Baby OrtizPraticamente saltei da cama pela manhã, e o meu corpo se tornou ainda mais tenso quando passei pelo corredor e vi a porta do quarto do babaca fechada. Eu andei na direção daquele cômodo por que desejava mais do que tudo saber o que estavam fazendo ali. Minha mente pairava nas milhares de perguntas que eu pretendia fazer, e eu até estendi a minha mão em formato de punho e ameacei bater, mas antes que a minha sanidade fosse para o espaço, eu desisti. Recuei um passo, rindo de mim mesma. Eu realmente sou uma idiota... Sacudi a cabeça para o lado umas duas vezes, antes de dar mais um passo para trás.DrogaDrogaDroga...Minhas narinas foram preenchidas por um cheiro inebriante e amadeirado, mas que também era doce. Minha cabeça bateu contra algo rígido. Músculos rígidos. Hum, ele deve malhar bastante... Pisquei várias vezes, mas meus ombros tensos denunciavam que eu estava nervosa agora. Eu sempre ficava assim quando ele se aproximava muito, e tudo que eu podia fazer era corre
Baby Ortiz Eu tentei desviar. Ele estava chegando perto demais, e eu ainda tinha joelhos. – Acho melhor você se afastar. Eu não quero te machucar.Ele afastou brevemente o rosto. – E não vai. Eu vi como você se sentiu culpada. Além disso, se quisesse mesmo que eu ficasse longe, teria feito isso na primeira oportunidade. Mas você não quer, não é, meu anjo? Você quer me sentir duro em você. Quer entender o que você está sentindo.— O que eu estou sentindo? – Eu o encarei. A confusão pairava nos meus olhos, mas eu sabia que seria impossível evitar que ele notasse a respiração irregular, e as sardas mais evidentes agora.Ele sorriu, e as nossas bocas estavam tão perto que eu sentia que estava respirando parte do seu ar usado. – Você está sentindo a sua florzinha excitada, amor.— Florzinha? – Eu sabia que seria um erro perguntar, mas eu fiz mesmo assim. Fiz por que aquele cheiro dele estava me deixando meio tonta, e por que eu provavelmente perdi a droga da noção, e essas eram as minhas
Dominic Lexington — Eu já disse que não, Cavalieri. Isso não está em discussão, e sabe bem o porquê! – Bati contra a mesa, espalmando as mãos contra o tampo de vidro.As luzes da boate piscavam de uma forma quase dolorosa do lado de fora da sala vip, e não parecia surtir qualquer tipo de efeito nos olhos de alguém que parecia perfeitamente habituado a estar naquele tipo de lugar.Ele deixou de lado o seu charuto, e descruzou as pernas. A mulher ao seu lado, ainda se esforçava para roçar os lábios no lóbulo da orelha dele, e mal parecia afetá-lo, como se fosse algo tão rotineiro que o tipo de toque já não fizesse diferença.— Você quase se casou com aquela mulher. Deveria repensar seus planos... Já que não está mais de casamento marcado, deveria pensar bem na sua família. Ainda deve lealdade, Dominic, ainda que não queira. Ainda que...Eu o encarei com severidade, por que nem fodendo eu vou falar sobre a Ketty agora. Merda. Eu enfrentei a porra do mundo por ela, e foi assim que ela me
Dominic Lexington Chegar em casa significava estar sozinho na porra do meu mundo, depois de dormir com duas prostitutas ao mesmo tempo, mas agora, significava ser invadido pelo cheiro dela em todos os lugares. Essa merda não estava funcionando bem como eu tinha planejado, e agora eu estava frustrado, e com a merda de uma barra de ferro dentro das calças.Andei a passos largos em direção ao meu quarto, porque era o único lugar onde essa droga de cheiro doce ainda não tinha tomado conta, e me contorci ao entender que nem precisava, porque ele invadiu a minha cabeça de um jeito que nem precisava mais sentir para lembrar exatamente como era. Então, arranquei as roupas e andei até o banheiro, pensando que o banho gelado pudesse resolver essa droga, mas não adiantou merda nenhuma.Frustrado, tive uma conversa com meu membro duro como aço, tentando fazê-lo entender que precisava se controlar. Minha mão não resolvia esse problema há algum tempo, e eu tinha certeza que tentar outra mulher não
Baby OrtizEu não diria que fui me exercitar porque não consegui parar de revirar na cama. Muito menos diria que não parava de me revirar por que ele era o motivo. Porque meu corpo ardia quando ele chegava perto. Porque o tom da voz dele fazia algo entre as minhas pernas ficarem molhadas, ou que eu fechava sempre os olhos quando me lembrava do tom sexy que fazia meu estômago ter mil borboletas batendo suas asas, por que isso era coisa de filmes de romance, certo? Errado, o senhor grande cretino me fez sentir cada uma dessas malditas coisas, e eu já não me reconhecia mais.De que adiantou fazer tudo o que fiz, se agora eu seria de alguém, que parecia tão possessivo e apaixonado, mas que depois me mandaria direto para o inferno dentro de um ano. Era ridículo ter alguma esperança, e eu sabia. Eu sempre soube quando meu noivo me trocou por outra, e soube quando entendi que meu destino estava traçado para algo bem pior. Eu soube quando envergonhei alguém importante, e não havia mais volta.
