Capítulo 44

Cillian

Diante do espelho, eu fazia caprichosamente o nó na gravata borboleta, quando alguém bateu na porta. Caminhei até ela, acreditando que fosse Sheryl, mas ao abri-la, lá estava um funcionário do hotel.

— Boa noite, senhor Ballard. Isso foi deixado na recepção para o senhor.

Estendeu-me uma sacola preta, lustrosa, sem nenhum logo aparente. Ela estava fechada com uma fita de cetim branca, em um laço grande e bem-feito. Apanhei-a e agradeci a ele, fechando a porta após dá-lo cinco dólares como gorjeta.

Coloquei a sacola sobre a mesa do bar ao canto do quarto e puxei uma das pontas do laçarote. Ao abrir, vi um pedaço de tecido rosado e florido. Puxei-o lá de dentro, desdobrando-o. Não era um pedaço de tecido qualquer. E um vestido infantil e feminino. Um maldito vestido muito parecido com o qual Alfred obrigou-me a vestir.

O sangue no meu corpo se esquentou e as mãos apertaram o tecido com tamanha força, causando um estalo nos punhos. Os dentes rangeram ao contrair da mandíbula.
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