Meses depois… CrowlerA felicidade de Luna estava me incomodando, Malvim estava querendo ir contra meus planos para executar os seus e eu já não posso mais esperar, não tenho mais tanto tempo para esperar. Meu filho não pode ser esquecido por todos, parece que com o nascimento desse bastardo, todos os anciões se comoveram com o seu nascimento. Uma pena que a felicidade não dura muito, ela sempre vem antes de alguma tragédia. — Meu senhor, seu banho está pronto. — Ao menos uma alma sabia fazer as coisas como deveriam ser. Olhando bem para a mulher que sempre cuidou de mim, percebi também que eu levei muito tempo da minha vida sozinho e agora, estava na hora de arranjar uma esposa para mim. Seus seios fartos chacoalharam quando ela se agachava e subia. — Está precisando de algo mais, senhor? — Sua voz doce e meiga me deixavam duro, mas por muito tempo ocultei isso e já era maior que hora de expor minhas reais vontade com ela. — Entre aqui e banhe-se comigo. — Esperta, bonita e sem
Luna — Minha senhora, trago notícias sobre o paradeiro do Sr. Crowler. — Por muito tempo esperei por essa notícia, Lancelot não pode imaginar que o fim está mais próximo do que ele imagina. — Vamos, conte-me tudo que sabe. Vamos para o jardim, assim irá parecer que você está regando as flores comigo. — Olívia é minha dama de companhia, antes não tinha, mas Lancelot fez questão em me fazer rainha com tudo que uma rainha tem direito.— Ele está no leste, há poucos quilômetros daqui. Vasculhei a cabana onde ele dormiu na última noite e encontrei isto. — Ela me entregou um boneco que era semelhante a mim, de fato, velho iria fazer voodoo para tentar me minupar. — Em menos de três dias eles devem atacar a vila. Não quero que a vossa alteza se machuque. — Vai ficar tudo bem, Olívia e por favor, pare de me chamar de vossa alteza ou senhora, eu sempre vou ser somente a Luna. Quando a isso, é segredo nosso. Ao cair da noite, quero que me leve uma capa vermelha e algumas velas. Leve também u
Luna O meu sangue parecia estar fervendo e eu senti que Merlin, meu pai, estava me dando um sinal com seus raios. Observei Lancelot se distanciar com Hendrius, juntos em uma caçada que hoje terá sucesso. Deixei os cabelos soltos e ordenei que voltassem para casa. Abnerzy sussurrava em meu ouvido o que estava por vir, a desgraça estava se aproximando e Crowler estava confiante de sua vitória, mas dessa vez não… — J'invoque le septième fils de la légion de Crowler pour m'aider à fusionner deux âmes en une seule. Je crie aux sept vents, je m'agenouille devant les anciens et je dis : aujourd'hui, c'est tout ou rien! — Luna… — Era a inconfundível voz do sétimo, um demônio capaz de destruir qualquer coisa que cruzasse o seu caminho, aliado de Abnerzy e mesmo sendo descendente da família Crowler, ainda sim era contra a mesma. — Lembro da última vez que nos vimos, você era apenas uma garotinha que ainda tinha medo do escuro. No que posso ajudá-la, minha querida? — Quero um favor, um único
LéiaSou grata aos deuses por me concederem a honra de ver a imagem deles, em forma humana e perfeita. O vestido de seda branco tocava o chão, deixando-o sujo de terra. Andava com minha filha nos braços e quando estava indo até o salão, onde estava Ulisses Crowler, meu esposo. — Com licença senhora Crowler, está na hora do banho de Sol da Srta. Crowler. — A governa falava de forma gentil, ela era uma das poucas pessoas boas que existia nesta família. Andei mais um pouco e encontrei meu esposo no jardim, ele tocava Charamela e era encantador. Havia uma mesa posta ao seu lado, com muitas coisas e eu senti que as coisas não estavam indo tão bem quando eu pensei. — És como a visão dos deuses para mim. Sente-se comigo, fiz tudo isso especialmente para a minha bela esposa. — Ele era gentil, posso afirmar até que o mais gentil dos seus irmãos. — Quando teve tempo para isso? Achei que iria tocar algumas das belas músicas que sabes para mim. — Sentei em seu colo, passei meus braços em volt
