Império de Morgoth:
Ao longe a imensa nuvem de fumaça e o clarão do fogo enchiam o peito de Warren Hanzor de dor, sentia agora a brisa marinha gelar as lagrimas que escorriam de seu rosto e agora molhavam seu peito, as torres outrora gloriosas de Calatar a capital de Morgoth acabavam de ruir uma a uma, mesmo o navio estando à distância considerável a brisa marinha trazia consigo o cheiro da fumaça misturado ao odor forte de carne humana queimada, ora ou outra podia ouvir gritos abafados de terror e morte, mas pior do que isto eram as imagens que permeariam sua mente para sempre, as silhuetas das grandes feras que rodeavam o palácio dando vôos rasantes, graciosas e terríveis, extremamente belas e terrivelmente mortais, soltando de suas bocas escancaradas labaredas de chamas por entre dentes grandes e pontiagudos, entre elas o olhar de um gravou-se no seu ser, os olhos vermelhos de uma das três cabeças do grande dragão de sangue, as tropas inimigas eram muitas e impiedosas, finalmente o terrível Lorde Anothron conseguira seu intuito, destruíra o reino de Morgoth antes que o imperador Warlen Hanzor pudesse invocar os dragões da terra, ele Warren conseguira escapar por sorte, pois quando o ataque aconteceu Leal o comandante da guarda de elite imperial junto com seu mestre Daholk e alguns soldados de elite escoltaram-no a bordo do navio que já esperava para zarpar rumo a Hyperion, onde ia se encontrar com Agatha, a princesa filha do imperador Greiton Arion amigo de seu pai, para enfim pedir sua mão em casamento e unir definitivamente os dois poderosos impérios simbolizados pelos dragões da terra e da água, a união dele e de Agatha já estava determinada pelos imperadores desde que nasceram, e tudo se confirmou quando se apaixonaram naturalmente, as duas famílias imperiais sabiam disto, mas as constantes guerras declaradas por Lorde Anothron acabaram por adiar a união dos herdeiros.
Agora seu império estava sendo consumido por chamas e morte e conhecendo sua família sabia que não abandonariam de forma alguma a fortaleza a fim de salvarem-se, era questão de honra para os Hanzor caírem lutando e nunca abandonarem aqueles a quem defendiam, nem a sua mãe Astirth deixaria de empunhar uma espada na defesa do império. Sua mãe! Lembrou-se agora de tudo o que ela lhe dissera na noite anterior e do fantástico acontecimento que se seguiu o momento que ela entrou em seu quarto aparentado muito nervosismo, parou na sua frente com as mãos fechadas uma sobre a outra e falou sem demora:
--Filho, quero que me ouça e, por favor, não desacredite das minhas palavras, eu imploro que me escute e obedeça!
--Acalme-se mãe! O que ouve? Parece-me que é você quem esta prestes a se casar!
--Não é isto o que me aflige meu filho, é algo muito pior, esta noite eu tive um pressagio muito ruim, eu sei que algo maligno esta nos rondando e em um sonho foi me revelado algo terrível, o destino de nosso mundo esta prestes a mergulhar em trevas, pois o dragão da morte esta livre e com ele uma era de escuridão começará para aqueles que aqui habitam!
--Acalme-se mãe, a senhora esta impressionada demais, é certo de que isto foi somente um sonho ruim!
--Não filho, esta manhã eu me consultei com o oráculo e me foi revelado que é chegado o momento da batalha contra o dragão da morte! Tenho algo para te revelar que nunca foi dito a você antes, os seus antepassados e de seu pai carregam uma missão muito importante para a sobrevivência dos impérios unidos sob a bandeira dos dragões elementais, depois da batalha que aconteceu há centenas de anos atrás quando os povos deste mundo uniram-se aos príncipes dragões para combater o príncipe banido dos dragões do fogo, o demoníaco Diamond, Algron o Deus Dragão decidiu em sua sabedoria que seus filhos deveriam partir do mundo dos homens os quatro filhos de Algron abandonaram seus corpos imortais adormecidos na terra em pontos diferentes e partiram em espírito, já os dragões não divinos que não tinham a essência do Deus dragão e habitavam este mundo como feras, foram levados para um arquipélago de grandes ilhas perdidas no meio do oceano, onde ninguém que não fosse digno poderia encontrá-los, para evitar que a magia milenar que os fortalece acabassem caindo novamente nas mãos de alguns poucos ambiciosos, mas a ligação dos príncipes com os seres deste mundo era muito grande, então deixaram com os sábios do templo de karcid em Amir-son, as cinco jóias que podem ser usadas para conjurá-los, elas são o diamante escarlate da vida do fogo, o cristal da pureza da água, o topázio do equilíbrio do ar e a ametista da força da terra, são as mais poderosas de todas as jóias deste mundo, pois elas se formaram a partir da lagrima de cada um dos dragões elementais, cada uma delas para invocar o poder de seus donos. Os sábios de Amir-son sabendo do poder que ali estava reunido decidiram então esconde-las separadas entre os impérios unidos para que não pudessem ser encontradas facilmente por indivíduos gananciosos que pudessem usá-las para o mal. Mas agora eu sinto que uma delas foi encontrada o diamante escarlate foi roubado!
