Zara percebeu o movimento da cuidadora e, ao seguir o olhar dela, viu Orson. Por um instante, ela ficou surpresa. Logo em seguida, ela olhou para a cuidadora e disse: — Pode sair, por favor. — Ah... Tudo bem. A cuidadora parecia atordoada. Apesar de sentir um certo receio diante de Orson, não conseguiu deixar de olhar para ele mais algumas vezes, atraída pelo seu rosto marcante. Só então ela se virou e saiu, fechando a porta atrás de si. Orson permaneceu parado no mesmo lugar, sem se mover. Desde que entrou, ele apenas olhava para Zara com frieza, sem dizer uma palavra. Zara sustentou o olhar por alguns instantes antes de falar diretamente: — Sr. Orson, se não tem nada a dizer, por favor, vá embora. Eu preciso descansar. — Você está louca? — Orson finalmente quebrou o silêncio, sua voz tão fria que parecia cortar o ar. — Você sabe o que está fazendo? — Eu sei. — Zara respondeu de forma firme e calma. — Então você está arriscando sua vida por algumas ações do Grupo G
Na noite seguinte à visita de Orson, Zara ouviu uma movimentação vinda do quarto ao lado. Quando ela se levantou para ver o que estava acontecendo, descobriu que algo havia acontecido com Vera. Desde o fim da tarde, a condição de Vera vinha oscilando, mas agora havia piorado drasticamente. Carlos já tinha chegado ao hospital, mas Fiona não apareceu. Quando Carlos viu Zara sentada do lado de fora da sala de emergência, ele correu até ela e segurou seus ombros com força. — O que aconteceu? Zara balançou a cabeça. — Os médicos ainda estão tentando reanimá-la. — Como isso foi acontecer? Quando eu saí, ela estava bem! Foi você, não foi? Você disse alguma coisa para ela e a deixou nervosa? Carlos, sem saber como lidar com sua raiva e desespero, procurava alguém para culpar. Zara o encarou com calma. — Não há câmeras nos quartos? Você pode verificar. A resposta tranquila de Zara fez com que Carlos ficasse sem argumentos. Logo, a porta da sala de emergência se abriu, e
A voz de Fiona era estridente, e o olhar que ela lançou para Zara estava carregado de ódio e raiva. Zara, no entanto, apenas a encarou com tranquilidade. Em comparação com as emoções descontroladas de Fiona, Zara parecia tão calma que Fiona mais se assemelhava a um palhaço desajeitado e histérico. A expressão de Fiona ficou ainda mais feia. Quando ela estava prestes a dizer algo, Zara a interrompeu: — Se eu fosse você, começaria a pensar no que fazer daqui para frente. — Fazer o quê? O que você quer dizer com isso? — A pessoa que te protege está quase morrendo. — Zara respondeu lentamente. — Você não acha que seria bom começar a pensar em como vai lidar com isso? Fiona quis rebater imediatamente, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Ela sabia exatamente de quem Zara estava falando: Vera. Nos últimos anos, na família Garcia, Carlos parecia ser o chefe da casa, mas, quando se tratava da relação entre Zara e Fiona, quem realmente tinha a palavra final era Vera. Ca
Embora o casamento tivesse sido organizado às pressas, todos os convidados importantes foram devidamente chamados. Zara, como membro da família, ficou ao lado de Carlos na entrada para receber os convidados. Naquele dia, ela vestia um elegante vestido longo na cor champanhe. Seu cabelo estava preso em um coque simples, deixando à mostra o pescoço esguio, e sua maquiagem suave realçava sua beleza de maneira discreta. Apesar de sua aparência estar propositalmente contida, os acontecimentos recentes ainda atraíam murmúrios por onde ela passava. As pessoas evitavam comentar algo diretamente na frente de Zara, mas os olhares julgadores a atravessavam como lâminas, alcançando-a mesmo através da multidão. Zara, no entanto, já havia previsto essa situação antes de sair de casa. Assim, ela manteve a compostura e continuou cumprimentando os convidados com um sorriso impecável. Foi nesse momento que Ophelia chegou. Diferente de Zara, Ophelia estava vestida de forma chamativa. Seu vestid