20 anos depois… Luna Meu pai me olhava pela janela enquanto eu passeava no jardim, eu queria fugir dos seus olhares e adentrar a floresta, mas minha mãe havia me proibido, assim como meu avô, o temido Sr. Crowler. Sendo a única filha mulher da família Crowler, eu não podia desfrutar de muitas coisas, meus pretendentes eram muitos, mas eu afastava todos eles e meu avô já estava desconfiando que eu possuía magia em minha mãos.— Luna… — A voz que eu sempre ouvia estava novamente me chamando, mas desta vez ela tinha forma. A forma de um ser sem rosto, com uma capa dourada e cabelos ruivos, estava dentro da floresta, mas meu pai ainda estava me olhando. — Não, eu não posso. — Repetia inúmera vezes para mim mesmo enquanto a voz incessantemente me chamava. — Pare de me perseguir, eu não tenho nada a lhes oferecer. — Falei dando as costas, mas ao olhar para janela já não vi mais o meu pai e sim o ser que há poucos segundos estava na minha frente. O sol estava se pondo e eu adoraria fica
Luna Ao entrar em meu quarto, o ser sem face estava lá e desta vez sorrindo sorrindo para mim. Olhei pela janela e vi minha mãe sendo arrastada de dentro de uma carruagem pelo meu avô, então não pensei duas vezes e pulei da janela, caí em cima dos arbustos e um pouco longe de onde podiam me ver. Não consegui ficar onde eu estava e não fazer nada. Meu sangue ferveu quando vi meu pai olhando a cena com desdém e ao redor da minha mãe, estavam vários lobos, apenas esperando as ordens de para atacar. Andei devagar e sem fazer barulho por entre as rebites até que os nossos olhares se encontraram, mas nossos lábios continuaram parados. Tínhamos o dom da telepatia e nesse momento eu senti sua dor, suas preces e uma mãe desesperada pedindo para que eu fugisse dali o mais rápido possível, mas eu não seria tão covarde para fazer isso. Lá no fundo do meu ser eu tinha medo e sentia que iria perdê-la, por mais que eu fosse forte, jamais conseguiria deter tantos deles de uma só vez, mas não pensei
Luna Acordei sendo carregada pelos braços de Lancelot, bom, eu pelo menos sabia o nome dele e que ele estava me ajudando e tão triste quanto eu. A única coisa que eu sei é que ele odeia feiticeiros, faria qualquer coisa para soltar ao menos uma faísca dos meus dedos, só pra ver qual seria sua reação, ele me mataria?— Pode me pôr no chão, por favor? — Pedi sem fazer muito movimento. — Há quanto tempo está acordada? — Sua voz estava cansada. — Tenha certeza que não muito. — Após me colocar no chão, eu firmei meus pés na terra e então eu vi que já era noite e estava tudo escuro. — Eu só preciso de alguns minutos e vou ficar bem, conseguirei andar sozinha. — Mesmo que ande sozinha, iríamos demorar mais que o esperado, está fraca e se continuar assim por muito tempo não vai sobreviver. — Não estou morrendo, apenas cansada. — Respondi em meio a um longo suspiro, quase caí ao encostar minha mão em uma árvore que eu poderia jurar que estava ao meu lado, mas estava muito longe e eu estav
Merlin Foram dias difíceis, mas eu estava pronto para enfrentar tudo que estivesse por vir. Abnerzy estava sempre ao meu lado, digamos que sua companhia na maioria das vezes não era tão ruim assim. — Onde pensa que irás chegar bebendo feito louco? A bebida lhe fará vergonha, não lhe dará super poderes, Merlin. — Sua voz rouca e estridente, também era horrível e quando ela estava brava, conseguia ser ainda mais horrenda. — Você calada é uma ótima companhia, já quando abre a boca… — Sorri deixando o cálice que estava em minha mão, derramar o líquido no chão que absorveu cada gota derramada. — Olha só o que você fez. — Você é um ser humano desprezível! — Abnerzy me dava as costas enquanto olhava para o horizonte, parecia estar pensativa em alguma coisa..— Errou, eu não sou completamente um humano. Eles são inúteis e não servem para nada. — Fala isso porque passou dois séculos sem saber da existência da sua filha? Para um Mago, você anda bem desinformado ultimamente. Seria mais útil