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Lorenzo,

As luzes da clínica privada piscavam por um momento quando chegamos, e dois dos meus homens rapidamente tiraram Camille do carro. Ela estava inconsciente, frágil, mas viva. O médico já estava à espera na entrada, preparado para levá-la direto para a sala de tratamento. Eu não queria que ela morresse, não ainda. Eu precisava dela lúcida. Precisava das respostas que ela teimava em não dar.

A chuva fina que caía lá fora fazia o asfalto brilhar sob as luzes dos postes, e o som da água batendo no chão se misturava com o burburinho sutil das vozes dentro da clínica. Eu os segui enquanto levavam Camille para dentro, os passos ecoando no silêncio do corredor. Minhas mãos estavam enfiadas nos bolsos, mas a tensão em meu corpo estava clara. Eu não gostava dessa situação. Não gostava de depender de ninguém, muito menos de um médico, para garantir que ela sobrevivesse.

O médico, um homem que eu conhecia há anos, de confiança e discretíssimo, se aproximou assim que entramos na sala de eme
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