Darius andou mais um pouco e, com cuidado, afastou uma cortina de folhas e plantas que caíam, revelando uma entrada discreta e cercada pela vegetação. Luna, intrigada, inclinou a cabeça ao ouvir um som familiar.— Isso é uma cachoeira? — ela perguntou, tentando enxergar além da cortina verde.— Veja você mesma! — Darius respondeu, dando um passo para o lado e indicando que ela poderia passar à frente.Ao atravessar a cortina de folhas, Luna ficou sem fôlego. O cenário diante dela era absolutamente deslumbrante. Era como entrar em um mundo diferente, um pedaço de paraíso escondido.O lugar era envolto por uma imponente montanha rochosa que parecia proteger aquele refúgio natural. Árvores altas formavam uma espécie de cúpula verde, com galhos que se entrelaçavam em harmonia, criando sombras dançantes sob a luz suave da lua. O céu acima era uma tapeçaria de estrelas, com a lua brilhando no centro, iluminando as águas cristalinas que refletiam seu brilho prateado.A cachoeira era o ponto
Luna estava sentada à beira da fonte, olhando as estrelas refletidas na água, quando uma voz a chamou.— Até que enfim te achei! — Ravena surgiu na saída da mansão, cruzando os braços. — Mas… Por que está descalça?Luna olhou para os próprios pés e deu um sorriso envergonhado.— Não sei. Acho que deixei minha sandália em algum lugar por aí...Ravena balançou a cabeça, meio divertida, meio exasperada.— Você tem sorte de não ter pisado em nada perigoso. Vamos, seu pai está à sua procura.Luna suspirou profundamente, passando a mão pelos cabelos úmidos do sereno.— Por favor, não me diga que ele quer me apresentar a mais convidados...Ravena sorriu, um tanto cúmplice.— Não, nada disso. Ele só quer que você se despeça. Os convidados estão partindo.Luna se levantou com um suspiro de alívio.— Ah, menos mal. Não estava pronta para outro desfile de formalidades.— Bem, da próxima vez, tente não sumir no meio de uma festa importante — Ravena comentou enquanto caminhavam juntas pelo jardim
Na manhã seguinte, as três garotas estavam sentadas na ampla mesa de jantar, vestindo os uniformes impecáveis da escola enquanto tomavam o café da manhã. Conversavam animadamente sobre os eventos da noite anterior, rindo de pequenas lembranças da festa.Eliezer desceu as escadas com passos firmes, saudando-as com um caloroso "bom dia".— Bom dia, meninas. Dormiram bem? — ele perguntou, enquanto Ravena finalizava de arrumar seu café na mesa.— Muito bem, obrigado, senhor Eliezer! — respondeu Âmbar, educadamente.Genevieve assentiu. — A cama da Luna é maravilhosa!Eliezer sorriu enquanto se aproximava de Luna, beijando o topo de sua cabeça com carinho.— Espero que aproveitem o dia.As meninas terminaram de tomar o café e, em seguida, levantaram-se, prontas para sair.— Peçam que o motorista leve vocês. — Eliezer sugeriu enquanto se acomodava à mesa.Luna balançou a cabeça com um sorriso.— Não precisa, pai. Âmbar trouxe o carro, vamos com ela.Eliezer assentiu, olhando para Âmbar.— Pe
Luna, ainda com os olhos marejados e a voz tremendo, contou para as amigas tudo o que acontecera na noite anterior. Ela descreveu o momento em que estava com Darius, como tudo parecia tão perfeito, como ele a tocou e disse que sentia algo especial por ela, até o momento que ele a afastou, explicando que não podia mais ir adiante. E, claro, o uivo do lobo que interrompeu tudo.As meninas ficaram completamente boquiabertas, em choque com tudo o que Luna havia revelado.— Você tentou beijar ele? — Genevieve perguntou, incrédula. Seus olhos estavam arregalados, e uma mistura de surpresa e admiração tomava conta de seu rosto. — Corajosa! Geralmente, são eles que tentam beijar primeiro.Luna forçou um sorriso, mas seu semblante continuava triste. Ela havia acreditado, por um momento, que havia algo mais ali, algo real. Não queria acreditar que sua percepção estivesse errada, mas não conseguia ignorar a sensação de vazio crescente dentro de si.— Eu achei que havia uma conexão... Algo mais d
