Marcos colocou o celular em um tripé que estava direcionado para a cama improvisada. Ele queria mostrar todos os movimentos.Mayara: Socorro! Me tirem daqui. Socorro!!! Ele está louco. - ela prende a respiração quando ele a toca e Evans do outro lado da ligação aperta os punhos. Marcos, pegou um estilete, robusto utilizado para cortar couro e tecidos grossos, colocou na gola da camisa de uniforme dela e rapidamente a rasgou de cima a baixo, como se fosse uma tesoura cortando um papel.Mayara: Ahhhhhhh! - Ela soltou um grito e começou a chorar.O sutiã branco de renda que estava sobre a pele bronzeada ficou exposto. Ele suavemente passou a mão nos seios dela por cima do sutiã. Ele colocou a língua para fora e lambeu os lábios com olhar faminto.Mayara: Pare! Você está ficando louco? - Sacode o corpo tentando se soltar.Marcos: Nada disso, minha delícia! Agora quero te provar toda e depois te dar aquilo que mereceu desde quando me rejeitou. Te darei o que me pediu, o fim da sua vida.M
O galpão estava repleto de policiais e na parte de fora também. Havia um helicóptero da polícia e também um da emissora de televisão da capital rondando o perímetro. E Evans estava lá fora também em uma distância segura. Marcos se assustou com o barulho do helicóptero.Marcos: Agora está chegando a nossa hora, querida. - Ele colocou seu corpo sobre o dela, novamente, a beijou e olhou com um olhar sinistro. Flávia está do outro lado com o telefone na mão, agora temendo pela vida deles, pois qualquer atitude de Marcos poderia colocar em risco a vida dos dois. Flávia: Marcos não faça nada que você possa se arrepender depois. - Marcos não se importava com o celular mais e sua atenção estava toda voltada para uma voz que vinha do lado de fora da sala.Negociador: Bom dia! Eu fui chamado aqui para conversar com o senhor. O que o senhor precisa para deixar a moça livre? - Marcos não responde.O negociador estava com um megafone a uma certa distância da sala, onde Marcos conseguia vê-lo.M
O carro da polícia chegou no hospital e pediram uma cadeira de rodas para Mayara. Ela sentou-se e logo foi conduzida para dentro da unidade hospitalar. Ainda estava coberta pelo lençol. Eles haviam levado Mayara para realizar exames e procedimentos devidos, pois ela estava em choque. Evans estaciona o carro e antes de descer do carro fez uma ligação.Sr. Frederico: Tudo certo senhor? Evans: Preciso comprar roupas para Mayara. Ela está no hospital. Tem uma altura aproximada um metro e oitenta e peso aproximado de setenta quilos. Ela precisará de roupas para dormir e para o dia a dia.Sr. Frederico: Sim senhor. Providenciarei agora.Ele desce do carro apressadamente. Entra no hospital e conversa com a recepcionista. Era um salão grande onde havia cadeiras e havia algumas pessoas aguardando atendimento. Recepcionista: Bom dia, senhor! Em que posso ajudar?Evans: Preciso que coloquem aquela moça que entrou aqui na cadeira de rodas em um apartamento e que sejam feitos todos os exames nec
Eleanor estava se sentindo eufórica quando viu a notícia de que Marcos não resistiu aos ferimentos e faleceu. Para ela foi um alívio, pois havia se livrado dele sem esforço. Mariana: Mãe ele morreu! - Chorava deitada no colo da mãe que a consolava.Eleanor: Minha filha sabe que era arriscada a ação dele. Você precisa pensar agora no seu casamento, no seu filho. - Mariana chorou cheia de remorso, pois não havia falado com Marcos que ele seria pai.Eleanor: Reage! - Pegou-a pelos ombros, a sacudiu, olhando nos seus olhos. - Você ficará aqui em casa comigo por alguns dias antes do casamento. Inventarei uma história para seu sogro. - Ela vai para seu quarto, pega o celular na mesa de cabeceira e faz uma ligação. Sr. Christian: Eleanor, como está? Que bom ter me ligado. Preciso mesmo falar com você. Podemos nos encontrar no restaurante para tomarmos um chá da tarde?Eleanor: Claro que sim. Pode antecipar o assunto?Sr. Christian: É sobre o casamento de nossos filhos. - Eleanor concorda e
