Surpreendida e abalada ao testemunhar aquela cena, Hazel luta para conter suas emoções. Apenas algumas horas atrás, ela era a namorada de Liam, e agora o vê beijando outra mulher. Tentando manter a compostura, ela se aproxima deles e deixa um pequeno pacote sobre a mesa ao lado da bolsa de Audrey.
— Senhorita, espero que sirva. Com licença. — Conclui, saindo da sala em silêncio, sob os olhares de Liam e Audrey.
— É comum as empregadas não baterem na porta dentro da sua empresa? — Questiona Audrey, visivelmente irritada, enquanto abre o pacote. — Você não deveria ter feito isso. — Repreende, vestindo a camisa branca. — Se isso se espalhar, você acabará com o meu relacionamento.
— Você não parecia se importar há alguns minutos, quando a minha língua estava dentro da tua boca. — Vocifera Liam, demonstrando seu domínio sobre ela. — Não precisa se preocupar com ela, consigo controlá-la muito bem.
— Espero que isso seja realmente verdade, não quero problemas com Hunter. Você sabe o tempo que levei para conseguir ser dele. — Responde, sua voz soando tensa e contida.
— Você se contenta com tão pouco, Audrey. Chega a ser desprezível, o quanto fica feliz com migalhas. — Provoca, sentando-se desafiadoramente. — Quanto ao contrato, o que deseja que eu faça?
— Renuncie por um tempo. — Instrui, sua voz impregnada de seriedade diante da risada irônica de Liam, que ressoa na sala. — Não estou brincando, Liam. Se queremos que essa parceria seja bem-sucedida, você precisa se afastar desta empresa por um tempo. É a única maneira de Hunter concordar em negociar.
— Isso não vai acontecer, Audrey. Se você quer demonstrar seu talento como a jovem executiva do grupo NexGen, precisa considerar outras opções. — Retruca, mantendo sua postura desafiadora.
— Liam, você é tão teimoso quanto Hunter, e é por isso que vocês sempre brigavam, mesmo quando ainda eram melhores amigos. — Acrescenta Audrey, pegando sua bolsa enquanto expressa sua frustração. — Resolva essa situação com a idiota da tua namoradinha. O que aconteceu aqui não pode se espalhar. — Finaliza, deixando a sala, sua expressão refletindo insatisfação, enquanto se afasta.
Liam permanece na sala, tocando as pontas dos dedos ritmicamente na mesa, enquanto seus olhos se fixavam na paisagem além da janela. Um sorriso sutil adornava seus lábios, emanando confiança à medida que se ergue da cadeira e sai da sala de reuniões.
— Hazel continua por aqui? — Questiona Liam, com sua voz firme ecoando pelo ambiente.
— Sim, senhor Murray. Ela está na sala. — Responde Jennifer, mantendo a cabeça baixa em sinal de respeito.
Liam avança em direção à sala de Hazel, irrompendo sem bater e a surpreendendo enquanto ela está ao celular. Sem hesitação, ele se aproxima e retira o aparelho de suas mãos, desligando-o abruptamente.
— O que você pensa que está fazendo? — Questiona Hazel, tentando recuperar seu celular.
— Pare com esse escândalo. — Ordena Liam, jogando o celular com força sobre a mesa. — Hoje você decidiu me desafiar. — Afirma, segurando-a firmemente pelo braço e fazendo-a sentar-se na poltrona.
— Você está me machucando, Liam. O que deu em você? — Questiona, acariciando o braço onde ele a segurou.
— Meu comportamento é uma reação ao seu posicionamento. — Responde, apoiando-se na mesa com uma expressão carregada de frustração. — Você deixou claro que não se importa comigo, com o nosso relacionamento, e agora acha que tem o direito de se sentir ofendida por me ver beijando outra mulher! — Vocifera, expressando sua insatisfação intensamente.
— Eu não estou ofendida, Liam. Nós terminamos, o que você faz não é da minha conta. Por que estamos discutindo isso? Até onde sei, não proferi uma palavra sobre esse incidente.
— A tua postura indicou o teu descontentamento. — Responde, aproximando-se e segurando-a pelo queixo com uma expressão desafiadora.
— Tire sua mão de mim. — Ordena, empurrando-o com firmeza. — Você não tem esse direito.
— Sou seu chefe, portanto faço o que eu quiser. — Garante, com deboche evidente em suas palavras.
— Existem outros sócios nesta empresa, e para deixar bem claro, eu nunca me reportei a você. E mesmo que você fosse meu chefe, ainda não teria o direito de me tocar.
— Esses são apenas detalhes, Hazel. Pare com essa postura de mulher respeitável no trabalho, porque antes dessa sua ideia maluca de ser a chocadeira de uma inválida, você adorava gemer para mim.
— Você é repugnante! — Exclama, com a raiva fervendo dentro dela. — Como pude ser tão cega em relação a você? — Questiona, encarando-o com frieza nos olhos.
