Jefferson AlbuquerqueO dia de hoje está uma correria, não aguento mais entrar e sair de reuniões. Rafael não veio trabalhar, pois disse que passaria o dia com sua mãe e largou toda a bomba na minha mão. Mais cedo meu pai veio me visitar e perguntou como têm sido as coisas para mim. Digo a ele que estou levando da forma que dá.Por volta das três da tarde, estava finalizando uma reunião quando recebi uma ligação da escola da minha filha dizendo que a mãe dela está na secretaria tentando levar Renata. Na mesma hora, finalizei a reunião às pressas e corri para a escola de Renata. Quando cheguei lá, vi Gisele fazendo a maior confusão.— O que você faz aqui? – Perguntei me aproximando dela e tentando me controlar ao máximo.— Eu sou mãe da Renata e tenho total direito de vê-la quando quiser.— Você sabe muito bem que perdeu esse direito há três anos.— Você me fez perder esse direito, você é um desgraçado, um desgraçado – ela avançou para me socar e prendi a sua mão.— Se você me bater vo
Everlly começou a me beijar intensamente dentro do banheiro masculino, suas mãos explorando meu corpo enquanto eu correspondia ao desejo crescente. O ambiente estava impregnado de luxúria, e o calor entre nós só aumentava. Perguntei a ela entre os beijos se queria ir para minha casa, e sua resposta afirmativa não deixava dúvidas sobre as intenções da noite.— Quero sim, Jefferson. Vamos para a sua casa. - Ela murmurou, seus lábios roçando no meu ouvido, enviando arrepios pela minha espinha.Saímos do banheiro, mantendo um olhar carregado de desejo, ignorando o ambiente da boate e seguimos em direção à saída. Cada passo era uma promessa, um convite para o que estava por vir. O ar lá fora nos atingiu como um choque, mas era a eletricidade entre nós que realmente importava.Chegamos à minha casa, e mal fechamos a porta, nossos corpos se uniram novamente, desta vez com uma urgência mais intensa. Everlly não era uma mulher com rodeios, ela sabia o que queria, e eu estava mais do que dispos
Everlly SoaresEstava no trabalho quando meu amigo entrou e sentou animado, me encarando de uma maneira que começou a me irritar. Eu sabia exatamente o que ele queria saber, mas não estava disposta a contar.— Anda Ever, me conta. Como foi a noite? – Continuei lendo os documentos à minha frente. — Não me deixa curiosa, sua vaca.— Se não reparou, estou trabalhando. – Estava me esforçando para não gargalhar dele.— Vai. Me conta. – David insistiu.— Vamos lá, se você quer saber o que aconteceu comigo, vou te contar exatamente. Nós transamos loucamente e depois fui embora do seu apartamento.— Você fez o quê? – Meu amigo olhou para mim incrédulo. — Fui embora, mas deixei um bilhete agradecendo pela noite e deixando bem claro que não iria acontecer novamente.As expressões do meu amigo eram as coisas mais engraçadas. Ele abriu e fechou a boca algumas vezes e, por fim, desistiu.David parecia ter engolido em seco, processando o que acabei de contar. Depois de um breve silêncio, ele final
Já era noite quando me arrumei, optei por um vestido vermelho justo e que acentua cada curva do meu corpo, doutor Márcio ficará louco. Entrei no meu carro e parti para o restaurante, doutor Márcio até que insistiu para que eu fosse em seu carro, mas neguei dizendo que o encontraria no restaurante que ele marcou. Ao entrar o encontrei à minha espera e quando me viu se levantou. — Você está linda. – Ele disse beijando a minha mão. — Obrigada você também não está nada mal. Nos sentamos e logo ele chamou o garçom e pediu uma taça de vinho caro e tenho certeza que é para me impressionar. — Eu vou querer água com gás e uma rodela de limão, por favor. – O garçom assentiu e márcio olhou para mim. — Tem certeza que não prefere uma taça de vinho? – Digo a ele que vim de carro e ele sorriu. — Sei que você é consciente, mas uma taça não faz mal. — A cada hora mil e duzentas pessoas morrem através de acidentes causados por motoristas alcoolizados, e 89% dos homens são as maiores vítimas. S
