Após revisar alguns relatórios adicionais, Hunter observa o relógio e decide deixar seu escritório, encaminhando-se então para a sala de Audrey. Ao entrar na sala e encontrá-la vazia, ele se dirige a sua secretária.
— Senhorita Clarke, você sabe onde posso encontrar Audrey? — Indaga Hunter, buscando esclarecimentos.
— Senhor Hill, ela saiu há aproximadamente vinte minutos. — Responde Georgina com prontidão.
— Agradecido. — Expressa, dirigindo-se aos elevadores com passos firmes.
Na garagem do edifício, ao entrar em seu carro, Hunter pega o celular e discando o número de Audrey.
— O que quer, Hunter? — Pergunta Audrey, ao atender a chamada.
— Apenas almoçar com você, como costumamos fazer. — Responde, ainda na garagem. — Onde você está? Vou me encontrar contigo.
— Eu só preciso de um momento sozinha, Hunter. Para preservar nossa relação, já que não me respeita como funcionária. — Retruca, seu tom de voz soando ríspido.
— Audrey, não distorça os fatos. Só não quero negociar com alguém que não respeito, mas estou certo de que você encontrará oportunidades comerciais ainda melhores.
— Vou almoçar sozinha, Hunter. Nos encontramos à noite no evento beneficente. — Conclui Audrey, desligando a ligação sem rodeios.
— Droga! — Resmunga Hunter, sua frustração evidente.
Contrariado com a postura de Audrey, ele decide retornar ao seu apartamento, convenientemente localizado próximo ao prédio da empresa. Enquanto isso, Audrey atravessa a recepção da GreenWave Technologies com determinação.
— Boa tarde, senhorita. — Cumprimenta Audrey, parando elegantemente em frente à mesa da secretária, segurando um copo de café.
— Boa tarde, senhorita Stone. — Responde Jennifer, com um sorriso caloroso. — Em que posso ajudá-la?
— Liam está disponível? — Pergunta, seus olhos escaneando o ambiente.
— Jennifer, estou saindo para almoçar. — Informa Hazel ao sair da sala, os olhos fixos no celular. Distraída, ela esbarra em Audrey, fazendo com que o café se derrame sobre a blusa branca que ela veste.
— Você não presta atenção por acaso? — Questiona Audrey, colocando a bolsa com força sobre a mesa. — Olhe o estrago que você causou.
— Meu Deus, me desculpe, senhorita. — Pede Hazel, visivelmente constrangida. — Você está bem? Se queimou?
— Por sorte, o café já estava frio! — Repreende Audrey com firmeza, segurando sua camisa manchada. — Mas trate de prestar mais atenção e resolva isso imediatamente. — Ordena, com determinação.
— O que está acontecendo aqui? — Questiona Liam ao se aproximar.
— Essa irresponsável simplesmente não presta atenção por onde anda. — Responde Audrey, dirigindo um sorriso para ele. — Pre…
— Mais uma vez, peço desculpas. — Declara Hazel, interrompendo-a com educação. — Foi apenas um acidente, não vai se repetir.
— Mas é óbvio que não vai se repetir, porque você não trabalhará mais aqui. — Afirma Audrey, sua raiva transparecendo em cada palavra. — Por favor, Liam, tome providências com essa funcionária desastrada.
— Audrey, por favor, mantenha a calma. — Pede Liam, tentando acalmar a situação. — Senhorita Lee, providencie imediatamente uma camisa nova para a senhorita Stone.
— O quê? Você só pode estar brincando, Liam. — A incredulidade transparece na voz de Audrey, enquanto seu olhar se fixa no rosto furioso de Liam.
— Para você, sou o senhor, Murray! — Vocifera Liam, sua raiva palpitante em cada palavra, enquanto estende a mão para Audrey. — Se pretende manter o seu emprego, vá fazer o que mandei agora mesmo. — Ordena, com autoridade inabalável.
Hazel observa os dois caminhando de mãos dadas em direção à sala de reunião. Um sorriso irônico brinca em seus lábios antes de se dirigir aos elevadores, resmungando palavras inaudíveis, atordoada com a situação.
