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Lorenzo,

As semanas passaram como um borrão, e cada dia parecia se estender mais longo e sombrio que o anterior. Minha vida estava dividida entre os negócios da máfia e a tortura de Camille. O tempo que eu passava longe dela me permitia pensar em novas maneiras de quebrá-la, de fazê-la confessar. Mas ela resistia, e isso apenas alimentava minha raiva. Poderia matá-la ao invés de me permitir tantas dores de cabeça, mas não posso. Não até ela confessar.

Eu havia voltado de uma reunião de negócios e, assim que entrei na casa isolada, fui informado de sua condição. Ela estava enfraquecida, à beira do colapso, mas ainda viva. E enquanto houvesse vida nela, eu continuaria o que havia começado.

Quando entrei no porão, o cheiro da umidade e da dor preencheu minhas narinas. Camille estava ali, ainda no mesmo lugar, jogada no chão úmido, uma sombra do que um dia foi. Seu corpo estava frágil, quase irreconhecível com os hematomas e cortes que cobriam sua pele. Ela estava fraca, mas não o suficie
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