--Mas pelas histórias que vocês me contaram o principal inimigo dos povos deste mundo Diamond o dragão demônio foi aprisionado pela Dragonesa e o Cavaleiro Dragão com a ajuda de nosso ancestral Antgomeri Hanzor junto com os outros três lideres mundiais e os quatro dragões elementais!
--Sim e é por este motivo que a família Hanzor corre grande perigo, Diamond esta livre eu sinto isto e o oráculo confirmou minhas suspeitas, neste momento sinto sua presença em espírito nos vigiando, é obvio que quem o libertou só pode ter sido o bruxo Anothron, juntos estes dois entes do mal vão desencadear uma era de desgraças em nosso mundo.
--Mas a senhora não disse que eram cinco?
--Sim e isto é o pior, a mais poderosa delas é a lágrima de Algron pai de todos os outros dragões, esta porem só pode ser usada por um guerreiro e manipulada por uma sacerdotisa e ambos desapareceram!
--Mas isto não significa que não possamos detê-los, os Hanzors passados já fizeram isto antes e ainda por cima a guerra esta até o determinado momento a nosso favor, Anothron já não tem combatido com o mesmo poder de quando começou a guerra contra os impérios unidos, depois da batalha contra Hyperion seus exércitos enfraqueceram e agora é só questão de tempo para que a derrota dele seja eminente.
--Você não entende, as ultimas batalhas foram exatamente o que Anothron desejava, você não sabe de toda a verdade, mas quem realmente venceu o mago das trevas e o impediu de libertar o inferno neste mundo não teve nada a ver com os Hanzors ou os Arions, mas sim com esta sacerdotisa e este guerreiro de linhagens lendárias, a Dragonesa e o Cavaleiro Dragão, isto aconteceu na nossa época de glória no passado e agora novamente, mas tanto a Dragonesa e o Cavaleiro Dragão de Hyperion morreram na ultima batalha e a nova Dragonesa nunca se revelou e aquele que deveria ser o atual Cavaleiro Dragão dizem que enlouqueceu ou que vendeu sua alma ao demônio! -Enquanto perdemos tempo com batalhas inúteis nosso inimigo comum conseguiu roubar o diamante escarlate, agora sim ele tem o poder para atacar todos os impérios restantes, você não tem idéia do poder que Diamond possui, ele pode controlar todos os dragões de fogo como seus escravos, pois ele foi o primeiro senhor deles até ser corrompido pela ganância e exilado por Algron, mas agora ele conseguiu aprisionar o príncipe dragão que o substituiu e tomou seu poder de volta.
--Acho que a senhora esta exagerando mãe, eu realmente nunca acreditei em guerreiros poderosos e sacerdotisas mágicas, acho que estes dois indivíduos são somente um símbolo de luta inventado para que o povo tenha uma esperança e uma fé cega, na verdade homens normais venceram nossos inimigos uma vez e faremos de novo, de qualquer forma vou me preparar para a viagem, devo estar logo em Hyperion para encontrar Agatha, você e papai já deviam estar prontos.
--Não iremos agora filho, você partirá para Hyperion com Daholk eu e seu pai iremos depois, a assuntos que requerem nossa atenção por hora, nos encontraremos daqui a uma semana lá.
--Então com a sua licença.
--Espere, a algo que eu quero lhe dar!
Abrindo a mão Asthirt mostro-lhe um pequeno pingente de metal com uma ametista no meio, era uma pedra de cor púrpura, pequena como um seixo, ergueu a peça para ele e falou:
--Quero que leve isto com você!
