— Que mundo pequeno. – O moreno gostoso disse enquanto o outro só me encarou. — Retiro tudo que eu disse.
— Querido, mesmo que você lamba os meus pés eu não vou esquecer o que disse. — Posso lamber outra coisa, – Ele disse em meu ouvido e seu colega estava tentando entender o que estava acontecendo. — Morena esse aqui… — No local de trabalho prefiro que use meu nome, me chamo Everlly Soares.— Tudo bem morena, ops senhorita Everlly Soares, este é meu sócio Rafael Sobral. – Apertei a mão do outro cara, mas logo me lembrei do meu ex, e balancei a cabeça para esquecer. Carlos se aproximou e eu disse que estava inteirada no caso, não demorou muito fomos chamados e entramos, resolvemos a questão do assédio rapidamente e entramos em acordo com a vítima, além da demissão do tal funcionário. Com tudo resolvido saímos da sala Carlos pegou a minha pasta e disse que me encontraria no carro. — Peraí morena, você nem perguntou o meu nome. — É preciso? Nos documentos estão o seu nome e o juiz também chamou – Jefferson deu um sorriso de molhar a calcinha. — Topa jantar uma hora dessas? – Ele perguntou e embora a minha amiguinha estivesse animada neguei. — Você é dura na queda, mas acredito que um dia você aceitará. — Continua tentando e quem sabe. – Lhe dei um sorriso e fui me encontrar com Carlos. Quando cheguei no meu carro, meu assistente perguntou se eu já conhecia os clientes e eu disse que apenas um deles. — E como conheceu ele? — Você é mais que um assistente pra mim, mas não vou ficar te contando certas coisas da minha vida. Ele ficou vermelho e disse que havia entendido, mal colocamos os pés no escritório Magno me ligou e perguntou como havia sido a audiência e eu disse a ele que estava me devendo um jantar em um bom restaurante. — Pode deixar, Bruno e eu a levaremos no melhor restaurante que você já viu. — É assim que se fala! Vou desligar e espero que você consiga resolver as coisas ai com a sua família. — Valeu Ever, ah! O Bruno está te mandando um beijo. David e eu nos conhecemos desde o ensino médio, quando fomos para a faculdade conhecemos Bruno, David e ele começaram a namorar, mas logo Bruno se apaixonou por Magno que se transferiu para a nossa faculdade no terceiro período, aquele triângulo amoroso me deixava apreensiva, mas não demorou muito conheci o Rafael que era estudante de ADM, nos apaixonamos rapidamente e eu achei que tinha encontrado o amor da minha vida. Voltando aos meus amigos, os três se resolveram e então Bruno e Magno começaram a namorar e seis meses depois David começou a namorar com Vagner, mas não deu certo, depois conheceu mais uns três caras e também não deu certo mais uma vez, quando nos formamos, Bruno, Magno e eu decidimos nos unir em uma sociedade, já David decidiu mudar de área. No início não conseguimos clientes e tivemos que trabalhar fora, estávamos quase desistindo quando a minha mãe conseguiu o nosso primeiro cliente, e depois disso as coisas só andaram pra frente, nosso escritório hoje conta com mais três advogados e temos muitos associados, fizemos a nossa fama com muito trabalho, dedicação e esforço. — Everlly, no que está pensando? – Carlos perguntou me entregando uma xícara de café. — Muitas coisas boas e de como nosso escritório cresceu nos últimos anos. — Verdade, quando cheguei vocês estavam no começo e eu não tinha perspectiva até que comecei a trabalhar com você. – Carlos é órfão, ele saiu do orfanato e começou a se virar em diversos trabalho até que ele soube que tínhamos vagas disponíveis para assistente, lembro que Bruno não o achou qualificado, mas alguma coisa em mim dizia que deveria dar uma chance a ele e foi o que fiz e não me arrependo, hoje Carlos está estabilizado e ano passado depois de muita insistência ele iniciou a faculdade que era o seu sonho. — Você vai muito longe Carlos e fico feliz com isso. Não só eu como a Camila também – Cami é a noiva de Carlos, um amor de pessoa é uma confeiteira de mão cheia, se tenho que pegar pesado na academia a culpa é dela que me manda coisas deliciosas. — Só tenho a agradecer a você, eu sei que quando cheguei aqui as pessoas não acreditavam em mim. — Sabe como você pode me agradecer? – Perguntei a ele que negou. — Terminando a sua faculdade e alçando voos maiores. — Te adoro Chefinha. – Ele me entregou alguns relatórios e agradeci. Após um dia puxado de trabalho cheguei em casa determinada a me jogar no sofá e me entupir de porcaria, mas minha mãe ligou e me obrigou a ir para sua casa jantar com ela. Dona Rebecca era uma pessoa persuasiva e ela sabia que eu não podia dizer não, me arrumei e não demorou muito cheguei na minha antiga casa. — Oi, filha desnaturada! – Minha mãe me abraçou bem apertado. — Mãe, nos vimos no sábado. – Ela me encarou como se eu tivesse dito algo muito errado. — Não importa! Eu