O carro estaciona nas dependências da família Souto. O motorista abre a porta do carro e as duas descem do carro. Mariana sobre para seu quarto, chorando. Seu pai, Plínio, não consegue alcançá-la e logo pergunta para a esposa o que havia acontecido. Eleanor: Coisas de mulher. pode ficar tranquilo, que tudo vai se resolver. Ela sobe para o seu quarto e em uma caixa no closet ela pega um celular, exitou em ligar, mas acaba discando. Eleanor: Quanto tempo? Como você está? Continua namorando garotinhas e fazendo seus vídeos clandestinos? A voz do outro lado: O que aconteceu? Achou meu telefone? Há quanto tempo não me liga, meu docinho. Porque não me visita mais? Eleanor revira os olhos de desânimo. Eleanor: Preciso que faça uma coisa para mim. Pelos velhos tempos. A voz do outro lado: Pelos velhos tempos nada. Tudo tem preço. Me fala o que é, te falo o valor me dá metade do valor antes do trabalho e quando acabar você para o restante. É business querida! Eleanor: Você me dá muita
Na Vila, Marcela, a mãe de Mayara, depois de fazer os trabalhos de casa e preparar o almoço, entrou no seu quarto, tirou do guarda roupa um uniforme da empresa prestadora de serviço da recepção do hospital particular da cidade, HSTA. Colocou o uniforme na cama, pegou uma toalha e foi tomar um banho, estava se preparando para o trabalho. Ela fazia parte da equipe do turno da tarde e trabalhava das 13 às 18 horas.Aprontou-se e saiu de casa para pegar o ônibus. Esperou uns dez minutos. Avistou o coletivo, deu sinal e o ônibus parou. Ela entrou e se acomodou numa poltrona próximo da janela. Achou o momento ideal para ler a carta que Mayara havia entregado a ela. Conseguiria ler sem ninguém perguntando o conteúdo da mesma. Logo, abriu a bolsa e pegou o papel que estava dobrado, com a folha meio amarelada. Desdobrou a carta receosa, pois temia o conteúdo dela. A carta era endereçada a ela, datada há cinco anos atrás, Mayara estava com 13 anos. "Querida mamãe, Escrevo esta carta para ped
Mayara encontrou Flávia na escola naquela manhã de segunda-feira. Flávia: Estava louca para conversar com você. Parecia que o sinal do intervalo nunca tocaria. O que foi aquilo ontem, amiga? Que homem é aquele? Você tem certeza que vai embora para a capital? Eu não deixaria tudo aquilo passar. - Colocou a mão no peito, revirou os olhos e respirou fundo. Mayara: É um homem muito atrevido, isso sim. Não me deu chance de me defender. Não tenho planos para coisas que me tiram do foco. Só quero seguir meu futuro e de preferência sem ninguém. Flávia: Mas o que está acontecendo com vocês então? Quando Mayara ia responder, Kadu apareceu totalmente sem graça e se aproximou das duas amigas que pararam de conversar sobre Evans. Elas estavam sentadas em um banco de alvenaria no pátio da escola. O olho dele ainda estava com hematoma pelo o soco que levou de Evans. Kadu: Desculpa por atrapalhar vocês, mas preciso me retratar com você, Mayara. Flávia olhou para os dois muito confusa, pois a
O sino da igreja tocou doze badaladas, e Mayara percebeu um carro esporte, luxuoso, estacionando em frente dos portões da escola. Ela sabia que era Evans que havia chegado, então ela enxugou os olhos e se levantou, pegou a mala e foi até o portão. Ele desceu do carro e ela ficou olhando para aquele homem. Ela se lembrava que ele havia saído de casa com terno e gravata azul, mas não imaginaria que a luz do sol o faria ficar mais elegante e realçar seus traços tão fortes. Ele se aproximou dela e pegou a mala e a colocou no porta malas. Percebeu que Mayara havia chorado, pois ainda estava com os olhos inchados, Evans se aproximou dela, acariciou seu rosto e a trouxe para um abraço. Ela fechou os olhos e se acomodou ali por um tempo. Ele beijou seus cabelos negros e volumosos. Evans: Vamos? Mayara: Sim. Ele abriu a porta do carro para ela e depois entrou no carro e saíram para o restaurante. Evans: Como foi na escola? Mayara: Teria sido um dia normal se não fosse o meu último dia a