--Eu conheço esta jóia, é da coleção de meu pai e pertencia a meu tetravô Antgomeri, papai vai ficar furioso ao saber que a senhora pegou.
--Isto não importa agora, eu o substitui por uma cópia, caso eu esteja enganada espero devolve-la ao lugar quando você voltar, mas se eu estiver certa isto não mais importará, agora quero que coloque!
--Se é para que se acalme eu o usarei!
O jovem príncipe colocou a jóia no pescoço e algo inesperado aconteceu, no momento em que a peça tocou a pele do seu peito a ametista começou a exercer uma pressão grande contra seu peito, como se estivesse sendo atraída para dentro do seu corpo, assustado ele tentou arrancar a peça dali, mas sua pele começou a erguer-se ao redor da pedra formando pequenas ondas que rapidamente engoliram o pequeno medalhão sem deixar ao menos cicatrizes ou marcas, ela agora seria uma parte do seu corpo. Assustado Warren olhou para sua mãe, ia falar alguma coisa, mas tapando a sua boca com a mão ela falou:
--Não diga nada, esta ametista é a proteção que Antgomeri usou para lutar contra Diamond, foi criado com as lagrima de um dos filhos do dragão ancião Algron que reinava sobre todos os elementais, quando Diamond tentou dominar todos os outros dragões, ele escolheu Antgomeri para usá-lo, pois confiava em sua alma pura.
--Mas e porque papai não poderia usá-lo?
-Seu pai é um bom homem, um imperador justo e ótimo marido, mas para manter um império como o nosso em tempos de guerra como este ele teve que fazer coisas que o afastou das graças de Algron, não quero falar sobre isto agora, você é muito jovem e ainda não sentiu o peso de uma coroa na sua cabeça! Agora quero te pedir que tudo isto fique entre nós, prometa!
--Esta bem mãe, sei que não faria nada de mal para mim, isto que aconteceu foi algo realmente estranho, mas me sinto bem a propósito o que esta jóia faz?
--Ela vai te proteger do poder dos dragões, mas cuidado, a força bruta pode te matar de qualquer forma, agora vá filho, eu estarei rezando por você!
Asthirt beijou seu filho e despediu-se rapidamente antes que não pudesse mais segurar as lagrimas saiu para o corredor e de lá foi embora sem olhar para traz, o jovem príncipe mesmo tendo aquela experiência estranha com o talismã misterioso não se deixou impressionar, acabou atribuindo o ocorrido há algum truque de magia que sua mãe usou para impressioná-lo a fim de fazê-lo ter mais cuidado com a viagem, afinal era muito encrenqueiro e cometia atos impensados depois de algumas canecas de vinho, decidiu não pensar mais no assunto a única coisa que invadia seus pensamentos neste momento era estar com Agatha, casar-se com ela era a meta mais almejada por ele, depois disto somente o trono lhe traria a felicidade par.
Agora na proa do navio sentia um gosto amargo por não ter acreditado nas palavras da sua mãe, tentava conter as lagrimas, mas não conseguia sua terra, seu reino agora ardia, de repente ouviu uma voz que o chamava:
--Príncipe Warren!
Olhou para traz e viu o sábio Daholk em pé fitando-o, o homem de meia idade era alto e magro de pele escura seus cabelos eram negros e encaracolados agora já ralos, barba curta, usava uma túnica preta, o que lhe dava um ar sinistro, completado pelo seu semblante sério com olhos pretos penetrantes, ao lado do príncipe formavam uma dupla assimétrica já que o jovem era de estatura média, físico atlético cabelos loiros e semblante um tanto infantil. Aproximando se do abalado rapaz o sábio colocou a mão em seu ombro e falou:
--Venha meu príncipe, vamos entrar, aqui fora é muito perigoso!
--Como pode falar isto?COMO PODE? MEU PAI, MINHA MÃE E MEU POVO ESTÃO MORRENDO LA FORA E VOCÊ QUER QUE ME ESCONDA!
--Não há nada que possamos fazer agora Warren, eu sinto por todos que estão lá, eram meu povo também, seu pai e sua mãe eram meus amigos, minha família, mas não vejo sabedoria nenhuma em morrermos também, não poderá fazer justiça a eles com seu sangue!
--NÃO POSSO SIMPLESMENTE FUGIR, EU NÃO CONSEGUIRIA VIVER COM ISTO MESTRE DAHOLK!