Na sala de reunião, Audrey solta sua bolsa com um gesto brusco em cima da mesa, demonstrando todo seu descontentamento. O barulho dos saltos ecoa pela sala enquanto ela avança com passos pesados, desabotoando os botões da camisa com impaciência, sob os olhares atentos de Liam.
— Será que você poderia relaxar um pouco? — Solicita Liam, observando-a jogar a camisa com raiva sobre a cadeira, revelando apenas o sutiã.
— Você sabe que eu não deveria estar aqui, Liam. — Responde Audrey, com irritação evidente, parando em frente à janela. — E para piorar, uma idiota derrama café em mim. — Aquela imbecil é a mulher que você brinca de namorar, não é?
— Estou farto dela. — Responde, com desdém, deixando claro sua superioridade. — O que deu errado? — Questiona, apoiando os cotovelos na mesa, sua expressão denotando curiosidade.
— Para eu conseguir fechar o contrato com essa empresa, você terá que se afastar. Hunter está irredutível em negociar contigo. — Afirma Audrey, observando-o com seriedade enquanto ele se levanta e se aproxima dela.
— Por que começou a se relacionar com ele? — Indaga, puxando-a suavemente para perto de si. — Gostava mais de você quando estava disponível para mim. — Murmura, deslizando a mão pela cintura dela.
— Porque amo o Hunter. — Responde, afastando-se dele com determinação.
— Duvido que seja amor! — Desdenha Liam, avançando novamente. — Como pode amar um homem como ele? Hunter não te valoriza como você merece, sempre tem outras prioridades.
— Você não sabe do que está falando. — Retruca, mantendo-se firme em sua convicção.
— Claro que eu sei. Não esqueça que acompanhei o desenvolvimento da tua obsessão por ele. Hunter sempre teve outras prioridades, e você nunca esteve incluída nelas. E para te manter satisfeita, ele sempre te dá migalhas, não é assim? Por acaso não foi por isso que virou funcionária dele? — Indaga, deslizando a ponta dos dedos pelo braço dela com uma expressão de desejo. — Apenas para ter a falsa sensação de que ele lhe dá atenção. Pensei que você fosse mais esperta, Audrey. Fica claro que o Hunter não te ama, é apenas conveniente estar com você. — Conclui, observando uma lágrima escorrer pelo rosto dela.
— Isso não é verdade. — Rebate, com a voz embargada, mas firme em sua defesa.
— Pare de viver nesse mundo de fantasia, você não significa nada para ele. — Garante, puxando-a para um abraço com uma falsa demonstração de conforto. — Faça dessa relação o mesmo que ele faz, transforme em um acordo conveniente para você.
— Você não entende, eu amo o Hunter, ele é o homem dos meus sonhos. — Explica Audrey com lágrimas nos olhos, sua voz carregada de emoção.
— Mas você não é a mulher dos sonhos dele, as peças não se encaixam. — Declara, causando mais lágrimas a escorrerem pelo rosto dela. — Deixe-me preencher o vazio que você carrega no peito. — Sussurra, acariciando delicadamente o rosto dela. — Você pode ter o melhor dos dois mundos, ser a noiva de conveniência de Hunter Hill e ser minha parceira na cama. Garanto que você sempre estará satisfeita. — Conclui, selando seus lábios nos dela com ternura.
O ruído da porta ecoa na sala de reunião, fazendo-os cessar o beijo e olharem em direção à porta, surpresos e constrangidos com a interrupção.