O movimento na Vila é bem tranquilo, por ser uma segunda-feira, Marcos chega no seu palio cinza, no mesmo horário de sempre. Estava com Mariana, mas precisou voltar ao trabalho para bater o ponto. Abriu o portão para guardar o carro, mas ouve seu pai de dentro da casa. Ele percebeu que os irmãos não estavam em casa. Marcela pediu a Alice para levar os meninos para um passeio na sorveteria e depois levá-los para a quadra. Devia esperar para voltar quando a mãe enviasse mensagem.Manuel: Precisamos conversar, não guarde o carro ainda. Marcos obedeceu e entrou na casa. Estavam sentados seu pai e sua mãe no sofá da sala com olhares fixos nele. Que foi meio perturbador, porque isso nunca aconteceu. Marcos: Aconteceu alguma coisa? Por que estão me esperando?Manuel: Senta meu filho, precisamos conversar.Marcela: Antes da sua irmã sair ela deixou uma carta para mim. Ontem eu estava tão triste que não consegui fazer nada o resto do dia, nem ler a carta. Indo para o trabalho hoje descobri o
Uma mensagem no celular "Mãe já estou em São Paulo e me preparando para dormir.", Marcela olha para a mensagem e respira aliviada por saber que ainda conseguiu dar à filha um pouco de alegria. Ela responde: "Fico feliz, minha filha." De repente o celular de Mayara começa a tocar.Mayara: Mãe, aconteceu alguma coisa?Marcela: Está no viva voz. Eu e seu pai lemos a sua carta. Mayara estremece e começa a chorar.Mayara: Me perdoa mãe por eu ter sido tão perversa por ter feito o que fiz com meu irmão e ainda sentia prazer. Ele me falava que eu não deveria fazer com mais ninguém e que era muito errado e deveria fazer... - chorando.Marcela: Minha filha pare de chorar e escute. Nós é que precisamos pedir perdão para você. Você foi a vítima e não a vilã. Mas pode ficar tranquila, já punimos seu irmão.Mayara: O que fizeram? Não faça nada que venha prejudicar vocês ou os meus irmãos por causa dele.Marcela: Ele foi expulso de casa e agora a casa está aberta para você, quando quiser vir visit
Um homem sentado em um bar na vila boêmia da cidade olha o relógio e estava marcando meio dia. Eleanor saiu de casa sem motorista, não disse onde ia. Seguiu caminho para a vila boemia e avistou o homem sentado em uma cadeira que estava encostada na parede e disposta na calçada com uma mesa e mais outras duas cadeiras. Ela estacionou mais a frente, desceu do carro e voltou caminhando a pé. Ela usava um conjunto de linho verde e uma mule de cor marrom. Os acessórios dos braços, mãos e pescoço combinavam com o sapato e estava com uma pequena bolsa onde levava seu celular e a chave do carro. Ela encarou o homem que estava sentado na mesa do bar na calçada e caminhou até ele. Sr. Ivo: Sempre pontual, não é minha querida! Seu jeito tão certinho me deixa louco. Mas você já foi diferente. Já brincamos muito por aí nesta cidade. Lembra? Eleanor: Deixe de falar bobagens e quero saber o que você conseguiu. Sr. Ivo entrega a ela uma pasta. Eleanor sem exitar, sentou na cadeira, abriu a pasta
Mayara se preparou para a maratona de provas entre os treinos que ainda não estavam puxados, pois ela chegou no clube em período de férias. Também estava se preparando para seu retorno para casa e sempre quando pensava nisso ficava pensativa. Vanessa: Queria saber o que você tanto pensa... rsrs... Para de pensar, vamos sair um pouco. Mayara: Preciso terminar minhas provas e depois estarei livre para conhecer a cidade. - Respondeu um pouco assustada. As duas eram colegas de quarto e sempre conversavam muito durante os cafés e os treinos. Conversavam menos no quarto, pois após o banho elas sempre ficavam relaxadas demais e só queriam dormir. Já estavam se acostumando com a sirene e se esforçaram para acordar com o toque dela. Já próximo da viagem para sua cidade natal para fazer as provas enviou uma mensagem para sua mãe: "Posso convidar meus amigos para almoçarem comigo?". A mãe respondeu: "Claro, minha filha!" "Estamos todos ansiosos para ver você." Para sua amiga Flávia ela fez um