Capítulo 101

MEIA-NOITE (HUXLEY)

O ar está pesado dentro do velho galpão. O cheiro de óleo e ferrugem se mistura com o de cigarro barato, e a única iluminação são as lâmpadas fluorescentes piscando no teto. Meus homens estão reunidos ao redor da mesa, discutindo as táticas para o ataque aos Ceifadores de Derbim. Enquanto falam, minha mente vaga para outro lugar.

Eu nunca deveria estar aqui. Eu sei disso. Minha infância foi cercada por luxos, boas escolas, possibilidades. Um futuro brilhante, diziam. Eu acreditava nisso até o dia em que meu irmão apareceu na minha porta.

Um irmão que eu nunca sobia que existia até aquele momento.

Ele chegou sem aviso, sem preparação, carregando a verdade que mudaria minha vida para sempre. Ele foi assassinado dias depois, nos meus braços, sem que eu tivesse tempo de entender o que significava sua existência. Sua morte me empurrou para um caminho sem volta. Eu herdei seu lugar. A Colina tornou-se minha responsabilidade, e a vingança, meu alimento.

Agora, ao observar
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