Surpreendida e abalada ao testemunhar aquela cena, Hazel luta para conter suas emoções. Apenas algumas horas atrás, ela era a namorada de Liam, e agora o vê beijando outra mulher. Tentando manter a compostura, ela se aproxima deles e deixa um pequeno pacote sobre a mesa ao lado da bolsa de Audrey.— Senhorita, espero que sirva. Com licença. — Conclui, saindo da sala em silêncio, sob os olhares de Liam e Audrey.— É comum as empregadas não baterem na porta dentro da sua empresa? — Questiona Audrey, visivelmente irritada, enquanto abre o pacote. — Você não deveria ter feito isso. — Repreende, vestindo a camisa branca. — Se isso se espalhar, você acabará com o meu relacionamento.— Você não parecia se importar há alguns minutos, quando a minha língua estava dentro da tua boca. — Vocifera Liam, demonstrando seu domínio sobre ela. — Não precisa se preocupar com ela, consigo controlá-la muito bem.— Espero que isso seja realmente verdade, não quero problemas com Hunter. Você sabe o tempo qu
Hunter caminha inquieto pelo escritório, seus olhos fixos no relógio que parece mover-se mais devagar do que nunca. Irritado, ele lança um olhar de desaprovação para o telefone que permanece silencioso sobre a mesa. Sem mais hesitação, ele abre a porta e caminha até sua secretária.— Senhorita Clarke, a Audrey já retornou? — Questiona Hunter, sua impaciência transparecendo em cada palavra, enquanto lança outro olhar significativo para o relógio.— Ainda não, senhor Hill. — Responde Georgina, captando a expressão irritada dele.— Desmarque todos os meus compromissos. — Ordena com autoridade, enquanto se encaminha decididamente em direção aos elevadores.Hunter não consegue disfarçar sua irritação conforme atravessa os corredores da empresa. Ao chegar à garagem do prédio, ele entra em seu carro e mergulha no tráfego movimentado de Tulsa em direção ao apartamento de Audrey. Ao longo do trajeto, ele tenta ligar para ela várias vezes, mas todas as chamadas são ignoradas, deixando-o ainda m
No majestoso saguão do hotel, Liam pressiona os botões dos elevadores com impaciência, incomodado por ser interrompido naquele momento crucial. Assim que as portas de um dos elevadores se abrem, ele entra rapidamente, acionando repetidamente o botão que o levará ao andar das coberturas. Seus passos no elevador são decididos e rápidos, ressoando no espaço confinado enquanto ele se aproxima de seu destino.Ao alcançar o andar desejado, Liam sai apressado, percorrendo o corredor com determinação, os passos ecoando com firmeza enquanto ele procura por Hazel. Contudo, ao não a encontrar, a frustração toma conta dele, culminando em um soco desferido na porta de seu próprio quarto, como um reflexo de sua raiva contida.— Merda! — Resmunga Liam, retirando o celular do bolso e discando o número de Hazel.Enquanto a ligação chama, ele continua a andar pelo corredor, atento ao som do toque do celular, na esperança de ser direcionado até ela.— Velho maldito! Tinha que me interromper. — Vocifera
No ambiente sereno de seu quarto de hotel, Hunter se move com uma leveza quase imperceptível na cama, detectando o vazio ao seu lado. Embora sinta a tentação de manter os olhos fechados e se refugiar na tranquilidade, o toque persistente de seu celular rompe o silêncio, forçando-o a se erguer e dirigir-se à mesa onde o aparelho repousa.— Alô. — A saudação de Hunter é calma, mas firme, ao atender.— Senhor Hill, bom dia. Temos um compromisso agendado para hoje. Você planeja comparecer? — Questiona o interlocutor, sua voz ecoando com autoridade do outro lado da linha.— Quem está falando? — Questiona, pressionando os olhos, os sinais da bebedeira da noite anterior começando a se manifestar.— Alexander Wesker, CEO da em…— Sei quem você é. — Interrompe, com uma firmeza inabalável. — Não tenho nenhum compromisso agendado com você. Por favor, não me ligue mais. Não tenho o menor interesse em fazer negócios com a sua empresa. — Conclui, encerrando a ligação abruptamente. — Que diabos foi