sou uma mãe que tem a necessidade de estar sempre perto da filha. Depois que perdemos a minha irmã, minha mãe transferiu todo o seu amor materno para mim e às vezes me sufoca. — Vem, fiz sua lasanha de camarão, sei que você não deve estar cozinhando por preguiça. Quando Rafa foi morar em meu apartamento não importava o quão cansada estivesse, eu cozinhava para ele, era a perfeita esposa mesmo sem termos nos casado. — Filha, está viajando ai? — Só um pouquinho. – Beijei a sua bochecha. — Vamos jantar, menina no mundo da lua. – Nós duas rimos do meu apelido de criança, meu pai me chamava de Cattleya e minha mãe sempre me chamava de menina no mundo da lua, as vezes sinto falta de quando era criança. Após o jantar minha mãe me chamou para sentarmos na varanda e contei o meu dia a ela, óbvio que ocultando a parte do gostosão. — Filha! Você não acha que está na hora de conhecer um bom rapaz e sossegar? – Encarei minha mãe e neguei. — Dona Becca, a senhora sabe muito bem que minha vibe é outra. — É, você e o David estão no momento de pegar sem se apegar, mas já estão ficando velhos para isso. — Não tenho nem trinta anos. – Minha mãe revirou os olhos. — Daqui uns meses você fará 30 anos. — Mãe, meu aniversário agora é só ano que vem. Dona Becca revirou os olhos mais uma vez e desistiu de conversar comigo, fiquei um pouco mais com ela, em seguida me despedi e fui para minha casa, enquanto colocava comida para o Peixonauta e a Peixiuda, a Poppy veio abanando o rabinho e sabia que ela e Juca, meu gato estavam com fome, depois que coloquei a ração para eles troquei de roupa e fui dormir.Acordei com meu celular apitando sem parar, e quando olhei o visor, era David. Encarei o aparelho algumas vezes e sinceramente cogitei jogá-lo na parede, mas desisti. — O que foi, David? Por que está me ligando às… – Olhei no visor novamente. — Três da manhã.— Amiga, preciso muito de você. – Ele estava chorando, o que era muito estranho, já que David não era desse tipo de pessoa. Perguntei a ele o que estava acontecendo, e ele apenas chorava ainda mais. Isso já estava me preocupando. Perguntei onde ele estava, e quando me disse que estava em um motel, pedi o endereço e me arrumei rapidamente. Passei uma maquiagem rápida só para tirar a cara de sono, e quando estava pronta, saí. Fui dirigindo igual a uma louca e finalmente cheguei no tal motel. Pedi para entrar, só que o atendente me disse que não poderia permitir. Então, precisei puxar ainda mais o meu decote e falar de uma maneira mais sexy, e logo ele me deu a permissão. Pisquei para o atendente, que sorriu. “Homens são tão babacas
Estava dançando ao som de "Crazy in Love" quando meu celular começou a tocar insistentemente. Ao ver o nome da minha mãe piscar no visor, eu sabia que ela iria me encher de perguntas.— Filha, você já comeu?— Já.— Eu sei que está mentindo, Everlly Caroline. Filha, você melhor do que ninguém sabe que precisa se alimentar decentemente.— Estou comendo uns pedaços de queijo, fique tranquila.— Se está comendo queijo, é porque está bebendo vinho. Ever, você precisa cuidar mais de sua saúde.Minha mãe ficou quase meia hora dizendo que eu deveria tratar melhor a minha saúde, que eu tive uma segunda oportunidade de viver, enquanto muitos morreram, e tals. Eu apenas escutava e fazia alguns sons com a boca para que ela percebesse que eu estava prestando atenção. Depois de muita briga, ela me lembrou que eu era a única que havia sobrado da família, e ela não queria me perder.Entendo a minha mãe, e sei que estou sendo relapsa com a minha saúde, mas eu passei anos só fazendo o que era correto
Estacionei com toda a fúria em frente à concessionária, e quando me aproximei da recepção, Juliana, uma conhecida, se levantou para me abraçar. — Ever, cada vez que te vejo você está muito gata, meu irmão não para de falar de você. – Conheci Jonas, seu irmão no ano passado; tivemos um sexo bacana, mas nada de muito emocionante. — O que faz aqui, menina? Não me diga que voltou com o... — Não diga o nome do inominável. Na verdade, vim falar com ele. – Ela percebeu meu olhar de fúria e sorriu. — Ele está na sala com uma “cliente”. Como sabia o caminho, fui até lá e, quando cheguei, abri a porta com tudo. Rafael e a mulher estavam se beijando, e ela ficou muito sem graça quando me viu. — Quem é ela, Rafael? – A mulher perguntou. — Sou a ex-noiva dele, querida. Você pode ir para aquele cantinho que eu preciso acertar as contas com esse safado. Não vou demorar. – Disse à mulher que fez exatamente o que mandei. — Se veio aqui é porque recebeu as flores. – Ele sorriu. — Que porra é isso