No dia seguinte, Luna seguiu direto para a diretoria. Antes, precisou pedir ao pai que assinasse uma autorização para ela mudar de sala. Com a autorização em mãos, Luna entregou o documento à diretora e solicitou a mudança.A diretora perguntou o motivo, mas Luna apenas respondeu que eram questões pessoais.Assim que saiu da sala da diretora, foi abordada por três garotas. Taynara estava à frente, liderando o grupo, enquanto Jasmim e Felicia a acompanhavam de braços cruzados e expressões de deboche. Luna já conhecia Felicia de longe; era a mesma que havia colocado a bolsa no assento para impedir Luna de se sentar no primeiro dia de aula.Quanto a Taynara, Luna teve o desprazer de conhecer no dia anterior.— Ei, quero falar com você! — disse Taynara, com um tom autoritário.Luna tentou evitar o confronto.— Desculpa, estou atrasada...Mesmo querendo ir embora, toda vez que os olhos de Luna encontravam os de Taynara, sentia algo estranho, como se houvesse uma conexão inexplicável entre
Luna chegou à mansão e entrou correndo, subindo as escadas apressada. Ela precisava de um tempo sozinha, queria chorar sem ninguém por perto.— Boa tarde, Srta. Luna, gostaria de saber se… — Ravena começou a falar, mas Luna passou direto, sem dar atenção, e bateu a porta do quarto ao entrar.Ravena franziu a testa, estranhando o comportamento da menina. Algo estava errado. Decidiu subir as escadas com calma e, ao se aproximar da porta do quarto, ouviu os soluços abafados de Luna.Ravena parou diante da porta fechada, ouvindo os soluços abafados de Luna. Seu coração apertou — algo estava muito errado. Respirando fundo, ergueu a mão e bateu levemente.— Srta. Luna… está tudo bem?O silêncio se estendeu por alguns segundos, interrompido apenas pela respiração entrecortada da jovem. Então, a resposta veio fraca, quase um sussurro:— Vá embora, Ravena… por favor.Mas Ravena não era do tipo que desistia fácil, muito menos quando via alguém que gostava sofrer. Ignorar aquela dor não era uma
Luna sentia seu coração martelar no peito enquanto seus olhos permaneciam fixos na figura de Darius, que a observava da floresta. A noite ao redor parecia mais densa, o vento soprava sussurrando segredos que ela não conseguia decifrar.Ele estava chamando por ela novamente. Não com palavras, mas com o olhar, com a presença.Ela deveria ignorá-lo. Deveria cumprir a promessa que fez a Ravena.Mas algo dentro dela gritava, um desejo intenso que lutava contra sua razão.Seu corpo agia por instinto. Ela sabia que não podia arriscar ser vista passando pelo corredor ou descendo as escadas da mansão. Então, sem hesitar, caminhou até o parapeito da varanda e agarrou a escada lateral, descendo com cuidado.Cada degrau parecia ecoar dentro dela.Assim que seus pés tocaram o chão, a respiração de Luna estava descompassada. Ela olhou para a floresta, para Darius, que ainda estava ali, esperando.E, sem pensar duas vezes, seguiu em sua direção.Luna o envolveu em um abraço apertado, e Darius hesito
O vestido fino de Luna, outrora encharcado pela água da cachoeira, tornava-se completamente transparente, moldando-se ao seu corpo e revelando a delicadeza de seus seios. Darius prendeu a respiração ao vê-la assim, tão bela e vulnerável sob o luar. Ele deslizou um dedo suave sobre sua face, traçando o contorno de sua bochecha até os lábios entreabertos, onde deslizou o dedo, puxando seu lábio inferior para baixo, fazendo o desejo entre ambos aumentar. Os olhos dele estavam tomados por uma intensa luxúria, quase reverente, nunca imaginou que pudesse desejar tanto alguém assim. Luna sentiu o calor que emanava de Darius, uma temperatura anormal, como se o próprio fogo corresse em suas veias, parecia estar febril. Mas, ao invés de se assustar, aquilo apenas atiçou ainda mais sua curiosidade e desejo, e seus olhos brilharam, suas pupilas dilataram, sua intimidade pulsou dolorosamente, já imaginando como seria a sensação de tê-lo dentro dela. Ela não queria pensar em regras, promessas ou