Após uma manhã exaustiva, Hunter Hill entra em seu imponente escritório na sede do grupo NexGen. Ele retira o paletó e o j**a com um gesto de frustração sobre o enorme sofá no centro da sala. Com passos pesados, ele se dirige à sua mesa e desaba em sua cadeira, deixando transparecer toda sua irritação.
— Hunter, ainda não terminamos nossa conversa. — Assegura Audrey Stone ao adentrar a sala, batendo a porta com força.
— Pelo bem do nosso relacionamento, é melhor você sair desta sala agora. — Vocifera Hunter, afrouxando a gravata com um gesto impaciente.
— Querido, é hora de deixarmos os atritos do passado de lado. Uma parceria com a GreenWave Technologies seria extremamente vantajosa para os nossos negócios.
— Foi o único pedido que solicitei para você evitar. Não desejo negociar com essa empresa, e não vejo necessidade de explicar meus motivos. — Afirma, enrolando as mangas da camisa com desenvoltura.
— Você me confiou o cargo de diretora de desenvolvimento de negócios justamente para duvidar das minhas habilidades de negociação? — Indaga Audrey, sentando-se no sofá e cruzando as pernas enquanto o encara com firmeza e determinação.
— Não duvido de suas habilidades, você é uma profissional excepcional. Mas simplesmente não consigo cogitar a ideia de negociar com essa empresa. — Declara, abrindo seu notebook e fixando o olhar na tela com firmeza. — Dividir uma sala com aquele homem só resultaria em problemas sérios.
— Hunter, meu amor, é preciso superar isso. — Afirma, levantando-se e indo até ele. — Entendo que isso te machuca, mas questões pessoais não podem afetar os negócios. — Comenta, parando atrás de Hunter e massageando seus ombros com suavidade. — Prometo cuidar para que você não tenha contato com ele, apenas com os outros sócios. — Conclui, depositando um beijo carinhoso em sua bochecha.
— A resposta continua sendo não. — Afirma, levantando-se e indo em direção ao bar. — Nenhuma quantia me fará negociar com aquele sujeito. — Finaliza, servindo-se de uma dose de uísque.
— Hunter, você está tornando meu trabalho impossível. — Reclama, aproximando-se e retirando o copo de sua mão. — Como posso fazer esta empresa prosperar se você está colocando obstáculos no caminho? — Questiona, levando o copo aos lábios. — Preciso provar a todos que sou competente, não apenas a namorada e futura noiva do CEO. — Resmunga, deixando o copo cair com força sobre o balcão do bar.
— Não espere que isso aconteça, Audrey. Não negociarei com essa empresa, não insista mais, ou teremos sérios problemas. — Conclui, enchendo novamente o copo e levando-o aos lábios.
— Você está agindo como um completo idiota, Hunter. — Vocifera, irritada, saindo da sala e batendo a porta com força.
Hunter senta-se em sua mesa mais uma vez e abre o arquivo da proposta elaborada por Audrey. Ele reconhece o excelente trabalho que ela fez, mas não está disposto a fazer negócios com a empresa onde o homem que ele detesta trabalha. Tentando afastar os pensamentos desagradáveis que aquele assunto lhe traz, ele pega o telefone e chama sua secretária.
— No que posso ajudá-lo, senhor Hill? — Georgina Clarke pergunta ao atender.
— Senhorita Clarke, por favor, traga-me um café e solicite que o senhor Smith venha à minha sala imediatamente. — Ordena Hunter, encerrando a ligação sem esperar por mais respostas.
Ele contempla seu reflexo na tela do computador e, apesar da relutância, ergue-se para ajustar sua camisa e gravata, dispensando o paletó. De volta à sua cadeira, mergulha novamente em suas tarefas, até ser interrompido pelas batidas na porta.
— Entre. — Responde Hunter, concedendo acesso à sua sala.