--Eu tampouco posso, mas terei que me acostumar, e você também, use este ódio que esta sentindo e transforme-o em força, vamos continuar a viagem e levar as noticias a Hyperion, lá o imperador Arion nos ajudara, não poderemos enfrentar Anothron sozinhos temos que nos reorganizar com os impérios unidos, se você ficar aqui gritando no convés pode chamar a atenção dos dragões que tem audição prodigiosa!
--EU NÃO ME IMPORTO! OUSSAM-ME MALDITOS, EU VOU ACABAR COM VOCÊS, EU VOU MATAR TODOS!
Vendo o descontrole do príncipe Daholk que havia se afastado correu em sua direção e agarrando-o com força descomunal algo que seu corpo magro não aparentava, calou sua boca com a mão e o derrubou no chão, segurou o jovem por um tempo, mas depois de alguns segundos ouviu o que temia um guincho desumano e bestial, tão agudo que fez subir um frio pela espinha de ambos, o sábio começou a gritar pelos marujos e soldados que a esta altura haviam procurado abrigo no porão do navio obedecendo às ordens dele para que se evitasse serem avistados por barulho ou movimentos, até as velas da belonave haviam sido recolhidas na esperança de que fosse confundida com um navio a deriva que escapara de um porto destruído, mas agora o ataque de loucura do príncipe os delatara a uma fera alada que rondava as praias do reino e agora vinha ameaçadoramente na direção deles vomitando fogo em labaredas, os soldados e marujos correram para o convés de armas em punho, muitos lanceiros e arqueiros aprontaram-se e atacaram tão logo a fera ficou ao alcance, o monstro era majestoso em sua aparência reptilica, cabeça adornada por vários chifres que subia pela lateral de seu rosto e terminavam em cima da sua cabeça com dois grandes chifres tortos para trás, o grande -corpanzil era coberto de escamas vermelhas e amarelas que brilhavam da cabeça seguida por um grande pescoço, poderosas pernas musculosas e patas com grandes garras negras terminando na grande calda mortal, primeiro a monstruosa fera pairou na frente deles batendo suas grandes asas para sustentar seu corpo no ar, neste momento o comandante dos soldados conhecido pelo nome de Leal saiu ao tombadilho e correu na direção do sábio e o príncipe, protegeu-os com seu próprio corpo tirando-os daquele lugar para deixá-los em segurança, o guerreiro era alto estava sem o elmo, seu cabelo era curto preto, pele branca e olhos pretos, falou aos dois:
--Mestre, não sei se podemos deter este monstro, cuide do príncipe tentem se defender sei que o senhor conhece a magia use-a agora enquanto tento distraí-lo por um tempo!
--Deixou os dois e partiu para junto de seus homens, o dragão atacou varrendo o convés com fogo, muitos homens corriam ou rolavam no chão tentando apagar as chamas que queimava seus corpos, ao comando do guerreiro flechas foram disparadas ininterruptamente seguidas por lanças, mas poucas eram as que se fincavam no corpo coberto por escamas grossas, outras nem ao menos alcançavam a fera, pois eram incineradas em pleno ar, de repente a fera voou na direção deles e com os braços e pernas agarrou a vela principal arrancando-a e a destruindo, jogou o que sobrou dela contra o barco matando mais alguns soldados e marujos voou de novo e agarrou uma parte da lateral do barco fazendo grande rombo no casco com suas patas traseiras agarrou também vários homens e depois de esmagá-los jogou-os ao mar, Leal tentava atacar a fera com sua grande espada cada vez que se aproximava, mas nada conseguia a não ser alguns pequenos cortes ineficazes, o navio começava a afundar e a maior parte dos homens já estavam mortos, a fera virou-se para seu alvo principal o príncipe que era arrastado pelo sábio Daholk, ao procurar abrigo, o monstro esqueceu-se do guerreiro e partiu para a captura da sua presa, os dois correram mas não puderam ir longe pois a água já tomava toda a embarcação em chamas, o sábio jogou o príncipe para trás de si na tentativa de protegê-lo da investida do dragão, meneou suas mãos e criou uma barreira de energia que suportou por hora o primeiro ataque de chamas, o dragão virou-se e atacou novamente a barreira agüentou, então a fera desceu na direção deles, quando chegou perto para desferir um ataque mais forte o guerreiro pulou entre ele e sua presa com uma balestra muito grande que se usava apoiada no beiral do navio para a pesca de tubarões e outros animais marinhos de grande porte, erguendo a ponta da arma apontou o arpão para o peito da fera e disparou, a enorme seta de madeiro fincou-se no peito do monstro que com um guincho de dor estridente quase os deixou surdos, o monstro começou a se debater em pleno ar tentando arrancar o arpão de seu peito, o guerreiro carregou o príncipe que depois de cair e bater a cabeça estava desacordado, foi seguido pelo sábio, colocou-os em um barco pequeno e o soltou no mar, Daholk ainda falou para seu filho adotivo:
--Venha conosco!