Dominic Lexington Coloquei o cobertor sobre o corpo da garota. Não porque eu queria colocá-la para dormir, mas porque me custou o inferno não a agarrar ali, vulnerável, e me encarando com aqueles olhos meigos e doces que eu queria encher de tesão.Droga...Ela era a minha ruína, e eu deveria saber que isso aconteceria. Sempre foi assim com ela. Deveria ter me afastado dessa vez, mas eu fui incapaz de fazer isso agora.Baby estava confusa quando me encarou, e mesmo assim sorriu. Um sorriso lindo e inocente que fez meu coração sujo errar uma batida. Eu era frio e cruel, e ela era doce como eu não imaginei que seria, e essa era única razão para eu não ter enviado a minha sanidade a merda e feito amor com ela.Enfiei as mãos na calça e me levantei da cama. Os olhos dela estavam vislumbrando o meu corpo, e um sorriso presunçoso apareceu nos meus lábios, antes que eu ordenasse que ele aparecesse. Era a porra de uma reação involuntária, exatamente o tipo de merda que eu nunca tive antes. Eu
Dominic LexingtonHoras e mais horas fora da droga da minha casa. Eu me sentei na mesa do escritório e analisei dezenas de papéis, enquanto tentava manter a merda do celular com a tela virada para baixo, mas algo sempre voltava a chamar a minha atenção para ele.Decidi ceder ao meu desejo mais uma vez, mesmo depois de perceber que foi justamente ele a causa para essa droga toda estar acontecendo agora. Eu deveria estar numa casa, enchendo o útero da minha suposta mulher de filhos, e não obcecado por uma garota maluca.Dominic: O que está fazendo?Esperei uma resposta, mas ela não veio. Baby não tinha o costume de usar o celular que comprei, e eu duvido que saiba como fazê-lo, é claro. Eu devia ter imaginado essa merda.Disquei um número e esperei que chamasse, e enquanto aguardava, me sentindo completamente no escuro, decidi que encontraria uma maneira de ficar de olho nela, não importa o que custasse essa droga.— Senhor Lexington? – O segurança atendeu. Sua voz continha alguma preoc
Baby OrtizMinha avó estava sozinha em algum lugar, e eu não sabia mais o que fazer, ou no que pensar. É claro que ela sempre soube se cuidar, mas agora ela estava em outro país, e já tinha uma idade avançada. Era triste imaginar que eu a abandonei porque não conseguia sair dessa casa.Me olhei no espelho pela última vez, depois de fazer uma maquiagem leve, e colocar um vestido que quase não me deixava respirar. Não tinha importância, de qualquer forma. Eu só precisava disso, um segundo para respirar longe dessa gaiola dourada, e por isso não conseguia mais tirar um sorriso de felicidade do meu rosto.Coloquei as pernas para o alto, tentando amarrar as sandálias de tiras. Os saltos não estavam me deixando muito equilibrada enquanto fazia isso, então, obviamente, eu acabei escorregando da cama e caindo no chão. Eu ri de mim mesma e do meu grito patético. Estava prestes a me levantar quando a porta se abriu abruptamente.— Você está bem? – Ele estava impecável, com sua camisa azul clara