— Senhor Hill, aqui está o seu café. — Anuncia Georgina, colocando a xícara com delicadeza diante dele. — O senhor Smith está em reunião com a senhorita Stone. Ele informou que, após finalizar com ela, atenderá à sua solicitação. — Acrescenta, parando diante da mesa. — Precisa de mais alguma coisa, senhor Hill?
— Não, obrigado. Pode se retirar. — Responde, mantendo seu olhar fixo na tela do notebook.
Hunter se encontra imerso em seu trabalho, porém o passado teima em assombrar seus pensamentos, desviando toda sua concentração. Irritado, ele desfere um soco na mesa e abre uma pasta repleta de fotografias. Um leve sorriso se forma em seus lábios ao contemplar as diversas imagens da mulher na tela de seu notebook.
— Sinto sua falta. — Sussurra, tocando suavemente a tela do notebook, ansiando pelo toque dela. — Prometo que um dia sua morte será vingada, não importa quanto tempo leve. — Comenta, segurando as lágrimas. — Já se passaram dois anos desde sua partida. Nunca deixarei de pensar em você. — Conclui, fechando a pasta ao perceber a porta se abrir.
— Problemas no paraíso, senhor Hill? — Questiona Owen Smith ao entrar na sala. — Quer conversar sobre a discussão com a Audrey? — Pergunta, sentando-se na cadeira em frente à mesa.
— Como sempre, ela foi diretamente a você para atualizá-lo. — Reclama Hunter, mantendo seu olhar firme no homem à sua frente. — Mas o que quero discutir não é esse assunto.
— Posso fazer uma observação sobre isso? — Pede Owen, ajustando-se na cadeira com uma expressão séria e respeitosa.
— Absolutamente não, Owen. Não negociarei com aquele homem, não importa o quão lucrativo possa ser esse acordo. Minha empresa está prosperando e qualquer transação com ele seria como profanar a memória dela. — Afirma, inclinando-se para a frente com determinação. — Não quero mais discutir sobre isso. Como meu amigo, você nem deveria considerar essa possibilidade, e muito menos a Audrey. — Encerra o assunto com firmeza.
— Concordo plenamente. No entanto, gostaria de ressaltar que minha amizade pertence a você, não a Audrey. Ela parece ter uma tendência a me envolver em seus assuntos, mas é você quem sempre terá minha confiança. — Declara, enfatizando a prioridade de sua amizade. — Então, qual assunto você gostaria de abordar agora?
— Em relação ao acordo que vamos firmar com a SolaraGen Solution, preciso que você revise minuciosamente todos os pontos do contrato. Tenho uma viagem marcada para Indianápolis nos próximos dias, onde teremos a reunião. — Declara, deslizando uma pasta na direção do advogado.
— Com certeza, farei uma análise detalhada de cada cláusula. Se for necessário fazer alterações, discutiremos durante a próxima reunião. — Responde, levantando-se com a pasta em mãos. — E quanto ao evento beneficente no hotel The Mayo, você ainda planeja comparecer?
— Com certeza, Audrey e eu estaremos presentes. — Responde, enquanto seus olhos desviavam para o notebook.
— Entendido, nos vemos no evento. — Concluiu, deixando o escritório de Hunter.
