Conformada com sua nova estadia, ela respirou um pouco aliviada, pelo menos naquele lugar só ouvia ela e Evans. Sentados no balcão do bar, descontraidamente conversavam.Mayara: Você é bem típico europeu. Cor de cabelos, olhos, pele mas não sei identificar de onde. Qual é a sua descendência?Evans: A maioria dos meus familiares são ingleses, tenho um tio, Francis, que é grego. Meu avô se separou e casou novamente com uma grega. Ouvia meu avô dizer que ela era uma deusa grega. rsrsMayara: E seus irmãos? Você tem quantos? Ou é filho único?Evans achava engraçado ela perguntar, porque ele sabia tudo sobre ela, até mesmo o nome dos irmão e aparência, porque o dossiê tem a foto de todos eles.Evans: Tenho somente uma irmã, Celine, é uma adolescente e tem uma doença auto imune, por muito tempo meus pais ficavam com ela em hospitais e viajando tentando descobrir o que acontecia com ela, sempre ficava com a imunidade baixa e não podia brincar como outras crianças. - Mudou de assunto. - Me fa
Eles se preparam para sair. Ela vai para a escola e ele encontra com a família para anunciar o término do noivado e após, trabalhando. Ela veste seu uniforme escolar calça azul e camisa branca com o brasão da escola e ele veste um terno azul Royal, uma camisa branca e um sapato social, de couro, marrom escuro. Por um momento ela se perdeu nele olhando-o habilidosamente dar o nó na gravata, também azul royal. Ele chegou perto dela e deu um selinho fazendo-a voltar para o mundo real. Tomaram um breve café, em silêncio. Ele pegou uma pasta preta de couro com documentos da empresa e ela pegou sua mala de família. Evans olha com tristeza, mas não se opõe. Eles saíram num carro esportivo, não estavam mais em guerra. Ele deixou Mayara na escola, pois ainda estava em período letivo e precisa resolver os trâmites de sua ida para a capital, a partir deste dia ela começaria um novo capítulo em sua vida. Ela deu um selinho nele e desceu do carro. Evans ficou olhando para ela apreciando cada
O carro estaciona nas dependências da família Souto. O motorista abre a porta do carro e as duas descem do carro. Mariana sobre para seu quarto, chorando. Seu pai, Plínio, não consegue alcançá-la e logo pergunta para a esposa o que havia acontecido. Eleanor: Coisas de mulher. pode ficar tranquilo, que tudo vai se resolver. Ela sobe para o seu quarto e em uma caixa no closet ela pega um celular, exitou em ligar, mas acaba discando. Eleanor: Quanto tempo? Como você está? Continua namorando garotinhas e fazendo seus vídeos clandestinos? A voz do outro lado: O que aconteceu? Achou meu telefone? Há quanto tempo não me liga, meu docinho. Porque não me visita mais? Eleanor revira os olhos de desânimo. Eleanor: Preciso que faça uma coisa para mim. Pelos velhos tempos. A voz do outro lado: Pelos velhos tempos nada. Tudo tem preço. Me fala o que é, te falo o valor me dá metade do valor antes do trabalho e quando acabar você para o restante. É business querida! Eleanor: Você me dá muita
Na Vila, Marcela, a mãe de Mayara, depois de fazer os trabalhos de casa e preparar o almoço, entrou no seu quarto, tirou do guarda roupa um uniforme da empresa prestadora de serviço da recepção do hospital particular da cidade, HSTA. Colocou o uniforme na cama, pegou uma toalha e foi tomar um banho, estava se preparando para o trabalho. Ela fazia parte da equipe do turno da tarde e trabalhava das 13 às 18 horas.Aprontou-se e saiu de casa para pegar o ônibus. Esperou uns dez minutos. Avistou o coletivo, deu sinal e o ônibus parou. Ela entrou e se acomodou numa poltrona próximo da janela. Achou o momento ideal para ler a carta que Mayara havia entregado a ela. Conseguiria ler sem ninguém perguntando o conteúdo da mesma. Logo, abriu a bolsa e pegou o papel que estava dobrado, com a folha meio amarelada. Desdobrou a carta receosa, pois temia o conteúdo dela. A carta era endereçada a ela, datada há cinco anos atrás, Mayara estava com 13 anos. "Querida mamãe, Escrevo esta carta para ped
