Vincent Blake
Arqueando a sobrancelha, me aproximei dele e perguntei me interessando no rumo que a conversa havia tomado.
— Quem é esse homem?
Ele sorriu com dificuldade e respondeu após descansar por longos segundos.
— Alguém que vai tirar a sua paz por completo.
De repente ele olhou para mim, esboçou um sorriso e em questão de segundos, ele franziu a testa como se sentisse dor, e de repente, os seus olhos se reviraram, e logo começou a espumar pela boca. Seu corpo começou a convulsionar diante de mim e logo me afastei dele, vendo que seria questão de segundos para ele morrer.
Esse homem que está convulsionando até a morte, é culpado de muitas transgressões dentro da Ghost, mas o que me chamou a atenção foi o fato de que uma mensagem criptografada havia sido enviada do celular dele. Uma mensagem que deixava claro a informação de que um homem havia entrado no nosso quarto na Rússia, entretanto, Diego foi envenenado e deixado para ser pego propositalmente. Ele já sabia o que iria lhe acontecer, e a forma mais fácil de não sofrer com as punições, foi o envenenamento. Não imagino que ele tenha se envenenado sozinho, e sim, que alguém quis livrá-lo das punições que receberia como troca.
Uma troca justa por se entregar.
Com toda certeza, quem facilitou a captura de Diego sabe o que fazemos e com detalhes precisos.
Me virando de costas para o homem já sem vida, depositei o maçarico sobre a mesa e me direcionei para a saída da sala e lá encontrei Sebastian com o telefone em mãos, e assim que ele me vê, logo assente e murmura.
— Estamos indo.
Encerrando a ligação, Sebastian enfiou o celular no bolso e já perguntou.
— Conseguiu algo, Vin?
Eu passei a ponta da língua pelo lábio, ponderando se deveria revelar o que Diego havia me dito e respondi o que julguei necessario.
— Algo muito maior está prestes a acontecer. Precisamos nos preparar.
(...)
Assim que chegamos na casa de Lian, logo nos direcionamos pelo corredor, e abrindo a porta, encontramos meu irmão com o telefone em seu ouvido, enquanto erguia os óculos de grau com seu dedo indicador de modo natural, com a atenção completamente direcionada para a tela do notebook.
Está parecendo um nerd com esses óculos preto.
Franzindo a testa, fiz uma careta enquanto me sentava na poltrona à sua frente, e minha expressão não passou despercebida por ele, igual as outras vezes, e levantando o dedo médio, ele respondeu sem se importar com meu sorriso de deboche.
— Me mantenha informado, Deivid.
Ele encerrou a chamada e jogou o celular sobre a mesa e sacudiu o dedo médio para mim mais uma vez e disse.
— Qual é a sua?
Eu soltei mais uma risada e respondi enquanto erguia as mãos.
— Não sou obrigado a ver você com esses óculos de grau. Fala sério.
Dando de ombros, Lian se ajeitou na poltrona e respondeu.
— Eu também não sou obrigado a ficar sem óculos porque o Vincent não está acostumado com eles.
Ele virou a cadeira para o lado e resmungou.
— Não fode.
Gargalhando, Sebastian disse.
— Relaxa, Lian. É porque você fica com cara de Clark Kent bonitão. Não fica chateado.
Eu comecei a rir enquanto vi Lian olhar torto para nosso primo e erguer seu dedo médio mais uma vez.
— Vocês dois são insuportáveis, cacete.
Soltando uma risada, Sebastian murmurou.
— Certo, pode reclamar, mas a culpa é toda sua.
Ele jogou a cabeça para trás e fechou os olhos enquanto prosseguia de modo petulante.
— Estávamos ocupados no calabouço e você nos chamou aqui.
Dando de ombros, confirmei com a cabeça e respondi.
— Agora nos ature.
Revirando os olhos, Lian se levantou e preparou uma bebida que estava em seu aparador e disse ainda de costas para nós.
— Chamei vocês para contar que descobrimos uma pista sobre um possível familiar da Mavie.
Me ajeitando na poltrona, analisei meu irmão em silêncio, enquanto ele prosseguia.
— É uma mulher.
Franzi a testa enquanto aguardava por mais detalhes e se virando de frente para nós, Lian levou seu copo de whisky até os labios e disse.
