Hunter caminha inquieto pelo escritório, seus olhos fixos no relógio que parece mover-se mais devagar do que nunca. Irritado, ele lança um olhar de desaprovação para o telefone que permanece silencioso sobre a mesa. Sem mais hesitação, ele abre a porta e caminha até sua secretária.
— Senhorita Clarke, a Audrey já retornou? — Questiona Hunter, sua impaciência transparecendo em cada palavra, enquanto lança outro olhar significativo para o relógio.
— Ainda não, senhor Hill. — Responde Georgina, captando a expressão irritada dele.
— Desmarque todos os meus compromissos. — Ordena com autoridade, enquanto se encaminha decididamente em direção aos elevadores.
Hunter não consegue disfarçar sua irritação conforme atravessa os corredores da empresa. Ao chegar à garagem do prédio, ele entra em seu carro e mergulha no tráfego movimentado de Tulsa em direção ao apartamento de Audrey. Ao longo do trajeto, ele tenta ligar para ela várias vezes, mas todas as chamadas são ignoradas, deixando-o ainda mais tenso e irritado.
Quando chega no prédio de Audrey, Hunter avança pelo saguão com passos decididos até alcançar os elevadores. Ao chegar à cobertura, ele pressiona repetidamente a campainha do apartamento dela.
— Hunter, o que está fazendo aqui? — Pergunta Audrey, visivelmente surpresa ao abrir a porta.
— Surpresa em me ver? Estava esperando por alguém? — Indaga Hunter, deixando transparecer sua irritação ao bater a porta com força.
— Claro que não. Simplesmente não esperava você a essa hora. — Responde, mantendo a calma.
— Por que não voltou para a empresa? — Questiona, sentando-se no sofá e encarando-o com firmeza.
— Acho que fui bastante clara quando disse que nos encontraríamos no evento beneficente. — Responde, entrelaçando os braços, visivelmente ofendida. — Odeio essa falta de controle, Hunter. Eu nunca te dei motivos para desconfiar de mim. — Protesta, dirigindo-se à porta e abrindo-a, como se buscasse ar fresco para acalmar seus ânimos. — Quero ficar sozinha. Saia da minha casa agora mesmo. — Ordena, sua voz ecoando sua indignação.
— Não estou desconfiando de você, Audrey. — Responde, erguendo-se e parando em frente a ela, seu olhar transparecendo irritação. — Estou apenas tentando compreender seu comportamento, que, por sinal, está me deixando exausto.
— Não importa, eu preciso de um espaço, me deixe sozinha. — Solicita, segurando a porta com firmeza. — A propósito, arrume outra companhia para o evento, pois não irei comparecer. — Afirma, encarando-o com determinação, mesmo diante do olhar de desaprovação dele.
— Te darei espaço agora, mas espero te encontrar no hotel, na suíte de sempre, Audrey. Afinal, a ideia foi tua de confirmar a nossa presença nesse evento. — Responde, tentando ocultar seu desgosto por trás de uma fachada de indiferença. — Até mais tarde. — Conclui, depositando um leve beijo nos lábios dela.
— Que ódio por amar loucamente esse homem. — Resmunga, batendo a porta com força.
No início da noite, elegantemente vestido, Hunter caminha pelo saguão do hotel The Mayo, atraindo olhares discretos. Ao adentrar o ambiente do evento, sua falta de companhia não passou despercebida, mas ele ignorou os olhares curiosos e cumprimentou as pessoas com a sua habitual educação.
Enquanto dava lances em algumas obras de arte que serão leiloadas e fazia algumas doações generosas, sua presença dominava o espaço com uma aura de sofisticação e confiança. Após sua rápida aparição, ele saiu discretamente, dirigindo-se à suíte que costuma ocupar após os eventos no hotel. Enquanto aguardava por Audrey, encontrou companhia na bebida, mergulhando em seus pensamentos.
