Sozinha em seu apartamento, Hazel chorou por horas a fio, encolhida em seu travesseiro. Esse dia, sem dúvida, ficaria marcado como um dos piores de sua vida. Ela se viu envolvida em uma situação que não apenas abalou o curso de sua vida, mas também colocou em xeque o sonho de sua irmã. Mesmo sabendo que não teve escolha naquilo que aconteceu, ainda assim, a culpa a consumia. Imersa em sua tristeza, ela passou os dias seguintes trancada em seu apartamento, enquanto o mundo lá fora seguia seu curso.Enquanto isso, Hunter optou por passar os dias em viagens a negócios, buscando uma fuga de seus problemas com Audrey. Desde que admitiu ter estado com outra mulher, ela se tornou um ponto de conflito em sua vida. Mesmo longe do escritório, Audrey continuava a buscar respostas sobre o que acontecera, questões para as quais ele mesmo não tinha respostas.Na sede da NexGen, o ambiente tranquilo entre os funcionários é rapidamente interrompido pelos passos decididos de um salto alto ecoando pelo
O silêncio na sala é dilacerado pelos soluços angustiantes de Kristen, cujo pranto ressoa pelas paredes. Hazel se levanta, movida pela compaixão, mas é repelida com violência pela irmã. Num acesso de fúria, Kristen golpeia a mesa, arremessando os testes de gravidez com força.— Isso não é justo! — Grita Kristen, enquanto é envolvida pelos braços trêmulos de Hazel.— Sinto muito, irmã. — Murmura Hazel, seus dedos acariciando suavemente os cabelos de Kristen, enquanto o desespero paira no ar.— O que fiz para merecer isso? — Indaga, sua voz trêmula e embargada pelas lágrimas. — Por que não posso receber a dádiva de ser mãe? Depois de tudo que passei, após terem levado embora a vida do meu bebê. Deus sabe o quanto lutei por aquela gravidez. Por que ele o levou de mim? E agora, sinto-me tão incapaz, tão impotente, meus óvulos não puderam fecundar novamente. — Desabafa, enquanto a dor dilacera seu coração.— Não vamos perder a fé, irmã. Ainda temos o exame para realizar com o doutor Jones.
Ao sair do consultório do médico, Hazel caminha pelas ruas de Tulsa, mergulhada em seus pensamentos, absorvendo cada detalhe da conversa que teve com o médico. Ela é abruptamente interrompida pelo toque insistente de seu celular.— Alô. — Cumprimenta Hazel ao atender, tentando esconder qualquer vestígio de emoção em sua voz.— Que saudades de ouvir a tua voz, meu amor. — Comenta Liam, com um tom sarcástico.— Não me ligu…— Calma, querida, só quero conversar. — Afirma, cortando sua fala. — Ainda lembro da sua agenda, liguei para confirmar se você está grávida?— Isso não é da sua conta, Liam. O que você quer, afinal?— Só para confirmar se terei o prazer de vê-la mentindo para a Kristen, não acha coincidência demais você engravidar na última tentativa? Especialmente depois de tantas tentativas frustradas.— Você é um babaca. — Vocifera, finalizando a ligação abruptamente.Hazel volta a caminhar pelas ruas movimentadas de Tulsa, decidida a ignorar as provocações de Liam. Enquanto obser
Após a confirmação da gravidez, Kristen e Evan intensificaram seus cuidados com Hazel. Mesmo resignada, ela atende aos pedidos do casal para tranquilizá-los, embora o médico tenha assegurado que a gestação será tranquila. Conforme os dias avançam, um sutil desânimo toma conta de Hazel, que percebe a drástica mudança em sua vida.— Como foi a consulta? — Questiona Cassie, recostada na cama de Hazel.— Emocionante como sempre. Kristen está radiante com esse bebê, é tão bom vê-la assim. — Responde Hazel, fazendo um coque em seus cabelos. — Um mês carregando um serzinho dentro de mim, é algo surreal.— Conte-me logo, qual o sexo do bebê?— Cassie, não faço a menor ideia. Kristen e Evan optaram por não descobrir o sexo do bebê. — Responde, enquanto aplica cuidadosamente rímel em seus cílios diante do espelho.— E como você se sente com a possibilidade de ser mãe des...— Eu não sou a mãe desse bebê. — Responde, interrompendo-a firmemente. — Kristen é a mamãe desse bebê. Aquela noite não pa