— A moça é prima de terceiro grau. Seu pai era primo da Anna Orlovsky.
Engolindo em seco, confirmei com a cabeça e perguntei.
— Essa mulher sabe da Mavie?
Negando com a cabeça, Lian se sentou em sua poltrona e ajeitou os óculos nos olhos e disse.
— Ela não sabe da existência, mas tem informações de que toda a família sabe o que houve naquela época.
Negando em um gesto, logo respondi.
— Acho que é arriscado deixar ela se aproximar da Mavie desse jeito. Nós nem a conhecemos.
Assentindo, Sebastian respondeu compreendendo a minha preocupação.
— Pode ser arriscado, mas podemos preparar tudo e nos assegurar de que ela não vá tentar nada contra a Mavie.
Fiquei em silêncio enquanto pensava nas possibilidades. Considerando o que Diego falou a horas atrás, posso colocar a Mavie em um risco ainda maior se dermos um passo em falso, entretanto, podemos estar perdendo alguma informação util caso não investigarmos essa mulher.
— Vin, a Mavie vai ficar segura com a gente. Só precisamos sondar essa moça e depois organizar um encontro entre as duas para ver o que virá a seguir.
Travando a mandíbula, fechei meus olhos odiando a situação, entretanto, sei que isso seria o certo a ser feito, a Mavie precisa saber o que houve em seu passado.
— Se ela tentar qualquer coisa contra a vida da Mavie, nós a matamos, Vincent.
Ouvi Lian falar com um tom firme, me dando um pouco mais de segurança e engolindo o bolo em minha garganta, respondi enquanto chamava a atenção deles.
— Faremos dessa forma então, mas não quero uma palavra com a Mavie até tudo estar pronto, estão me ouvindo?
Assentindo, Lian fixou os olhos em mim e respondeu.
— Claro, Vincent. Você é o chefe, porra.
Sebastian assentiu enquanto apertava meu ombro, mas confesso que não estou gostando nada disso.
Não me parece seguro o suficiente, especialmente depois de saber que alguém que provavelmente eu deveria ter matado, esquartejado e queimado até virar pó está voltando para me provocar, ou desejando me matar.
Vincent BlakeAssim que cheguei em casa, estacionei meu carro e soltei o ar com força. A verdade é que estou irritado mais que o normal, e parece que essa busca por respostas só tem me deixado mais agitado.Fechando a porta do carro, tirei o coldre da minha cintura, e abri a porta que da acesso a sala de visitas, onde encontrei a Mavie sentada no sofá com um livro em mãos. Suas pernas estavam confortavelmente dobradas sobre o estofado, onde deixava a mostra somente os seus pés descalços e assim que seus olhos recaíram sobre mim, um sorriso cresceu em seus lábios. Parei de andar a menos de um metro do sofá, abri meus braços devagar, fechei os olhos, e poucos segundos depois, ela já estava grudada em meu corpo. Seu cheiro invadiu minhas narinas me fazendo apertar meus braços em sua volta. Seu calor reconfortante me trouxe a paz que eu tanto precisava. Para mim, Mavie é como o céu azul depois de uma noite de tempestade. Os últimos dias têm sido tão difíceis que só estão sendo suportad
Vincent BlakeOuvi Mavie provocar enquanto se aproximava de mim. Me empurrando contra a parede, ela me beijou, seus dedos desceram até meu cinto e rapidamente o arrancou. Abrindo o botão da minha calça, sua língua invadiu minha boca com fome e num movimento rápido, ela tocou em meu pau. A essa altura eu já nem pensava em preliminares. O fogo crescia em meu peito, a medida que ela se esfregava em meu corpo, e a apertando em meus braços, a prensei contra a parede.Ofegante, espalmei a mão na parede e acabei derrubando um quadro que eu nem havia reparado antes e abrindo a porta do quarto, deixei os estilhaços de vidro para trás enquanto me direcionava para a cama com a minha mulher entre beijos.Colocando Mavie na beirada da cama, ela se posicionou entre meus braços e me acompanhou com os olhos enquanto eu me despia. Abrindo os botões da minha camisa, eu a joguei longe, seguido pela minha calça e cueca. — Acho que eu nunca vou me acostumar com essa comoção. Engoli em seco à medida que
