Coiote é um jovem inconsequente que por tanto ser desleixado com sua vida, esquece que existe uma infinidade de coisas acontecendo ao seu redor. Mas, quando tem uma viagem extra-sensorial, observa-se buscando entender os detalhes de sua existência e buscando compreender os acontecimentos de sua vida. Para compreender melhor todo o cenário de sua vida e suas escolhas, ele tem uma surpresa em se encontrar com o seu outro eu ao espelho, que o ajuda a entender suas visões e a lhe direcionar para encontrar-se com o amor da sua vida. Muitas experiências intuitivas e sensoriais, ao mesmo tempo que entende como controlar a sua mente, são narradas nessa história, que em partes é real, para que o amor seja finalmente identificado e entendido. Mergulhe dentro desta história e participe da jornada de Coiote a entender o que uma mente avançada pode conceber.
Ler maisCoiote conseguiu entender as rodas do tempo. Percebeu que tudo estava em sua mente, e, com isso, pôde notar que tudo o que passou fazia sentido, mas, ao mesmo tempo, não fazia sentido algum. Parou a pensar, sentado naquela mesma rodoviária, em que vira toda a sua vida transformar após a ajuda de um desconhecido.Olhou para Sr. Fagundes, que andava distante com Renata ao seu lado. A pequna garota iria se transformar em uma bela mulher.- Mas, e agora? - disse Coiote em voz alta. - Será que eu já vivi tudo aquilo? Será verdade de minha mente? O que faço agora? - terminou olhando para as palmas de suas mãos.As perguntas brotavam como se fossem ervas daninhas em sua mente. Sua mente tomou outra voz. Seu outro eu, voltou a falar consigo. Lógicamente agora Coiote sabia que se tratava dele mesmo.- Sem dúvida, o “conhecimento é poder” e lhe transforma em tudo o que go
Fagundes me olhou como quem não acredita em escutar aquela grande pergunta e recostou-se novamente ao sofá e fez seus lábios fazerem barulho de bexiga sendo esvaziada.- As rodas do tempo! Meu Deus! – disse ele. – Digamos que para encontrarmos um tempo, temos que esperar ciclos de tempos, ou anos, que se passam, para que algo novo aconteça. Quando nos deixamos ficar à mercê de tudo o que achamos ser interessante, mas, que de nada será de valia à nossa vida, estamos deixando o tempo ficar andando sem nos preocupar com as “rodas do tempo”. As rodas, nada mais são do que o tempo necessário para que ocorram as coisas que desejamos ou para que tenham um tempo certo para acontecer. Fatos e momentos têm que acontecer antes de se chegar ao fim, ao que imaginamos em nossa realidade interna, e quando deixamos essas rodas do tempo agir sobre nós, estamos esperando as coisas acontece
O tempo passou e aquilo tudo estava me cansando. Olhava ao espelho e não me via. Somente um rosto novo que me tornei. Nem mesmo lembrei que Renata iria voltar no fim desses seis meses.Por final, estavam todos satisfeitos comigo. Recebi premiações das empresas que eu ajudei a crescer com minhas pequenas ideias. Do banco, que entrou em outro tipo de atividade em exportação e de Fagundes, que viu sua fábrica antiga receber novos funcionários, o que o deixava extremamente satisfeito.Um belo dia sentei-me no banco da praça e fiquei a observar. Nesta data não estava fumando, nem mesmo cigarros de nicotina. Vi o movimento constante do centro da cidade. Pessoas caminhavam com suas marchas, cada qual com a sua pressa. Jovens sentados aos bancos, alguns encabulando aula, outros, somente por diversão ficavam ali conversando.Os universitários desfilavam com seus uniformes brancos, ou jaquetas de
Não ficamos conversando muito a respeito de coisas interessantes nas quais eu pudesse usá-las para colocar neste livro, mas, o telefone tocou, mudando tudo o que iria acontecer a partir daí. - Alô? – respondeu Renata atendendo ao telefone celular. - Oi? Renata? – disse a voz com o toque do telefone. - Sim, sou eu, quem está falando? – disse Renat