Após revisar alguns relatórios adicionais, Hunter observa o relógio e decide deixar seu escritório, encaminhando-se então para a sala de Audrey. Ao entrar na sala e encontrá-la vazia, ele se dirige a sua secretária.— Senhorita Clarke, você sabe onde posso encontrar Audrey? — Indaga Hunter, buscando esclarecimentos.— Senhor Hill, ela saiu há aproximadamente vinte minutos. — Responde Georgina com prontidão.— Agradecido. — Expressa, dirigindo-se aos elevadores com passos firmes.Na garagem do edifício, ao entrar em seu carro, Hunter pega o celular e discando o número de Audrey.— O que quer, Hunter? — Pergunta Audrey, ao atender a chamada.— Apenas almoçar com você, como costumamos fazer. — Responde, ainda na garagem. — Onde você está? Vou me encontrar contigo.— Eu só preciso de um momento sozinha, Hunter. Para preservar nossa relação, já que não me respeita como funcionária. — Retruca, seu tom de voz soando ríspido.— Audrey, não distorça os fatos. Só não quero negociar com alguém q
Surpreendida e abalada ao testemunhar aquela cena, Hazel luta para conter suas emoções. Apenas algumas horas atrás, ela era a namorada de Liam, e agora o vê beijando outra mulher. Tentando manter a compostura, ela se aproxima deles e deixa um pequeno pacote sobre a mesa ao lado da bolsa de Audrey.— Senhorita, espero que sirva. Com licença. — Conclui, saindo da sala em silêncio, sob os olhares de Liam e Audrey.— É comum as empregadas não baterem na porta dentro da sua empresa? — Questiona Audrey, visivelmente irritada, enquanto abre o pacote. — Você não deveria ter feito isso. — Repreende, vestindo a camisa branca. — Se isso se espalhar, você acabará com o meu relacionamento.— Você não parecia se importar há alguns minutos, quando a minha língua estava dentro da tua boca. — Vocifera Liam, demonstrando seu domínio sobre ela. — Não precisa se preocupar com ela, consigo controlá-la muito bem.— Espero que isso seja realmente verdade, não quero problemas com Hunter. Você sabe o tempo qu
Hunter caminha inquieto pelo escritório, seus olhos fixos no relógio que parece mover-se mais devagar do que nunca. Irritado, ele lança um olhar de desaprovação para o telefone que permanece silencioso sobre a mesa. Sem mais hesitação, ele abre a porta e caminha até sua secretária.— Senhorita Clarke, a Audrey já retornou? — Questiona Hunter, sua impaciência transparecendo em cada palavra, enquanto lança outro olhar significativo para o relógio.— Ainda não, senhor Hill. — Responde Georgina, captando a expressão irritada dele.— Desmarque todos os meus compromissos. — Ordena com autoridade, enquanto se encaminha decididamente em direção aos elevadores.Hunter não consegue disfarçar sua irritação conforme atravessa os corredores da empresa. Ao chegar à garagem do prédio, ele entra em seu carro e mergulha no tráfego movimentado de Tulsa em direção ao apartamento de Audrey. Ao longo do trajeto, ele tenta ligar para ela várias vezes, mas todas as chamadas são ignoradas, deixando-o ainda m
No majestoso saguão do hotel, Liam pressiona os botões dos elevadores com impaciência, incomodado por ser interrompido naquele momento crucial. Assim que as portas de um dos elevadores se abrem, ele entra rapidamente, acionando repetidamente o botão que o levará ao andar das coberturas. Seus passos no elevador são decididos e rápidos, ressoando no espaço confinado enquanto ele se aproxima de seu destino.Ao alcançar o andar desejado, Liam sai apressado, percorrendo o corredor com determinação, os passos ecoando com firmeza enquanto ele procura por Hazel. Contudo, ao não a encontrar, a frustração toma conta dele, culminando em um soco desferido na porta de seu próprio quarto, como um reflexo de sua raiva contida.— Merda! — Resmunga Liam, retirando o celular do bolso e discando o número de Hazel.Enquanto a ligação chama, ele continua a andar pelo corredor, atento ao som do toque do celular, na esperança de ser direcionado até ela.— Velho maldito! Tinha que me interromper. — Vocifera