--Não pai, leva o príncipe para Hyperion, aquela fera ainda não esta acabada, se eu não ficar ele vai capturá-los!
--Tenha cuidado filho, sei que vai conseguir, nos encontramos em Hyperion!
Sem mais nada falar o guerreiro soltou a corda e o barco se afastou, mas não o suficiente, quando virou as costas o monstro já estava em cima deles, o guerreiro pulou no chão e escapou do ataque de fogo do monstro, mas pode ver o local onde a chama atingiu, no canto da cabine em um amontoado de barris de pólvora que estavam acondicionados para um show de pirotecnia a ser realizado no império aliando por conta do casamento dos herdeiros imperiais, a explosão foi violenta, mas direcionada para fora do navio, fogo e estilhaços de madeira do casco atingiram o pequeno barco onde estavam Daholk e Warren, Leal não pode ver mais nada, quando as chamas baixaram somente destroços flutuavam na água, gritou furioso alcançou a primeira lança que sua mão pode segurar ao mesmo tempo em que a fera o abocanhou e o ergueu no ar, antes que o monstro pudesse esmagá-lo com suas mandíbulas, o guerreiro reuniu todas as energias que lhe restava e enfiou a lança no olho da fera torcendo-a para que penetra-se o mais fundo possível, o monstro soltou um guincho terrível de morte mas antes que caísse sacudiu a cabeça jogando o guerreiro há uma distancia enorme, então seu grande corpo tombou na água e lá permaneceu boiando em meio a corpos carbonizados ou estraçalhados e destroços do que foi um navio imperial, ao fundo a cidade ardia.
Musicas tocadas em instrumentos de corda e cantadas a plenos pulmões misturava-se aos gritos denunciando a distancia uma festa acalorada na taberna de Mariah, a velha guerreira aposentada fora uma grande combatente que se enchera de glória na sua juventude, agora beirando seus sessenta e cinco anos investira o ouro que não gastara nas tabernas de antes em sua própria taberna que se tornara a mais procurada pelos guerreiros errantes de Hyperion e dos países e províncias que constituíam o império, a velha guerreira era de baixa estatura, mas de braços e corpo fortes, cabelos grisalhos curtos, e rosto redondo sempre alegre, esta aparência em parte inofensiva já custara muitos dentes e ossos quebrados para os mais desavisados, pois apesar da aposentadoria Mariah não perdera nada da força e maestria nas lutas corpo a corpo nem no manejo da espada que usava de bom grado contra qua
O reino de Hagardia foi em um passado já distante um império muito rico e bonito, era uma terra generosa com seu povo, suas matas e bosques eram invejados pelos outros impérios, belas montanhas e campos cheios de vida e água abundante o que tornava seus territórios um lugar único, povoado por pessoas unidas o que o tornava um império maravilhoso, era formado por nações quase todas pacificas e colaborava em muito com os outros impérios com a exportação de seus produtos agrícolas que tinha de sobra para oferecer, pastores de gados e ovelhas viam seus rebanhos multiplicarem-se extraordinariamente assim como seus ganhos, artesanato, avicultura e tudo o mais que era negociável naquela época, parecia que a abundancia brotava como água naquelas terras abençoada pelos deuses, tinha tudo para ser o mais rico de todos os impérios graças &agra
Em algum lugar no mar do leste: A primeira coisa que escutou foi o barulho incessante das gaivotas, os gritos estridentes logo despertaram em sua cabeça uma dor insistente, abriu os olhos e as primeiras imagens eram apenas um clarão que o cegava, depois de piscar muitas vezes seguidas distinguiu o sol, olhou ao redor e não via nada apenas a grande extensão do mar em todas as direções, começou a sentir primeiro um ardor no corpo todo e uma dor mais forte no tórax, onde os dentes do dragão perfurarão a armadura e seu corpo, agora um calor insuportável por conseqüência da exposição da armadura preta ao sol forte, toda a sua pele ardia seu rosto parecia pegar fogo na sua boca um gosto insuportável de sal, seus lábios ressecados partiam-se causando tantas feridas que já estavam em carne viva, às gaivota