Com uma expressão de interesse, Hunter observa o nervosismo evidente na mulher que permanece imóvel diante da mesa. Ajeitando-se com calma na cadeira, ele cruza os braços, mantendo os olhos fixos nela, aguardando silenciosamente que tome lugar. Enquanto, Hazel desliza discretamente as mãos pela saia, tentando disfarçar o suor que lhe escorre pelas mãos, ciente da intensidade do olhar penetrante do homem, que a faz sentir-se vulnerável. O medo a envolve completamente, sobretudo ao considerar a possibilidade de que ele também recorde os acontecimentos daquela fatídica noite.— O que está aguardando? — Questiona Hunter, sua voz ressoando autoritária pela sala. — Precisa de um convite para se acomodar? — Indaga, estudando minuciosamente as expressões de Hazel. — Devo prosseguir ou já fui suficientemente idiota? — Pergunta, deixando evidente que escutou o resmungo dela na recepção.— Desculpe. — Sussurra Hazel, sentando-se na cadeira com a cabeça baixa, buscando recuperar a compostura. — P
Um calafrio percorre a espinha de Hazel, enquanto o medo começa a dominá-la diante das palavras de Hunter. Ela temia profundamente que ele se lembrasse dela.— Acho que o senhor está me confundindo. — Responde Hazel, tentando disfarçar o nervosismo em sua voz.— Não, não estou. — Afirma Hunter, aproximando-se e parando próximo dela, transmitindo uma aura intimidadora. — Qual é o seu jogo? — Questiona, virando bruscamente a cadeira dela e encarando-a intensamente.— Me… Meu jogo? — Pergunta, sua voz trêmula denunciando o nervosismo que a consome.— Você quase conseguiu me enganar. — Vocifera, pousando suas mãos nos apoios da cadeira, deixando Hazel presa entre seus braços. — Comece a falar, quais são os seus planos?Hazel segura com firmeza os lados da cadeira, sua respiração acelerada demonstrando todo o seu nervosismo, enquanto tenta escapar daquele interrogatório opressivo. Instintivamente, ela leva a mão à barriga, como se quisesse proteger aquele bebê. A mera ideia de ele descobri
Com aquelas palavras, Hazel começa a se questionar sobre o que exatamente aquele homem a está acusando, evitando falar qualquer coisa que possa lhe comprometer. Ela se mantém em silêncio, na esperança de entender o que está acontecendo, enquanto sente o olhar acusador dele.— Estou aguardando uma resposta clara, senhorita Lee. — Comenta Hunter, sua expressão séria e determinada transmite uma aura de pressão crescente.— Por favor, senhor Hill, seja mais claro. Pois não estou compreendendo a acusação. — Responde Hazel, tentando manter a calma e entender a situação, embora a incerteza a esteja consumindo por dentro.— Pare com todo esse teatro. — Vocifera, irritado, batendo a mão com força na mesa. — Você não precisa fingir. Eu a vi em vários eventos ao lado de Liam Murray. — Informa, observando a expressão dela suavizar diante do esclarecimento. — Você é a namorada dele, não é?Hazel deixa escapar um leve suspiro aliviado, percebendo que toda a acusação dele é devido à sua relação com
Hunter adentra sua sala, consumido por uma insatisfação que o atormenta. Sua mente é assombrada pela imagem de Hazel, encolhida na cadeira, visivelmente acuada enquanto ele a acusava de estar ali apenas para roubar informações. As palavras de Liam ecoam em seus ouvidos, fazendo-o questionar profundamente o que realmente aconteceu entre eles.— Hunter, sinceramente, preciso muito saber. — Declara Owen, adentrando a sala com um semblante que denota sua curiosidade, fechando a porta com um gesto decidido. — Me fale o que está acontecendo aqui.— O que exatamente você quer saber? — Pergunta Hunter, fitando-o com uma expressão séria, aguardando ansiosamente pela pergunta que seguirá.— Que tal começar pelo fato de eu ter que ficar de babá na sala de reunião? — Indaga, acomodando-se em frente ao amigo, sua expressão revelando curiosidade. — Qual é a importância daquela mulher?— Nenhuma, Owen. Ela veio apenas para a entrevista. — Responde, concentrando toda a sua atenção no amigo.— Hunter,