— Você nunca foi cega, era conveniente para você, além do prazer que te proporcionei, olha o que você conquistou. — Debocha, voltando a se encostar na mesa com um sorriso presunçoso. — Hazel, vamos ser sinceros, você sabe muito bem que em breve, correrá para a minha cama novamente. — Provoca, observando a expressão dela com um ar de superioridade. — Você sempre me excita quando está irritada, poderia te foder agora mesmo, em cima dessa mesa, mas não tenho tempo para isso. — Comenta, caminhando na direção dela. — Sejamos realistas, o poder está nas minhas mãos, então seja boazinha e apenas siga as ordens.
— O que você quer dizer com isso, senhor Murray? — Questiona, levantando-se e mantendo uma distância cautelosa dele.
— Quanta formalidade, docinho. — Provoca, caminhando em direção à porta com um tom de deboche. — Sabemos que esse emprego te proporciona uma vida confortável, embora um pouco medíocre, não é? Então aconselho que você esqueça o que viu na sala de reunião e se concentre apenas em cumprir suas atividades. Por favor, não tenha crises semelhantes às mulheres mal-amadas, isso realmente me cansa. Se você conseguir manter a postura esperada nesta empresa, garantirá sua permanência no emprego. Estou certo de que em breve sentirá falta dos meus toques e correrá de volta para mim. Prometo considerar dar-lhe uma nova oportunidade. — Declara, abrindo a porta com firmeza. — Nos vemos esta noite no evento beneficente. Esteja deslumbrante, querida, você representa esta empresa. — Conclui, deixando a sala com um sorriso satisfeito.
— Idiota. — Resmunga Hazel, indo em direção à porta e batendo-a com força.
Hunter caminha inquieto pelo escritório, seus olhos fixos no relógio que parece mover-se mais devagar do que nunca. Irritado, ele lança um olhar de desaprovação para o telefone que permanece silencioso sobre a mesa. Sem mais hesitação, ele abre a porta e caminha até sua secretária.— Senhorita Clarke, a Audrey já retornou? — Questiona Hunter, sua impaciência transparecendo em cada palavra, enquanto lança outro olhar significativo para o relógio.— Ainda não, senhor Hill. — Responde Georgina, captando a expressão irritada dele.— Desmarque todos os meus compromissos. — Ordena com autoridade, enquanto se encaminha decididamente em direção aos elevadores.Hunter não consegue disfarçar sua irritação conforme atravessa os corredores da empresa. Ao chegar à garagem do prédio, ele entra em seu carro e mergulha no tráfego movimentado de Tulsa em direção ao apartamento de Audrey. Ao longo do trajeto, ele tenta ligar para ela várias vezes, mas todas as chamadas são ignoradas, deixando-o ainda m
No majestoso saguão do hotel, Liam pressiona os botões dos elevadores com impaciência, incomodado por ser interrompido naquele momento crucial. Assim que as portas de um dos elevadores se abrem, ele entra rapidamente, acionando repetidamente o botão que o levará ao andar das coberturas. Seus passos no elevador são decididos e rápidos, ressoando no espaço confinado enquanto ele se aproxima de seu destino.Ao alcançar o andar desejado, Liam sai apressado, percorrendo o corredor com determinação, os passos ecoando com firmeza enquanto ele procura por Hazel. Contudo, ao não a encontrar, a frustração toma conta dele, culminando em um soco desferido na porta de seu próprio quarto, como um reflexo de sua raiva contida.— Merda! — Resmunga Liam, retirando o celular do bolso e discando o número de Hazel.Enquanto a ligação chama, ele continua a andar pelo corredor, atento ao som do toque do celular, na esperança de ser direcionado até ela.— Velho maldito! Tinha que me interromper. — Vocifera
No ambiente sereno de seu quarto de hotel, Hunter se move com uma leveza quase imperceptível na cama, detectando o vazio ao seu lado. Embora sinta a tentação de manter os olhos fechados e se refugiar na tranquilidade, o toque persistente de seu celular rompe o silêncio, forçando-o a se erguer e dirigir-se à mesa onde o aparelho repousa.— Alô. — A saudação de Hunter é calma, mas firme, ao atender.— Senhor Hill, bom dia. Temos um compromisso agendado para hoje. Você planeja comparecer? — Questiona o interlocutor, sua voz ecoando com autoridade do outro lado da linha.— Quem está falando? — Questiona, pressionando os olhos, os sinais da bebedeira da noite anterior começando a se manifestar.— Alexander Wesker, CEO da em…— Sei quem você é. — Interrompe, com uma firmeza inabalável. — Não tenho nenhum compromisso agendado com você. Por favor, não me ligue mais. Não tenho o menor interesse em fazer negócios com a sua empresa. — Conclui, encerrando a ligação abruptamente. — Que diabos foi
