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5 - Sentirá falta dos meus toques

Surpreendida e abalada ao testemunhar aquela cena, Hazel luta para conter suas emoções. Apenas algumas horas atrás, ela era a namorada de Liam, e agora o vê beijando outra mulher. Tentando manter a compostura, ela se aproxima deles e deixa um pequeno pacote sobre a mesa ao lado da bolsa de Audrey.

— Senhorita, espero que sirva. Com licença. — Conclui, saindo da sala em silêncio, sob os olhares de Liam e Audrey.

— É comum as empregadas não baterem na porta dentro da sua empresa? — Questiona Audrey, visivelmente irritada, enquanto abre o pacote. — Você não deveria ter feito isso. — Repreende, vestindo a camisa branca. — Se isso se espalhar, você acabará com o meu relacionamento.

— Você não parecia se importar há alguns minutos, quando a minha língua estava dentro da tua boca. — Vocifera Liam, demonstrando seu domínio sobre ela. — Não precisa se preocupar com ela, consigo controlá-la muito bem.

— Espero que isso seja realmente verdade, não quero problemas com Hunter. Você sabe o tempo que levei para conseguir ser dele. — Responde, sua voz soando tensa e contida.

— Você se contenta com tão pouco, Audrey. Chega a ser desprezível, o quanto fica feliz com migalhas. — Provoca, sentando-se desafiadoramente. — Quanto ao contrato, o que deseja que eu faça?

— Renuncie por um tempo. — Instrui, sua voz impregnada de seriedade diante da risada irônica de Liam, que ressoa na sala. — Não estou brincando, Liam. Se queremos que essa parceria seja bem-sucedida, você precisa se afastar desta empresa por um tempo. É a única maneira de Hunter concordar em negociar.

— Isso não vai acontecer, Audrey. Se você quer demonstrar seu talento como a jovem executiva do grupo NexGen, precisa considerar outras opções. — Retruca, mantendo sua postura desafiadora.

— Liam, você é tão teimoso quanto Hunter, e é por isso que vocês sempre brigavam, mesmo quando ainda eram melhores amigos. — Acrescenta Audrey, pegando sua bolsa enquanto expressa sua frustração. — Resolva essa situação com a idiota da tua namoradinha. O que aconteceu aqui não pode se espalhar. — Finaliza, deixando a sala, sua expressão refletindo insatisfação, enquanto se afasta.

Liam permanece na sala, tocando as pontas dos dedos ritmicamente na mesa, enquanto seus olhos se fixavam na paisagem além da janela. Um sorriso sutil adornava seus lábios, emanando confiança à medida que se ergue da cadeira e sai da sala de reuniões. 

— Hazel continua por aqui? — Questiona Liam, com sua voz firme ecoando pelo ambiente. 

— Sim, senhor Murray. Ela está na sala. — Responde Jennifer, mantendo a cabeça baixa em sinal de respeito.

Liam avança em direção à sala de Hazel, irrompendo sem bater e a surpreendendo enquanto ela está ao celular. Sem hesitação, ele se aproxima e retira o aparelho de suas mãos, desligando-o abruptamente.

— O que você pensa que está fazendo? — Questiona Hazel, tentando recuperar seu celular.

— Pare com esse escândalo. — Ordena Liam, jogando o celular com força sobre a mesa. — Hoje você decidiu me desafiar. — Afirma, segurando-a firmemente pelo braço e fazendo-a sentar-se na poltrona.

— Você está me machucando, Liam. O que deu em você? — Questiona, acariciando o braço onde ele a segurou.

— Meu comportamento é uma reação ao seu posicionamento. — Responde, apoiando-se na mesa com uma expressão carregada de frustração. — Você deixou claro que não se importa comigo, com o nosso relacionamento, e agora acha que tem o direito de se sentir ofendida por me ver beijando outra mulher! — Vocifera, expressando sua insatisfação intensamente.

— Eu não estou ofendida, Liam. Nós terminamos, o que você faz não é da minha conta. Por que estamos discutindo isso? Até onde sei, não proferi uma palavra sobre esse incidente.

— A tua postura indicou o teu descontentamento. — Responde, aproximando-se e segurando-a pelo queixo com uma expressão desafiadora.

— Tire sua mão de mim. — Ordena, empurrando-o com firmeza. — Você não tem esse direito.

— Sou seu chefe, portanto faço o que eu quiser. — Garante, com deboche evidente em suas palavras.

— Existem outros sócios nesta empresa, e para deixar bem claro, eu nunca me reportei a você. E mesmo que você fosse meu chefe, ainda não teria o direito de me tocar.

— Esses são apenas detalhes, Hazel. Pare com essa postura de mulher respeitável no trabalho, porque antes dessa sua ideia maluca de ser a chocadeira de uma inválida, você adorava gemer para mim.

— Você é repugnante! — Exclama, com a raiva fervendo dentro dela. — Como pude ser tão cega em relação a você? — Questiona, encarando-o com frieza nos olhos.

— Você nunca foi cega, era conveniente para você, além do prazer que te proporcionei, olha o que você conquistou. — Debocha, voltando a se encostar na mesa com um sorriso presunçoso. — Hazel, vamos ser sinceros, você sabe muito bem que em breve, correrá para a minha cama novamente. — Provoca, observando a expressão dela com um ar de superioridade. — Você sempre me excita quando está irritada, poderia te foder agora mesmo, em cima dessa mesa, mas não tenho tempo para isso. — Comenta, caminhando na direção dela. — Sejamos realistas, o poder está nas minhas mãos, então seja boazinha e apenas siga as ordens.

— O que você quer dizer com isso, senhor Murray? — Questiona, levantando-se e mantendo uma distância cautelosa dele.

— Quanta formalidade, docinho. — Provoca, caminhando em direção à porta com um tom de deboche. — Sabemos que esse emprego te proporciona uma vida confortável, embora um pouco medíocre, não é? Então aconselho que você esqueça o que viu na sala de reunião e se concentre apenas em cumprir suas atividades. Por favor, não tenha crises semelhantes às mulheres mal-amadas, isso realmente me cansa. Se você conseguir manter a postura esperada nesta empresa, garantirá sua permanência no emprego. Estou certo de que em breve sentirá falta dos meus toques e correrá de volta para mim. Prometo considerar dar-lhe uma nova oportunidade. — Declara, abrindo a porta com firmeza. — Nos vemos esta noite no evento beneficente. Esteja deslumbrante, querida, você representa esta empresa. — Conclui, deixando a sala com um sorriso satisfeito.

— Idiota. — Resmunga Hazel, indo em direção à porta e batendo-a com força.

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