Na silenciosa sala de reuniões, enquanto espera para assinar o acordo com Liam, Hazel reflete sobre a decisão que está prestes a tomar e se questiona se realmente pode confiar nele dessa maneira. Afinal, ele deixou claro que é uma pessoa inescrupulosa. Perdida em seus pensamentos, ela relembra todos os momentos que compartilhou com ele, se perguntando como nunca percebeu nenhum sinal de desonestidade por parte dele.— Não me faça perder tempo, Hazel, apenas assine essa merda. — Vocifera Liam, interrompendo seus pensamentos ao adentrar a sala acompanhado pelo advogado.— Não cogito prolongar minha estadia em tua desagradável companhia, Liam. — Responde Hazel, estendendo a mão para Ronald, que lhe entrega uma das cópias do contrato.Ao pegar o documento, Hazel lê meticulosamente cada cláusula descrita no contrato. Ao chegar ao final do documento, nota as assinaturas de Liam e Ronald já presentes. Ela puxa uma caneta que repousa sobre a mesa e assina, recebendo em seguida as outras cópias
Hazel, assustada, retrocede alguns passos até sentir seu corpo se chocar com a parede. O medo percorre cada fibra de seu ser, e Liam sorri satisfeito ao perceber o desespero refletido em seus olhos. Ele se aproxima e espalma com força as mãos ao lado da cabeça dela, fazendo-a fechar os olhos involuntariamente.— Onde está todo o teu deboche de minutos atrás? — Indaga Liam, aproximando ainda mais seu corpo do dela. — Abre os olhos, docinho. Confesso que ao te ver assim, tão submissa a mim, sinto uma imensa vontade de te colocar de quatro naquela mesa. — Provoca, observando a expressão de repulsa dela.— Me deixe em paz, Liam. — Implora Hazel, quase em um sussurro, mantendo os olhos fechados e apertando com força o envelope que segura. — Já estou de saída.— Qual é a pressa, gostosa? Ainda temos tempo de dar uma rapidinha. Digo isso porque sei que você se desmancha rapidinho ao me sentir dentro de você. — Provoca, recebendo um olhar de nojo em resposta. — Estou ficando excitado só de le
Sozinha em seu apartamento, Hazel chorou por horas a fio, encolhida em seu travesseiro. Esse dia, sem dúvida, ficaria marcado como um dos piores de sua vida. Ela se viu envolvida em uma situação que não apenas abalou o curso de sua vida, mas também colocou em xeque o sonho de sua irmã. Mesmo sabendo que não teve escolha naquilo que aconteceu, ainda assim, a culpa a consumia. Imersa em sua tristeza, ela passou os dias seguintes trancada em seu apartamento, enquanto o mundo lá fora seguia seu curso.Enquanto isso, Hunter optou por passar os dias em viagens a negócios, buscando uma fuga de seus problemas com Audrey. Desde que admitiu ter estado com outra mulher, ela se tornou um ponto de conflito em sua vida. Mesmo longe do escritório, Audrey continuava a buscar respostas sobre o que acontecera, questões para as quais ele mesmo não tinha respostas.Na sede da NexGen, o ambiente tranquilo entre os funcionários é rapidamente interrompido pelos passos decididos de um salto alto ecoando pelo
O silêncio na sala é dilacerado pelos soluços angustiantes de Kristen, cujo pranto ressoa pelas paredes. Hazel se levanta, movida pela compaixão, mas é repelida com violência pela irmã. Num acesso de fúria, Kristen golpeia a mesa, arremessando os testes de gravidez com força.— Isso não é justo! — Grita Kristen, enquanto é envolvida pelos braços trêmulos de Hazel.— Sinto muito, irmã. — Murmura Hazel, seus dedos acariciando suavemente os cabelos de Kristen, enquanto o desespero paira no ar.— O que fiz para merecer isso? — Indaga, sua voz trêmula e embargada pelas lágrimas. — Por que não posso receber a dádiva de ser mãe? Depois de tudo que passei, após terem levado embora a vida do meu bebê. Deus sabe o quanto lutei por aquela gravidez. Por que ele o levou de mim? E agora, sinto-me tão incapaz, tão impotente, meus óvulos não puderam fecundar novamente. — Desabafa, enquanto a dor dilacera seu coração.— Não vamos perder a fé, irmã. Ainda temos o exame para realizar com o doutor Jones.
