— Não se preocupe, eu vou ficar com você pelo resto da vida. — Emory disse em um tom baixo. Era uma promessa? Lilian, parada à sua frente, ficou subitamente sem certeza disso. Sua boca se abriu, mas nenhuma palavra saiu enquanto ela olhava para Emory, atônita. — Não importa o que aconteça, vamos nos casar e... Envelhecer juntos. Essa é a promessa que fiz ao seu pai, e eu vou cumpri-la. Agora, preciso ir, tenho coisas para resolver. Se não quiser ir embora, pode continuar andando por aí. Nos vemos à noite. Depois de dizer isso, Emory simplesmente começou a caminhar para frente. Desta vez, Lilian não o impediu de ir. No entanto, ela ficou completamente paralisada, como se seu corpo tivesse congelado no lugar, incapaz de se mexer. Então era isso. Uma promessa. Mas não era para ela. Era uma promessa feita ao pai dela. Não! Não era uma promessa. Era um acordo. Um acordo entre ele e o pai dela. Ele disse que ficaria com ela pelo resto da vida. E depois? O que mais? Ele ficari
— O que você disse? — Orson perguntou, como se duvidasse do que acabara de ouvir. Sua voz carregava uma descrença evidente. Zara repetiu exatamente o que havia dito antes, sem pressa. — Ela só pode estar louca. — Orson respondeu, sem expressão no rosto. A reação dele fez Zara parar por um momento, mas, inesperadamente, ela acabou soltando uma risada leve. Orson, no entanto, permaneceu sério, com as sobrancelhas franzidas e o semblante rígido. — Então, vamos apenas assumir que ela está inventando coisas. — Disse Zara. — Foi a Lilian ou o Emory que disse isso? — Orson perguntou, sua voz fria e carregada de desconfiança. A pergunta fez Zara se sentir incomodada. Com as sobrancelhas ligeiramente franzidas, ela respondeu: — Eu não acabei de dizer que foi a Lilian? Orson deu um sorriso irônico, claramente desdenhoso, como se não tivesse realmente ouvido o que ela disse. No fundo, parecia que ele já havia decidido colocar toda a culpa em Emory. Zara percebeu que tentar exp
Até que o toque do celular de Orson quebrou a calma que pairava sobre o ambiente. Ele franziu levemente as sobrancelhas, claramente incomodado. Inicialmente, ele não queria atender, mas logo se lembrou do compromisso importante que tinha naquela noite. Respirando fundo, ele se endireitou e atendeu a ligação. Do outro lado da linha, a pessoa falou algo que fez a expressão de Orson se tornar ainda mais rígida. Suas sobrancelhas se franziram profundamente antes que ele respondesse em um tom breve: — Entendi, estou ciente. Assim que desligou, ele se virou para Zara e disse: — Preciso ir. — Tá bom. — Zara respondeu com um aceno tranquilo, como se a breve intimidade de antes nunca tivesse acontecido. Orson, no entanto, não estava disposto a deixá-la escapar tão facilmente. Ele segurou sua cintura com firmeza e pressionou os lábios nos dela. Diferente de outros momentos, o beijo foi inesperadamente suave e gentil. Não havia o toque possessivo de costume, mas sim uma doçura qua
Orson lançou um olhar breve para Lila, sem qualquer expressão, e soltou um simples "oh". Depois disso, ele passou por eles sem parar, indo direto para conversar com outras pessoas. Percival não pareceu se importar com a frieza de Orson. Pegou uma taça de vinho, sentou-se ao lado de Lila e começou a falar: — Eu achei que ele fosse trazer a esposa hoje. — Comentou Percival. — Você ainda não a conheceu, né? Lila apertou os lábios antes de responder, com a voz baixa: — Já a conheci. — É mesmo? — Percival levantou as sobrancelhas, surpreso. Mas, logo em seguida, pareceu se lembrar de algo. — Ah, já sei. Você trabalhava no hospital, né? Deve ter sido lá que a viu. Ela está grávida agora. Meu irmão praticamente vai em todas as consultas com ela. Sério, com o status do meu irmão, ele já faz mais do que o suficiente. Você não viu os outros homens desse círculo, né? Muitos não têm nem metade do dinheiro dele, não são nada bonitos e ainda assim vivem cercados de amantes e casos escand
