Lian Blake
Abri os olhos com desespero quando minha mente me despertou, fazendo-me lembrar do que houve a horas atrás. Estremecendo, sinto o cheiro de sangue pútrido de algum corpo se decompondo nesse mesmo ambiente em que estou.
Fechei meus olhos à medida que tentava controlar a vontade de vomitar que só crescia em meu estômago. Consigo distinguir o meu suspiro de desespero no meio de tantos outros que estão perdidos por entre a escuridão assim como eu. Não sou o único a estar nesse inferno, mas a diferença é que eu realmente não queria estar aqui. Não sou a pessoa certa para esse tipo de vida.
Minha respiração pesada atravessa meu peito de um jeito dolorido. A onda de vertigem pesa e cria um bolo em minha garganta depois de sentir o cheiro fétido de dias em uma sala fechada, sem qualquer ventilação, parece que a sensação só faz aumentar ainda mais aquela angustia.
Em minha boca aumenta o sabor de desgosto. O desespero por não ter escolha. Eu nem queria estar aqui.
Não gosto nada de fazer parte disso, que eles chamam de iniciação da Ghost.
Esse inferno nunca vai acabar para mim?
Me pergunto enquanto sentia a dor atravessar meu corpo todo.
A escuridão parece me engolir a cada vez que tento enxergar algo por entre essa névoa preta, fazendo o medo e desespero me levar para um buraco sem fim, como se de fato, não houvesse nada alem desse inferno.
Abraçando meu próprio corpo, me encolhi na tentativa de dissipar um pouco daquela angústia até que senti o exato momento em que algo tocou em minhas costas. Um toque cheio de desespero e aspero e quando soltei um suspiro pelo susto, me deparei com o corredor da minha casa.
Eu estava na mansão da minha familia.
Para meu completo tormento, meu pai estava mais uma vez agredindo e brigando com a minha mãe. Vincent estava tentando afastar Robert que estava enforcando nossa mãe contra a parede, sem nenhum pingo de respeito pela propria esposa muito menos pelo filho pequeno, e antes que ele atingisse meu irmão mais novo, eu simplesmente corri até eles, e segurei a mão do meu pai que arregalou os olhos quando me viu. Seu movimento parou no ar quando eu o afastei com brusquidão, me surpreendendo com a minha propria força, e então eu consegui ver o que estava diferente.
Eu não era mais aquele soldado em formação, aquele jovem que apanhava do próprio pai para que ele não descontasse toda a raiva na sua mãe.
Naquele momento eu era o soldado experiente que já havia matado inúmeros homens conforme foi instruído. Eu não me orgulhava daqueles feitos, mas não deveria ignorar o quanto aquele inferno me modificou.
Eu havia superado aquela porra toda.
Forçando meus olhos, espalmei as mãos em cada lado do meu corpo enquanto sentisa o peso daquelas lembranças. Os lençóis estavam presos em volta do meu corpo, quando engoli o bolo em minha garganta.
Era a porra de um pesadelo lembrando o que eu havia me tornado após superar a iniciação da Ghost Mafia.
Fechei meus olhos, quando levei as mãos em meu rosto, e soltei um suspiro quando lembrei que Vincent agora é o chefe da Ghost e da Krov e para meu alivio, nada daquilo faz parte das minhas obrigações de novo.
Puxando o ar com força, sinto meu corpo desabar sob o colchão, sentindo a angustia dar lugar ao cansaçõ mental depois de mais um pesadelo que ainda me tortura internamente, entretanto, a realidade é muito melhor do que eu tanto esperava a alguns meses atrás.
Graças a Deus, meu irmão mais novo está mais do que apto para comandar duas máfias, enquanto eu fico com o processo burocrático de ambas, ao seu lado.
Tenho aptidão para comandar e liderar equipes para brigas, combates e torturas, porém odeio me envolver nisso, e para meu alívio, meu irmão me livrou, quando assumiu tudo com punhos de ferro.
Vincent e Sebastian estão cuidando de todos os processos que exigem força, tortura e os jogos que temos no calabouço, e hoje me sinto livre de tudo que me aprisionaram aos piores momentos da minha vida, pois graças ao meu falecido genitor, sou um fodido traumatizado.
Afastando o lençol que cobria meu corpo, joguei as pernas para fora da cama king size e me direcionei até o banheiro.
Olhando através da janela, reparei que ainda está escuro, e sacudindo a cabeça, vejo que madruguei mais uma noite.
