DominicEstou tendo um mau pressentimento. Algo me diz que aqueles crápulas não vieram da Itália apenas para uma reunião. Por isso, tento me prevenir de todas as formas, mas uma angústia no peito me avisa que algo ruim está por vir...Já faz alguns dias que enviamos Benjamin em uma missão de reconhecimento nas redondezas do hotel onde as meninas vão entrar em ação para roubar o documento que precisamos. Enquanto isso, tenho observado Chloè se esforçando ao máximo nos treinamentos, mas, quando chega em casa, a tristeza a domina. Acredito que seja por causa da ausência dele. Tenho tentado ficar perto dela para que não se sinta tão só, mas espero que Benjamin consiga as informações que precisamos. O dia do ataque está se aproximando, e preciso desses dados para organizar as estratégias e garantir que as meninas não corram riscos.Acordo cedo e decido sair para correr, tentar esfriar a cabeça, pois a preocupação está me consumindo. Sei que, dentro da fortaleza, minhas irmãs estão seguras,
Chloé passou o dia praticamente todo fora de casa, e acredito que esqueceu que, embora estejamos de folga do treinamento de luta, ainda temos aulas com a Ximena. Fico pensando se terei que enfrentar a cortesã sozinha. Decido sair do quarto e desço as escadas em direção ao nosso cantinho, esperando mais um pouco. No entanto, sou surpreendida por Dominic, que está saindo do escritório totalmente transtornado. Seu estado me causa um certo receio de me aproximar. Ali não está o meu irmão doce, mas sim um demônio diante de mim... Ele está completamente fora de si, e seu rosto deixa isso muito claro. Seus olhos, normalmente calmos e calculistas, agora brilham com uma fúria que nunca vi antes. Não sou boba e olho para Danilo, que vem logo atrás dele, acompanhado pelos outros, todos com armas nas mãos. Seja o que for que esteja acontecendo, é melhor me manter calada. Fico ainda mais assustada quando sou praticamente arrastada por Danilo até uma estante. Surpreendo-me quando ele a empurra, rev
No Hotel- Como assim, porra? Vocês são loucos? Como ousaram tentar invadir a porra da fortaleza deles? Perderam a noção do perigo? Acham mesmo que eles ficarão de braços cruzados? - Esbraveja O Chefe.- Cemile, logo você, minha menina. Você é o cérebro por trás de todo o nosso capital nos últimos anos. Estudou nas melhores escolas, te preparei da melhor maneira que eu podia para te deixar longe dos radares de Don Giorgi Montanaro. Mesmo porque, até hoje, não conseguimos encontrar o maldito neto dele. Eles esconderam muito bem aquele fedelho, que hoje já é um homem e com certeza vai querer se vingar pelo que fizemos no passado. Você sempre foi a mais esperta da família, Cemile. O fedelho do seu irmão só cumpre ordens, e, depois de tanto esforço que eu fiz para transformar O Monopólio no tamanho que é hoje, ele quase colocou tudo a perder por uma Montanaro. Ivan não tem condições de assumir sem ter você como a mente por trás da Organização. Então, eu te pergunto, minha menina: como voc
Quando a ideia de levar Emy para conhecer minha casa e nosso futuro lar dentro da fortaleza surgiu em minha mente, não imaginei que a diabinha aceitaria com segundas intenções. Ela deixou isso claro ainda enquanto eu pilotava a moto, suas mãos deslizando pelo meu corpo com uma ousadia que me fez soltar um gemido baixo e involuntário. A brisa da noite batia em nosso rosto, misturada ao cheiro de gasolina e ao calor do motor entre nossas pernas. Suas unhas arranhavam levemente minha camisa, e eu senti o toque dela alcançar meu pau, já duro e latejando contra a bermuda. Acelerei um pouco mais, ansioso para estarmos a sós. Por sorte, deixei apenas os seguranças em casa e dispensei a mulher da limpeza, tendo o espaço apenas para nós...Assim que estacionei a moto, o som do motor ecoou pelo silêncio da noite antes de se apagar. Fiz questão de levá-la até a área da piscina, onde sabia que ela iria adorar. O cheiro de cloro e o frescor da água parada enchiam o ar. Não me surpreendi ao ver o b
