Leal acordou desnorteado, estava em um quarto grande com paredes brancas nas quais não existiam divisas de tijolos como as construções normais, o ar parecia muito úmido, estava deitado em uma grande cama e tudo era branco mesmo o chão, não havia nenhuma decoração costumeira, era estranha a falta de quadros, tapetes e cortinas, as janelas eram redondas a porta em arco, sentou-se na cama e ouviu passos na direção da porta que se abriu devagar deixando entrar uma jovem mulher, vestia-se com um grande vestido branco de mangas compridas transparentes, ela tinha um rosto tão suave que pensava nunca ter visto alguém de traços tão delicados e simétricos, seus olhos eram azuis muito fortes, era esguia e de cabelos loiros, dirigiu-se a ele carregando uma bandeja com uma jarra de vidro cristalino, se tinha algo dentro devia ser tão puro que não dava para pe
Algum tempo atras: O taberneiro Barda estava contente, este mês para ele havia sido bastante rendoso, as muitas guerras e disputas de território havia lhe rendido bons lucros, sua taberna vivia movimentada graças aos viajantes e seu segundo negócio estava lhe rendendo alto, afinal com a destruição de muitas vilas o numero de jovens famintas que migravam sem destino era alto, com sua taberna conseguia atrair as vitimas com promessas de alimento um teto e depois algum trabalho com seus amigos, na verdade escravagistas que lhe pagavam alto por poupar para eles o trabalho de raptar as vitimas, mulheres, jovens e crianças eram seu alvo principal, já planejava abrir uma casa de acolhimento, com comida e muitas camas poderia expandir seu negócio, ter uma clientela rica fixa alem dos escravagistas nômades, mas neste momento o seu dia terminava e decidiu fechar mais cedo por que tinha uma nova acolhida, uma jovem mãe que enviuvara
Primeiro livro da saga Lagrimas do Dragão Prologo: Por certo as lendas nascem de fatos muito tempo depois de seus acontecimentos, fruto da imaginação e do medo das pessoas que as mistificam em suas mentes férteis, então, depois de muitos anos de histórias controversas e adaptações supersticiosas as historias transformadas em lendas entram para o imaginário dos povos e acabam transformando-se em simples contos opacos e inofensivos. Mas e os fatos que deram origens as lendas? E a história real que plantou a semente da lenda no imaginário popular? Não pretendo recriar histórias antigas ou destruir lendas, mas fato é que quando surgem às lendas desaparece a verdade e com ela também se apagam atos heróicos, indivíduos notáveis, mundos mágicos, criaturas gloriosas e histórias incríveis! Por estes motivos eu resolvi agora na eminência do meu fim, relatar a historia que assisti de perto e participei ativamente a algumas centenas de anos atrás, histórias que agora são lendas
Hyperion: As coisas se agravaram quando o primeiro general do antigo e secular império entrou na sala do trono em Sina cidade capital numa tarde escura e sombria relatando as terríveis noticias que se abateram contra seus aliados: --Senhor, o caos se instalou no império de Warlen Hanzor imperador de Morgoth, o ataque surpresa de Hagardia foi rápido, brutal e preciso, logo chegou à capital Calatar, dizimando a população e destruindo tudo o que viam pela frente, as hordas de Lorde Anothron invadiram a fortaleza que agora esta em chamas, toda a família imperial foi assassinada e da cidade apenas cinzas sobraram, alguns dizem que Lorde Anothron usou os dragões do fogo para atacar nossos aliados, isto reafirma serem reais os rumores que correm a boca miúda de que Anothron esta usando a magia do diamante escarlate para invocar os drag&o
