precisava encontrar um lugar para me esconder e ativar um bloqueio mágico.Minha forma de lobo era imponente, comum para um lobo de guerra. Meu tamanho e pelo acinzentado quase prateado me tornavam um alvo fácil. Era difícil me esconder entre as moitas, ainda mais sob o efeito da poção.De repente