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Capitulo 5: Guerreiro perdido

Em algum lugar no mar do leste:

     A primeira coisa que escutou foi o barulho incessante das gaivotas, os gritos estridentes logo despertaram em sua cabeça uma dor insistente, abriu os olhos e as primeiras imagens eram apenas um clarão que o cegava, depois de piscar muitas vezes seguidas distinguiu o sol, olhou ao redor e não via nada apenas a grande extensão do mar em todas as direções, começou a sentir primeiro um ardor no corpo todo e uma dor mais forte no tórax, onde os dentes do dragão perfurarão a armadura e seu corpo, agora um calor insuportável por conseqüência da exposição da armadura preta ao sol forte, toda a sua pele ardia seu rosto parecia pegar fogo na sua boca um gosto insuportável de sal, seus lábios ressecados partiam-se causando tantas feridas que já estavam em carne viva, às gaivotas no céu pareciam voar com certo retardamento em seus movimentos, tentou organizar os pensamentos então as imagens do ataque ao navio vieram vivas, o dragão, os homens em chamas, muito fogo, Daholk e o príncipe em um pequeno barco, a explosão, a luta contra o monstro alado, o impacto contra a água e a escuridão, agarrou-se com dificuldade a um destroço, a única coisa no pensamento agora era a triste certeza da morte de Daholk o homem que o encontrara abandonado e o criara como a um filho, fora mais que um pai lhe dando uma vida descente e educação que o possibilitou alcançar o cargo mais almejado do exercito de Morgoth, gritou de dor e ódio, com metade do corpo imerso na água perguntou-se, quanto tempo teria ficado a deriva no mar? Olhou em todas as direções do infinito mundo de água até onde suas vistas alcançavam não viu nenhum outro destroço do navio, a fera devia telo arremessado a uma distancia muito grande do naufrágio então começou a pensar em como teria suportado ficar ali a deriva desmaiado segurando se em uma taboa, estava muito fraco, as feridas causadas pelas presas do dragão foram mais profundas que imaginava, mas se estava tão ferido e inconsciente como teria ficar ali e ainda por cima vivo, mesmo a idéia de nadar parecia impossível na condição em que estava e com a armadura que na água deveria pesar o dobro e atrapalhar seus movimentos, fechou os olhos e forçou a mente então alguns fragmentos de lembranças começaram a se formar, alguém ou algo mantinha seu corpo firme, parecia ter uma cauda de peixe cumprida como nunca vira antes, suas escamas brilhavam com um tom avermelhado e um rosto, um rosto tão bonito como nunca vira antes, parecia uma mulher ainda jovem, que tinha cabelos claros muito lisos e cumpridos, a pele branca parecia ser feita de mármore, a boca pequena e os lábios vermelho claro mas os olhos foi o que mais lhe impressionaram eram totalmente azuis, não haviam ires era todo azul! Pensou agora estar alucinando, avia ficado muito tempo exposto ao sol enfiado naquela armadura que agora se tornava insuportável, decidiu tentar levantar o restante do corpo e subir mais na taboa, mas suas mãos não tinham mais forças, seu corpo inteiro não tinha mais força e então acabou escorregando, começou a afundar e decidiu abraçar a morte já que todos estavam mortos ele não merecia viver, fechou os olhos e desmaiou.

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