No ambiente sereno de seu quarto de hotel, Hunter se move com uma leveza quase imperceptível na cama, detectando o vazio ao seu lado. Embora sinta a tentação de manter os olhos fechados e se refugiar na tranquilidade, o toque persistente de seu celular rompe o silêncio, forçando-o a se erguer e dirigir-se à mesa onde o aparelho repousa.— Alô. — A saudação de Hunter é calma, mas firme, ao atender.— Senhor Hill, bom dia. Temos um compromisso agendado para hoje. Você planeja comparecer? — Questiona o interlocutor, sua voz ecoando com autoridade do outro lado da linha.— Quem está falando? — Questiona, pressionando os olhos, os sinais da bebedeira da noite anterior começando a se manifestar.— Alexander Wesker, CEO da em…— Sei quem você é. — Interrompe, com uma firmeza inabalável. — Não tenho nenhum compromisso agendado com você. Por favor, não me ligue mais. Não tenho o menor interesse em fazer negócios com a sua empresa. — Conclui, encerrando a ligação abruptamente. — Que diabos foi
Após derramar lágrimas incessantes, sem conseguir articular muitas palavras, Hazel se ergue e percorre a pequena sala do apartamento da amiga, o nervosismo evidente em sua expressão, enquanto Cassie assimila a informação recebida.— Você está me dizendo que traiu o Liam? — Indaga Cassie, exibindo choque e surpresa diante da revelação.— Liam é o de menos. — Responde Hazel, detendo-se diante da amiga. — Ontem terminamos o namoro. — Declara, observando a expressão perplexa de Cassie.— Se vocês terminaram, qual é o problema então? — Questiona, em um esforço para compreender o nervosismo de Hazel.— Eu não devia ter tido relações sexuais, especialmente sem usar preservativos, e adivinha só, provavelmente não usamos. — Declara, deixando-se cair no sofá ao lado da amiga. — Acabei de passar pelo processo de fertilização para tentar gerar o bebê da Kristen. — Confessa, sentindo o peso da culpa em seu peito, enquanto lágrimas escorrem de seus olhos. — Se eu engravidar, não terei certeza se o
Audrey observa atentamente enquanto Hunter serve as xícaras de café. Um silêncio pesado reina entre eles, e nos olhos dele transparece todo o desconforto e estresse que o dominam naquele momento, reflexo da postura que ela vem apresentando nos últimos dias.— Você gostaria de me contar o que está acontecendo? — Questiona Hunter, soltando a xícara de café diante dela.— Devo perguntar o mesmo, Hunter? — Rebate Audrey, levando a xícara aos lábios. — Sua agenda parece bastante ocupada, por que fez questão de vir aqui? — Chega de joguinhos, Audrey. — Orienta, o estresse transbordando em suas palavras. — Diga de uma vez o que está acontecendo com você.— Ainda não percebeu? Pensei que você fosse mais perspicaz. — Provoca, observando um sorriso sarcástico brotar nos lábios dele.— Posso dizer o mesmo para você, não é? Porque agindo assim, você só está me convencendo de que não é a profissional excepcional que imaginei. — Afirma, soltando a xícara sobre a mesa. — Está apenas evidenciando o
Hunter fica em silêncio, imerso nas lembranças vívidas da mulher que o visitara em seu quarto na noite anterior, especialmente dos beijos compartilhados entre eles. No entanto, a impaciência de Audrey reverbera pelo ambiente quando ela começa a bater os pés no chão, chamando sua atenção com um gesto de irritação.— Hunter, estou esperando! O que diabos está acontecendo? — Indaga Audrey, os braços cruzados em desagrado evidente.— Audrey, conversaremos mais tarde. Preciso me concentrar no contrato para a reunião desta tarde. — Responde Hunter, abrindo a porta para ocultar sua confusão. — Não se preocupe, foi apenas um mal-entendido. — Conclui, afastando-se do apartamento em direção ao elevador. — Droga! O que aconteceu afinal? — Murmura consigo mesmo, enquanto escuta os passos de Audrey se aproximando.— Hunter, você não vai sair daqui sem me dar uma explicação! — Vocifera, segurando-o firmemente pelo braço, seu olhar transbordando de raiva. — Me explique agora mesmo o que diabos aconte