Já havíamos perdido as contas de quantas latinhas tínhamos bebido, e depois de várias conversas aleatórias, David finalmente me perguntou o motivo de eu ter ido até o trabalho de Rafael. Eu me levantei, peguei a minha bolsa e lhe dei o cartão. Assim que ele leu, olhou para mim com o cenho franzido.— Ele te mandou um bilhete com desculpas depois de quatro anos?— Amigo, você leu direitinho o bilhete, não achou nada estranho?— É tarde demais agora para pedir desculpa? Porque eu sinto falta mais do que só do seu corpo. Na verdade, sinto falta de você inteirinha. É, eu sei que te decepcionei, mas te pergunto mais uma vez, é tarde demais para pedir desculpa? – Ele leu mais uma vez, e como vi que não entendeu porcaria nenhuma, peguei meu celular e coloquei a música. — O que tem haver a música com as desculpas do babaca?— Eu ainda te disse que deveria estudar inglês ao invés de fazer italiano. – Mostrei a ele a tradução da música, e só aí ele percebeu.— Que filho da puta! Nem pra pedir d
Jefferson AlbuquerqueO dia de hoje está uma correria, não aguento mais entrar e sair de reuniões. Rafael não veio trabalhar, pois disse que passaria o dia com sua mãe e largou toda a bomba na minha mão. Mais cedo meu pai veio me visitar e perguntou como têm sido as coisas para mim. Digo a ele que estou levando da forma que dá.Por volta das três da tarde, estava finalizando uma reunião quando recebi uma ligação da escola da minha filha dizendo que a mãe dela está na secretaria tentando levar Renata. Na mesma hora, finalizei a reunião às pressas e corri para a escola de Renata. Quando cheguei lá, vi Gisele fazendo a maior confusão.— O que você faz aqui? – Perguntei me aproximando dela e tentando me controlar ao máximo.— Eu sou mãe da Renata e tenho total direito de vê-la quando quiser.— Você sabe muito bem que perdeu esse direito há três anos.— Você me fez perder esse direito, você é um desgraçado, um desgraçado – ela avançou para me socar e prendi a sua mão.— Se você me bater vo
Everlly começou a me beijar intensamente dentro do banheiro masculino, suas mãos explorando meu corpo enquanto eu correspondia ao desejo crescente. O ambiente estava impregnado de luxúria, e o calor entre nós só aumentava. Perguntei a ela entre os beijos se queria ir para minha casa, e sua resposta afirmativa não deixava dúvidas sobre as intenções da noite.— Quero sim, Jefferson. Vamos para a sua casa. - Ela murmurou, seus lábios roçando no meu ouvido, enviando arrepios pela minha espinha.Saímos do banheiro, mantendo um olhar carregado de desejo, ignorando o ambiente da boate e seguimos em direção à saída. Cada passo era uma promessa, um convite para o que estava por vir. O ar lá fora nos atingiu como um choque, mas era a eletricidade entre nós que realmente importava.Chegamos à minha casa, e mal fechamos a porta, nossos corpos se uniram novamente, desta vez com uma urgência mais intensa. Everlly não era uma mulher com rodeios, ela sabia o que queria, e eu estava mais do que dispos
Everlly SoaresEstava no trabalho quando meu amigo entrou e sentou animado, me encarando de uma maneira que começou a me irritar. Eu sabia exatamente o que ele queria saber, mas não estava disposta a contar.— Anda Ever, me conta. Como foi a noite? – Continuei lendo os documentos à minha frente. — Não me deixa curiosa, sua vaca.— Se não reparou, estou trabalhando. – Estava me esforçando para não gargalhar dele.— Vai. Me conta. – David insistiu.— Vamos lá, se você quer saber o que aconteceu comigo, vou te contar exatamente. Nós transamos loucamente e depois fui embora do seu apartamento.— Você fez o quê? – Meu amigo olhou para mim incrédulo. — Fui embora, mas deixei um bilhete agradecendo pela noite e deixando bem claro que não iria acontecer novamente.As expressões do meu amigo eram as coisas mais engraçadas. Ele abriu e fechou a boca algumas vezes e, por fim, desistiu.David parecia ter engolido em seco, processando o que acabei de contar. Depois de um breve silêncio, ele final
Já era noite quando me arrumei, optei por um vestido vermelho justo e que acentua cada curva do meu corpo, doutor Márcio ficará louco. Entrei no meu carro e parti para o restaurante, doutor Márcio até que insistiu para que eu fosse em seu carro, mas neguei dizendo que o encontraria no restaurante que ele marcou. Ao entrar o encontrei à minha espera e quando me viu se levantou. — Você está linda. – Ele disse beijando a minha mão. — Obrigada você também não está nada mal. Nos sentamos e logo ele chamou o garçom e pediu uma taça de vinho caro e tenho certeza que é para me impressionar. — Eu vou querer água com gás e uma rodela de limão, por favor. – O garçom assentiu e márcio olhou para mim. — Tem certeza que não prefere uma taça de vinho? – Digo a ele que vim de carro e ele sorriu. — Sei que você é consciente, mas uma taça não faz mal. — A cada hora mil e duzentas pessoas morrem através de acidentes causados por motoristas alcoolizados, e 89% dos homens são as maiores vítimas. S