Estávamos na área de lazer do meu condomínio, meus amigos riam animados as imitações de Bruno, David gargalhava, mas eu sabia que ele não estava nada bem, aproveitei a distração do pessoal e o puxei para longe. — Amigo, fala a verdade, como você está? – Perguntei a ele que soltou um suspiro pesaroso. — Nada bem, Ever. Minha mãe ontem ligou para mim e me descascou, sabia que ela me chamou de filho ingrato? Eu ingrato? Eles me expulsaram de casa quando eu tinha apenas treze anos, se não fosse a tia Marta me trazer para o Rio de Janeiro e cuidar de mim, não sei o que teria me tornado. Aí a minha mãe vem me falar de ingratidão. – Abracei meu amigo bem apertado, nessas horas não palavras de consolo que realmente console. — Você é um consultor jurídico que ganha muito bem e não precisou deles para nada. Quando eles tentarem te por pra baixo, pense nisso e saiba que você é muito melhor que todos eles juntos. — Já disse que te amo? — Hoje não. – Demos um selinho e ele me abraçou. —
David Santos Everlly e eu chegamos ao aeroporto e não demorou nosso voo foi anunciado, eu estava me sentindo estranho por rever a minha família e minha amiga percebeu, por isso ficou conversando comigo para desviar a minha atenção, conversei. — Ever, vai descansar um pouco, não precisa ficar conversando comigo para que eu me sinta bem, eu estou bem é sério. – Estava tentando convencer a mim mesmo que estava tudo bem. — Não estou com sono. Eu sabia que ela ficaria de olho em mim o máximo que pudesse, ainda mais que ela sabe como me sinto em relação a minha família. Para ser sincero eu nem queria ir para a tal dessa leitura de testamento, isso não me importa, mas parece que o velho, vulgo meu pai deixou uma cláusula explícita que só poderia abrir o testamento com todos presentes e isso incluía a mim, por que diabos ele fez isso, não faço ideia? O foda é ter que estar no mesmo ambiente que toda a minha família homofóbica, ainda bem Everlly está comigo, por que acho que não conseg
— David, o que aconteceu? — Amiga, o DJ é alguém do meu passado. – Ela ficou esperando que eu desse mais informações. — Lembra que eu disse que só fui amado por duas pessoas na vida? Então uma dessas pessoas era ele. Everlly olhou para mim e perguntou por que não podemos falar com ele e disse que a forma como as coisas acabaram entre nós não foi das melhores. *Flashback on* Sempre fui uma criança confusa em relação aos meus sentimentos, por que não sou igual aos meus irmãos que chamam meninas para saírem? Por que eu tenho que gostar dos meninos? Fiz uma oração pedindo para ele me ajudar, mas eu sabia que a única pessoa que poderia me ajudar seria eu mesmo. — Filho, vem cá! – Quando meu pai me chama de maneira carinhosa é porque tem visitas em casa. — Oi pai. – Digo de maneira seca. — A irmã Marlúcia está aqui com a Geovana, vem conversar com ela. – Revirei os olhos quando minha mãe me disse quem estava lá em casa para uma “visita”. Geovana é uma menina ch
Everlly soaresFiquei deitada com David, até que ele dormiu, estava me sentindo irritada, comecei andar de um lado ao outro, meu melhor amigo passou um inferno e esse outro lado dele eu não sabia, já era bem tarde quando meu celular tocou. — Oi, morena. Ainda acordada. — Não consigo dormir, e você o que está fazendo acordado? — Também não consigo dormir. A voz de Jefferson enviava eletricidade para o meu corpo, respirei fundo e continuamos conversando, um bocejo escapou de meus lábios e ele disse que eu deveria dormir.Agora a minha irritação deu lugar a um tensão que não cabia dentro de mim, 'Vai dormir, Ever.' meu cérebro ralhou comigo e fechei os olhos. No dia seguinte, meu amigo bateu em minha porta e disse que deveríamos tomar café e aproveitarmos o dia. Perguntei a ele onde iríamos. — Primeiro vamos à praia e depois vou levá-la à Casa da Alfândega. David parecia empolgado e isso me deixou melhor, me arrumei e fomos tomar café, depois ligamos para o motorista da noite pass