Os dias passaram, e chegou à hora de ir para a palestra sobre a informatização. Renata e eu estávamos animados e Sr. Fagundes estava também empolgado. Estávamos no pátio da empresa que servia de estacionamento e havia alguns quiosques com mesas e cadeiras que eram usadas para os lanches dos empregados quando não queriam ficar conversando na cozinha da empresa. Perto do carro de Renata conversávamos sobre coisas corriqueiras e Sr. Fagundes chegou.- Olá meus meninos de ouro! – disse primeiro dando um beijo terno em Renata e depois me cumprimentando com firmeza com aquele sorriso grande ao rosto. – Minha sobrinha querida e meu filho adotivo. Estão animados?- Sim tio! Estamos animados para melhorar tudo isso aqui! – respondeu Renata.- E eu, estou tendo a minha grande chance de ouro! – Falei. – Muito obrigado Sr. Fagundes!- Sim, meu rapaz! Vocês
Terminei de lavar as louças e ali fiquei sentado à cadeira de metal da cozinha. Tudo estava em silêncio e eu fumava o meu cigarro. Olhei para a ponta do cigarro em brasa a que acabara de acender. A fumaça saia sem consentimento e inundava a casa com o odor. Por um pequeno impulso, meu pensamento foi até meu pulmão, acabava de pensar em como ele poderia estar por dentro. Aquele pensamento me assustou. Assim como via a fumaça saindo do cigarro, imaginei aquela mesma fumaça entrando em meus pulmões e fazendo-os ficarem negros e com aquele cheiro forte de nicotina e outras substâncias que nem mesmo sabemos o nome. Um enjoo apareceu e apaguei a ponta do cigarro na torneira da pia com uma sensação de que eu iria vomitar se desse mais um trago naquele cigarro. Não era de se espantar, pois, já há algum tempo que estava, sem perceber, diminuindo os cigarros que acendia. Era uma dependê
Levantei-me por fim, andei um pouco pela grama cumprimentando com um sorriso a todos que olhavam para mim e eu me esquecendo de minha aparência que chamava a atenção. Sentia-me novo, como se tivesse nascido novamente. Já estava quase à hora do almoço e estava ficando com fome. Saí do parque e procurei algum restaurante por perto e para minha surpresa, enquanto atravessava a rua, uma buzina de carro chamou-me a atenção. Olhei procurando em um lado e depois para outro e encontrei Renata com um grande sorriso de surpresa. Parou o carro ao meu lado e disse: - Nem se combinássemos iríamos nos encontrar, hein?
- Viu? – perguntou meu outro eu. – As diferenças de escolhas fazem acontecer isto. Enquanto na sua realidade é de um jeito, na minha realidade tudo está acontecendo de forma diferente.- Então as nossas escolhas afetam também as outras personalidades que existem em outras dimensões? – perguntei.- Não necessariamente. Tem certos motivos que fazem existir muitas mudanças, o que nos traz as grandes diferenças entre um e outro. Por exemplo, agora, eu estou mudando totalmente a sua personalidade, fazendo que você veja tais coisas. Estou fazendo com que comece a entender as realidades e é obvio que você irá fazer coisas diferentes daqui para frente, não é certo?- Sim é verdade. Então somente as pessoas que conseguem se “ver” no espelho é que conseguem enxergar como estou vendo tudo agora?- Não que se
Depois de um belo sono reparador, sem a invasão de nenhum pensamento, nem mesmo meu outro eu, apareceu em algum sonho, levantei-me e pus a descobrir onde estavam as panelas para que pudesse preparar o meu almoço. Liguei a pequena TV e fiquei escutando notícias do mundo inteiro. Terremotos, furacões, secas, enchentes. Os alimentos ficando cada vez mais caros e em proporções alarmantes. Fome tomando conta de países pobres e regiões pobres dos países ricos, se tornando cada vez maiores. E tudo isso que pode ser visto, é fruto de nossas próprias mãos terrenas. Cheguei a pensar que o planeta estava uma bagunça, assim como a minha cozinha, mas lógico, em proporções consideráveis. Até encontrar as panelas e preparar o alimento demorou um pouco.Logo consegui almoçar. À tarde, recostei-me e fiquei analisando o que teria que aprender naquelas situ