Corveta: belonave de pequeno porte, para escolta e patrulhamento, pode se mover a vela ou a vapor.
Cruzador: belonave de menor porte, mas maior e melhor armado do que fragatas e corvetas. Necessita de escolta.
Destroier: contratorpedeiro, embarcação especializada em defesa aérea, submarina ou de barcos menores. Equipados com armas de calibre pequeno e tiro rápido.
Encouraçado: navio de guerra de blindagem pesada, maior do que destroieres e torpedeiros e equipado com armas pesadas de longo alcance, mas por seu tamanho e peso, mais lento que outras embarcações bélicas.
Fateixa: âncora da jangada, comumente artesanal, feita de madeira, cordas e uma pedra para dar peso.
Fragata: belonave pequena, menor que corveta, comumente usada para escolta, patrulhas ou reconhecimento de território, mas com armamento para se equiparar a naves maiores. Operam sozinhas ou em pequenas frotas, sem enfrentar naus de linha.
Linguagem marítima:
Bombor
As ondas quebram na praia, e trazem uma lenda que mudará o mundo -- “O mar e a lua existem em uma harmonia imutável, mais antiga que a própria vida na Terra, conectados pela eterna dança do magnetismo...” -- “Mas sem nunca se tocarem verdadeiramente. A união dessas duas forças será o presente do universo para a humanidade” – a jovem de olhos verdes completou, sem levantar a cabeça de seu trabalho de limpar a prancha de windsurfe. -- Isso mesmo – a outra moça olhou para ela sorridente – Você tem lido o livro de contos antigos também?&
A festa começou ao anoitecer. Quase toda a ilha compareceu para desejar felicidades à princesa, dar presentes, e, principalmente, vê-la receber sua faca de osso de baleia. Na hora da cerimônia principal, todos ficaram em silêncio enquanto Janaína e Dario estendiam para Inaê uma caixa de madeira lustrosa. Na maioria das vezes em que um jovem recebia sua faca aos dezenove anos, esta era feita e entalhada só para ele ou ela. Mas o pai de Inaê vinha de uma família que passava a lâmina de pai para filho, e como Marisol recusara receber a faca do pai em seu aniversário, a mais nova receberia a dele. -- Inaê Luamar, você hoje recebe esta lâmina como uma parte de você, e ao aceitá-la, se torna também parte indispensável desta ilha – Dario
-- Temos certeza que acharão muito vantajoso para seus habitantes – o irmão se manifestou pela primeira vez. Inaê postou-se ao lado da rainha e encarou os dois. Ondina cruzou os braços e disse em seu tom mais solene: -- Antes de irmos para questões políticas, acho que a educação manda nos apresentarmos. Eu sou Ondina, rainha e soberana da Ilha Delfim. -- Muito bem – a mulher se empertigou, pega de surpresa, mas mantendo a pose – Meu nome é Alika Tuvalu, capitã de mar-e-guerra da marinha lunae do arquipélago de Nesy, mais especificamente da ilha Hav. E este
Durante o resto do dia, Inaê supervisionou as preparações do exército delfino. A força bélica da pequena ilha nunca fora significativa, e a marinha não precisava vigiar as águas há mais de vinte anos, então não era de se estranhar que os mais jovens e inexperientes estivessem nervosos. Mas o problema maior era a quantidade superior de inimigos. Perto de anoitecer, Ondina veio ao quartel e falou com Inaê quando todos se retiravam. Perguntou, já parecendo um general: -- O que achou do que viu? -- Fala do cerco à ilha ou dos nossos soldados em potencial?
Se aproxima como uma fera na noite. Pela primeira vez desde que nasceram, elas conhecerão a guerra Alika não foi para o navio como o almirante mandara. Ela conhecia Edward o bastante para saber que ele não negociava depois de o governo se negar a ser anexado ao reino, e o que acontecia em Lus naquele momento era prova disso. Ele planejava algo, provavelmente uma tática sórdida para obter vantagem. Sua suspeita estava certa. De longe, escondida atrás de um arbusto, viu Edward acompanhar Inaê até o fim daquele abismo e apontar uma pistola. Alika se levantou num pulo e correu na direção deles, sem saber o porquê de fazer isso, mas antes que desse dois passos, o tremor a jogou de cara no chão. Quando se erguia nos cotovelos para recomeçar a corrida, Inaê e Edward despencaram para o mar lá e
Marisol quase não se mexia, sentada no corredor do hospital, em contraste com a irmã, que andava de um lado para outro, à beira do desespero. Dario estava em cirurgia, aparentemente um destroço da explosão o acertara na cabeça e agora se encontrava em estado crítico. As garotas esperavam há quase uma hora quando Janaína chegou, com um ar devastado que nenhuma das filhas nunca vira. Sua voz estava muito rouca ao perguntar: -- Como ele está? -- Ainda em cirurgia – Inaê respondeu – E a senhora? &nb
Nalu passou a noite inteira plantado ao lado da porta da cabine do vice-almirante. Alika estava lá há horas contando o que acontecera com ela e o almirante Edward depois que a princesa delfina o chamou para conversar; em seguida iniciou uma longa discussão sobre os métodos de seu “resgate”. -- Aquela segunda bomba não era necessária – ela argumentou. Estava muito irritada. -- Enfraquecemos o poder de ataque deles. Se não fosse por isso, a ocupação não teria sido tão fácil e rápida – o vice-almirante Francis argumentou. -- Matamos civis
O oceano abriga incontáveis mistérios em suas profundezas, e quem o desafia é tragado sem piedade por sua imensidão Antes que Inaê percebesse, amanheceu, e ela imediatamente tirou os óculos escuros da bolsa na cintura. Não podia ter queimadura solar nos olhos, principalmente naquele momento. Seus dedos estavam enrugados e dormentes, e sentia câimbras nos braços pelo longo tempo agarrada na prancha. Esperava que melhorasse quando o calor do dia substituísse o frio noturno. Algumas vezes perdera o dragão de vista, sua cor se confundia com o mar escuro, mas sempre aparecia um golfinho para mostrar onde ele es