No nono andar do apartamento na área nobre da cidade, o celular toca. Evans atende e é o Sr. Frederico do outro lado com informações de Mayara. Sr. Frederico: Ela foi expulsa de casa pelo pai, por causa de umas fotos que o irmão havia tirado dela quando estava do lado de fora do salão de festas. Evans: Como expulsa? Onde ela está? Sr. Frederico: Na casa de Flávia, sua amiga. Evans: Você vai trazê-la para cá. Sr. Frederico: Sim, senhor. Evans desliga o telefone e pensa: "Certamente tenho culpa do que aconteceu. ". Envia uma mensagem para Mayara: "Sr. Frederico vai te buscar. Você vai ficar aqui". Mayara vê a mensagem e não entende. Ela não queria pensar no que aconteceu com ela e Evans na noite anterior e nem contou para sua amiga. Estava focada em como seria sua vida do momento em que saiu de casa para frente. Ainda estava muito chateada. Vinte minutos depois a campainha na casa de Flávia toca. Flávia estava no quintal conversando com seu noivo, Theo. Eles estavam sentados e
No caminho para a área nobre do centro da cidade, Mayara está furiosa com Evans. Ela tenta tirar o cinto de segurança, mas o bip de proteção é ensurdecedor. Ela coloca novamente o cinto. Evans não olha para o lado, somente respira fundo e segue viagem. Propositadamente ele foi com o Hummer, pois é um carro com um sistema de segurança maior. Sabia que teria resistência. Mayara: Você não tem direito de fazer isso comigo. Não sou nada sua. Nada mesmo. Quem você acha que é para me prender assim? Ele estaciona o carro na garagem, exclusiva, onde havia mais três carros estacionados e destrava as portas e Mayara sai correndo pelo estacionamento. Evans vai atrás dela e logo a recupera. Ela dá socos no peito dele e ele a acolhe com um abraço profundo. Ele não sabia o que ela estava passando, mas imaginava o tamanho da dor. Logo ela começou a chorar copiosamente. Ficaram no estacionamento por alguns minutos e Evans a conduziu para o elevador. Agora Mayara está mais calma e não chora mais. No
Conformada com sua nova estadia, ela respirou um pouco aliviada, pelo menos naquele lugar só ouvia ela e Evans. Sentados no balcão do bar, descontraidamente conversavam.Mayara: Você é bem típico europeu. Cor de cabelos, olhos, pele mas não sei identificar de onde. Qual é a sua descendência?Evans: A maioria dos meus familiares são ingleses, tenho um tio, Francis, que é grego. Meu avô se separou e casou novamente com uma grega. Ouvia meu avô dizer que ela era uma deusa grega. rsrsMayara: E seus irmãos? Você tem quantos? Ou é filho único?Evans achava engraçado ela perguntar, porque ele sabia tudo sobre ela, até mesmo o nome dos irmão e aparência, porque o dossiê tem a foto de todos eles.Evans: Tenho somente uma irmã, Celine, é uma adolescente e tem uma doença auto imune, por muito tempo meus pais ficavam com ela em hospitais e viajando tentando descobrir o que acontecia com ela, sempre ficava com a imunidade baixa e não podia brincar como outras crianças. - Mudou de assunto. - Me fa
Eles se preparam para sair. Ela vai para a escola e ele encontra com a família para anunciar o término do noivado e após, trabalhando. Ela veste seu uniforme escolar calça azul e camisa branca com o brasão da escola e ele veste um terno azul Royal, uma camisa branca e um sapato social, de couro, marrom escuro. Por um momento ela se perdeu nele olhando-o habilidosamente dar o nó na gravata, também azul royal. Ele chegou perto dela e deu um selinho fazendo-a voltar para o mundo real. Tomaram um breve café, em silêncio. Ele pegou uma pasta preta de couro com documentos da empresa e ela pegou sua mala de família. Evans olha com tristeza, mas não se opõe. Eles saíram num carro esportivo, não estavam mais em guerra. Ele deixou Mayara na escola, pois ainda estava em período letivo e precisa resolver os trâmites de sua ida para a capital, a partir deste dia ela começaria um novo capítulo em sua vida. Ela deu um selinho nele e desceu do carro. Evans ficou olhando para ela apreciando cada
