Na manhã seguinte, as três garotas estavam sentadas na ampla mesa de jantar, vestindo os uniformes impecáveis da escola enquanto tomavam o café da manhã. Conversavam animadamente sobre os eventos da noite anterior, rindo de pequenas lembranças da festa.Eliezer desceu as escadas com passos firmes, saudando-as com um caloroso "bom dia".— Bom dia, meninas. Dormiram bem? — ele perguntou, enquanto Ravena finalizava de arrumar seu café na mesa.— Muito bem, obrigado, senhor Eliezer! — respondeu Âmbar, educadamente.Genevieve assentiu. — A cama da Luna é maravilhosa!Eliezer sorriu enquanto se aproximava de Luna, beijando o topo de sua cabeça com carinho.— Espero que aproveitem o dia.As meninas terminaram de tomar o café e, em seguida, levantaram-se, prontas para sair.— Peçam que o motorista leve vocês. — Eliezer sugeriu enquanto se acomodava à mesa.Luna balançou a cabeça com um sorriso.— Não precisa, pai. Âmbar trouxe o carro, vamos com ela.Eliezer assentiu, olhando para Âmbar.— Pe
Luna, ainda com os olhos marejados e a voz tremendo, contou para as amigas tudo o que acontecera na noite anterior. Ela descreveu o momento em que estava com Darius, como tudo parecia tão perfeito, como ele a tocou e disse que sentia algo especial por ela, até o momento que ele a afastou, explicando que não podia mais ir adiante. E, claro, o uivo do lobo que interrompeu tudo.As meninas ficaram completamente boquiabertas, em choque com tudo o que Luna havia revelado.— Você tentou beijar ele? — Genevieve perguntou, incrédula. Seus olhos estavam arregalados, e uma mistura de surpresa e admiração tomava conta de seu rosto. — Corajosa! Geralmente, são eles que tentam beijar primeiro.Luna forçou um sorriso, mas seu semblante continuava triste. Ela havia acreditado, por um momento, que havia algo mais ali, algo real. Não queria acreditar que sua percepção estivesse errada, mas não conseguia ignorar a sensação de vazio crescente dentro de si.— Eu achei que havia uma conexão... Algo mais d
No dia seguinte, Luna seguiu direto para a diretoria. Antes, precisou pedir ao pai que assinasse uma autorização para ela mudar de sala. Com a autorização em mãos, Luna entregou o documento à diretora e solicitou a mudança.A diretora perguntou o motivo, mas Luna apenas respondeu que eram questões pessoais.Assim que saiu da sala da diretora, foi abordada por três garotas. Taynara estava à frente, liderando o grupo, enquanto Jasmim e Felicia a acompanhavam de braços cruzados e expressões de deboche. Luna já conhecia Felicia de longe; era a mesma que havia colocado a bolsa no assento para impedir Luna de se sentar no primeiro dia de aula.Quanto a Taynara, Luna teve o desprazer de conhecer no dia anterior.— Ei, quero falar com você! — disse Taynara, com um tom autoritário.Luna tentou evitar o confronto.— Desculpa, estou atrasada...Mesmo querendo ir embora, toda vez que os olhos de Luna encontravam os de Taynara, sentia algo estranho, como se houvesse uma conexão inexplicável entre
Luna chegou à mansão e entrou correndo, subindo as escadas apressada. Ela precisava de um tempo sozinha, queria chorar sem ninguém por perto.— Boa tarde, Srta. Luna, gostaria de saber se… — Ravena começou a falar, mas Luna passou direto, sem dar atenção, e bateu a porta do quarto ao entrar.Ravena franziu a testa, estranhando o comportamento da menina. Algo estava errado. Decidiu subir as escadas com calma e, ao se aproximar da porta do quarto, ouviu os soluços abafados de Luna.Ravena parou diante da porta fechada, ouvindo os soluços abafados de Luna. Seu coração apertou — algo estava muito errado. Respirando fundo, ergueu a mão e bateu levemente.— Srta. Luna… está tudo bem?O silêncio se estendeu por alguns segundos, interrompido apenas pela respiração entrecortada da jovem. Então, a resposta veio fraca, quase um sussurro:— Vá embora, Ravena… por favor.Mas Ravena não era do tipo que desistia fácil, muito menos quando via alguém que gostava sofrer. Ignorar aquela dor não era uma
