19

Camille,

A sensação de alívio que o trabalho me trazia parecia ser apenas uma fachada, uma fina camada de proteção contra a escuridão que me perseguia. Minha mente estava em constante turbulência, uma mistura de medo, raiva e tristeza. As memórias de Lorenzo e tudo o que aconteceu ainda me assombravam. Mas, de alguma forma, eu havia aprendido a seguir em frente, ou pelo menos, a fingir que estava tudo bem. Eu me mantinha ocupada, tentando sufocar as emoções que insistiam em vir à tona.

Era tarde, e o escritório estava vazio. Terminei mais um dia de trabalho, exausta, mas satisfeita. Fotografar clientes e organizar eventos havia se tornado uma válvula de escape. Era ali, atrás da câmera, que eu conseguia me desligar por algumas horas da realidade sombria que pairava sobre mim.

Desci até o elevador, o andar vazio, o silêncio inquietante. As luzes do corredor piscavam levemente, e um calafrio percorreu minha espinha. Apertei o botão do elevador e esperei. O silêncio me deixava desconfort
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