Logo após termos organizado por onde cada grupo vai atacar, ficamos a observar o melhor momento para entrarmos em ação, o que demora um pouco devido ao fato de O Monopólio ter triplicado a segurança deste navio, o que indica que eles pretendem tentar voltar a crescer. Enquanto estou a esperar o momento certo para dar início ao plano de invadir o armazém, vejo quando mais homens começam a chegar, olho a hora e começo a ficar irritado; afinal, já era para termos dado início ao plano. Bem se aproxima de mim...— Demônio, acha que vamos dar conta com os irmãos que trouxemos? Pela movimentação, eles estão esperando serem atacados. Não pensamos nessa hipótese, uma falha nossa...— Não se preocupe com isso, Demolidor. Vamos dar mais um tempo e entraremos como os fantasmas que costumamos ser quando é preciso...Vejo Danilo me olhar e vestir a sua máscara de crueldade e sou um sorrisinho com a possibilidade de causar um bom estrago nesse lugar. Claro que estamos a correr riscos, mas é necessá
O silêncio na sala ficou absurdo diante de uma Chloé sedutora, totalmente diferente da menina meiga e recatada que sempre foi. Pergunto-me onde a minha princesinha colocou a vergonha para agir assim e, de verdade, eu não faço a mínima ideia, mas é um sinal de que as aulas com a cortesã surtiram bastante efeito... E quando ela vem na minha direção com aquela roupa provocante e o sorriso tentador, preciso buscar o meu máximo controle para não tirá-la daqui e ir a um lugar mais reservado para tomar o que é meu... O toque suave, as mãos macias, o perfume inebriante e o sorriso provocador são um combustível para o meu desejo que inflama a cada segundo. Tento afastar os meus mais impuros e insanos pensamentos, levantando-me e abraçando-a forte apenas para sussurrar em seu ouvido. — Minha princesinha, não faz isso, está indo longe demais e eu não estou conseguindo mais me controlar... O sorriso estampado no rosto de Chloé é um arsenal para o desejo que tenho de tomá-la para mim. Decido sa
Desde que acordei, estou ansioso pelo contato do meu homem no porto e até agora nada. Por algum motivo, sinto cheiro de problemas de novo. Enquanto estou à espera de notícias, lembro do imprestável do meu filho, que ainda não me deu notícias sobre a movimentação na frente daquela maldita casa. Tudo está no escuro, e o que eu preciso são respostas que são tão fáceis de dar...Andando de um lado para o outro dentro do quarto de hotel, a ansiedade fica cada vez maior. Vou até o bar e coloco uma dose dupla de whisky sem gelo. Depois de virar a bebida de uma vez, irritado, jogo o copo na parede no momento em que a Cemile entra no quarto sem bater...— Papai, encontrei algo. Não sei se é importante, mas vem dar uma olhada. Achei bem interessante...— Do que está falando, filha? — Pergunto ao notar o brilho em seus olhos. Espero de verdade que seja algo proveitoso...Uma propriedade em nome de Andrew Montanaro, comprada há vinte e três anos... Localizada em São Paulo... Isso só pode ser brin
TylerVer o desespero na voz do crápula me dá vontade de sair do hotel e atirar até descarregar a última bala. Mas, como não posso fazer isso ainda, preciso manter a pose de homem de negócios e fico ali, junto com os outros, observando a performance das minhas meninas e esperando a explicação do crápula para tantos gritos.Para vir a esta reunião, fiz documentos falsos para as meninas e para mim. Afinal, tenho uma vítima para conquistar a confiança, e sei que, mesmo usando meu "nome verdadeiro" para algumas coisas, ainda é preferível me manter no baixo radar.Depois de mais alguns xingamentos e a Chloé descer da mesa em que dançava, volto minha atenção ao que viemos fazer e foco na Cemile, que me olha com desconfiança.— Nossa, o que será que aconteceu para o seu pai ficar tão irritado assim? — pergunto, olhando em seus olhos.Mais uma vez, ela me encara com curiosidade.— Não acredito que queira mesmo saber sobre os negócios do meu pai. Como você tem sido gentil comigo, vou te dar um