O carro estaciona nas dependências da família Souto. O motorista abre a porta do carro e as duas descem do carro. Mariana sobre para seu quarto, chorando. Seu pai, Plínio, não consegue alcançá-la e logo pergunta para a esposa o que havia acontecido. Eleanor: Coisas de mulher. pode ficar tranquilo, que tudo vai se resolver. Ela sobe para o seu quarto e em uma caixa no closet ela pega um celular, exitou em ligar, mas acaba discando. Eleanor: Quanto tempo? Como você está? Continua namorando garotinhas e fazendo seus vídeos clandestinos? A voz do outro lado: O que aconteceu? Achou meu telefone? Há quanto tempo não me liga, meu docinho. Porque não me visita mais? Eleanor revira os olhos de desânimo. Eleanor: Preciso que faça uma coisa para mim. Pelos velhos tempos. A voz do outro lado: Pelos velhos tempos nada. Tudo tem preço. Me fala o que é, te falo o valor me dá metade do valor antes do trabalho e quando acabar você para o restante. É business querida! Eleanor: Você me dá muita
Na Vila, Marcela, a mãe de Mayara, depois de fazer os trabalhos de casa e preparar o almoço, entrou no seu quarto, tirou do guarda roupa um uniforme da empresa prestadora de serviço da recepção do hospital particular da cidade, HSTA. Colocou o uniforme na cama, pegou uma toalha e foi tomar um banho, estava se preparando para o trabalho. Ela fazia parte da equipe do turno da tarde e trabalhava das 13 às 18 horas.Aprontou-se e saiu de casa para pegar o ônibus. Esperou uns dez minutos. Avistou o coletivo, deu sinal e o ônibus parou. Ela entrou e se acomodou numa poltrona próximo da janela. Achou o momento ideal para ler a carta que Mayara havia entregado a ela. Conseguiria ler sem ninguém perguntando o conteúdo da mesma. Logo, abriu a bolsa e pegou o papel que estava dobrado, com a folha meio amarelada. Desdobrou a carta receosa, pois temia o conteúdo dela. A carta era endereçada a ela, datada há cinco anos atrás, Mayara estava com 13 anos. "Querida mamãe, Escrevo esta carta para ped
Mayara encontrou Flávia na escola naquela manhã de segunda-feira. Flávia: Estava louca para conversar com você. Parecia que o sinal do intervalo nunca tocaria. O que foi aquilo ontem, amiga? Que homem é aquele? Você tem certeza que vai embora para a capital? Eu não deixaria tudo aquilo passar. - Colocou a mão no peito, revirou os olhos e respirou fundo. Mayara: É um homem muito atrevido, isso sim. Não me deu chance de me defender. Não tenho planos para coisas que me tiram do foco. Só quero seguir meu futuro e de preferência sem ninguém. Flávia: Mas o que está acontecendo com vocês então? Quando Mayara ia responder, Kadu apareceu totalmente sem graça e se aproximou das duas amigas que pararam de conversar sobre Evans. Elas estavam sentadas em um banco de alvenaria no pátio da escola. O olho dele ainda estava com hematoma pelo o soco que levou de Evans. Kadu: Desculpa por atrapalhar vocês, mas preciso me retratar com você, Mayara. Flávia olhou para os dois muito confusa, pois a
O sino da igreja tocou doze badaladas, e Mayara percebeu um carro esporte, luxuoso, estacionando em frente dos portões da escola. Ela sabia que era Evans que havia chegado, então ela enxugou os olhos e se levantou, pegou a mala e foi até o portão. Ele desceu do carro e ela ficou olhando para aquele homem. Ela se lembrava que ele havia saído de casa com terno e gravata azul, mas não imaginaria que a luz do sol o faria ficar mais elegante e realçar seus traços tão fortes. Ele se aproximou dela e pegou a mala e a colocou no porta malas. Percebeu que Mayara havia chorado, pois ainda estava com os olhos inchados, Evans se aproximou dela, acariciou seu rosto e a trouxe para um abraço. Ela fechou os olhos e se acomodou ali por um tempo. Ele beijou seus cabelos negros e volumosos. Evans: Vamos? Mayara: Sim. Ele abriu a porta do carro para ela e depois entrou no carro e saíram para o restaurante. Evans: Como foi na escola? Mayara: Teria sido um dia normal se não fosse o meu último dia a