Mayara encontrou Flávia na escola naquela manhã de segunda-feira. Flávia: Estava louca para conversar com você. Parecia que o sinal do intervalo nunca tocaria. O que foi aquilo ontem, amiga? Que homem é aquele? Você tem certeza que vai embora para a capital? Eu não deixaria tudo aquilo passar. - Colocou a mão no peito, revirou os olhos e respirou fundo. Mayara: É um homem muito atrevido, isso sim. Não me deu chance de me defender. Não tenho planos para coisas que me tiram do foco. Só quero seguir meu futuro e de preferência sem ninguém. Flávia: Mas o que está acontecendo com vocês então? Quando Mayara ia responder, Kadu apareceu totalmente sem graça e se aproximou das duas amigas que pararam de conversar sobre Evans. Elas estavam sentadas em um banco de alvenaria no pátio da escola. O olho dele ainda estava com hematoma pelo o soco que levou de Evans. Kadu: Desculpa por atrapalhar vocês, mas preciso me retratar com você, Mayara. Flávia olhou para os dois muito confusa, pois a
O sino da igreja tocou doze badaladas, e Mayara percebeu um carro esporte, luxuoso, estacionando em frente dos portões da escola. Ela sabia que era Evans que havia chegado, então ela enxugou os olhos e se levantou, pegou a mala e foi até o portão. Ele desceu do carro e ela ficou olhando para aquele homem. Ela se lembrava que ele havia saído de casa com terno e gravata azul, mas não imaginaria que a luz do sol o faria ficar mais elegante e realçar seus traços tão fortes. Ele se aproximou dela e pegou a mala e a colocou no porta malas. Percebeu que Mayara havia chorado, pois ainda estava com os olhos inchados, Evans se aproximou dela, acariciou seu rosto e a trouxe para um abraço. Ela fechou os olhos e se acomodou ali por um tempo. Ele beijou seus cabelos negros e volumosos. Evans: Vamos? Mayara: Sim. Ele abriu a porta do carro para ela e depois entrou no carro e saíram para o restaurante. Evans: Como foi na escola? Mayara: Teria sido um dia normal se não fosse o meu último dia a
O movimento na Vila é bem tranquilo, por ser uma segunda-feira, Marcos chega no seu palio cinza, no mesmo horário de sempre. Estava com Mariana, mas precisou voltar ao trabalho para bater o ponto. Abriu o portão para guardar o carro, mas ouve seu pai de dentro da casa. Ele percebeu que os irmãos não estavam em casa. Marcela pediu a Alice para levar os meninos para um passeio na sorveteria e depois levá-los para a quadra. Devia esperar para voltar quando a mãe enviasse mensagem.Manuel: Precisamos conversar, não guarde o carro ainda. Marcos obedeceu e entrou na casa. Estavam sentados seu pai e sua mãe no sofá da sala com olhares fixos nele. Que foi meio perturbador, porque isso nunca aconteceu. Marcos: Aconteceu alguma coisa? Por que estão me esperando?Manuel: Senta meu filho, precisamos conversar.Marcela: Antes da sua irmã sair ela deixou uma carta para mim. Ontem eu estava tão triste que não consegui fazer nada o resto do dia, nem ler a carta. Indo para o trabalho hoje descobri o
Uma mensagem no celular "Mãe já estou em São Paulo e me preparando para dormir.", Marcela olha para a mensagem e respira aliviada por saber que ainda conseguiu dar à filha um pouco de alegria. Ela responde: "Fico feliz, minha filha." De repente o celular de Mayara começa a tocar.Mayara: Mãe, aconteceu alguma coisa?Marcela: Está no viva voz. Eu e seu pai lemos a sua carta. Mayara estremece e começa a chorar.Mayara: Me perdoa mãe por eu ter sido tão perversa por ter feito o que fiz com meu irmão e ainda sentia prazer. Ele me falava que eu não deveria fazer com mais ninguém e que era muito errado e deveria fazer... - chorando.Marcela: Minha filha pare de chorar e escute. Nós é que precisamos pedir perdão para você. Você foi a vítima e não a vilã. Mas pode ficar tranquila, já punimos seu irmão.Mayara: O que fizeram? Não faça nada que venha prejudicar vocês ou os meus irmãos por causa dele.Marcela: Ele foi expulso de casa e agora a casa está aberta para você, quando quiser vir visit