Vincent BlakePuxando a porta que dá acesso ao interior do calabouço, adentrei o ambiente que já tem um cheiro particular de sangue e brasa impregnados em cada parede deste local. E isso não me incomoda nenhum pouco.Apesar de calabouço estar sempre em funcionamento, hoje foi um dia atípico. Por onde olho, encontro corpos sem vidas, espalhados e até mesmo destroçados pelos cantos. As paredes sujas de sangue demonstram o quanto foi sangrento essa ultima seção. Através dos corredores, é possivel ver marcações de mãos e dedos ensanguentados e muitos projéteis de munição que se perdem através do longo galpão.A brincadeira realmente rendeu e eu não participei.. Atravessando o corredor principal, levantei meu pé para desviar de um corpo atravessado no caminho. Há alguns metros de mim, tem soldados puxando pelos pés cada corpo sem vida para o local correto. Cada soldado levando seu cadáver para ser incinerado. Ao meu ver, serrá um longo trabalho. Assim que cheguei na última sala do cor
Vincent BlakeArqueando a sobrancelha, me aproximei dele e perguntei me interessando no rumo que a conversa havia tomado.— Quem é esse homem? Ele sorriu com dificuldade e respondeu após descansar por longos segundos. — Alguém que vai tirar a sua paz por completo. De repente ele olhou para mim, esboçou um sorriso e em questão de segundos, ele franziu a testa como se sentisse dor, e de repente, os seus olhos se reviraram, e logo começou a espumar pela boca. Seu corpo começou a convulsionar diante de mim e logo me afastei dele, vendo que seria questão de segundos para ele morrer. Esse homem que está convulsionando até a morte, é culpado de muitas transgressões dentro da Ghost, mas o que me chamou a atenção foi o fato de que uma mensagem criptografada havia sido enviada do celular dele. Uma mensagem que deixava claro a informação de que um homem havia entrado no nosso quarto na Rússia, entretanto, Diego foi envenenado e deixado para ser pego propositalmente. Ele já sabia o que iria l
Vincent BlakeAssim que cheguei em casa, estacionei meu carro e soltei o ar com força. A verdade é que estou irritado mais que o normal, e parece que essa busca por respostas só tem me deixado mais agitado.Fechando a porta do carro, tirei o coldre da minha cintura, e abri a porta que da acesso a sala de visitas, onde encontrei a Mavie sentada no sofá com um livro em mãos. Suas pernas estavam confortavelmente dobradas sobre o estofado, onde deixava a mostra somente os seus pés descalços e assim que seus olhos recaíram sobre mim, um sorriso cresceu em seus lábios. Parei de andar a menos de um metro do sofá, abri meus braços devagar, fechei os olhos, e poucos segundos depois, ela já estava grudada em meu corpo. Seu cheiro invadiu minhas narinas me fazendo apertar meus braços em sua volta. Seu calor reconfortante me trouxe a paz que eu tanto precisava. Para mim, Mavie é como o céu azul depois de uma noite de tempestade. Os últimos dias têm sido tão difíceis que só estão sendo suportad
Vincent BlakeOuvi Mavie provocar enquanto se aproximava de mim. Me empurrando contra a parede, ela me beijou, seus dedos desceram até meu cinto e rapidamente o arrancou. Abrindo o botão da minha calça, sua língua invadiu minha boca com fome e num movimento rápido, ela tocou em meu pau. A essa altura eu já nem pensava em preliminares. O fogo crescia em meu peito, a medida que ela se esfregava em meu corpo, e a apertando em meus braços, a prensei contra a parede.Ofegante, espalmei a mão na parede e acabei derrubando um quadro que eu nem havia reparado antes e abrindo a porta do quarto, deixei os estilhaços de vidro para trás enquanto me direcionava para a cama com a minha mulher entre beijos.Colocando Mavie na beirada da cama, ela se posicionou entre meus braços e me acompanhou com os olhos enquanto eu me despia. Abrindo os botões da minha camisa, eu a joguei longe, seguido pela minha calça e cueca. — Acho que eu nunca vou me acostumar com essa comoção. Engoli em seco à medida que
Vincent BlakeEla riu e ficou em silêncio, então eu a analisei por alguns segundos, tentando ver o vislumbre de dor, agonia ou incômodo, pois pode ser gostoso para mim, mas para ela não e para minha surpresa, não havia nada além de satisfação em sua expressão.— Continue, Ghost. Eu assenti, obedecendo ao seu pedido e posicionando-a no lugar que eu queria, eu disse. — Você já sabe. É só pedir e eu paro. Ela assentiu e ergueu os braços enquanto se posicionava de costas para mim. Minha atenção desceu para sua bunda redonda e avermelhada pelas mordidas que deixei a segundos atrás e satisfeito, murmurei. — Amanhã você vai lembrar do que fizemos hoje. Ela sorriu e respondeu. — Impossível pensar ainda mais. Eu sorri ao saber disso, e me aproximando, depositei um beijo em sua coluna, descendo meus dedos em seu centro. Erguendo seu quadril, abri suas pernas e murmurei. — Vou chupar sua boceta até você ficar na posição que eu quero. Ela encostou a testa no colchão quando sentiu minha
Vincent BlakeMe abaixei e a peguei em meus braços, enquanto a levava de volta para a cama. Apesar de ter sido algo rápido, pude ver que estava sangrando um pouco e isso foi o suficiente para me deixar preocupado. Indo até o banheiro, peguei o kit de primeiros socorros que sempre mantive guardado o mais depressa possivel.Me ajoelhando no chão, peguei o pé da Mavie e o examinei com cuidado, para ter a certeza de que não tinha nenhum resquício de vidro alojado na ferida até que ouço ela dizer baixinho.— Me desculpe, Amor. Desviando a atenção do seu pé, vi que ela não estava nem me olhando, então nada respondi. — Estou envergonhada pelo que fiz. Franzindo a testa, passei soro fisiológico em sua ferida e neguei em um gesto enquanto perguntei tentando manter minha voz neutra.— E o que você fez? Ela de repente olhou para mim por alguns segundos, engoliu em seco e respondeu com os olhos brilhantes. — Eu afastei você. Ela passou a ponta da língua pelo lábio e baixou os olhos para s