Enquanto isso, no conforto de seu apartamento, após um dia exaustivo, Hazel se depara com seu reflexo no espelho. Vestindo um elegante vestido preto, que contrastava com sua pele alva, ela sorria satisfeita com sua escolha de vestuário. No entanto, sua expressão logo se tornava séria ao notar a notificação da chegada do carro da empresa, que a levará até o local do evento.
Ao chegar ao evento, seus olhos encontraram o sorriso sarcástico de Liam, que estendia o braço em sua direção com uma expressão desafiadora.
— Você nunca falha em me surpreender. Pegue isso e deixe essa expressão de insatisfação de lado. — Oferece uma taça de champanhe para Hazel.
— Você perdeu a razão de vez? — Questiona Hazel, sem paciência. — Não posso beber, Liam. Esqueceu que acabei de fazer uma inseminação?
— Me desculpe, querida. Acabei esquecendo. Espere um momento, providenciarei algo para você. — Conclui, afastando-se antes que Hazel possa responder.
Hazel circula pelo salão, cumprimentando os diversos executivos presentes e admirando as obras em exibição. Após alguns minutos, Liam reaparece com uma taça de suco de laranja, estendendo para ela.
— Qual o motivo dessa súbita gentileza? — Questiona Hazel, aceitando a taça.
— Precisamos manter as aparências. Este evento é vital para os negócios. — Declara, observando-a beber o suco. — Você parece com sede. — Comenta, vendo que ela esvaziou a taça de uma vez. — Gostaria de mais, querida?
— Não precisa, estou satisfeita. — Responde, enquanto observa o ambiente ao seu redor.
À medida que ela percorre o salão, uma sensação estranha a envolve, sua visão parece turvar e ela se apoia no braço de Liam, que a encara com um sorriso malicioso.
— Liam, não estou me sentindo bem. — Informa, lutando para manter o foco.
— Eu sei, querida. Me acompanhe, aproveitaremos a noite. — Sussurra Liam no ouvido dela, guiando-a em direção aos elevadores. Ao entrar, ele aperta o botão.
— Senhor Murray, tem um minuto? — Chama um homem elegante parado em frente ao elevador.
— Claro. — Responde Liam, tentando controlar seu desgosto, mas não poderia deixar de falar com seu maior investidor. — Meu amor, segure a porta. — Ordena, enquanto coloca a mão dela na porta para mantê-la aberta.
Assim que Liam desce do elevador para falar com seu investidor, ele aperta as mãos com força ao perceber Hazel se recostando no elevador, permitindo que as portas se fechem. Mantendo um sorriso fingido, ele ouve o homem falar enquanto seu desconforto aumenta.
No elevador, Hazel é tomada por uma onda de calor e um mal-estar crescente. Desesperada, ela passa a mão pela testa e pelo pescoço, tentando em vão aliviar a sensação incômoda que a domina. Ao chegar ao andar das coberturas, emerge cambaleante, lutando para manter-se em pé, a visão turva dificultando cada movimento.
Com um esforço, ela se apoia em uma porta próxima e a golpeia, clamando por ajuda em um misto de agonia e desespero. Quando as portas se abrem, ela desaba nos braços do homem, que, embora também afetado pelo álcool, sorri satisfeito, acariciando o rosto dela e envolvendo-a em um beijo envolvente, onde todo o desejo contido se manifesta.
