A nossa mente produz ilusões tão grandes que chega a ser difícil apenas imaginá-las, quanto mais senti-las. Ou até, podemos senti-las, mesmo somente as imaginando. Temos muito que aprender com tal máquina, que desperta em nós, algo que não conseguimos distinguir, algo surreal. Será então tudo real? Ou será ilusão?
Temos ainda algo a mais, que os cientistas “quebram a cabeça”, tentando entender seus significados. Somos seres invejáveis quanto à capacidade de raciocínio, dedução e junção de ideias. Mas, estamos ainda, usando menos do que realmente poderíamos usar e, usando para fins maléficos. Se assim pensarmos e conseguíssemos fazer com que pessoas parassem de fabricar bombas atômicas e transformassem, essas suas armas, em resultados de energias quase que inexpiráveis, sendo esse o seu único e verdadeiro pensamento, teríamos um fim pacífico. Seríamos um povo, ou uma raça, cada vez mais perto do sentido da palavra “evolução”.
Se realmente existe uma evolução genética, nós, como os únicos seres pensantes e com intelecto desenvolvido e que assim se acha, estamos estagnados nessa cadeia evolutiva. Estamos provando que, de nada adianta a inteligência se não conseguirmos controlá-la para um bem único.
Se, realmente existe um Deus, estamos indo contra os seus princípios de vida perfeita ou vida eterna. E se viemos do macaco, comprovando assim que sempre estamos em evolução, estamos regredindo com essas guerras e formas diferentes de viver. O que vemos que tudo isso o que tornamos, estamos acabando com o planeta. Somos ao mesmo tempo, a raça invejável, com atos detestáveis. Mas, há quem diga que as guerras é um dos frutos da evolução, fazendo com que a tecnologia se estenda.
Somos capazes de muitos afazeres benéficos. Somente nos basta reaprender a caminhar, não em passos carnais, mas, sim, em passos espirituais.
Loucura do Espelho, A Realidade Interna, é um livro para causar reflexões, com muitas coisas de nosso cotidiano simples. O uso de uma linguagem nada complicada mostra a compreensão e o segmento de uma história verídica, em algumas partes do desenrolar do enredo, juntamente com fatos cômicos, de igual intensidade e ao mesmo tempo trágicos, inventados, ou não, logicamente. O leitor, poderá entender que os fatos reais são os que aconteceram em minha descoberta interior dos dezessete aos vinte e três anos de idade. Partes inventadas para criar mais drama e mais loucura, são inevitáveis e tornam a leitura agradável e surpreendente.
Não subestime a capacidade do intelecto da mente humana! Podemos ir longe, somente em nossas mentes!
Mas agora, responda: Costuma “se ver” ao espelho? Já imaginou, ou fez perguntas a si mesmo diante do espelho? Se você fez, houve resposta? Se não o fez, foi por qual motivo? Medo? Vergonha? Por parecer um estúpido com esta ação? E se houvesse resposta? E se a resposta fosse completamente diferente do que já havia pensado antes a respeito deste assunto? Como se sentiria agora, vendo que sua mente pode lhe surpreender? Consegue profundamente olhar aos seus olhos refletidos ao espelho?
Vivemos em uma realidade que nem nós conhecemos, não imaginamos a verdade que há dentro de nós. A certeza, que desde criança temos e que sabemos ser verdade, é esquecida enquanto os anos passam e vamos envelhecendo. A mente se esquece da pureza que temos e damos passagem ao cepticismo. Vemos causas e coisas estranhas, mas, ao mesmo tempo em que acostumamos a vê-las, acostumamos a esquecê-las, no segundo seguinte.
Nossa mente é completa! Basta somente sabermos o que fazer com ela e aprendermos como pensar direito!
Parecia um sonho! Era lindo ver aquele cenário! Tudo era de uma cor muito pura, parecia pintura em três dimensões. As cores vibravam, assim como o vento vibrava ao tocar meu rosto. Era um campo muito esverdeado e uma grama bonita e vistosa. Bem aparada. Podia-se até mesmo deitar-se sem nenhum receio de sujar-se, era densa como um tapete. As árvores, impunham-se de um verde causador de inveja a qualquer Pantanal. As frutas, eram grandes e pareciam ser mais puras do que as que costumava ver, ou as quais, achava estarem perfeitas. As pessoas, alegravam-se em pequenas rodas de amigos sempre com um sorriso verdadeiro ao rosto, dizendo coisas belas. Relatos bons. Esse sorriso puro em seus rostos contagiava a todos que ali estavam. Era, verdadeiramente, um cenário de pura alegria e tranquilidade. Vestiam-se uniformemente, com roupas dentro da tonalidade da cor bege e todos, todos, eram de uma beleza invejável.Uma bela garota de cabelo
Eu descia a rua de minha casa. A chuva molhava meus cabelos e meu rosto pingava algumas gotas. Alguns carros passavam ao meu lado e sempre olhava para o lado, conferindo se não iriam jogar água em mim. Vez ou outra parava debaixo de alguma marquise, olhava o tempo e pensava que até o clima conspirava contra mim naquele dia. Por fim, cheguei a um terminal de ônibus. Sentei-me numa cadeira e fiquei a pensar. Sem me dar conta, falei sozinho, como que resmungando em voz alta.- “O que faço agora? Sem dinheiro, sem casa, sem comida e sem rumo. Ainda para completar, essa chuva parece não querer me dar trégua.”Algumas poltronas ao meu lado um senhor de meia idade esperava alguém, lendo um jornal. Parecia ser muito dono de si, o que não percebi naquele dia e nem mesmo dei atenção a qual jornal ele lia. A minha visão agora, vendo-me de fora, foi que havia feito aquilo pretensiosament
Deitei-me. Meu pensamento continuava freneticamente a pensar em coisas mirabolantes. Pensava coisas do “arco da velha”, como dizia o ditado popular. Quando fechava meus olhos ainda podia ver meu outro eu falando comigo, dizendo que tinha de aprender o que havia esquecido ou deixado para trás. Assim, difícil foi para conseguir descansar merecidamente e conseguir fechar os olhos.Mesmo ainda dormindo, meus sonhos ainda me diziam algo. Foi neste ponto que percebi que mesmo em meu subconsciente podia encontrar-me com meu outro eu.- Olá Coiote! Não esperava ver-me aqui, não é? – disse ele.- Bem, devo dizer que é surpreendente, mas, já li algo sobre sonhos e sei que o quanto mais se pensar em determinado assunto logo na fase de transição de estado acordado para estado sonolento, é possível que sonhe este mesmo assunto. Estou certo? – perguntei sorrindo.