Império de Morgoth: Ao longe a imensa nuvem de fumaça e o clarão do fogo enchiam o peito de Warren Hanzor de dor, sentia agora a brisa marinha gelar as lagrimas que escorriam de seu rosto e agora molhavam seu peito, as torres outrora gloriosas de Calatar a capital de Morgoth acabavam de ruir uma a uma, mesmo o navio estando à distância considerável a brisa marinha trazia consigo o cheiro da fumaça misturado ao odor forte de carne humana queimada, ora ou outra podia ouvir gritos abafados de terror e morte, mas pior do que isto eram as imagens que permeariam sua mente para sempre, as silhuetas das grandes feras que rodeavam o palácio dando vôos rasantes, graciosas e terríveis, extremamente belas e terrivelmente mortais, soltando de suas bocas escancaradas labaredas de chamas por entre dentes grandes e pontiagudos, entre elas o olhar de um gravou-se no seu ser,
Musicas tocadas em instrumentos de corda e cantadas a plenos pulmões misturava-se aos gritos denunciando a distancia uma festa acalorada na taberna de Mariah, a velha guerreira aposentada fora uma grande combatente que se enchera de glória na sua juventude, agora beirando seus sessenta e cinco anos investira o ouro que não gastara nas tabernas de antes em sua própria taberna que se tornara a mais procurada pelos guerreiros errantes de Hyperion e dos países e províncias que constituíam o império, a velha guerreira era de baixa estatura, mas de braços e corpo fortes, cabelos grisalhos curtos, e rosto redondo sempre alegre, esta aparência em parte inofensiva já custara muitos dentes e ossos quebrados para os mais desavisados, pois apesar da aposentadoria Mariah não perdera nada da força e maestria nas lutas corpo a corpo nem no manejo da espada que usava de bom grado contra qua
O reino de Hagardia foi em um passado já distante um império muito rico e bonito, era uma terra generosa com seu povo, suas matas e bosques eram invejados pelos outros impérios, belas montanhas e campos cheios de vida e água abundante o que tornava seus territórios um lugar único, povoado por pessoas unidas o que o tornava um império maravilhoso, era formado por nações quase todas pacificas e colaborava em muito com os outros impérios com a exportação de seus produtos agrícolas que tinha de sobra para oferecer, pastores de gados e ovelhas viam seus rebanhos multiplicarem-se extraordinariamente assim como seus ganhos, artesanato, avicultura e tudo o mais que era negociável naquela época, parecia que a abundancia brotava como água naquelas terras abençoada pelos deuses, tinha tudo para ser o mais rico de todos os impérios graças &agra
Em algum lugar no mar do leste: A primeira coisa que escutou foi o barulho incessante das gaivotas, os gritos estridentes logo despertaram em sua cabeça uma dor insistente, abriu os olhos e as primeiras imagens eram apenas um clarão que o cegava, depois de piscar muitas vezes seguidas distinguiu o sol, olhou ao redor e não via nada apenas a grande extensão do mar em todas as direções, começou a sentir primeiro um ardor no corpo todo e uma dor mais forte no tórax, onde os dentes do dragão perfurarão a armadura e seu corpo, agora um calor insuportável por conseqüência da exposição da armadura preta ao sol forte, toda a sua pele ardia seu rosto parecia pegar fogo na sua boca um gosto insuportável de sal, seus lábios ressecados partiam-se causando tantas feridas que já estavam em carne viva, às gaivota
A deriva no meio do mar, Daholk separava uma pedra branca das demais que estavam em uma pequena bolsa de couro presas a sua cintura, o príncipe Warren acordou e aturdido assustou-se com a situação que se encontravam, estava deitado enrolado em um pedaço do que antes era o pano da vela do navio destruído pelo dragão, Daholk lhe ofereceu uma pequena cuia com água do mar na qual colou a pedra branca e falou: --Pode beber sem se preocupar com o sal! O príncipe sorveu o liquido e para sua surpresa a água estava realmente potável, Daholk sempre tinha alguma coisa útil naquela sua bolsa de couro que sempre carregava consigo, o príncipe olhou ao redor começou a se desesperar quando entendeu que estavam no meio do nada, a culpa por ter chamado a atenção da fera para eles pesou na sua consciência então