Eleanor estava se sentindo eufórica quando viu a notícia de que Marcos não resistiu aos ferimentos e faleceu. Para ela foi um alívio, pois havia se livrado dele sem esforço. Mariana: Mãe ele morreu! - Chorava deitada no colo da mãe que a consolava.Eleanor: Minha filha sabe que era arriscada a ação dele. Você precisa pensar agora no seu casamento, no seu filho. - Mariana chorou cheia de remorso, pois não havia falado com Marcos que ele seria pai.Eleanor: Reage! - Pegou-a pelos ombros, a sacudiu, olhando nos seus olhos. - Você ficará aqui em casa comigo por alguns dias antes do casamento. Inventarei uma história para seu sogro. - Ela vai para seu quarto, pega o celular na mesa de cabeceira e faz uma ligação. Sr. Christian: Eleanor, como está? Que bom ter me ligado. Preciso mesmo falar com você. Podemos nos encontrar no restaurante para tomarmos um chá da tarde?Eleanor: Claro que sim. Pode antecipar o assunto?Sr. Christian: É sobre o casamento de nossos filhos. - Eleanor concorda e
Plínio chegou em casa por volta das 19 horas e logo foi para o quarto, para tomar seu banho habitual, como era de costume quando chegava em casa do trabalho. Após ver a sala de estar, vestir uma roupa confortável, ele desceu para a sala de estar do local onde estavam Mariana e Eleanor.Plínio: Viram o noticiário? Pois é, estava um policial na indústria me interrogando. Nem me lembrava daquele funcionário. Tenho ficado tão pouco lá e agora preciso dar informações de um funcionário sociopata que sequestra a irmã. Ele conseguiu entrar no galpão, estava abandonado. Qualquer um entraria lá. - Passa a mão na cabeça, senta no sofá e respira fundo.Eleanor e Mariana se olharam assustados e permaneceram em silêncio. Mariana se lembrou que o apartamento da família estava sendo utilizado por ele e ele tinha a chave e que mais cedo ou mais tarde o pai saberia do seu envolvimento com ele.Mariana: Desculpa paizinho, mas preciso encontrar com minhas amigas. Preciso me aprontar, já estou ficando atr
Na manhã seguinte, ainda cedo, Evans saiu do prédio onde morava e foi para a mansão Smith. Chegou e encontrou sua irmã Celine já preparada para ir em sua consulta habitual.Celine: Chegando cedo seu lindo! - Deu um beijo no rosto dele e ele correspondeu.Sra. Karla: Você veio para o desjejum ou para ver Mariana? Se for para o café vamos começar agora e Mariana não está. A mãe dela ligou e disse que ficaria na casa dela por uns dias para os preparativos do casamento. - Celine olhou para Evans.Evans: Nem um nem outro. Hoje levarei Celine para a consulta. - Ele pisca para Celine e Karla olha com um pouco de estranheza - A prometi ontem que iria com ela e depois almoçamos juntos.Sra. Karla: Então está bem. Promessa é dívida. Só espere ela fazer o desjejum.Celine: Já estou pronta. Comi uns biscoitos na cozinha antes de assistir o telejornal com papai. Vamos Evans? - Pegou a bolsa que estava na cadeira, agarrou o braço do irmão e saíram da mansão.Ela estava com todo o sorriso porque es
O celular de Flávia vibra e ela vê que é uma mensagem de Theo: "o enterro de Marcos será às 15 horas de hoje". Ela responde: "Ficarei aqui com Mayara, pode falar com a mãe dela para não se preocupar."Flávia: O enterro será às 15 horas. Ficarei aqui com você. - Mayara não respondeu, ficou olhando para o nada.Mayara: Sabe, eu era uma criança muito alegre. Sempre gostei muito de brincar com minhas amigas, os vizinhos, minha irmã e brincava até sozinha. - Riu - Mas o que me aconteceu me fez ficar mais na rua do que em casa. Eu gostava de ficar com as amigas e não gostava de voltar para casa. Fora de casa era sempre mais seguro.Flávia sentou no sofá e ficou ouvindo com atenção o que ela falava sobre algo que ela nunca imaginou.Mayara: Quando completei doze anos de idade me libertei dos abusos sexuais, mas não dos abusos físicos e psicológicos. Marcos me batia por qualquer coisa. Ele falava para meu pai que meus amigos eram meus machos e minhas amigas vadias. E meu pai, sempre acredita