Vincent BlakeEla riu e ficou em silêncio, então eu a analisei por alguns segundos, tentando ver o vislumbre de dor, agonia ou incômodo, pois pode ser gostoso para mim, mas para ela não e para minha surpresa, não havia nada além de satisfação em sua expressão.— Continue, Ghost. Eu assenti, obedecendo ao seu pedido e posicionando-a no lugar que eu queria, eu disse. — Você já sabe. É só pedir e eu paro. Ela assentiu e ergueu os braços enquanto se posicionava de costas para mim. Minha atenção desceu para sua bunda redonda e avermelhada pelas mordidas que deixei a segundos atrás e satisfeito, murmurei. — Amanhã você vai lembrar do que fizemos hoje. Ela sorriu e respondeu. — Impossível pensar ainda mais. Eu sorri ao saber disso, e me aproximando, depositei um beijo em sua coluna, descendo meus dedos em seu centro. Erguendo seu quadril, abri suas pernas e murmurei. — Vou chupar sua boceta até você ficar na posição que eu quero. Ela encostou a testa no colchão quando sentiu minha
Vincent BlakeMe abaixei e a peguei em meus braços, enquanto a levava de volta para a cama. Apesar de ter sido algo rápido, pude ver que estava sangrando um pouco e isso foi o suficiente para me deixar preocupado. Indo até o banheiro, peguei o kit de primeiros socorros que sempre mantive guardado o mais depressa possivel.Me ajoelhando no chão, peguei o pé da Mavie e o examinei com cuidado, para ter a certeza de que não tinha nenhum resquício de vidro alojado na ferida até que ouço ela dizer baixinho.— Me desculpe, Amor. Desviando a atenção do seu pé, vi que ela não estava nem me olhando, então nada respondi. — Estou envergonhada pelo que fiz. Franzindo a testa, passei soro fisiológico em sua ferida e neguei em um gesto enquanto perguntei tentando manter minha voz neutra.— E o que você fez? Ela de repente olhou para mim por alguns segundos, engoliu em seco e respondeu com os olhos brilhantes. — Eu afastei você. Ela passou a ponta da língua pelo lábio e baixou os olhos para s
Lian BlakeAbri os olhos com desespero quando minha mente me despertou, fazendo-me lembrar do que houve a horas atrás. Estremecendo, sinto o cheiro de sangue pútrido de algum corpo se decompondo nesse mesmo ambiente em que estou. Fechei meus olhos à medida que tentava controlar a vontade de vomitar que só crescia em meu estômago. Consigo distinguir o meu suspiro de desespero no meio de tantos outros que estão perdidos por entre a escuridão assim como eu. Não sou o único a estar nesse inferno, mas a diferença é que eu realmente não queria estar aqui. Não sou a pessoa certa para esse tipo de vida. Minha respiração pesada atravessa meu peito de um jeito dolorido. A onda de vertigem pesa e cria um bolo em minha garganta depois de sentir o cheiro fétido de dias em uma sala fechada, sem qualquer ventilação, parece que a sensação só faz aumentar ainda mais aquela angustia.Em minha boca aumenta o sabor de desgosto. O desespero por não ter escolha. Eu nem queria estar aqui.Não gosto nada d
Vincent BlakePuxando a porta que dá acesso ao interior do calabouço, adentrei o ambiente que já tem um cheiro particular de sangue e brasa impregnados em cada parede deste local. E isso não me incomoda nenhum pouco.Apesar de calabouço estar sempre em funcionamento, hoje foi um dia atípico. Por onde olho, encontro corpos sem vidas, espalhados e até mesmo destroçados pelos cantos. As paredes sujas de sangue demonstram o quanto foi sangrento essa ultima seção. Através dos corredores, é possivel ver marcações de mãos e dedos ensanguentados e muitos projéteis de munição que se perdem através do longo galpão.A brincadeira realmente rendeu e eu não participei.. Atravessando o corredor principal, levantei meu pé para desviar de um corpo atravessado no caminho. Há alguns metros de mim, tem soldados puxando pelos pés cada corpo sem vida para o local correto. Cada soldado levando seu cadáver para ser incinerado. Ao meu ver, serrá um longo trabalho. Assim que cheguei na última sala do cor