Hunter percorre a sala de um lado para o outro, enquanto Owen o observa em silêncio, plenamente consciente de que Hunter já expressou toda a sua insatisfação com a resposta que receberam.— Eu sabia, Owen! Nunca foi uma coincidência. — Murmura Hunter, parando abruptamente em frente à mesa e fixando os olhos em Owen.— Hunter, não podemos afirmar com tanta convicção. Você está tirando conclusões precipitadas. Tente manter a calma. — Sugere Owen, buscando acalmar a agitação de seu amigo.— Estou agindo com precipitação? É evidente que tudo foi premeditado, Owen! — Retruca, retomando sua caminhada pela sala com passos firmes. — Qual será o próximo passo?— Nesse caso, teremos que esperar! Se você está afirmando que foi premeditado, em algum momento seremos abordados. — Responde, sua impaciência transparecendo diante das queixas de Hunter.— Então, você está sugerindo que simplesmente não faça nada e espere uma oportunista bater à porta do meu escritório para me chantagear com uma suposta
Audrey, tomada pelo choque da revelação de Hunter, sente as lágrimas escorrerem incessantemente por seu rosto enquanto observa Hunter sentar-se em um silêncio. Em sua mente, as palavras que ouviu no dia anterior ecoam, e o medo de que talvez Liam estivesse certo a atormenta profundamente. A ideia de que Hunter não a ama é uma ferida profunda, uma verdade insuportável que ela não consegue aceitar. O ódio queima em seu peito, mas as palavras parecem presas em sua garganta, incapazes de encontrar uma saída.— Sinto muito, Audrey. — Sussurra Hunter, com a cabeça abaixada.— Como você pode fazer isso comigo? — Pergunta Audrey, sua voz tremendo com a dor que consome seu coração despedaçado.— Não foi planejado, Audrey. — Justifica, ainda relutante em encontrar o olhar dela.— Olhe para mim! — Exige, sua voz tremendo com a raiva contida. — Encare-me, por favor. — Solicita, suas lágrimas escorrendo pelo rosto.— Eu não queria te ferir, Audrey. — Responde, finalmente encontrando coragem para e
Na silenciosa sala de reuniões, enquanto espera para assinar o acordo com Liam, Hazel reflete sobre a decisão que está prestes a tomar e se questiona se realmente pode confiar nele dessa maneira. Afinal, ele deixou claro que é uma pessoa inescrupulosa. Perdida em seus pensamentos, ela relembra todos os momentos que compartilhou com ele, se perguntando como nunca percebeu nenhum sinal de desonestidade por parte dele.— Não me faça perder tempo, Hazel, apenas assine essa merda. — Vocifera Liam, interrompendo seus pensamentos ao adentrar a sala acompanhado pelo advogado.— Não cogito prolongar minha estadia em tua desagradável companhia, Liam. — Responde Hazel, estendendo a mão para Ronald, que lhe entrega uma das cópias do contrato.Ao pegar o documento, Hazel lê meticulosamente cada cláusula descrita no contrato. Ao chegar ao final do documento, nota as assinaturas de Liam e Ronald já presentes. Ela puxa uma caneta que repousa sobre a mesa e assina, recebendo em seguida as outras cópias
Hazel, assustada, retrocede alguns passos até sentir seu corpo se chocar com a parede. O medo percorre cada fibra de seu ser, e Liam sorri satisfeito ao perceber o desespero refletido em seus olhos. Ele se aproxima e espalma com força as mãos ao lado da cabeça dela, fazendo-a fechar os olhos involuntariamente.— Onde está todo o teu deboche de minutos atrás? — Indaga Liam, aproximando ainda mais seu corpo do dela. — Abre os olhos, docinho. Confesso que ao te ver assim, tão submissa a mim, sinto uma imensa vontade de te colocar de quatro naquela mesa. — Provoca, observando a expressão de repulsa dela.— Me deixe em paz, Liam. — Implora Hazel, quase em um sussurro, mantendo os olhos fechados e apertando com força o envelope que segura. — Já estou de saída.— Qual é a pressa, gostosa? Ainda temos tempo de dar uma rapidinha. Digo isso porque sei que você se desmancha rapidinho ao me sentir dentro de você. — Provoca, recebendo um olhar de nojo em resposta. — Estou ficando excitado só de le