Orson não ouviu sua voz no início. Lila mordeu os lábios e chamou novamente, com mais força: — Sr. Orson! Dessa vez, Orson finalmente se virou. Assim que seus olhos pousaram nela, suas sobrancelhas imediatamente se franziram, demonstrando irritação. Do outro lado da linha, a pessoa com quem ele falava no celular fez um comentário curioso: — Estou ouvindo uma voz feminina. Finalmente perdeu o controle, não é? Orson ignorou completamente a provocação. Ele desligou a ligação sem responder e olhou para Lila. — Você pode... Me ajudar? — A voz de Lila estava rouca, e seus olhos, já vermelhos, brilhavam com lágrimas prestes a cair. — Eu... Eu não estou com o Percival porque quero. Naquela vez, ele me embebedou e me levou para um hotel. Depois, tirou algumas fotos minhas. Eu estou com muito medo, Sr. Orson... Por favor, me ajude, está bem? Enquanto falava, as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela. Orson permaneceu parado, apenas observando. — Eu não posso contar iss
— É isso que você vai dar de presente para o seu marido? — A voz repentina assustou Zara, que quase deformou o pedaço de argila em suas mãos. — Ai, meu Deus, o todo-poderoso presidente do Grupo Harris vai ganhar isso como presente de aniversário? Não acha que é um pouco... Simples demais? — Melissa comentou, ignorando o susto de Zara e se sentando ao lado dela. — Só estou fazendo isso por diversão. — Zara respondeu rapidamente, voltando sua atenção para o que estava moldando. Melissa estalou a língua, claramente não convencida. — Você não disse que estava ocupada esses dias? Como arranjou tempo hoje? — Zara perguntou, sem levantar a cabeça. — Ocupada com o quê? Sempre a mesma coisa: almoços e jantares chatos. Se meu pai não me obrigasse, eu nem iria. — Melissa respondeu, jogando-se na cadeira com um suspiro exagerado. Zara apenas sorriu e não disse nada. Ela nunca foi de falar muito, e agora estava concentrada no que fazia, então o silêncio parecia natural. O que chamou s
Na verdade, Zara havia planejado fazer outro copo naquele dia, e até já tinha preparado as cores. Mas, por causa da interrupção de Melissa, ela não conseguiu terminar. Não era algo que realmente importava. Afinal, ter um presente para dar a Orson no aniversário já era o suficiente. Melissa, que parecia estar entediada nos últimos dias, arrastou Zara para um almoço. Depois, sugeriu irem a um bar, mas, considerando que Zara estava grávida, acabaram apenas passeando pela área de jogos do shopping. Zara lembrou-se da última vez que tinha ido a uma dessas casas de jogos, acompanhada de Leander. Mas fazia tanto tempo que ela não o via que ele parecia apenas uma brisa passageira, alguém que veio e foi embora sem deixar qualquer vestígio em sua vida. Zara percebeu, naquele momento, o quão grande a cidade realmente era. Grande o suficiente para que, se alguém não quisesse vê-la, os dois poderiam muito bem nunca mais se encontrar. …À noite, Orson voltou para casa novamente tarde da
— Não é nada. Se você estiver ocupado, deixa pra lá. — Assim que terminou de falar, Zara se virou para sair. Mas Orson segurou sua mão rapidamente, e um sorriso surgiu no canto dos lábios dele. — Pelo menos me diz o que tem nesse dia. Assim, eu posso me organizar. — Não tem nada de importante. Se você não tiver tempo, deixa pra lá. — Zara repetiu, mas sua voz ficou visivelmente mais fria. Assim que ela deu o primeiro passo para sair, Orson estendeu os braços por trás dela e a puxou para um abraço apertado. — Achei que você tinha esquecido. — Ele sorriu enquanto falava. — Fica tranquila, mesmo que você não lembre, eu lembro. Então, o que você preparou para o meu aniversário dessa vez? — Você não disse que não tinha tempo? Então, pra que comemorar aniversário? — Zara respondeu, mantendo uma expressão impassível. O sorriso no rosto de Orson ficou ainda mais evidente. Ele apertou levemente as bochechas dela com a mão, como se fosse uma brincadeira. — Eu estava te provocando