Após derramar lágrimas incessantes, sem conseguir articular muitas palavras, Hazel se ergue e percorre a pequena sala do apartamento da amiga, o nervosismo evidente em sua expressão, enquanto Cassie assimila a informação recebida.— Você está me dizendo que traiu o Liam? — Indaga Cassie, exibindo choque e surpresa diante da revelação.— Liam é o de menos. — Responde Hazel, detendo-se diante da amiga. — Ontem terminamos o namoro. — Declara, observando a expressão perplexa de Cassie.— Se vocês terminaram, qual é o problema então? — Questiona, em um esforço para compreender o nervosismo de Hazel.— Eu não devia ter tido relações sexuais, especialmente sem usar preservativos, e adivinha só, provavelmente não usamos. — Declara, deixando-se cair no sofá ao lado da amiga. — Acabei de passar pelo processo de fertilização para tentar gerar o bebê da Kristen. — Confessa, sentindo o peso da culpa em seu peito, enquanto lágrimas escorrem de seus olhos. — Se eu engravidar, não terei certeza se o
Audrey observa atentamente enquanto Hunter serve as xícaras de café. Um silêncio pesado reina entre eles, e nos olhos dele transparece todo o desconforto e estresse que o dominam naquele momento, reflexo da postura que ela vem apresentando nos últimos dias.— Você gostaria de me contar o que está acontecendo? — Questiona Hunter, soltando a xícara de café diante dela.— Devo perguntar o mesmo, Hunter? — Rebate Audrey, levando a xícara aos lábios. — Sua agenda parece bastante ocupada, por que fez questão de vir aqui? — Chega de joguinhos, Audrey. — Orienta, o estresse transbordando em suas palavras. — Diga de uma vez o que está acontecendo com você.— Ainda não percebeu? Pensei que você fosse mais perspicaz. — Provoca, observando um sorriso sarcástico brotar nos lábios dele.— Posso dizer o mesmo para você, não é? Porque agindo assim, você só está me convencendo de que não é a profissional excepcional que imaginei. — Afirma, soltando a xícara sobre a mesa. — Está apenas evidenciando o
Hunter fica em silêncio, imerso nas lembranças vívidas da mulher que o visitara em seu quarto na noite anterior, especialmente dos beijos compartilhados entre eles. No entanto, a impaciência de Audrey reverbera pelo ambiente quando ela começa a bater os pés no chão, chamando sua atenção com um gesto de irritação.— Hunter, estou esperando! O que diabos está acontecendo? — Indaga Audrey, os braços cruzados em desagrado evidente.— Audrey, conversaremos mais tarde. Preciso me concentrar no contrato para a reunião desta tarde. — Responde Hunter, abrindo a porta para ocultar sua confusão. — Não se preocupe, foi apenas um mal-entendido. — Conclui, afastando-se do apartamento em direção ao elevador. — Droga! O que aconteceu afinal? — Murmura consigo mesmo, enquanto escuta os passos de Audrey se aproximando.— Hunter, você não vai sair daqui sem me dar uma explicação! — Vocifera, segurando-o firmemente pelo braço, seu olhar transbordando de raiva. — Me explique agora mesmo o que diabos aconte
Após passar um tempo agradável com sua amiga, Hazel retorna ao seu apartamento. E após desfrutar de um banho revigorante, ela se recosta no sofá, mergulhando em seus pensamentos. No entanto, sua tranquilidade é interrompida pelo insistente toque de seu celular, obrigando-a a se levantar e dirigir-se à pequena mesa no canto da sala. Observando o nome de seu chefe piscando no visor, ela hesita em atender, mas diante das repetidas chamadas, acaba cedendo.— Boa tarde, senhor Wesker. — Cumprimenta Hazel ao atender, sua voz revelando uma leve apreensão.— Senhorita Lee, boa tarde. — Responde Alexander, mantendo um tom calmo. — Peço desculpas por te ligar, especialmente considerando que não estava se sentindo muito bem. No entanto, precisamos urgentemente de você no escritório. Surgiu uma reunião com uma nova empresa de tecnologia e precisamos que você nos represente, como gerente da área.— Qual o horário da reunião, senhor Wesker? — Indaga, seu olhar fixo no relógio da parede.— Em uma ho