Sozinha em seu apartamento, Hazel chorou por horas a fio, encolhida em seu travesseiro. Esse dia, sem dúvida, ficaria marcado como um dos piores de sua vida. Ela se viu envolvida em uma situação que não apenas abalou o curso de sua vida, mas também colocou em xeque o sonho de sua irmã. Mesmo sabendo que não teve escolha naquilo que aconteceu, ainda assim, a culpa a consumia. Imersa em sua tristeza, ela passou os dias seguintes trancada em seu apartamento, enquanto o mundo lá fora seguia seu curso.Enquanto isso, Hunter optou por passar os dias em viagens a negócios, buscando uma fuga de seus problemas com Audrey. Desde que admitiu ter estado com outra mulher, ela se tornou um ponto de conflito em sua vida. Mesmo longe do escritório, Audrey continuava a buscar respostas sobre o que acontecera, questões para as quais ele mesmo não tinha respostas.Na sede da NexGen, o ambiente tranquilo entre os funcionários é rapidamente interrompido pelos passos decididos de um salto alto ecoando pelo
O silêncio na sala é dilacerado pelos soluços angustiantes de Kristen, cujo pranto ressoa pelas paredes. Hazel se levanta, movida pela compaixão, mas é repelida com violência pela irmã. Num acesso de fúria, Kristen golpeia a mesa, arremessando os testes de gravidez com força.— Isso não é justo! — Grita Kristen, enquanto é envolvida pelos braços trêmulos de Hazel.— Sinto muito, irmã. — Murmura Hazel, seus dedos acariciando suavemente os cabelos de Kristen, enquanto o desespero paira no ar.— O que fiz para merecer isso? — Indaga, sua voz trêmula e embargada pelas lágrimas. — Por que não posso receber a dádiva de ser mãe? Depois de tudo que passei, após terem levado embora a vida do meu bebê. Deus sabe o quanto lutei por aquela gravidez. Por que ele o levou de mim? E agora, sinto-me tão incapaz, tão impotente, meus óvulos não puderam fecundar novamente. — Desabafa, enquanto a dor dilacera seu coração.— Não vamos perder a fé, irmã. Ainda temos o exame para realizar com o doutor Jones.
Ao sair do consultório do médico, Hazel caminha pelas ruas de Tulsa, mergulhada em seus pensamentos, absorvendo cada detalhe da conversa que teve com o médico. Ela é abruptamente interrompida pelo toque insistente de seu celular.— Alô. — Cumprimenta Hazel ao atender, tentando esconder qualquer vestígio de emoção em sua voz.— Que saudades de ouvir a tua voz, meu amor. — Comenta Liam, com um tom sarcástico.— Não me ligu…— Calma, querida, só quero conversar. — Afirma, cortando sua fala. — Ainda lembro da sua agenda, liguei para confirmar se você está grávida?— Isso não é da sua conta, Liam. O que você quer, afinal?— Só para confirmar se terei o prazer de vê-la mentindo para a Kristen, não acha coincidência demais você engravidar na última tentativa? Especialmente depois de tantas tentativas frustradas.— Você é um babaca. — Vocifera, finalizando a ligação abruptamente.Hazel volta a caminhar pelas ruas movimentadas de Tulsa, decidida a ignorar as provocações de Liam. Enquanto obser
Após a confirmação da gravidez, Kristen e Evan intensificaram seus cuidados com Hazel. Mesmo resignada, ela atende aos pedidos do casal para tranquilizá-los, embora o médico tenha assegurado que a gestação será tranquila. Conforme os dias avançam, um sutil desânimo toma conta de Hazel, que percebe a drástica mudança em sua vida.— Como foi a consulta? — Questiona Cassie, recostada na cama de Hazel.— Emocionante como sempre. Kristen está radiante com esse bebê, é tão bom vê-la assim. — Responde Hazel, fazendo um coque em seus cabelos. — Um mês carregando um serzinho dentro de mim, é algo surreal.— Conte-me logo, qual o sexo do bebê?— Cassie, não faço a menor ideia. Kristen e Evan optaram por não descobrir o sexo do bebê. — Responde, enquanto aplica cuidadosamente rímel em seus cílios diante do espelho.— E como você se sente com a possibilidade de ser mãe des...— Eu não sou a mãe desse bebê. — Responde, interrompendo-a firmemente. — Kristen é a mamãe desse bebê. Aquela noite não pa