O calor dentro do quarto só terminou de vez duas horas depois. O som da água vindo do chuveiro preenchia o ambiente, enquanto Zara Garcia, após alguns minutos de descanso, finalmente se levantava da cama. Suas pernas ainda tremiam, e ela se abaixou para pegar as roupas espalhadas pelo chão. As ações dele naquela noite tinham sido um pouco mais intensas do que o habitual, a ponto de sua mente ainda parecer vazia. Tentou abotoar o pijama várias vezes, mas seus dedos trêmulos falhavam repetidamente. Logo, o homem saiu do banheiro. Sua figura era alta e imponente, os traços do rosto fortes sem perder a beleza. Envolto apenas por uma toalha amarrada na cintura, gotículas de água deslizavam lentamente por seus músculos definidos, escorrendo pelo abdômen até desaparecerem. Ao notar que Zara ainda estava ali, ele franziu levemente as sobrancelhas. Zara, por sua vez, evitou olhá-lo diretamente. Mantendo o olhar fixo no botão do pijama, continuou travando sua pequena batalha silenciosa
Quem falava era Ophelia Brown, melhor amiga de Fiona e herdeira de um grande grupo empresarial.Ophelia e Fiona cresceram juntas. Desde sempre, Ophelia era uma das maiores apoiadoras do relacionamento entre Fiona e Orson. Agora, com Zara ocupando o lugar de Sra. Harris, Ophelia obviamente não nutria bons sentimentos por ela. Quando Ophelia viu Zara parada na porta, seu semblante continuava impassível, sem qualquer sinal de constrangimento ou desconforto.Foi Fiona quem quebrou o silêncio, chamando-a com suavidade:— Irmã, você veio?Zara apenas assentiu com a cabeça.— Vim te buscar. Já arrumou suas coisas?— Já sim. Vamos.Fiona respondeu de forma dócil, enquanto Zara se mantinha séria. Ophelia, no entanto, não conseguiu segurar a língua:— Sra. Harris, e o Sr. Orson? Hoje é o dia da alta da Fiona e ele não veio buscá-la?— Ele foi para a empresa. — Respondeu Zara, com tranquilidade.— Ah, parece que ele está muito ocupado. Só não sei se está tão ocupado assim ou se foi você quem não
Às sete da noite, Orson voltou pontualmente à mansão. Fiona estava na sala de estar naquele momento. Assim que o viu, deu alguns passos à frente, apressada. — Cunhado! Você voltou! Orson lançou-lhe um leve sorriso, erguendo os olhos logo em seguida. Zara, que observava a cena em silêncio, apertou os lábios e caminhou até ele para pegar o casaco que ele tirava. — O jantar está pronto. — Disse Zara, com o tom reservado de sempre. Na mesa, enquanto todos começavam a comer, Fiona olhou de relance para Zara antes de baixar o tom de voz: — Desculpa, cunhado. Estar aqui não está atrapalhando você e minha irmã? — Perguntou Fiona, com uma expressão hesitante. — Eu até falei pra mamãe que podia ficar sozinha, mas ela não quis deixar... — Não tem problema. — Respondeu Orson, sem hesitar. — Fique aqui o quanto precisar. Se precisar de algo, é só falar. — Sério? Não vai ser um incômodo? — Claro que não. — Srta. Fiona, a sua presença só traz alegria pra esta casa! — Comentou Iv
Zara sentiu o corpo estremecer e, num instante, abriu os olhos. Suas mãos se moveram com força, tentando empurrá-lo. Mas Orson parecia alheio a tudo. Com um movimento rápido e decidido, segurou os pulsos dela e a pressionou contra a parede. Seus gestos eram tão firmes e autoritários quanto sempre foram. Zara quis soltar um grito, mas algo lhe passou pela mente, e ela engoliu o som antes que escapasse. O barulho do chuveiro continuava, abafando qualquer ruído. Fora do banheiro, Fiona parecia não ter percebido nada e ainda insistia: — Cunhado? Zara virou o rosto para encarar Orson. Seu rosto estava vermelho — talvez pela raiva, talvez por outro motivo. Seus olhos estavam arregalados, carregados de emoção. Era um contraste gritante com sua habitual calmaria. Ela parecia mais viva do que nunca. Orson, ao vê-la assim, intensificou os movimentos, como se estivesse descarregando algo que carregava dentro de si. Seus corpos, perfeitamente sincronizados, levaram Zara a um clímax i