Ao sair do consultório do médico, Hazel caminha pelas ruas de Tulsa, mergulhada em seus pensamentos, absorvendo cada detalhe da conversa que teve com o médico. Ela é abruptamente interrompida pelo toque insistente de seu celular.— Alô. — Cumprimenta Hazel ao atender, tentando esconder qualquer vestígio de emoção em sua voz.— Que saudades de ouvir a tua voz, meu amor. — Comenta Liam, com um tom sarcástico.— Não me ligu…— Calma, querida, só quero conversar. — Afirma, cortando sua fala. — Ainda lembro da sua agenda, liguei para confirmar se você está grávida?— Isso não é da sua conta, Liam. O que você quer, afinal?— Só para confirmar se terei o prazer de vê-la mentindo para a Kristen, não acha coincidência demais você engravidar na última tentativa? Especialmente depois de tantas tentativas frustradas.— Você é um babaca. — Vocifera, finalizando a ligação abruptamente.Hazel volta a caminhar pelas ruas movimentadas de Tulsa, decidida a ignorar as provocações de Liam. Enquanto obser
Após a confirmação da gravidez, Kristen e Evan intensificaram seus cuidados com Hazel. Mesmo resignada, ela atende aos pedidos do casal para tranquilizá-los, embora o médico tenha assegurado que a gestação será tranquila. Conforme os dias avançam, um sutil desânimo toma conta de Hazel, que percebe a drástica mudança em sua vida.— Como foi a consulta? — Questiona Cassie, recostada na cama de Hazel.— Emocionante como sempre. Kristen está radiante com esse bebê, é tão bom vê-la assim. — Responde Hazel, fazendo um coque em seus cabelos. — Um mês carregando um serzinho dentro de mim, é algo surreal.— Conte-me logo, qual o sexo do bebê?— Cassie, não faço a menor ideia. Kristen e Evan optaram por não descobrir o sexo do bebê. — Responde, enquanto aplica cuidadosamente rímel em seus cílios diante do espelho.— E como você se sente com a possibilidade de ser mãe des...— Eu não sou a mãe desse bebê. — Responde, interrompendo-a firmemente. — Kristen é a mamãe desse bebê. Aquela noite não pa
Com uma expressão de interesse, Hunter observa o nervosismo evidente na mulher que permanece imóvel diante da mesa. Ajeitando-se com calma na cadeira, ele cruza os braços, mantendo os olhos fixos nela, aguardando silenciosamente que tome lugar. Enquanto, Hazel desliza discretamente as mãos pela saia, tentando disfarçar o suor que lhe escorre pelas mãos, ciente da intensidade do olhar penetrante do homem, que a faz sentir-se vulnerável. O medo a envolve completamente, sobretudo ao considerar a possibilidade de que ele também recorde os acontecimentos daquela fatídica noite.— O que está aguardando? — Questiona Hunter, sua voz ressoando autoritária pela sala. — Precisa de um convite para se acomodar? — Indaga, estudando minuciosamente as expressões de Hazel. — Devo prosseguir ou já fui suficientemente idiota? — Pergunta, deixando evidente que escutou o resmungo dela na recepção.— Desculpe. — Sussurra Hazel, sentando-se na cadeira com a cabeça baixa, buscando recuperar a compostura. — P
Um calafrio percorre a espinha de Hazel, enquanto o medo começa a dominá-la diante das palavras de Hunter. Ela temia profundamente que ele se lembrasse dela.— Acho que o senhor está me confundindo. — Responde Hazel, tentando disfarçar o nervosismo em sua voz.— Não, não estou. — Afirma Hunter, aproximando-se e parando próximo dela, transmitindo uma aura intimidadora. — Qual é o seu jogo? — Questiona, virando bruscamente a cadeira dela e encarando-a intensamente.— Me… Meu jogo? — Pergunta, sua voz trêmula denunciando o nervosismo que a consome.— Você quase conseguiu me enganar. — Vocifera, pousando suas mãos nos apoios da cadeira, deixando Hazel presa entre seus braços. — Comece a falar, quais são os seus planos?Hazel segura com firmeza os lados da cadeira, sua respiração acelerada demonstrando todo o seu nervosismo, enquanto tenta escapar daquele interrogatório opressivo. Instintivamente, ela leva a mão à barriga, como se quisesse proteger aquele bebê. A mera ideia de ele descobri