No majestoso saguão do hotel, Liam pressiona os botões dos elevadores com impaciência, incomodado por ser interrompido naquele momento crucial. Assim que as portas de um dos elevadores se abrem, ele entra rapidamente, acionando repetidamente o botão que o levará ao andar das coberturas. Seus passos no elevador são decididos e rápidos, ressoando no espaço confinado enquanto ele se aproxima de seu destino.Ao alcançar o andar desejado, Liam sai apressado, percorrendo o corredor com determinação, os passos ecoando com firmeza enquanto ele procura por Hazel. Contudo, ao não a encontrar, a frustração toma conta dele, culminando em um soco desferido na porta de seu próprio quarto, como um reflexo de sua raiva contida.— Merda! — Resmunga Liam, retirando o celular do bolso e discando o número de Hazel.Enquanto a ligação chama, ele continua a andar pelo corredor, atento ao som do toque do celular, na esperança de ser direcionado até ela.— Velho maldito! Tinha que me interromper. — Vocifera
No ambiente sereno de seu quarto de hotel, Hunter se move com uma leveza quase imperceptível na cama, detectando o vazio ao seu lado. Embora sinta a tentação de manter os olhos fechados e se refugiar na tranquilidade, o toque persistente de seu celular rompe o silêncio, forçando-o a se erguer e dirigir-se à mesa onde o aparelho repousa.— Alô. — A saudação de Hunter é calma, mas firme, ao atender.— Senhor Hill, bom dia. Temos um compromisso agendado para hoje. Você planeja comparecer? — Questiona o interlocutor, sua voz ecoando com autoridade do outro lado da linha.— Quem está falando? — Questiona, pressionando os olhos, os sinais da bebedeira da noite anterior começando a se manifestar.— Alexander Wesker, CEO da em…— Sei quem você é. — Interrompe, com uma firmeza inabalável. — Não tenho nenhum compromisso agendado com você. Por favor, não me ligue mais. Não tenho o menor interesse em fazer negócios com a sua empresa. — Conclui, encerrando a ligação abruptamente. — Que diabos foi
Após derramar lágrimas incessantes, sem conseguir articular muitas palavras, Hazel se ergue e percorre a pequena sala do apartamento da amiga, o nervosismo evidente em sua expressão, enquanto Cassie assimila a informação recebida.— Você está me dizendo que traiu o Liam? — Indaga Cassie, exibindo choque e surpresa diante da revelação.— Liam é o de menos. — Responde Hazel, detendo-se diante da amiga. — Ontem terminamos o namoro. — Declara, observando a expressão perplexa de Cassie.— Se vocês terminaram, qual é o problema então? — Questiona, em um esforço para compreender o nervosismo de Hazel.— Eu não devia ter tido relações sexuais, especialmente sem usar preservativos, e adivinha só, provavelmente não usamos. — Declara, deixando-se cair no sofá ao lado da amiga. — Acabei de passar pelo processo de fertilização para tentar gerar o bebê da Kristen. — Confessa, sentindo o peso da culpa em seu peito, enquanto lágrimas escorrem de seus olhos. — Se eu engravidar, não terei certeza se o
Audrey observa atentamente enquanto Hunter serve as xícaras de café. Um silêncio pesado reina entre eles, e nos olhos dele transparece todo o desconforto e estresse que o dominam naquele momento, reflexo da postura que ela vem apresentando nos últimos dias.— Você gostaria de me contar o que está acontecendo? — Questiona Hunter, soltando a xícara de café diante dela.— Devo perguntar o mesmo, Hunter? — Rebate Audrey, levando a xícara aos lábios. — Sua agenda parece bastante ocupada, por que fez questão de vir aqui? — Chega de joguinhos, Audrey. — Orienta, o estresse transbordando em suas palavras. — Diga de uma vez o que está acontecendo com você.— Ainda não percebeu? Pensei que você fosse mais perspicaz. — Provoca, observando um sorriso sarcástico brotar nos lábios dele.— Posso dizer o mesmo para você, não é? Porque agindo assim, você só está me convencendo de que não é a profissional excepcional que imaginei. — Afirma, soltando a xícara sobre a mesa. — Está apenas evidenciando o