Após derramar lágrimas incessantes, sem conseguir articular muitas palavras, Hazel se ergue e percorre a pequena sala do apartamento da amiga, o nervosismo evidente em sua expressão, enquanto Cassie assimila a informação recebida.— Você está me dizendo que traiu o Liam? — Indaga Cassie, exibindo choque e surpresa diante da revelação.— Liam é o de menos. — Responde Hazel, detendo-se diante da amiga. — Ontem terminamos o namoro. — Declara, observando a expressão perplexa de Cassie.— Se vocês terminaram, qual é o problema então? — Questiona, em um esforço para compreender o nervosismo de Hazel.— Eu não devia ter tido relações sexuais, especialmente sem usar preservativos, e adivinha só, provavelmente não usamos. — Declara, deixando-se cair no sofá ao lado da amiga. — Acabei de passar pelo processo de fertilização para tentar gerar o bebê da Kristen. — Confessa, sentindo o peso da culpa em seu peito, enquanto lágrimas escorrem de seus olhos. — Se eu engravidar, não terei certeza se o
Audrey observa atentamente enquanto Hunter serve as xícaras de café. Um silêncio pesado reina entre eles, e nos olhos dele transparece todo o desconforto e estresse que o dominam naquele momento, reflexo da postura que ela vem apresentando nos últimos dias.— Você gostaria de me contar o que está acontecendo? — Questiona Hunter, soltando a xícara de café diante dela.— Devo perguntar o mesmo, Hunter? — Rebate Audrey, levando a xícara aos lábios. — Sua agenda parece bastante ocupada, por que fez questão de vir aqui? — Chega de joguinhos, Audrey. — Orienta, o estresse transbordando em suas palavras. — Diga de uma vez o que está acontecendo com você.— Ainda não percebeu? Pensei que você fosse mais perspicaz. — Provoca, observando um sorriso sarcástico brotar nos lábios dele.— Posso dizer o mesmo para você, não é? Porque agindo assim, você só está me convencendo de que não é a profissional excepcional que imaginei. — Afirma, soltando a xícara sobre a mesa. — Está apenas evidenciando o
Hunter fica em silêncio, imerso nas lembranças vívidas da mulher que o visitara em seu quarto na noite anterior, especialmente dos beijos compartilhados entre eles. No entanto, a impaciência de Audrey reverbera pelo ambiente quando ela começa a bater os pés no chão, chamando sua atenção com um gesto de irritação.— Hunter, estou esperando! O que diabos está acontecendo? — Indaga Audrey, os braços cruzados em desagrado evidente.— Audrey, conversaremos mais tarde. Preciso me concentrar no contrato para a reunião desta tarde. — Responde Hunter, abrindo a porta para ocultar sua confusão. — Não se preocupe, foi apenas um mal-entendido. — Conclui, afastando-se do apartamento em direção ao elevador. — Droga! O que aconteceu afinal? — Murmura consigo mesmo, enquanto escuta os passos de Audrey se aproximando.— Hunter, você não vai sair daqui sem me dar uma explicação! — Vocifera, segurando-o firmemente pelo braço, seu olhar transbordando de raiva. — Me explique agora mesmo o que diabos aconte
Após passar um tempo agradável com sua amiga, Hazel retorna ao seu apartamento. E após desfrutar de um banho revigorante, ela se recosta no sofá, mergulhando em seus pensamentos. No entanto, sua tranquilidade é interrompida pelo insistente toque de seu celular, obrigando-a a se levantar e dirigir-se à pequena mesa no canto da sala. Observando o nome de seu chefe piscando no visor, ela hesita em atender, mas diante das repetidas chamadas, acaba cedendo.— Boa tarde, senhor Wesker. — Cumprimenta Hazel ao atender, sua voz revelando uma leve apreensão.— Senhorita Lee, boa tarde. — Responde Alexander, mantendo um tom calmo. — Peço desculpas por te ligar, especialmente considerando que não estava se sentindo muito bem. No entanto, precisamos urgentemente de você no escritório. Surgiu uma reunião com uma nova empresa de tecnologia e precisamos que você nos represente, como gerente da área.— Qual o horário da reunião, senhor Wesker? — Indaga, seu olhar fixo no relógio da parede.— Em uma ho
Com as pernas trêmulas, Hazel tenta desesperadamente se afastar do domínio de Liam, mas ele a mantém firmemente em seus braços, deslizando o nariz pelo pescoço dela, capturando o aroma do perfume adocicado que tanto o encanta. Seus lábios exploram a pele dela, impulsionado pelo desejo, e num ímpeto súbito, ele vira-a bruscamente, capturando seus lábios num beijo impetuoso. Em resposta, Hazel morde seus lábios, conseguindo assim libertar-se de seus braços.— Vadia. — Vocifera Liam, avançando rapidamente para alcançá-la e agarrá-la pelo braço antes que ela possa escapar da sala. — Você não vai sair daqui. — Declara com firmeza, arrastando-a com violência e jogando-a com força no sofá.— O que você está fazendo, Liam? — Indaga Hazel, sua voz trêmula, consumida pelo medo.— Hazel, adoro quando seu lado selvagem se mostra, especialmente quando você mostra suas garras. — Provoca, deslizando o dedo nos lábios para limpar o sangue com um sorriso malicioso. — Só aumenta minha vontade de te dom