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Camille,

Quando Lorenzo saiu do porão, o ar pareceu ficar mais leve, mas o medo e a dor ainda me esmagavam por dentro. Meu corpo estava em frangalhos, cada golpe que ele havia desferido contra minha pele havia deixado marcas profundas, não apenas fisicamente, mas mentalmente. Eu estava quebrada, embora ainda não completamente. Ele queria minha confissão, queria que eu dissesse algo que eu não tinha para dar.

A dor física era intensa, como um fogo que queimava cada parte do meu corpo, mas o que mais doía era a sensação de impotência. Eu nunca imaginei que poderia acabar assim, presa, torturada por um homem que um dia cheguei a amar. A ironia de tudo isso me atingia em cheio. Como alguém que parecia tão doce em alguns momentos poderia se transformar nesse monstro? Eu nunca quis machucá-lo, nunca quis fazer parte do mundo sujo em que meu pai, Nico, estava envolvido. Mas Lorenzo não acreditava nisso.

Cada respiração que eu dava era um esforço monumental. Minhas costelas doíam, e o ar pare
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