Luna sentia seu coração martelar no peito enquanto seus olhos permaneciam fixos na figura de Darius, que a observava da floresta. A noite ao redor parecia mais densa, o vento soprava sussurrando segredos que ela não conseguia decifrar.Ele estava chamando por ela novamente. Não com palavras, mas com o olhar, com a presença.Ela deveria ignorá-lo. Deveria cumprir a promessa que fez a Ravena.Mas algo dentro dela gritava, um desejo intenso que lutava contra sua razão.Seu corpo agia por instinto. Ela sabia que não podia arriscar ser vista passando pelo corredor ou descendo as escadas da mansão. Então, sem hesitar, caminhou até o parapeito da varanda e agarrou a escada lateral, descendo com cuidado.Cada degrau parecia ecoar dentro dela.Assim que seus pés tocaram o chão, a respiração de Luna estava descompassada. Ela olhou para a floresta, para Darius, que ainda estava ali, esperando.E, sem pensar duas vezes, seguiu em sua direção.Luna o envolveu em um abraço apertado, e Darius hesito
O vestido fino de Luna, outrora encharcado pela água da cachoeira, tornava-se completamente transparente, moldando-se ao seu corpo e revelando a delicadeza de seus seios. Darius prendeu a respiração ao vê-la assim, tão bela e vulnerável sob o luar. Ele deslizou um dedo suave sobre sua face, traçando o contorno de sua bochecha até os lábios entreabertos, onde deslizou o dedo, puxando seu lábio inferior para baixo, fazendo o desejo entre ambos aumentar. Os olhos dele estavam tomados por uma intensa luxúria, quase reverente, nunca imaginou que pudesse desejar tanto alguém assim. Luna sentiu o calor que emanava de Darius, uma temperatura anormal, como se o próprio fogo corresse em suas veias, parecia estar febril. Mas, ao invés de se assustar, aquilo apenas atiçou ainda mais sua curiosidade e desejo, e seus olhos brilharam, suas pupilas dilataram, sua intimidade pulsou dolorosamente, já imaginando como seria a sensação de tê-lo dentro dela. Ela não queria pensar em regras, promessas ou
Luna nem percebeu quando pegou no sono. O calor do corpo de Darius, a respiração tranquila e o aconchego da cabana a embalaram, fazendo-a esquecer do tempo.Mas, de repente, despertou sobressaltada. Seu coração disparou ao perceber que a lua ainda brilhava alta no céu, mas já era tarde demais. Precisava voltar antes que os serviçais acordassem, especialmente Ravena.Atordoada, levantou-se apressada, os cabelos desgrenhados e a mente ainda presa nos vestígios da noite intensa que tivera.Darius se mexeu na cama, a voz rouca pelo sono.— O que houve?— Está tarde... preciso ir embora — ela sussurrou, tentando colocar os sapatos.Ele se sentou, passando as mãos pelo rosto antes de encará-la.— Eu te acompanho.Saíram juntos da cabana, o silêncio da floresta os envolvendo. A única trilha que seguiam era iluminada pela luz prateada da lua.Darius olhou para ela e sorriu.— Suba nas minhas costas. Assim chegaremos mais rápido.Luna hesitou, mas sabia que seria mais seguro. Então, com um imp
Luna mal teve tempo de reagir.Enquanto Jasmim e Felicia distraíam Luna no refeitório, Taynara aproveitou o intervalo da aula para confrontar Darius. Encontrou-o encostado em uma árvore no pátio, de braços cruzados, olhando para o horizonte como se estivesse imerso em seus próprios pensamentos. Mas sua tranquilidade acabou no instante em que ela se aproximou.— Eu sei o que você fez, Darius. Ouvi tudo.Ele franziu o cenho, tentando manter a compostura.— Não sei do que você está falando.Taynara bufou, cruzando os braços.— Não adianta negar. Você e Luna... Eu sei o que aconteceu entre vocês.Darius engoliu em seco. Seus olhos desviaram dos dela por um instante.— Eu... — tentou justificar, mas as palavras ficaram presas na garganta.— Eu sempre quis que a sua primeira vez fosse comigo, e não com qualquer uma! — Taynara cuspiu as palavras com rancor, seu olhar faiscando de indignação.Darius suspirou, passando a mão pelos cabelos.— Eu tentei... tentei resistir. Mas não consegui. Foi