Na Vila, a família de Mayara se preparava para o enterro de Marcos. Marcela: Avisaram a todos sobre o horário do enterro? - Entrou no quarto perguntando para Alice.Alice: Enviei para toda a família. Mãe você está bem?Marcela: Filha, a gente nunca imagina que vai enterrar um filho. É só um sentimento grande de culpa por não entender onde foi que errei.Alice: A senhora é uma excelente mãe. Não foi o que ensinaram ou deixaram de ensinar. Foi um tipo de escolha dele.Alice dá um abraço apertado na mãe e depois continua a se vestir para ir ao cemitério. Manuel e os meninos estão sentados no sofá da sala aguardando as caronas de Théo e de Jonas que também haviam se prontificado a acompanhá-los.De repente uma buzina tocou e era Theo estava aguardando no portão, em seu palio cinza. Não demorou muito, chegou Jonas em seu Hyundai IX35 preto. Theo levou os meninos e Jonas levou o casal e Alice. Já dentro do carro de Jonas.Jonas: E a Flávia? Não a vi com o noivo. Será que ela vai?Manuel o
Jonas aproveitou a saída de Evans e Celine e os acompanhou. Celine foi deixada na mansão Smith. Evans não entrou e foi para o apartamento tomar um banho. Jonas foi para o hospital, queria ver a amiga Flávia. Chegou no hospital, buscou informações sobre onde Mayara estava internada. A recepcionista percebeu que ele também era uma pessoa da elite da cidade, pois trajava roupas e calçados originais. Seguiu o corredor, apertou o botão para subir, o elevador chegou, ele subiu para o quarto andar.Já na porta do quarto ele ajeita o cabelo e bate na porta. Flávia atende a porta e toma um susto. Fecha a porta com um ar pálido e olhando assustada para Mayara.Flávia: Sabe quem está aí fora? - Mayara achou que era Evans. - Jonas. Você acredita? - Mayara arregalou os olhos e riu.Mayara: kkkkk Acho que ele está apaixonado. Não veio me visitar. Abra a porta.Flávia foi ao banheiro, olhou-se no espelho e voltou para a porta abrindo-a. Flávia: Que surpresa você por aqui. Evans não está. - Fala me
Evans chegou no apartamento, agora com o pensamento mais tranquilo conseguiu verificar suas mensagens de trabalho. Sentou-se na escrivaninha que ficava no mini escritório e até mesmo a decoração era bem parecida, porém em versão menor, devido ao tamanho da sala.Abriu o notebook que repousava na mesa e começou a ler as mensagens. Viu uma em especial que o deixou bem preocupado. Era sobre uma empresa de São Paulo, capital, do ramo de cosméticos que ele estava tentando agregar ao grupo. Parecia que a vida agitada de uns meses para cá havia tirado dele a atenção dos negócios. Sentiu que precisava retomar a rédeas, urgente.O e-mail dizia que: "Existe outro grupo que está interessado na empresa e estamos prestes a fechar com eles. Mas ainda há uma oportunidade para seu grupo. Teremos uma reunião com os acionistas amanhã. Horário da reunião, às 16 horas, no escritório central, no Brooklin novo. Caso ainda tenha interesse, estaremos lá."Brooklin Paulista é um bairro nobre onde estão instal
Marcela chegou no hospital bem cedo, cumprimentou as colegs de trabalho e se adiantou para o andar onde a filha estava. Mayara estava acordada e Flávia ainda estava dormindo. Marcela: Oi minha filha! - A abraçou como se tivesse estado dias fora. Elas choraram. Mayara: Eu estou muito bem mãe. Fui muito bem tratada aqui, mas estou com o coração dolorido pela perda do meu irmão. Ele não merecia morrer assim. Marcela: Precisamos seguir em frente. Você precisa seguir em frente. Mayara: Evans esteve aqui ontem e me perguntou se queria ficar na casa dele. Ele me falou que esteve com vocês e que falaram que a decisão será minha. Você se importaria se eu fosse para lá? a senhora entenderia? Marcela: Claro que entendo filha. São muitas lembranças que você tem lá em casa. Você precisa pensar em vocês. - Elas se abraçaram de novo. Mayara: Você vai comigo? - Marcela se afastou e olhou nos olhos da filha. Marcela: Irei com vocês hoje. Flávia irá para casa comigo e mais tarde peço para Alice