A deriva no meio do mar, Daholk separava uma pedra branca das demais que estavam em uma pequena bolsa de couro presas a sua cintura, o príncipe Warren acordou e aturdido assustou-se com a situação que se encontravam, estava deitado enrolado em um pedaço do que antes era o pano da vela do navio destruído pelo dragão, Daholk lhe ofereceu uma pequena cuia com água do mar na qual colou a pedra branca e falou: --Pode beber sem se preocupar com o sal! O príncipe sorveu o liquido e para sua surpresa a água estava realmente potável, Daholk sempre tinha alguma coisa útil naquela sua bolsa de couro que sempre carregava consigo, o príncipe olhou ao redor começou a se desesperar quando entendeu que estavam no meio do nada, a culpa por ter chamado a atenção da fera para eles pesou na sua consciência então
Um pedido desesperado do inimigo O grande castelo de Hyperion em Sina sua capital se destacava a quilômetros de distância, a gloriosa estrutura com quatro grandes torres brancas ao seu redor impressionava pela sua imponência, suas muralhas eram conhecidas por serem intransponíveis e sua aparência era de riqueza e poder, na grande muralha dezenas de catapultas, balestras e milhares de soldados e vigias incansáveis espalhados estrategicamente, garantiam a proteção ao poderoso império dos dragões da água dia e noite. O jovem soldado Lester estava satisfeito em seu novo posto, agora cuidava da entrada principal da fortaleza junto com outro guerreiro de nome Heidi, os dois tinham a mesma idade vinte anos, e suas posições eram invejadas. Para Lester ter chegado até ali era uma grande honra, um so
(13 anos atras) Já havia mais que duas horas que a menina estava parada em frente ao lago de águas cristalinas e repleto de vida que cantava um canto continuo calmante com sua correnteza ininterrupta, transmitia uma paz serena só encontrada ali naquela floresta, toda dia ela ia para lá e ficava toda a manhã enfeitiçada pela melodia das águas que era acompanhada pelos cantos dos pássaros que se colocavam a servir de percussão, serpente cristalina que vinha de algum lugar desconhecido e corria para outro mais ainda, neste momento ela sentia até o mais sutil bater de asas do mais ínfimo inseto alado ou o chamado dos grilos, mesmo o coaxar de um sapo era poesia para ela, o sol já começava avançar e seu calor era acolhedor e fortalecedor, Layla tinha nesta época sete anos e sempre acordava antes do monge Basílio para vir
Já era tarde da noite quando ela entrou na casa de Tarcilio em Hyperion, devia ter chegado ali cedo logo pela manhã, mas a curiosidade a instigara a conhecer o novo mundo a sua volta, conhecia muito bem a terra onde fora criada desde os sete anos de idade, Ymar-in terra de campos, mares, pradarias e templos, onde seu norte era forrado por florestas e campos abertos e o sul banhado pelo oceano misterioso, a natureza possuía poder e gloria e a magia era quase palpável, pois Ymar-in não havia sido corrompido pelo poder e ganância dos homens civilizados, lá era o lugar escolhido para abrigar o templo da vida, para cultivar e manter viva as tradições dos antigos mestres da magia e dos mistérios da natureza, onde o tempo e a ganância pelo poder e o ouro não valiam nada, lá onde era protegido o ultimo elo entre os dragões anciões, onde os sábios druidas ensinav
No porto conhecido como canal dos mares Eliel checava pessoalmente as cargas que iam ser levadas no grande navio imperial, estava agitado mais que o normal, dava ordens, apressava os mais moles, nada escapava a sua visão. A distancia Ninrood, Valéria, Jessi e Elder olhavam para o líder e falavam entre eles: --Ele parece estressado! --E quando ele não parece Ninrood? --Quando esta no bar bebendo! Falou Jessi. E apontando para frente falou de novo: --Olhem só, o que diabos é aquilo? Mais a diante uma grande liteira carregada por doze homens e toda enfeitada com véus e bordados parou e dela desceu uma bela jovem vestida em um espalhafatoso vestido colorido, cabelo loiro encaracolado, olhos azuis claros, pele banca leitosa aparentando seus dezoito anos e um je