Plínio chegou em casa por volta das 19 horas e logo foi para o quarto, para tomar seu banho habitual, como era de costume quando chegava em casa do trabalho. Após ver a sala de estar, vestir uma roupa confortável, ele desceu para a sala de estar do local onde estavam Mariana e Eleanor.Plínio: Viram o noticiário? Pois é, estava um policial na indústria me interrogando. Nem me lembrava daquele funcionário. Tenho ficado tão pouco lá e agora preciso dar informações de um funcionário sociopata que sequestra a irmã. Ele conseguiu entrar no galpão, estava abandonado. Qualquer um entraria lá. - Passa a mão na cabeça, senta no sofá e respira fundo.Eleanor e Mariana se olharam assustados e permaneceram em silêncio. Mariana se lembrou que o apartamento da família estava sendo utilizado por ele e ele tinha a chave e que mais cedo ou mais tarde o pai saberia do seu envolvimento com ele.Mariana: Desculpa paizinho, mas preciso encontrar com minhas amigas. Preciso me aprontar, já estou ficando atr
Na manhã seguinte, ainda cedo, Evans saiu do prédio onde morava e foi para a mansão Smith. Chegou e encontrou sua irmã Celine já preparada para ir em sua consulta habitual.Celine: Chegando cedo seu lindo! - Deu um beijo no rosto dele e ele correspondeu.Sra. Karla: Você veio para o desjejum ou para ver Mariana? Se for para o café vamos começar agora e Mariana não está. A mãe dela ligou e disse que ficaria na casa dela por uns dias para os preparativos do casamento. - Celine olhou para Evans.Evans: Nem um nem outro. Hoje levarei Celine para a consulta. - Ele pisca para Celine e Karla olha com um pouco de estranheza - A prometi ontem que iria com ela e depois almoçamos juntos.Sra. Karla: Então está bem. Promessa é dívida. Só espere ela fazer o desjejum.Celine: Já estou pronta. Comi uns biscoitos na cozinha antes de assistir o telejornal com papai. Vamos Evans? - Pegou a bolsa que estava na cadeira, agarrou o braço do irmão e saíram da mansão.Ela estava com todo o sorriso porque es
O celular de Flávia vibra e ela vê que é uma mensagem de Theo: "o enterro de Marcos será às 15 horas de hoje". Ela responde: "Ficarei aqui com Mayara, pode falar com a mãe dela para não se preocupar."Flávia: O enterro será às 15 horas. Ficarei aqui com você. - Mayara não respondeu, ficou olhando para o nada.Mayara: Sabe, eu era uma criança muito alegre. Sempre gostei muito de brincar com minhas amigas, os vizinhos, minha irmã e brincava até sozinha. - Riu - Mas o que me aconteceu me fez ficar mais na rua do que em casa. Eu gostava de ficar com as amigas e não gostava de voltar para casa. Fora de casa era sempre mais seguro.Flávia sentou no sofá e ficou ouvindo com atenção o que ela falava sobre algo que ela nunca imaginou.Mayara: Quando completei doze anos de idade me libertei dos abusos sexuais, mas não dos abusos físicos e psicológicos. Marcos me batia por qualquer coisa. Ele falava para meu pai que meus amigos eram meus machos e minhas amigas vadias. E meu pai, sempre acredita
Na Vila, a família de Mayara se preparava para o enterro de Marcos. Marcela: Avisaram a todos sobre o horário do enterro? - Entrou no quarto perguntando para Alice.Alice: Enviei para toda a família. Mãe você está bem?Marcela: Filha, a gente nunca imagina que vai enterrar um filho. É só um sentimento grande de culpa por não entender onde foi que errei.Alice: A senhora é uma excelente mãe. Não foi o que ensinaram ou deixaram de ensinar. Foi um tipo de escolha dele.Alice dá um abraço apertado na mãe e depois continua a se vestir para ir ao cemitério. Manuel e os meninos estão sentados no sofá da sala aguardando as caronas de Théo e de Jonas que também haviam se prontificado a acompanhá-los.De repente uma buzina tocou e era Theo estava aguardando no portão, em seu palio cinza. Não demorou muito, chegou Jonas em seu Hyundai IX35 preto. Theo levou os meninos e Jonas levou o casal e Alice. Já dentro do carro de Jonas.Jonas: E a Flávia? Não a vi com o noivo. Será que ela vai?Manuel o