Hunter fica em silêncio, imerso nas lembranças vívidas da mulher que o visitara em seu quarto na noite anterior, especialmente dos beijos compartilhados entre eles. No entanto, a impaciência de Audrey reverbera pelo ambiente quando ela começa a bater os pés no chão, chamando sua atenção com um gesto de irritação.— Hunter, estou esperando! O que diabos está acontecendo? — Indaga Audrey, os braços cruzados em desagrado evidente.— Audrey, conversaremos mais tarde. Preciso me concentrar no contrato para a reunião desta tarde. — Responde Hunter, abrindo a porta para ocultar sua confusão. — Não se preocupe, foi apenas um mal-entendido. — Conclui, afastando-se do apartamento em direção ao elevador. — Droga! O que aconteceu afinal? — Murmura consigo mesmo, enquanto escuta os passos de Audrey se aproximando.— Hunter, você não vai sair daqui sem me dar uma explicação! — Vocifera, segurando-o firmemente pelo braço, seu olhar transbordando de raiva. — Me explique agora mesmo o que diabos aconte
Após passar um tempo agradável com sua amiga, Hazel retorna ao seu apartamento. E após desfrutar de um banho revigorante, ela se recosta no sofá, mergulhando em seus pensamentos. No entanto, sua tranquilidade é interrompida pelo insistente toque de seu celular, obrigando-a a se levantar e dirigir-se à pequena mesa no canto da sala. Observando o nome de seu chefe piscando no visor, ela hesita em atender, mas diante das repetidas chamadas, acaba cedendo.— Boa tarde, senhor Wesker. — Cumprimenta Hazel ao atender, sua voz revelando uma leve apreensão.— Senhorita Lee, boa tarde. — Responde Alexander, mantendo um tom calmo. — Peço desculpas por te ligar, especialmente considerando que não estava se sentindo muito bem. No entanto, precisamos urgentemente de você no escritório. Surgiu uma reunião com uma nova empresa de tecnologia e precisamos que você nos represente, como gerente da área.— Qual o horário da reunião, senhor Wesker? — Indaga, seu olhar fixo no relógio da parede.— Em uma ho
Com as pernas trêmulas, Hazel tenta desesperadamente se afastar do domínio de Liam, mas ele a mantém firmemente em seus braços, deslizando o nariz pelo pescoço dela, capturando o aroma do perfume adocicado que tanto o encanta. Seus lábios exploram a pele dela, impulsionado pelo desejo, e num ímpeto súbito, ele vira-a bruscamente, capturando seus lábios num beijo impetuoso. Em resposta, Hazel morde seus lábios, conseguindo assim libertar-se de seus braços.— Vadia. — Vocifera Liam, avançando rapidamente para alcançá-la e agarrá-la pelo braço antes que ela possa escapar da sala. — Você não vai sair daqui. — Declara com firmeza, arrastando-a com violência e jogando-a com força no sofá.— O que você está fazendo, Liam? — Indaga Hazel, sua voz trêmula, consumida pelo medo.— Hazel, adoro quando seu lado selvagem se mostra, especialmente quando você mostra suas garras. — Provoca, deslizando o dedo nos lábios para limpar o sangue com um sorriso malicioso. — Só aumenta minha vontade de te dom
A apreensão se desenha no rosto de Hazel a cada toque da chamada, seu coração batendo freneticamente. Em um impulso, ela avança na direção dele e toma o celular.— Liam, boa tarde. — Cumprimenta Kristen ao atender a ligação.— Irmã, sou eu. — Responde Hazel, encarando a expressão satisfeita de Liam. — Meu celular ficou sem bateria, estou ligando só para informar que estou cheia de trabalho. Certamente sairei tarde do escritório e não conseguirei passar na tua casa mais tarde. — Mente, tentando justificar a ligação da melhor forma possível.— Hazel, está tudo bem? Pensei que você quisesse se es…— Sim, está tudo bem. — Responde, cortando rapidamente a irmã antes que ela continue. — Te amo, até amanhã. — Conclui, encerrando a ligação abruptamente.— Pelo visto, estou mesmo certo. — Provoca Liam, olhando-a com superioridade enquanto puxa o celular de sua mão. — Feche a porta. Teremos uma conversa. — Instrui, sentando-se na ponta da mesa, deixando claro seu domínio na situação.Hazel o en