Depois de um belo sono reparador, sem a invasão de nenhum pensamento, nem mesmo meu outro eu, apareceu em algum sonho, levantei-me e pus a descobrir onde estavam as panelas para que pudesse preparar o meu almoço. Liguei a pequena TV e fiquei escutando notícias do mundo inteiro. Terremotos, furacões, secas, enchentes. Os alimentos ficando cada vez mais caros e em proporções alarmantes. Fome tomando conta de países pobres e regiões pobres dos países ricos, se tornando cada vez maiores. E tudo isso que pode ser visto, é fruto de nossas próprias mãos terrenas. Cheguei a pensar que o planeta estava uma bagunça, assim como a minha cozinha, mas lógico, em proporções consideráveis. Até encontrar as panelas e preparar o alimento demorou um pouco.Logo consegui almoçar. À tarde, recostei-me e fiquei analisando o que teria que aprender naquelas situ
- Viu? – perguntou meu outro eu. – As diferenças de escolhas fazem acontecer isto. Enquanto na sua realidade é de um jeito, na minha realidade tudo está acontecendo de forma diferente.- Então as nossas escolhas afetam também as outras personalidades que existem em outras dimensões? – perguntei.- Não necessariamente. Tem certos motivos que fazem existir muitas mudanças, o que nos traz as grandes diferenças entre um e outro. Por exemplo, agora, eu estou mudando totalmente a sua personalidade, fazendo que você veja tais coisas. Estou fazendo com que comece a entender as realidades e é obvio que você irá fazer coisas diferentes daqui para frente, não é certo?- Sim é verdade. Então somente as pessoas que conseguem se “ver” no espelho é que conseguem enxergar como estou vendo tudo agora?- Não que se
Levantei-me por fim, andei um pouco pela grama cumprimentando com um sorriso a todos que olhavam para mim e eu me esquecendo de minha aparência que chamava a atenção. Sentia-me novo, como se tivesse nascido novamente. Já estava quase à hora do almoço e estava ficando com fome. Saí do parque e procurei algum restaurante por perto e para minha surpresa, enquanto atravessava a rua, uma buzina de carro chamou-me a atenção. Olhei procurando em um lado e depois para outro e encontrei Renata com um grande sorriso de surpresa. Parou o carro ao meu lado e disse: - Nem se combinássemos iríamos nos encontrar, hein?
Terminei de lavar as louças e ali fiquei sentado à cadeira de metal da cozinha. Tudo estava em silêncio e eu fumava o meu cigarro. Olhei para a ponta do cigarro em brasa a que acabara de acender. A fumaça saia sem consentimento e inundava a casa com o odor. Por um pequeno impulso, meu pensamento foi até meu pulmão, acabava de pensar em como ele poderia estar por dentro. Aquele pensamento me assustou. Assim como via a fumaça saindo do cigarro, imaginei aquela mesma fumaça entrando em meus pulmões e fazendo-os ficarem negros e com aquele cheiro forte de nicotina e outras substâncias que nem mesmo sabemos o nome. Um enjoo apareceu e apaguei a ponta do cigarro na torneira da pia com uma sensação de que eu iria vomitar se desse mais um trago naquele cigarro. Não era de se espantar, pois, já há algum tempo que estava, sem perceber, diminuindo os cigarros que acendia. Era uma dependê
Os dias passaram, e chegou à hora de ir para a palestra sobre a informatização. Renata e eu estávamos animados e Sr. Fagundes estava também empolgado. Estávamos no pátio da empresa que servia de estacionamento e havia alguns quiosques com mesas e cadeiras que eram usadas para os lanches dos empregados quando não queriam ficar conversando na cozinha da empresa. Perto do carro de Renata conversávamos sobre coisas corriqueiras e Sr. Fagundes chegou.- Olá meus meninos de ouro! – disse primeiro dando um beijo terno em Renata e depois me cumprimentando com firmeza com aquele sorriso grande ao rosto. – Minha sobrinha querida e meu filho adotivo. Estão animados?- Sim tio! Estamos animados para melhorar tudo isso aqui! – respondeu Renata.- E eu, estou tendo a minha grande chance de ouro! – Falei. – Muito obrigado Sr. Fagundes!- Sim, meu rapaz! Vocês